Plenário pode votar piso dos agentes de saúde nesta semana

    Pauta de votações será definida em reunião de líderes marcada para as 14h30 desta terça.

    TV Câmara

    PESPEC PLENARIO3009
    Deputados podem votar na quarta-feira o projeto que trata do piso dos agentes comunitários de saúde.

    O projeto que estabelece um piso nacional para os agentes comunitários de saúde (PL 7495/06, do Senado) e reajustes anuais é o destaque do Plenário na quarta-feira (23). Nesta terça-feira (22), os deputados podem analisar o novo Código de Processo Civil (CPC) e continuar a votação do projeto de minirreforma eleitoral (PL 6397/13) em sessões extraordinárias.

    O texto aprovado pela comissão especial para o salário dos agentes de saúde prevê reajustes anuais de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e aumento real durante três anos com base na variação do Produto Interno Bruto (PIB).

    O valor do piso ainda não foi definido pelos deputados. O piso atual, estabelecido por uma portaria do Ministério da Saúde, é de R$ 950. Os agentes, no entanto, querem R$ 1.200.

    De autoria do deputado Domingos Dutra (SDD-MA), o substitutivo da comissão especial prevê um repasse adicional do governo federal para estados, Distrito Federal e municípios com o objetivo de fortalecer as políticas relacionadas à ação dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias. O percentual varia de 5% a 15% do valor repassado para pagamento dos salários desses agentes.

    Atualmente, o País conta com cerca de 32 mil equipes de Saúde da Família atuando em 5.288 municípios. Os agentes fazem parte dessas equipes.

    Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

    Presidente Dilma virá ao Maranhão em novembro

    IMIRANTE 

    A presidente Dilma Rousseff fará mais uma viagem ao Maranhão, na primeira quinzena de novembro. Dessa vez, ela participará de um evento com alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), mantido pelo governo federal em todas as unidades da Federação. A terceira vinda de Dilma ao Estado estava agendada, inicialmente, para a próxima sexta-feira (25), mas a data foi remarcada devido a outros compromissos da presidente.

    Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

    Lixo toma conta da cidade de Tuntum

     Prefeito de Tuntum - TemaPrefeito de Tuntum – Tema
    A população do município de Tuntum, distante 365 Km da capital maranhense, tem enfrentado uma série de problemas com relação ao lixão da cidade, que fica próximo à periferia, o que tem causado vários transtonornos aos moradores.

    A população alega que o lixão vem se estendendo, chegando a invadir o cemitério da Tangeria e algumas propriedades vizinhas. Alguns moradores reclamam ainda que não estão podendo utilizar a pastagem por causa do lixo amontoado e falam da preocupação com a contaminação do solo.

    Outro transtono também ocasionado pelo lixão é a presença constante de urubus no local. A população de Tuntum cobra uma posição do atual gestor do município, que desde que assumiu passa boa parte entre São Luís e Brasília.

    Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

    Secretário adjunto de segurança pública do estado recebe título de cidadão joanino

    Laércio CostaLaércio Costa
    A Câmara de Vereadores de São João Batista condecorou o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Maranhão, Laércio Costa, e o empresário Benedito Mamede Pires, com o título de cidadãos joaninos. A solenidade foi realizada ontem, 20 de outubro, no Plenário “Zezi Serra”, com a presença de todos os vereadores.

    Na solenidade estavam o prefeito da cidade, Amarildo Pinheiro; o desembargador José dos Anjos Figueiredo; o secretário de saúde, Carlos Figueiredo, que estava acompanhado de sua esposa; e o secretário de educação, Raimundo Aguiar Santos. O evento foi ministrado pelo vereador Luiz Everton, presidente da Câmara de Vereadores de São João Batista.

    De acordo com as informações, por requerimento apresentado na última sessão da casa, os vereadores decidiram conceder o título de cidadão aos citados. O primeiro requerimento foi apresentado pelo vereador Uira Dominici, que afirmou que o secretário adjunto de Segurança Pública do Maranhão, Laercio Costa, já prestou grandes serviços a sociedade joanina. Já o vereador Dezinho foi o autor do projeto que tornou o empresário Benedito Mamede cidadão joanino.

    Os títulos ao secretário adjunto e o dono da Empresa São Benedito tiveram, também, indicação do prefeito Amarildo Pinheiro e do secretário Carlos Figueiredo. Depois de vários discursos, os homenageados receberam os títulos e agradeceram as honrarias dadas pelos vereadores de São João Batista.

    Blog do Jailson Mendes

    Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

    Mais de R$ 20 milhões gastos sem licitação só em 2012 em Monção

    No último dia 07 os vereadores: Marcos Aurélio Rosa Rodrigues, Deyvit arújo Cunha, Erion Célio Pereira Silva, Josson Jackson Matos, Sônia de Fátima Sousa Jansen Pereira, Alex lima Carvalho, Luis Fernando Azevedo Mendonça, Joady Aroucha Rocha e Joana Pinheiro Gaspar  encaminharam ofício ao TCE solicitando vistas e cópias das prestações de contas do Fundeb do ano 2011 e 2012 no município de Monção.

    Os vereadores indignados com tanta corrupção, comprovadas no relatório técnico do TCE, apresentaram denúncias ao Ministério Público Federal e á Polícia Federal.

    Na semana passada mostramos que o município de Monção somente em 2011 recebeu recursos do Fundeb no valor de R$ 5 milhões. Os valores foram gastos sem nenhum processo licitatório.

    Pois bem, no ano de 2012 o valor da verba federal ultrapassou a casa dos R$ 20 milhões.

    Um parecer com a prestação de contas deveria ter sido apresentado ao poder executivo. Em Monção em 2011 e 2012 as prestações de contas foram encaminhadas sem o parecer do conselho do Fundeb, que na gestão da ex-prefeita de Monção Paula Francinete da Silva Nascimento, não funcionava. Na atual administração do Prefeito Queiroz o Conselho já atua.

    Na época nem mesmo o nome do presidente ou de um membro da Comissão Permanente de Licitação – CPL do município foi informado.  As despesas foram realizadas sem apresentar vinculação a nenhum processo licitatório, isto é, notas de empenho, ordens de pagamento e contratos não mencionam qualquer licitação que tenha precedido a despesa realizada.

    Veja os documentos:

    Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

    Ministro da Pesca diz que PRB está no caminho certo ao lançar nome de Luis Fernando

     O PRB (Partido Republicano Brasileiro) lançou oficialmente na tarde deste sábado, 19, o nome do secretário estadual de Infraestrutura, Luis Fernando Silva, como pré candidato a governador do Maranhão. É o primeiro partido do grupo de 13 legendas a lançar o nome do peemedebista ao governo.O lançamento aconteceu no Encontro Estadual do PRB, realizado no auditório do Rio Poty Hotel, em São Luís. Além do secretário Luis Fernando, participaram do encontro a principal liderança do partido no estado, o deputado federal Cleber Verde, os 24 prefeitos do PRB no estado e a principal referência da legenda no cenário nacional, o ministro da Pesca e Aquicultura, senador Marcelo Crivella.

    Em seu pronunciamento, o ministro Crivella destacou o fato de o partido ser o primeiro a lançar oficialmente o nome de Luis Fernando para governador.

    “O nosso partido está no rumo certo aqui no Maranhão e saiu na frente até do próprio PMDB lançando o nome do nosso grande secretário Luis Fernando como candidato a governador”, disse, descontraído, o ministro Marcelo Crivella.

    Para o deputado federal Cleber Verde, a decisão, é uma demonstração da certeza de que com Luis Fernando o Maranhão viverá o maior momento administrativo de sua história. Ele fez questão de relatar aos quase dois mil presentes a qualidade do trabalho do secretário, tanto na condição de comandante da secretaria de Infraestrutura do Estado como na condição de prefeito de São José de Ribamar.

    “No bairro onde moro, Luis Fernando asfaltou o bairro e temos uma obra de qualidade. Foi o melhor asfalto que já vi. Quero que o ministro leve essa mensagem ao Brasil. Ando pelo país inteiro e nunca vi uma praça da juventude tão bonita como a que foi feita pelo então prefeito em São José de Ribamar. É com certeza a melhor e mais bonita Praça da Juventude do país”, testemunhou o deputado.

    Para Luis Fernando Silva, a relação dele com o PRB não é fruto de conveniências políticas, mas de convergência de propósitos.

    Ele destacou os objetivos do partido com relação às políticas de inclusão sócio produtiva do pequeno pescador e aquicultor e os programas e projetos que foram implantados em São José de Ribamar, quando de sua gestão – ao instalar a fábrica de beneficiamento de pescado e a decisão de tirar centenas de pescadores da clandestinidade, entre outras ações, no setor da pesca e aqüicultura – como ideais e práticas comuns aos dois.

    Luis Fernando agradeceu a iniciativa do partido de  lançar oficialmente seu nome como pré-candidato e garantiu que de mãos dadas com todos os prefeitos e os demais partidos que integram o grupo que defende o seu nome para o governo será construída uma candidatura forte e propositiva.

    “Quero fazer com que cada prefeito do Maranhão, não só do PRB, mais dos 217 municípios, tenham políticas públicas ligadas à inclusão sócio-produtiva do pescador artesanal e do aquicultor. Vamos garantir que o governo do Maranhão a partir de 2015 dê as condições para que todos os municípios do Maranhão realize os mesmos sonhos que foram realizados em São José de Ribamar, promovendo uma vida digna para cada pescador e aquicultor com assistência técnica e incentivo à produção e que toda a família desse trabalhador seja contemplado com educação e saúde pública de primeira qualidade”, garantiu o pré-candidato.

    Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

    Prisões de cambistas pode revelar um esquema de falsificação de ingressos

    A Polícia Militar prendeu ontem seis cambistas nos arredores do estádio Castelão, antes do início do jogo em que o Sampaio Corrêa ganhou por 5 a 3 do Macaé.

    Os dois primeiros foram pegos mais cedo, por voltas das 16h vendendo ingressos, inclusive os de meia entrada. Além dos preços exorbitantes em relação aos adquiridos normalmente nas bilheterias, a desconfiança de que os ingressos sejam falsificados.

    No final da tarde, militares conseguiram prender mais quatro pessoas vendendo ingressos do lado de fora do estádio Castelão. Com o grupo foi encontrado 52 ingressos e mais R$ 5 mil em espécie, provavelmente frutos da venda dos bilhetes.

    A partir de amanhã os ingressos serão periciados para compravar a veracidade dos mesmos. Mas só a ação que resultou na prisão daquelas pessoas, já inibe os cambistas nos próximos jogos.

    Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

    Quatro ministros do TCU recebem ‘supersalários’, diz jornal

    Vencimentos acima do teto foram revelados pelo ‘O Estado de S. Paulo’. Segundo publicação, há ministro com contracheque de R$ 47,3 mil.

    Do G1, em Brasília

     Ao menos quatro ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) egressos do Congresso Nacional recebem acima do teto constitucional, revelou neste sábado (19) reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”. Segundo a publicação, ganham “supersalários” os ministros José Múcio Teixeira, José Jorge, Augusto Nardes e Valmir Campelo.

    O G1 tentou contato com o TCU e com a assessoria do tribunal, no entanto, até a última atualização desta reportagem não havia obtido retorno.

    O ministro José Múcio, conforme informações do Jornal Nacional, disse que se propõe a devolver o valor que venha a ser considerado irregular. Segundo ele, parte da aposentadoria que recebe da Câmara dos Deputados é privada – fruto de contribuição que fez por mais de vinte anos quando era deputado – e que foi informado pela Casa que acumular a aposentadoria com o salário do TCU está de acordo com a lei. Os outros ministros não foram encontrados.

    Atualmente, o teto do funcionalismo é de R$ 28 mil, equivalente aos vencimentos de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Levantamento do Estadão mostrou que, apesar da imposição constitucional, há ministros do TCU recebendo até R$ 47,3 mil por mês.

    O jornal afirma que os integrantes da corte de fiscalização se apoiam em uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), válida para integrantes do Judiciário, para somar os contracheques do tribunal com aposentadorias pagas pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal referente ao período em que eles atuaram como parlamentares.

    Em decisões polêmicas aprovadas nos últimos dois meses, o plenário do TCU determinou que a s direções da Câmara e do Senado reduzissem os vencimentos de 1,5 mil servidores ao teto do funcionalismo. No julgamento do processo do Senado, além de ordenar o corte dos supersalários, os ministros do tribunal também exigiram que os valores pagos indevidamente nos últimos cinco anos fossem devolvidos aos cofres públicos.

    O dono do maior contracheque do TCU, mostrou o jornal, é o ministro José Múcio Teixeira. De acordo com a publicação, o ex-deputado federal e ex-ministro das Relações Institucionais acumula R$ 47.347,65 por mês. O valor é obtido com a soma de seus salários brutos de ministro, de R$ 26.656, com o de ex-deputado, de R$ 20.691.

    Na segunda colocação do ranking de maiores salários da corte de fiscalização está o ex-deputado José Jorge, que tem vencimentos de R$ 46,6 mil. Ele também consegue somar o salário de ministro (R$ 26,6 mil) com a aposentadoria de congressista (R$ 20 mil).

    O presidente do TCU, ministro Augusto Nardes, detém o terceiro maior salário do plenário do tribunal, apontou o Estadão. Ele recebeu em setembro R$ 38,1 mil. Deste total, R$ 26,6 mil são referentes ao contracheque de ministro e outros R$ 11,5 mil da aposentadoria de deputado.

    Ex-senador, o ministro Valmir Campelo ocupa o posto de quarto maior salário do TCU, conforme a publicação. Com a soma do salário de ministro (R$ 26,6 mil) com a aposentadoria de ex-congressista (R$ 9,5 mil), ele obteve no mês passado R$ 36,2 mil.

    Salário líquido Levantamento do G1 no site de transparência do Congresso mostrou que, mesmo se for considerado apenas o salário líquido, há dois ministros do TCU que extrapolam o teto constitucional.

    Com os descontos trabalhistas e outros encargos, o contracheque do ministro José Jorge em setembro passou de R$ 46,6 mil para R$ 33.382,22. O salário líquido do ex-deputado ficou R$ 5.322,93 acima do limite legal.

    Já os vencimentos líquidos do ministro José Múcio alcançam R$ 30.918,69. A diferença entre o salário líquido dele e o teto é de R$ 2.859,40.

    Exceção à regra Ao ser indagada pelo jornal sobre os salários pagos acima do teto aos ministros, o TCU argumentou que os integrantes da corte se enquadram em uma “exceção à regra geral” que impede acumulações de contracheques.

    Em nota enviada ao “O Estado de S. Paulo”, a assessoria do tribunal disse que a Resolução 13 do CNJ, que regulamenta o teto salarial para a magistratura, exclui do limite constitucional “benefícios percebidos de planos de previdência instituídos por entidades fechadas, ainda que extintas”.

    Apesar de não serem integrantes do Judiciário – o TCU é um órgão ligado ao Congresso Nacional –, os ministros do tribunal de contas foram equiparados pela Constituição aos magistrados do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

    Por conta dessa regra, é comum os ministros do TCU usarem interpretações do Conselho Nacional de Justiça que garantem vantagens à magistratura.

    Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

    Campanhas eleitorais concentram corrupção

    • ‘Financiamento de campanha atual estimula corrupção’, diz Oslain Santana,  diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal

    Jailton de Carvalho

    O Globo

    Oslain diz que a Justiça não têm estrutura para fiscalizar sistema de financiamento de campanhas Foto: Marcelo Casal / Agência Brasil
    Oslain diz que a Justiça não têm estrutura para fiscalizar sistema de  financiamento de campanhas Marcelo Casal / Agência Brasil
    BRASÍLIA — O diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal,  Oslain Santana, terceiro na hierarquia da instituição e tradicionalmente avesso  a declarações públicas, afirma que pelo menos metade dos casos de corrupção tem  relação com financiamento de campanhas eleitorais. Ele coordenou todas as  grandes operações de combate contra fraudes em licitações, superfaturamento de  contratos e contratação de ONGs de fachada desde 2011.

    Podemos falar sobre a relação entre corrupção e campanhas eleitorais?

    Cinquenta por cento das operações da Polícia Federal contra corrupção têm  como pano de fundo financiamento de campanha. Quando você investiga um caso de  corrupção, desvio de dinheiro público, vai ver lá na frente que tinha um viés  para financiar campanha política. Então, se resolvessem fazer uma reforma  política, diminuiria muito o crime de corrupção. Isso é fato. Normalmente, numa  investigação, é um prefeito desviando dinheiro, parte do dinheiro vai para seus  interesses pessoais e parte do montante, para financiar a campanha. Essa é a  realidade hoje. Um prefeito, um deputado, um governador e por aí vai. Não dá  para precisar em números, mas é fato. É a sensação que temos nas várias  investigações em que trabalhamos. E são todos os partidos. Não é privilégio  desse ou daquele. Todos. As várias investigações da PF e do Ministério Público  comprovam o que a gente está comentando agora.

    O que é possível fazer para diminuir esse tipo de problema?

    Isso é opinião pessoal nossa como técnico. Tem que ter uma reforma política.  O modelo atual de financiamento de campanha, se você não mudar, vai acontecendo  esse tipo de crime: vão continuar desviando dinheiro público para esse  financiamento. Qual é o melhor modelo? Não sei. Financiamento totalmente público  ou financiamento privado só de pessoa física, com determinado limite, e  colocando limites de quanto cada candidato pode gastar? Se for se candidatar a  presidente pode gastar x, se for a governador em estado com PIB x pode gastar y.  Não sou filiado a partido político, não trabalho na Justiça Eleitoral, mas o  sistema atual não está funcionando. Só incentiva mais a corrupção. Vamos  continuar enxugando gelo. A polícia vai continuar investigando, o Ministério  Público vai continuar denunciando, o Judiciário julgando e vai continuar o  problema. Nós não aprendemos com a lição de 89, do governo do presidente Collor.  Por que ele foi cassado? Sobra de campanha. Isso que levou ao impeachment há 20  anos. Outros casos se sucederam e não se mudou o sistema. Todos os anos,  integrantes de vários partidos afirmam que tem que ser feita a reforma política.  São mandados projetos para o Congresso Nacional e não passam. Esse sistema atual  tem que mudar. Só o financiamento de pessoa jurídica, sem limite de gastos, não  tem como fiscalizar isso. A Justiça Eleitoral não tem estrutura. A polícia não  tem estrutura. Esse sistema que tem hoje é para facilitar o caixa dois de  campanha.

    Há gente da polícia e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) preparando algumas  mudanças?

    Estamos nos reunindo com o TSE e com o Ministério Público Eleitoral, os três  atores da persecução penal em matéria eleitoral, para discutir sugestões, sejam  alterações administrativas na Justiça Eleitoral que facilitem a investigação do  crime eleitoral, seja proposta de mudança na legislação. Por exemplo, que sejam  cadastrados todos os cabos eleitorais, que todo pagamento de despesa, toda  movimentação de um candidato tenha uma conta única. Todo pagamento tem que sair  por aquela conta. Que se possa facilitar auditorias. São propostas que podem  dificultar a prática do crime eleitoral, corrupção ou caixa dois de campanha.  Também, no campo legislativo, está sendo discutida no Congresso a proposta da  reforma eleitoral tocante ao financiamento. Uma proposta que achei bastante  coerente foi colocar um limite para doação só de pessoa física e parte do  financiamento por recursos públicos. Seria muito mais barato para a União o  gasto com financiamento, que com o desvio de recursos públicos nas fraudes em  contratos da administração pública nas três esferas para financiamento de  campanha. O prejuízo é muito maior. Garanto: se for gastar R$ 1 bilhão para  financiamento com recursos públicos, os recursos desviados hoje são bem maiores  do que esse R$ 1 bilhão.

    O senhor poderia dizer quais mudanças estão sendo estudadas nesse grupo no  TSE?

    O pessoal que trabalha na campanha teria que ser cadastrado na Justiça  Eleitoral. Quando você passar, no dia da eleição, vê se aquela pessoa está  cadastrada ou não para trabalhar para aquele candidato. Vê se ela está recebendo  e quem está pagando. São mudanças que podem ser feitas por resolução. A Justiça  Eleitoral pode colocar uma série de regras para dificultar a prática de crimes,  para deixar as eleições mais transparentes. O que vejo aqui é que, se não houver  mudanças, continuará havendo desvio para financiamento de campanha. Vai  continuar tendo caixa dois. Queremos isso? Não. Lideranças de partidos chegam a  consenso em programas de TV, mas só que a coisa não anda no Congresso. Não  interessa para muita gente ter essa reforma.

    O senhor diria que a matriz da corrupção de todos esses grandes escândalos  são campanhas eleitorais?

    O que posso dizer é que, nas investigações da Polícia Federa, onde você tem  desvios de recursos públicos, 50% tem como pano de fundo fazer caixa para  campanha política, se não for um número maior. Você começa uma investigação de  uma prefeitura desviando recursos da merenda, da Saúde. É para quê? Para caixa  de campanha. Você vê numa investigação um governador de um determinado estado  fraudando uma licitação. E para quê? Para caixa de campanha. Aí vai parte (do  dinheiro desviado) para a campanha e parte para o bolso de alguém. Ele desvia  para a campanha para se manter no poder, para continuar roubando. Parte para o  bolso dele, para o “staff”, e parte para financiar a campanha. E, se não fizer  isso, não consegue se reeleger. A campanha é cara.

    O senhor acha que o financiamento público resolveria?

    Resolver, seria ingenuidade da minha parte (acreditar nisso). Mas diminuiria  bastante. Vou mais longe. Têm pessoas que querem se tornar políticos. São  idealistas, querem mudar alguma coisa. Hoje, quem entra na política, e pode ser  até colega meu, vai dizer: “Olha, não quero saber de onde veio o dinheiro da  campanha. Alguém arrecadou. Alguém financiou minha campanha. Eu não vou  perguntar de onde veio o dinheiro”. Não vai perguntar porque vai ouvir o que não  quer ouvir. É um dinheiro, no mínimo, de sonegação, caixa dois de uma empresa.  Sonegação é crime. Quando não é dinheiro oriundo de corrupção, pagamento de  propina. Então, pessoa de bem, que tem financiamento da campanha arcada com  dinheiro do partido, parte dos recursos vem dessa fonte.

    Por que essas ideias de reforma política e mudanças no financiamento de  campanhas nunca prosperam?

    Vi um debate de um líder do PT com um líder do PSDB na televisão em 2009 ou  2010. Tanto esse líder do PSDB, quanto o do PT, pessoas bastante sérias,  instruídas, eram favoráveis ao financiamento (público) de campanhas. Teria que  mudar o sistema. E a jornalista, que mediava o encontro, perguntou: “O seu  partido ficou oito anos no poder, não conseguiu mudar. O seu está sete anos no  poder, não conseguiu mudar. Por quê?” Um olhou para o outro e fez assim (abre os  braços). Não passa no Congresso. Os dois líderes tinham consciência de que era  necessário mudar o sistema, que induz à corrupção, à sonegação fiscal. Mas por  que não passa? (abre os braços novamente).

    Quais as consequências disso?

    Walter Maierovitch (juiz aposentado) fez um artigo com procuradores e  policiais italianos sobre o que ocorre na Itália. A simbiose entre as máfias e a  política é muito grande lá. O financiamento de campanha tem os mesmos problemas  que no Brasil. As máfias financiando campanhas políticas, cometendo crime do  colarinho branco, se envolvendo em fraudes em licitação, como na Itália. E o que  você vê no modelo italiano, que tem as máfias mais fortes, você está vendo no  Brasil. Se não tiver uma mudança, sem esperança.

    O senhor falou que o tráfico está financiamento campanhas?

    Nos estados de fronteira você encontra isso. No Rio, você encontra milícias  financiando vereadores. O jogo do bicho financiava. O bicho é crime, não pratica  só o jogo. Vê infiltração política desses criminosos. Quando se tem  financiamento público, não, dificulta.

    Esses grupos continuam atuando, misturando interesses públicos e  privados?

    No sistema de hoje, o político precisa de dinheiro. A campanha é cara. Então  ele aceita qualquer doação. Já vimos em estados de fronteira, e também algumas  situações no Rio de Janeiro: o candidato a cargo eletivo recebendo dinheiro de  criminosos ligados ao tráfico, ao contrabando. Sem contar que, em meu ponto de  vista, o sonegar também é criminoso. O modelo está esgotado. Se a gente quer  enfrentar a criminalidade do colarinho branco, a corrupção e isso se não chegar  num estágio maior, como na Itália. Mas, no modelo que está, em 15 anos podemos  chegar a isso.

    Leia mais sobre esse assunto em  http://oglobo.globo.com/pais/campanhas-eleitorais-concentram-corrupcao-10439104#ixzz2iFrZggDT © 1996 – 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

    Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

    Padilha garante que prefeituras terão pedidos atendidos

    Ministro da Saúde garante que programa vai contemplar a todos

    Padilha disse que as 12 mil vagas serão preenchidas

    Padilha disse que as 12 mil vagas serão preenchidas

    O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira, que até março as 12 mil vagas requisitadas pelas prefeituras no Programa Mais Médicos estarão preenchidas. A meta antecipa em um mês o cronograma apresentado semana passada pela presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, Dilma havia dito que profissionais chegariam em abril.

    Padilha não deu detalhes sobre como será feito o recrutamento de tantos médicos em um período tão curto de tempo. Um convênio foi firmado com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para a contratação de 4 mil médicos até dezembro. Do total, 2.400 já chegaram ao País. As demais vagas deverão ser preenchidas por editais de chamamento e por novos convênios.

    Ele avalia que o programa ganhará maior agilidade nas próximas semanas, quando o Ministério da Saúde passar a conceder a autorização para profissionais formados no exterior. “Está tudo pronto para fazermos o registro”, disse. A presidente deverá sancionar o projeto de conversão da Medida Provisória (MP) do Mais Médicos na terça-feira, 22.

    O texto atribui ao ministério a responsabilidade para concessão da autorização, até então emitida pelos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). De acordo com a pasta, 196 profissionais formados no exterior ainda não receberam a autorização dos conselhos. “A situação será regularizada semana que vem”, disse. A expectativa é a de que todos os profissionais estrangeiros, mesmo aqueles que já receberam autorização dos conselhos regionais, ganhem o registro feito pela Saúde.

    Jaleco

    Era para ser um ato comemorativo do Mais Médicos. Vestindo jaleco branco com os dizeres “Dr. Alexandre Padilha” bordados em azul, o ministro da Saúde resolveu nesta sexta-feira aceitar o convite de uma médica de Samambaia, cidade-satélite do Distrito Federal, e visitar, de surpresa, uma moradora da região.

    Acompanhado da equipe, passou pelo barro, pelo esgoto que escoava na frente do terreno, e entrou animado na casa da paciente para assistir a consulta da profissional, recrutada no programa lançado em julho pelo governo. Mal o grupo entrou, revoltada com a visita inesperada e com a presença de jornalistas, que aguardavam a consulta do lado de fora da casa, a mulher saiu, sem economizar xingamentos.

    “É uma invasão de privacidade”, dizia. “O que eles querem aqui?”, completava. Menos de dez minutos depois, o ministro saiu da casa e, tentando mostrar naturalidade, buscou a testa da moradora, para dar um beijo. Repetiu o gesto com a amiga da moradora, que levava uma criança no colo. “Não esqueça de vaciná-la”, recomendou. Perguntado sobre a visita, o ministro silenciou. Entrou no carro e voltou para Brasília.

    Com informações da Agência Estado.

    Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

    Veja relação dos 32 novos municípios que o Maranhão pode ganhar

    Clodoaldo Corrêa / Imparcial

    Deputado André FufucaDeputado André Fufuca

    O Senado aprovou o projeto de lei complementar que define novas regras para a criação de municípios. O poder de criação de municípios volta a passar para os parlamentos estaduais. Com regras mais rígidas, a Assembleia Legislativa do Maranhão irá rever os pedidos que haviam sido feitos e recomeçar o trabalho de zero.

    A criação de novos municípios iria dividir os repasses federais, tirando recursos do município que perderão território. Considerando que os municípios com até oito mil habitantes criados entre 2001 e 2010 em processos que ficaram sub judice no Supremo Tribunal Federal (STF) têm orçamento anual em torno de R$ 20 milhões, a criação dos novos municípios no Maranhão arcaria com um acúmulo de R$ 640 milhões caso fossem criados os 32 municípios que estão na fila de espera. Porém, este número será revisto.

    O presidente da Comissão de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional, deputado André Fufuca (PEN), comemorou muito a decisão do Congresso Nacional. “É uma vitória da população. Esse projeto surgiu de um clamor de várias comunidades. Foi aprovado e agora esperamos a sanção governamental”, pontuou.

    Para Fufuca, todo o trabalho da Comissão que avaliou os pedidos de criação de município deverá recomeçar em virtude das novas regras estabelecidas pelo Congresso nacional.

    O deputado garante que os parlamentares sempre trabalharam para uma criação com responsabilidade. Segundo o presidente da Comissão, a Casa é contra uma enxurrada de emancipações em áreas que não têm a mínima condição de se desenvolver.

    Abaixo a relação dos 32 municípios que estão à espera da emancipação:

    Nazaré do Bruno (Caxias)
    Brejinho dos Cocais (Caxias)
    Moisés Reis (Codó)
    Cajazeiras do Maranhão (Codó)
    Novo Bacabal (Açailândia)
    Brejinho (Bacabal)
    Santa Vitória do Maranhão (Barra do Corda)
    Ipiranga (Barra do Corda)
    Santo Onofre (Santa Luzi)
    Faisa da Chapada do Seringal (Santa Luzia)
    II Núcleo (Buriticupu)
    Palmares do Maranhão (Itapecuru-Mirim)
    Alto Brasil (Grajaú)
    São José das Varas (Barreirinhas)
    Barro Duro (Tutóia)
    Deputado João Evangelista (Zé Doca)
    Carnaubeiras (Araióses), Novo Jardim (Bom Jardim)
    Paiol do Centro (Parnarama)
    Porto Santo do Maranhão (Turiaçu)
    Baixão Grande do Maranhão (São Domingos do Maranhão)
    Coque (Vitória do Mearim)
    Morada Nova (Pindaré-Mirim)
    Auzilândia (Alto Alegre do Pindaré)
    Belém do Maranhão (Tuntum)
    Vitória da Parnaíba (Santa Quitéria)
    Jacaré (Penalva)
    Castelo (Monção)
    Queimadas (Santa Quitéria)
    Maracanã do Maranhão (São Luís)
    Maiobão (Paço do Lumiar)
    São Simão do Maranhão (Rosário).

    Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.

    Bancada evangélica pede e subcomissão de Jean Wyllys é extinta

    Jean WyllysJean Wyllys

    Acatando um pedido da bancada evangélica, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), extinguiu a subcomissão especial de Cultura, Direitos Humanos e Minorias da Casa. O grupo de trabalho, que atuava de forma não deliberativa desde abril, era ligado à Comissão de Cultura e presidido pelo deputado do PSOL Jean Wyllys (RJ).

    O anúncio de Alves foi feito nesta quinta-feira, 17, após pressão dos deputados da bancada evangélica para que a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara se pronunciasse sobre a legalidade da subcomissão. O grupo era liderado pelo deputado tucano João Campos (GO), que alegou em um requerimento que o regimento interno não permitia a coexistência de duas comissões tratando do mesmo assunto.

    Para o tucano, a nova subcomissão se sobrepunha à Comissão Permanente de Direitos Humanos e Minorias, presidida pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP), embora o deputado do PSDB admita que até hoje não tenha ocorrido nenhum episódio de sobreposição dos trabalhos. “Eu evoquei o regimento interno e não a Bíblia”, afirmou.

    Campos negou que a ação seja uma retaliação dos evangélicos aos deputados que abandonaram a comissão por discordar da permanência de Feliciano na presidência. “Procuraram criar um fórum só para eles para fugir do debate? Isso tem viés totalitário”, acusou o tucano.

    Wyllys disse que a ação foi uma “provocação da bancada fundamentalista” e que a subcomissão ganhou espaço a partir da “perda” de legitimidade da Comissão de Direitos Humanos. “Nenhum defensor de Direitos Humanos procura essa comissão”, ressaltou.

    Em sua opinião, Alves deu uma resposta política aos evangélicos, que saíram derrotados quando a Casa enterrou a proposta chamada de “Cura Gay” após a pressão das manifestações populares de junho. “Desde a redemocratização, nunca um presidente da Casa extinguiu uma subcomissão.

    Ele feriu a autonomia da Comissão de Cultura”, disparou Wyllys. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que preside a Comissão de Cultura, chegou a criticar em plenário a decisão de Alves e lamentou por não ter sido consultada pelo peemedebista.

    Sustentando que técnicos da Casa apontam que a decisão de Alves não tem amparo regimental porque as comissões têm liberdade para criar subcomissões, membros da Comissão de Cultura já recolheram assinaturas de presidentes de outras comissões e vão apresentar na próxima terça-feira, 22, um recurso contra a extinção. “Direitos culturais também são Direitos Humanos”, disse o deputado do PSOL.

    Com informações da Agência Estado.

    Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.