Hildo reforça ações junto à Codevasf em busca de soluções para demandas dos municípios maranhenses

O deputado federal Hildo Rocha se reuniu com o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), Marcelo Andrade Moreira Pinto, para tratar sobre liberação de recursos para conclusão de obras e compra de veículos e equipamentos que serão doados para prefeituras e associações de diversos municípios maranhenses.

Foto Divulgação

Equipamentos para pequenos produtores rurais

De acordo com Hildo Rocha, a previsão é de que a Codevasf faça ainda este ano a entrega de dezenas de patrulhas mecanizadas, várias pás carregadeiras, caminhões e diversos equipamentos para unidades de beneficiamento de farinha de mandioca (Casas de Farinha) e fábrica de extrato de tomates, entre outros tipos de máquinas.

Em razão de problemas ocasionados pela pandemia da Covid-19, e outros fatos que impactam a economia mundial, os preços do ferro, do aço, e de outros insumos utilizados na produção de equipamentos agrícolas aumentaram. Consequentemente o valor desses equipamentos também aumentaram. Isso tem criado dificuldades operacionais, administrativas e jurídicas. Mas, Dr. Marcelo já tem a solução para algumas situações. Portanto, aos poucos os entraves vão sendo superados e as entregas irão acontecer em breve”, disse o parlamentar.

Água para Barra do Corda e Paulo Ramos

Foto Divulgação

Hildo Rocha aproveitou o encontro para tratar sobre a liberação de recursos para construção de sistema de abastecimento de água em Barra do Corda.

Coloquei recursos para a Codevasf fazer um poço, em Barra do Corda, município onde muitas pessoas ainda têm dificuldade de acesso a água de boa qualidade. Também destinei recursos para conclusão de um sistema de abastecimento de água no município de Paulo Ramos. O poço já foi perfurado, mas ainda falta implantar a rede de distribuição e a caixa d’água para que a população possa finalmente receber água de qualidade na sua residência”, enfatizou o parlamentar.

Contribuição da Codevasf para o desenvolvimento dos municípios maranhenses

Hildo Rocha enfatizou que a Codevasf é uma grande parceira que contribui para o desenvolvimento dos municípios do Maranhão e dos demais Estados da federação onde a empresa atua.

Reconheço a importância e a eficácia da Codevasf. Por esse motivo, sempre que tenho oportunidade coloco recursos para essa empresa porque se trata de uma organização eficiente com a qual mantenho uma parceria que tem gerado grandes benefícios para os maranhenses. Por meio dessa parceria, já levei asfaltamento, casas de farinha, máquinas agrícolas, estradas vicinais, praças e sistemas de abastecimento de água, entre outros benefícios, para inúmeras comunidades que puderam assim melhorar a qualidade de vida”, enfatizou Hildo Rocha.

Muitas das ações que o deputado Hildo Rocha realiza, por meio da Codevasf, são de extrema importância porque são ações que proporcionam melhoria da qualidade de vida das comunidades, principalmente das que são menos assistidas pelo poder público”, destacou Dr. Marcelo, diretor-presidente da Codevasf.

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

Mais uma vez, Hildo Rocha denuncia precariedade nos serviços de saúde indígena do Maranhão

Em pronunciamento na Tribuna da Câmara, o deputado federal Hildo Rocha voltou a denunciar a precariedade dos serviços prestados pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) no Maranhão. De cordo com o parlamentar, o coordenador do órgão, no Estado, Sr. Alberto José Goulart, tem tratado com desdém as lideranças indígenas, os caciques, os indígenas Guajajara, Cricatis, Gaviões e Canelas.

Deputado Hildo Rocha

Isso me preocupa bastante. No último final de semana estive em Barra do Corda e, em conversa com lideranças indígenas, eles me relataram que veículos estão parados nas aldeias indígenas por falta de combustível. Quando os índios e as índias adoecem, inclusive quando as índias precisam ir à sede dos Municípios de Barra do Corda ou de Grajaú, parir, elas não estão tendo transporte. Está faltando transporte porque não há combustível. Parece que desviaram dinheiro do combustível dos índios no DSEI do Maranhão”, disse o deputado.

Sem médicos e medicamentos

Ainda de acordo com Hildo Rocha, há escassez de medicamentos e faltam médicos e dentistas. “Não há remédios nos postos das aldeias indígenas. Também estão faltando médicos. Não há médicos nas aldeias como havia anteriormente. Falta também material para procedimentos odontológicos. O dentista quer trabalhar, mas não consegue. Além disso, em alguns postos de saúde, os equipamentos odontológicos estão estragados; em outros, não há equipamentos”, enfatizou o deputado.

Recursos financeiros desperdiçados

Hildo Rocha destacou que este ano, há mais dinheiro para a saúde indígena do que havia no ano passado. “Não era para faltar medicamentos. O órgão paga um dentista que está sem poder fazer o que deveria, por falta de um planejamento melhor, por falta de gestão competente. Parece que o atual gestor foi colocado ali para acabar com o Dsei do Maranhão”, declarou Hildo Rocha.

Dsei

O Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) é a unidade gestora descentralizada do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). Trata-se de um modelo de organização de serviços – orientado para um espaço etnocultural dinâmico, geográfico, populacional e administrativo bem delimitado – que contempla um conjunto de atividades técnicas, visando medidas racionalizadas e qualificadas de atenção à saúde.

O órgão promove a reordenação da rede de saúde e das práticas sanitárias e desenvolve atividades administrativo-gerenciais necessárias à prestação da assistência, com o Controle Social.

No Brasil, são 34 Dsei divididos estrategicamente por critérios territoriais, tendo como base a ocupação geográfica das comunidades indígenas. Não obedece aos limites dos estados. Sua estrutura de atendimento conta com unidades básicas de saúde indígenas, polos bases e as Casas de Saúde Indígena (Casai).

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

TRE aprova pedido de envio de tropas federais para 97 municípios maranhenses; saiba quais

Na sessão administrativa da última quinta-feira (23), a Corte do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão aprovou por unanimidade o pedido de força federal a 97 municípios maranhenses para o primeiro turno das eleições de 2022. O pedido foi apresentado pelo corregedor eleitoral José Luiz Almeida, relator do processo.

Foto Reprodução

No seu voto, o desembargador, após consulta às zonas eleitorais e análise da Seção de Segurança Institucional e Inteligência do TRE-MA, definiu o quantitativo de 97 (noventa e sete) municípios, distribuídos em 58 (cinquenta e oito) zonas eleitorais.

Foram considerados como critérios o histórico de emprego da Força Federal de Segurança Pública nos municípios maranhenses em eleições anteriores; as justificativas registradas pelos juízes eleitorais; a concentração das tropas nas sedes das zonas eleitorais; o emprego das tropas nos municípios mais afastados das sedes das zonas eleitorais, e a presença de área de reserva indígena ou remanescente de quilombo no município.

A decisão do Tribunal Regional Eleitoral será encaminhada ao governador do estado do Maranhão, para ciência e manifestação quanto ao presente reforço na segurança pública e, em seguida, encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Regras para autorização

A requisição de Força Federal, prevista no Código Eleitoral e na Resolução TSE 21.843/04, é feita pelo juiz eleitoral da Zona ao respectivo TRE, que a envia ao TSE, órgão competente para homologação.

Cabe ao plenário do Tribunal Superior Eleitoral analisar os pedidos de Força Federal para a garantia da votação e apuração; se aprovados, são enviados ao Ministério da Defesa, órgão responsável pelo planejamento e execução das ações implementadas pelas Forças Armadas.

Veja a relação dos municípios:

Açailândia, Água Doce do Maranhão, Alto Alegre do Maranhão, Alto Alegre do Pindaré, Amarante do Maranhão, Anajatuba, Araioses, Axixá, Bacabal, Barra do Corda, Barreirinhas, Bela Vista do Maranhão, Benedito Leite, Bequimão, Boa Vista do Gurupi, Bom Jesus das Selvas, Bom Lugar, Buriti, Buriti Bravo, Buriticupu, Cajari, Cândido Mendes, Carolina, Centro do Guilherme, Centro Novo do Maranhão, Chapadinha, Colinas, Coroatá, Cururupu, Esperantinópolis, Fernando Falcão, Formosa da Serra Negra, Fortuna, Gonçalves Dias, Governador Edison Lobão, Governador Luís Rocha, Governador Nunes Freire, Graça Aranha, Grajaú, Humberto de Campos, Icatu, Itaipava do Grajaú, Jatobá, Jenipapo dos Vieiras, Joselândia, Junco do Maranhão, Lago da Pedra, Lagoa Grande do Maranhão, Maracaçumé, Maranhãozinho, Mata Roma, Matões do Norte, Mirador, Miranda do Norte, Montes Altos, Morros, Nova Iorque, Nova Olinda do Maranhão, Parnarama, Passagem Franca, Pastos Bons, Pedro do Rosário, Penalva, Peri Mirim, Pinheiro, Poção de Pedras, Porto Franco, Presidente Dutra, Presidente Sarney, Primeira Cruz, Sambaíba, Santa Filomena do Maranhão, Santa Helena, Santa Inês, Santa Luzia, Santa Luzia do Paruá, Santa Rita, Santo Amaro do Maranhão, São Benedito do Rio Preto, São Bento, São Bernardo, São Domingos do Azeitão, São Domingos do Maranhão, São João do Paraíso, São José de Ribamar, São José dos Basílios, São Luís, São Mateus do Maranhão, São Pedro da Água Branca, São Raimundo das Mangabeiras, São Raimundo do Doca Bezerra, Sítio Novo, Sucupira do Norte, Turiaçu, Turilândia, Tuntum e Urbano Santos.

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

Condutor é flagrado com 26kg de cocaína no Maranhão; mais de uma tonelada já foi apreendida

Uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que contou com o apoio da Polícia Militar e Polícia Civil do Maranhão, além da Guarda Municipal de Barra do Corda, interceptou, nesta quinta-feira (26), um veículo transportando 26kg de cocaína, sendo aproximadamente 10kg em cloridrato de cocaína e 16kg de pasta base, gerando um prejuízo de cerca de R$ 3,7 milhões ao narcotráfico. A ocorrência foi registrada em Barra do Corda/MA.

Foto Divulgação: PRF

Em fiscalização de rotina, uma equipe da PRF na Unidade Operacional de Barra do Corda, no km 292 da BR-226, deu ordem de parada a um automóvel Gol na cor branca. Inicialmente, o condutor sinalizou que ia obedecer a ordem de parada, mas resolveu empreender fuga. Os policiais iniciaram acompanhamento tático e solicitaram apoio da PMMA, PCMA e Guarda Municipal de Barra do Corda.

Com o trabalho em conjunto das forças de segurança, foi possível localizar o veículo e um dos envolvidos, o passageiro. O condutor segue sendo procurado. Diante do elevado nível de suspeita, os policiais procederam à fiscalização aprofundada no veículo e localizaram 26kg de cocaína escondidos em seu interior, sendo aproximadamente 10kg em cloridrato de cocaína e 16kg em pasta base.

Em apuração preliminar, foi constatado que o entorpecente estaria sendo transportado do estado de Mato Grosso até Teresina-PI, mas foi interceptado pela ação policial.

O cloridrato de cocaína é comumente chamado de “cocaína pura” no mercado ilícito. Já a pasta base é utilizada em seu estado ou para a obtenção de outras drogas como a merla, o crack e o próprio cloridrato de cocaína.

Com esta apreensão, a PRF ultrapassou em 2022 a marca de uma tonelada de cocaína apreendida no Maranhão, num prejuízo calculado em mais de R$ 120 milhões para o narcotráfico. O número é 4.384% maior que o registrado em todo o ano de 2021.

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

Aluno ateia fogo em professora no interior do Estado; vítima está em estado grave

A professora Vanusia de Sousa encontra-se internada em estado grave na UPA da cidade de Barra do Corda e deve ser transferida com urgência para São Luís, ainda nesta quinta-feira (28).

Professora Vanusia de Sousa

A docente foi vítima de um aluno que ateou fogo no corpo dela dentro de uma sala de aula após jogar um líquido inflamável sobre ela, possivelmente álcool.

Uma outra pessoa teria sido atingida no atentado. Mas somente Vanusia teve lesões graves e precisou ser socorrida às pressas.

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

Índio é encontrado morto no Maranhão com sinais de violência; polícia prende suspeitos

O corpo do indígena Adew Lopes Guajajara foi encontrado nas proximidades do rio Mearim, em Grajaú, no Sul do Maranhão nesta quarta-feira (13) com sinais de violência.

Indígena encontrado morto no Maranhão

Ainda ontem policiais civis prenderam dois suspeitos de terem praticado o homicídio crime na Aldeia Cocal Grande. De acordo com populares ambos tinham desavenças com a vítima.

O delegado regional de Barra do Corda, responsável pelo caso, Daniel Arruda, informou que o corpo de Adew foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz para identificar a causa da morte. As investigações continuam a fim de elucidar o crime e a motivação do mesmo.

Os suspeitos foram autuados em flagrante e conduzidos a um presídio.

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

Senador Romário estimula o Cordino a ser o campeão do Maranhense

O senador Roberto Rocha e o prefeito de Barra do Corda, Rigo Teles, estiveram hoje com o senador Romário, ex- jogador vitorioso da Seleção Brasileira.

Romário disse que o Cordino tem a sua torcida para virar campeão maranhense, como mostra o vídeo abaixo:

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

Ex-prefeito no Maranhão é acusado de fraudar R$ 30 milhões da previdência

Blog do Linhares

O ex-prefeito de Barra do Corda, Eric Costa, é algo de uma Representação Criminal do Ministério Público Federal e da Receita Federal do Brasil.

Eric Costa

Paulo César, auditor da Receita Federal, é responsável pelo relatório entregue ao Ministério Público que aponta um rombo de quase R$ 30 milhões descontados nos contracheque dos servidores municipais de Barra do Corda, que não foram repassados ao INSS, no período de 2015 a 2017.

O Procurador da República do Ministério Publico Federal, Juraci Guimarães, pede na Justiça Federal o recebimento da Representação Criminal para que seja transformada em Ação Penal e torne réu o ex-prefeito de Barra do Corda Eric Costa. Na ação, o MPF pede quatro anos e meio de prisão ao ex-prefeito.

Segundo o relatório da Receita Federal, os prejuízos provocados por Eric Costa contra a previdência social e contra os servidores públicos da prefeitura de Barra do Corda são gravíssimos.

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

Abigail Cunha vem se articulando e poderá ser uma das deputadas mais bem votadas do Maranhão

A primeira-dama de Barra do Corda Abigail Cunha deverá bater no martelo até o próximo dia 4 de Abril quanto ao partido que ela estará filiada para concorrer ao cargo de deputada estadual nas eleições de outubro.

Esposa do atual prefeito de Barra do Corda, Rigo Teles, Abigail Cunha vem se articulando e conseguindo mais apoios em várias regiões do Maranhão.

O patrimônio de votos do marido, Rigo Teles, que teve seis mandatos consecutivos de deputado estadual, contribuirá de forma significativa na eleição de Abigail Cunha.

Em Barra do Corda, levantamentos para consumo interno apontam para uma vitória bastante expressiva em favor de Abigail Cunha.

Na cúpula política da capital São Luís dão conta de que, Abigail Cunha, será uma das deputadas bem mais votadas do Maranhão no próximo dia 2 de outubro.

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

Fazenda é flagrada com trabalho escravo após empregado sobreviver a tiro na nuca

ISTOÉ

O relógio marcava 19h quando o trabalhador rural José* terminava de carregar a caminhonete do patrão com pacotes de sal na fazenda São Sebastião, em Cidelândia, no Maranhão. Ele não viu quando o caseiro se aproximou por trás com uma espingarda calibre 12. Tampouco teve tempo de reagir antes de ser baleado na nuca à queima roupa. “Tá morto o peão”, ouviu enquanto agonizava no chão. José fingiu estar desacordado e esperou que seus algozes se afastassem. Quando percebeu a oportunidade, levantou-se e correu.

O tiro na nuca de José pegou de raspão, mas alertou as autoridades para a prática de trabalho escravo na fazenda São Sebastião (Crédito: Divulgação/MPT-MA)

Segundo o depoimento que deu à Polícia Federal dias depois, José cobrava uma dívida trabalhista do patrão quando foi alvejado. Sua fuga, após receber um tiro de raspão na cabeça, levou as autoridades a resgatarem outros três funcionários em condições análogas à escravidão na fazenda São Sebastião e em uma propriedade próxima, mantida pela mesma família. Os trabalhadores não tinham folgas, nem contrato – um deles sequer tinha pagamento – e viviam em acomodações insalubres.

O caseiro foi um dos resgatados. O homem de 62 anos precisou ser retirado em uma ambulância porque tinha um quadro crítico de covid-19, agravado por desnutrição e desidratação. Estava havia seis dias sem comer. “Esse senhor tinha uma condição muito vulnerável, trabalhava em troca de casa e comida havia um ano e quatro meses. Quando adoeceu, não recebeu atendimento médico e o empregador ainda deu a ele um medicamento vencido”, relata Ivano Rodrigues Sampaio, auditor fiscal do trabalho que participou da ação.

Por ser recente – a tentativa de homicídio de José aconteceu em novembro de 2021, e o resgate de seus colegas, em fevereiro deste ano – o caso ainda corre na Justiça. O administrador das fazendas, Samy Wilker Novaes Aguiar, sua irmã, Saskia Aguiar Evangelista, e o pai, Sebastião Costa Aguiar (formalmente proprietários das duas áreas) tornaram-se réus em uma ação cautelar na Justiça do Trabalho e devem responder a outros processos. Além disso, a Polícia Civil do Maranhão ainda investiga o disparo contra o trabalhador.

No âmbito federal, as autuações dos auditores fiscais do Ministério do Trabalho poderão levar os empregadores a integrar a ‘lista suja’ do trabalho escravo, o que pode dificultar os negócios da família.

A maior parte da fazenda São Sebastião, de onde José fugiu ensanguentado, estava arrendada para a Suzano Papel e Celulose, que planta eucalipto em 190 dos 210 alqueires da propriedade. No Maranhão, essa medida equivale, mais ou menos, a quatro hectares — ou seja, a área da propriedade rural cedida à Suzano tem quase seis vezes o tamanho do Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Em sua apresentação a investidores, a Suzano diz que seu negócio “depende das melhores práticas com as pessoas e com o meio ambiente e do entendimento de que nossas ações devem ir muito além da empresa”.

Mas, procurada pela reportagem para comentar o caso, a empresa limitou-se a informar que “não foi oficialmente acionada até o momento” e defendeu “que todas as exigências legais devem ser devidamente cumpridas pelos seus parceiros”.A Suzano não compactua com a utilização de mão de obra irregular”, conclui a nota enviada à Repórter Brasil. Leia a íntegra aqui.

Como os trabalhadores escravizados não atuavam na parte da propriedade arrendada para a Suzano, a companhia não foi incluída no processo judicial como ré. No entanto, o MPT pediu que os pagamentos que a empresa faz à família fossem direcionados a uma conta judicial para que pudessem garantir futuras indenizações aos trabalhadores. A Justiça, porém, negou o pedido, por não ver risco de “dilapidação do patrimônio” dos empregadores – ou seja, acredita que eles terão recursos para pagar, caso haja condenação, sem que seja necessária uma intervenção judicial.

Venda de gado sem monitoramento

Entre outras tarefas, José e seus companheiros aplicavam agrotóxico para que coqueiros não crescessem no pasto que alimentava o rebanho bovino da família Aguiar. Os galões com pesticidas eram armazenados no ambiente que os trabalhadores utilizavam para cozinhar – totalmente em desacordo com as normas trabalhistas. Porcos também dividiam a cozinha com os empregados.

Um dos trabalhadores responsável pela aplicação do agrotóxico disse que nunca recebeu treinamento no manejo do produto ou equipamento de proteção específico para o borrifo. Ele relatou sentir “fraqueza nas pernas” e “tontura” quando precisava lidar com o veneno – sintomas de intoxicação.

Os animais da São Sebastião entraram na cadeia produtiva do frigorífico Fribal, que tem mais de 40 lojas no Maranhão e no Ceará. Em seu site, a empresa garante que abate animais “criteriosamente selecionados por compradores profissionais” entre os “melhores criadores dos estados do Maranhão e do Pará”.

À Repórter Brasil, a Fribal confirmou que “tem por política o bloqueio de compras de CNPJ/CPF relacionados na lista suja do trabalho escravo”, mas argumentou que a compra ocorreu em 2018 e o caso só foi descoberto agora – logo, depois do contrato com a fazenda. A íntegra dos esclarecimentos pode ser lida aqui.

Os empregadores autuados por trabalho escravo têm dois anos para apresentarem sua defesa no âmbito administrativo. Só depois disso é que integram a ‘lista suja’, publicada mensalmente pelo Ministério do Trabalho desde 2003.

O Maranhão é um dos três Estados da Amazônia Legal em que não há monitoramento das compras de frigoríficos promovido pelo Ministério Público Federal através dos TACs da Carne — sigla para Termos de Ajustamento de Conduta, um instrumento que obriga a indústria a se comprometer com padrões mínimos de segurança socioambiental de suas atividades, excluindo fornecedores ligados ao trabalho escravo, ao desmatamento ou a outras ilegalidades.

Um crime e suas versões

A família Aguiar diz que o disparo feito contra José foi consequência de uma briga pessoal entre o trabalhador e o caseiro e se isenta de responsabilidade. “Eu não tenho culpa do acontecido”, afirmou o fazendeiro Samy Aguiar à reportagem. Em depoimento, ele admitiu ter entregue a própria arma ao caseiro e ter posicionado a caminhonete com o bagageiro voltado para onde o homem estava, além de ter ordenado a José que carregasse os sacos de sal. Mas diz que foi surpreendido pelo tiro e não soube explicar por que nada fez para socorrer o ferido.

Já o caseiro diz que foi Samy Aguiar quem armou a arapuca para pôr fim à vida do trabalhador: segundo seu depoimento, foi o patrão quem o orientou a se posicionar atrás de uma árvore para mirar o alvo, e então trouxe a caminhonete e deu a ordem para José carregar.

No que todas as versões coincidem é que José só não está morto porque se abaixou em direção à caçamba do veículo no momento do disparo.

Sua história evoca um caso ocorrido em em 1989, que se tornou referência no Brasil e obrigou o país a assinar um acordo perante a Corte Internacional de Direitos Humanos para ampliar o combate ao trabalho escravo. Zé Pereira levou um tiro no olho ao tentar escapar de uma fazenda no Pará, onde era submetido a uma rotina de servidão por dívidas.

Foi graças a esse acordo que o governo brasileiro criou a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e se comprometeu a fortalecer a atuação do Ministério Público do Trabalho e do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, ligado ao Ministério do Trabalho.

Trabalho sem descanso

Na maior parte do tempo, os homens resgatados nas fazendas São Sebastião e Bananal trabalhavam de domingo a domingo, das 7h às 18h. Não tinham férias, contrato e nem recebiam décimo terceiro salário. Um deles declarou estar na fazenda há mais de um ano sem nunca ter recebido salário algum: prestava serviço na roça e cuidava da propriedade em troca de comida e abrigo. Os que recebiam algum dinheiro tinham itens como as botas de serviço descontadas do pagamento.

Os quatro trabalhadores moravam em barracões sem cobertura adequada para protegê-los da chuva e do sol e precisavam matar a sede em um poço de água barrenta sem filtragem – conhecido como poço cacimbão. Os fiscais relataram que o poço “estava em condições completamente inaceitáveis, com insetos [aranha de tamanho considerável] mortos em seu interior”.

O ambiente da cozinha era, literalmente, uma pocilga, com porcos e lama dividindo o espaço com a mesa de preparo de alimentos sem nenhuma condição sanitária”, conta o procurador-chefe do MPT-MA, Luciano Aragão. De quebra, veneno era armazenado no local. “A situação de alojamento dos trabalhadores era extremamente precária (…) habitando no mesmo ambiente onde eram armazenados agrotóxicos”, afirma o relatório dos fiscais.

Além de não terem contrato de trabalho e outros direitos laborais, os funcionários “foram privados dos direitos humanos mais básicos”, segundo anotaram os fiscais no relatório da operação conjunta, realizada em fevereiro de 2022 por Ministério Público do Trabalho (MPT), Auditoria-Fiscal do Trabalho e Polícia Federal.

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

Homem é condenado a 9 anos de cadeia por divulgar vídeo pornográfico da ex-namorada de 14 anos por vingança

O juiz Antônio Queiroga Filho (1ª Vara de Barra do Corda), condenou, nesta quarta-feira, 16, um homem a nove anos e um mês de reclusão, em regime inicial fechado, pelo registro e publicação de vídeo pornográfico com imagem de adolescente de 14 anos em redes sociais, por vingança depois do fim de namoro.

Foto Reprodução

Segundo a denúncia, o acusado teve um relacionamento de um ano e oito meses com uma adolescente, na época com 14 anos de idade, e a mantinha relações sexuais, registrando fotos e vídeos íntimos. Após o fim do namoro, em 17 de março de 2019, o acusado divulgou em um site de pornografias, vídeos íntimos da vítima, contendo cena de pornografia, e enviou o link dos vídeos para várias pessoas, nas redes sociais Instagram e Facebook.

O juiz deixou de substituir a pena privativa de liberdade por duas restritivas de direito, já que não foram atendidos os requisitos do Código Penal, ainda mais por ser crime cuja pena supera quatro anos, além das circunstâncias judiciais não serem favoráveis. No entanto, deu ao acusado o direito de recorrer da sentença judicial em liberdade, pela falta de motivos legais para a sua prisão preventiva. O réu também deverá pagar as custas do processo.

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

Zé Inácio promove audiência para discutir a segurança das barragens do Estado

Aconteceu nesta terça-feira, 15, audiência pública para discutir “A segurança das barragens no estado do Maranhão”. A audiência foi realizada pelo deputado estadual Zé Inácio (PT), a pedido do Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB.

Foto Divulgação

Atualmente existem 11 barragens no Maranhão, sendo sete de contenção de resíduos – como a de Brumadinho (MG) – e as outras quatro de vazão.

Só em São Luís existem 6 barragens de rejeitos, todas de propriedade da Alumar, contendo restos de bauxita: I, II, III, IV e V e Lago de Resfriamento; a sétima é a Barragem do Venê, localizada no interior de Godofredo Viana, que extrai ouro e pertence à empresa Aurizona.

Quanto às barragens de vazão – estruturas nos rios para a geração de energia elétrica e contenção de água – a capital conta com uma, no Rio Itaqui-Bacanga. As outras três são a Hidrelétrica do Estreito, na cidade de Estreito; a de Pericumã, em Pinheiro; e a Barragem de Flores, no município de Joselândia.

A audiência também discutiu a situação das famílias vítimas do rompimento da Barragem do Aurizona,  ocorrido em março de 2021, que devastou o rio Tromaí e contaminou o reservatório Juiz de Fora, deixando mais de 4.000 pessoas sem abastecimento de água.

A barragem pertence a empresa Aurizona S/A., de propriedade da mineradora canadense Equinox Gold, que foi obrigada pela Justiça a fornecer água mineral aos atingidos, porém, o abastecimento tem sido insuficiente e precário, diante da demanda local, segundo os moradores.

As entidades e autoridades que participaram da audiência ressaltaram a importância da luta dos atingidos e se colocaram à disposição para, junto ao MAB, buscar meios de reivindicar a reparação de danos causados à comunidade junto aos órgãos responsáveis.

Na audiência, foi acordada a realização de uma visita na área atingida e uma vistoria na Barragem por uma comissão de parlamentares, órgãos oficiais e atingidos. Com o objetivo de ouvir as demandas da população, dar mais visibilidade ao ocorrido e de alguma forma pressionar a empresa responsável e as autoridades competentes a encontrar uma solução para o caso.

Também foi definido que serão solicitados relatórios de vistoria e análise da Barragem Aurizona e da área atingida, feitos pela Defesa Civil, Sema, ANM e outros órgãos, bem como das demais barragens existentes no Estado.

O deputado Zé Inácio também comprometeu-se em pedir regime de urgência na Assembleia para tramitação do Projeto de Lei Nº 66/2021 que trata da Política Estadual de Direitos das Populações Atingidas por Barragens – PEAB. E ainda encaminhar a Câmara Federal solicitando celeridade na aprovação da lei federal que discorre sobre o tema.

Participaram da audiência representantes da Sedihpop, Defensoria Pública Estadual, Defesa Civil, vice-prefeita de Godofredo Viana, Caema, assessoria de deputado federal Zé Carlos (PT),  CUT, Sindsep e Sindicato dos Urbanitários.

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.