Segurança paga R$ 2,1 milhões em comida para presos

    A Secretaria de Segurança Cidadã continua pagando mensalmente R$ 2,1 milhões em alimentação para o sistema carcerário. A estranha herança foi herdada da gestão de Eurídice Vidigal.
    Além dos valores exorbitantes, que dariam para manter os presos de três Estados (Maranhãi, Ceará e Piaui), um detalhe chama a atenção: as empresas fornecedoras da comida são todas de fora.
    Duas empresas de São Paulo, uma do Rio de Janeiro e outra com sede em Pernanbuco fornecem café, almoço e jantar para todo o sistema carcerário de São Luís.
    “É uma soma alta e o dinheiro vai para outros Estados, deixando de circular aqui no Maranhão para aquecer a nossa economia, em detrimento das nossas empresas”, lamentou o secretário de Segurança Pública, Raimundo Cutrim.
    O secretário informou que mandou auditar os contratos feitos pela gestão anterior e só não pode suspender de imediato para não deixar os presos sem os alimentos. “Vamos prestigiar as empresas do Maranhão, tão logo possamos resolver essa questão, até porque temos conhecimento de que no Maranhão existem empresas com capacidade para atender a demanda”, avisou Cutrim.
    A corrupção na gestão de Eurídice Vidigal não acaba por aqui. Só com telefones celulares, a Secretaria de Segurança tem débitos de R$ 1,5 milhão.
    Raimundo Cutrim detectou a realização de convêios da ordem de R$ 50 milhões que a Secretaria de Segurança Cidadã fez com o Governo Federal e solicitou aos auditores que procedam todos os levantamentos para saber como e onde foram gastos os recursos.
    Ele explicou que dos R$ 27 milhões que a secretaria dispunha para gastar com custeio, Eurídice Vidigal torrou R$ 25 milhões.
    Outra questão que preocupa Cutrim é a locação de carros, que consome verba alta da sua secretaria.
    “Conversei com a governadora Roseana Sarney e ela, sensível aos problemas da segurança no Estado, já mandou a Secretaria de Planejamento levantar o que á possível ser feito neste momento porque estamos sem orçamento”, disse.
    Raimundo Cutri informou ainda que vai estudar um aumento para a Polícia Militar que percebe com soldos defasados. “Veja que deram aumento para a Polícia Civil e esqueceram de contemplar os militares”, explicou.

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    Telma x Holanda

    Pensando que poderia reduzir a carga de pecados, a ex-secretária de Infra-Estrutura e Cidades, irmã Telma Pinheiro, foi ao gabinete do deputado Edivaldo Holanda. Não demorou muito o tempo fechou.
    Holanda não só não chamou Telma Pinheiro de santa.
    Lembrou que a ex-secretária tratava os políticos com desdém e afirmou que Telma desviou recursos públicos.
    Holanda chegou a dizer que a ex-secretária poderia parar na cadeia.
    A evangélica ameaçou: disse que não iria sozinha, não. Afinal, Telma Pinheiro é um arquivo vivo. Recebia as determinações do próprio governador para destinar recursos e obras.
    Antes de completar um ano na direção da secretaria, alguns deputados diziam que Telma Pinheiro era 10. Indaguei a um deles se a evangélica estava, então, correspondendo às expectativas do governo. E ouvi o seguinte: “não, cardoso, é 10%.
    “É tão fraca assim?”, ingênuo, voltei a perguntar. “Não, Cardoso, é 10% antes de começar as obras”. Meses depois o comentário era de que o percentual havia dobrado.
    Naquela ocasião, em outubro de 2008, um grupo de deputados entregou para os secretários Aziz Santos (Planejamento) e Aderson Lago (Casa Civil) um dossiê que mostrava as ligações perigosas de Telma com construtoras, que acabou chegando às mãos do governador. Jackson Lago simplesmente engavetou a papelada. E continuou a libertação do Maranhão.

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    Alexandra empregada no Senado

    A riquinha Alexandra ex-Tavares, não pode reclamar da sorte. Além de levar do Maranhão uma fortuna, ganhou o cargo de secretária para Assuntos Internacionais, no governo de Jackson Lago.
    Demitida por Roseana Sarney, soube que agora Alexandra teria sido nomeada para uma vaga no Senado federal, no gabinete do senador Mauro Fecury.

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    Farra no Kis Motel

    Prefeitos, deputados, secretários estaduais e municipais, ainda fazem farras no Kis Motel, no Turu, com dinheiro público.
    Fazem sempre a festa numa suite “Supersônica”, regada a vinhos e uisques importados. Dois deputados donos de hospitais, um ex-presidente de entidade municipalista e um ex-secretário jovem estadual, costumam gastar nada menos que R$ 20 mil durante o dia.
    Até aí tudo bem, embora não se justifique porque o dinheiro é público. Ocorre, porém, que na suite “Supersônica” desfilam peladas garotas da Rosana, modelos e, pasmem os senhores, estudante de menor idade.
    Soube que um aliciador de estudantes de menor idade teria sido empregado em uma prefeitura que foi comandada por um dos farristas, irmão de desembargador.

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    Farra na Bete Cuscuz

    O prefeito de Parnarama continua reclamando do sequestro dos recursos de um programa federal para pagamento dos médicos.
    O dinheiro da conta daquele município estornou para o Tesouro do Estado por causa do convênio irregular realizado entre Parnarama e o Governo do Estado, na saída do governador cassado Jackson Lago.
    Ocorre que o dinheiro do convênios, cerca de R4 3 milhões, assim que entrou na conta do município, o prefeito sacou tudo. A determinação judicial é pra recolher o valor exato do convênio. Por isso, até o dinheiro do FPM pode ser sequestrado.
    Em Parnarama, comentam que o dinheiro do convênio teria sido utlizado na compra de carrões para o prefeito e seus filhos. E mais: uma sobra teria sido torrada na Bete Cuscuz, um cabaré de elite, em Teresina.

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    Roseana decreta fim da discriminação: Jackson deixou a maioria das prefeituras de fora dos convênios

    Após receber hoje, no início da noite, uma comitiva de prefeitos liderados pela Famem, acompanhada do presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Tavares e de outros deputados, a governadora Roseana Sarney mostrou que a maioria das prefeituras sempre foi discriminada nos governos de José Reinaldo Tavares e Jackson Lago. Roseana aproveitou para decretar o fim da discriminação aos prefeitos maranhenses.

    Depois de ouvir queixas do presidente da Famem, prefeito de Bacabal, Raimundo Lisboa, sobre o estorno ao Tesouro do Estado dos recursos que foram liberados, através de convênios, de forma abusiva e irregular, para 109 prefeituras, a governadora informou que iria estudar cada caso.

    Roseana condenou o que os governos anteriores vinham pregando como política municipalista implantando por eles no Maranhão. “Que política municipalista é esta que só beneficia os aliados em detrimento da maioria dos municípios?”, indagou Roseana.

    A governadora lembrou que 113 prefeituras ficaram fora da liberação dos convênios firmados por Jackson lago, após sua cassação pelo TSE. Só receberam recursos os municípios aliados politicamente ao ex-governador. Roseana afirmou que nas gestões anteriores os prefeitos, em sua maioria, eram humilhados, principalmente os que não seguiam suas orientações políticas, prejudicando diretamente a população de mais da metade do Maranhão.

    Ela lembrou que no seu governo foram criados 81 municípios, como prova de que a política municipalista era verdadeira. A governadora conclamou a todos para quer fizessem uma corrente para ajudar aos municípios atingidos pelas enchentes e anunciou que na sua gestão nenhuma prefeitura será discriminada.

    Antes de encerrar o encontro, pediu que fosse criada uma comissão para estudar todos os convênios liberados nos últimos dias da gestão de Jackson Lago. A comissão será formada pelo presidente da Assembleia, da Famem e o secretário Hildo Rocha (Articulação Política). Só receberá a verba do convênio município que apresentar projetos e estudos técnicos, acompanhados de planilhas para execução das obras.

    A governadora pretende estender os convênios aos municípios que ficaram de fora porque não estavam alinhados aos interesses políticos do governo anterior.

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    Desculpa esfarrapada

    Pedetista de de coturno alto, mas que prefere não ser identificado, liga para informar que o dinheiro para a reforma completa do ginásio Costa Rdorigues permanece na conta da Maresia Construção, empresa que ganhou R$ 5,3 milhões para fazer a obra. E que o Costa Rodrigues será entregue novo.
    Ora, desde quando o governo estadual tem que primeiro repassar integralmente a verba para depois receber a obra? Pagar adiantado não merece ser enganado?
    Há dois meses a única coisa que a Maresia fez foi derrubar os telhados e paredes do Costa Rodrigues. Valor da obra: R$ 200 mil.
    Se o dinheiro, por acaso, estiver na conta da construtora, ótimo. Boa oportunidade para a justiça estorná-lo ao Tesouro do Estado.

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    Prefeito sumiu

    Enquanto centenas de famílias deixam suas casas em buscas de abrigos para seus filhos por causa das enchentes, o prefeito de Pirapemas, Eliseu Moura, fugiu da cidade. Ninguém olha o homem.
    Pirapemas, ao que se percebe, não tem sorte com seus prefeitos. Moura já administrou o município, assim como sua esposa Carmina Moura. A última, Selma Alves, então, foi um desastre.
    Eis que Pirapemas caiu mais uma vez nas mãos de Eliseu Moura. E para completar a tragédia e sofrimento da população, as fortas chuvas e enchentes.

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    Com Roseana, jackistas e reinalditas permanecem

    Disse ontem que é injusto dizer por aí que a governadora Roseana Sarney esteja perseguindo a tropa de elite do ex-governador Jackson Lago.
    Citei o caso do secretário-adjunto de Saúde, Márcio Leite, agora na administração de Ricardo Murad. Ele desmente que tenha sido secretário de saúde na gestão municipal de Jackson Lago. Tudo bem.
    Mas não nega que tenha sido secretário de Saúde da gestão da prefeita Conceição Andrade, eleita pelo antecessor Jackson Lago. Soube que a indicação de Márcio leite passou pelas mãos de Lago.
    Leita desmente que os filhos estejam empregados na Saúde estadual, assim como a advogada esposa no setor jurídico. No caso dos filhos ele tem razão, quanto a esposa, o pleito permanece na mesa de Ricardo Murad.
    O médico Márcio Leite confirma o emprego de duas parentes, conforme informado aqui no blogue, e diz que elas foram colocadas em gestões anteriores.
    Sim, em gestões anteriores, quando José Márcio Leite Soares atuava como principal assessor da então secretária de Saúde do Estado, Helena Duailibe, na gestão de José Reinaldo Tavares.
    Aliás, Márcio Leite é um homem de sorte. Indicado pela vice-prefeita para ser o seu adjunto na Saúde municipal, teve seu nome vetado pelo prefeito João Castelo.
    Não fosse assim, teria sido despejado agora junto com Helena Duailibe pelo prefeito da capital, o que lhe seria constrangedor.
    Agora foi a vez da renovação na diretoria da Emap. Técnicos foram aproveitados para a maioria das chefias indicadas por políticos. Imagina que até Antônio Carlos Lago, irmão do ex-governador Jackson Lago, dava plantão na diretoria financeira.
    Renovar era preciso. Ainda assim, estão bem conservados em cargos com bons salários dois amigos e dois parentes do ex-governador José Reinaldo Tavares.

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    Analfabetismo no Maranhão

    De Amanda Cieglinski, da Agência Brasil, a matéria sob o título “Brasil ainda levará décadas para erradicar o analfabetismo”, nos traz preocupação e tristezas. São dados ainda estarrecedores.

    Diz a articulista que “se o ritmo de redução da população analfabeta permanecer o mesmo dos últimos anos, o Brasil ainda levará algumas décadas para se livrar de um problema que hoje atinge um em cada dez brasileiros”.

    No Maranhão o quadro é pior. As tintas da omissão estão grudadas, nunca se apagaram com o tempo. A roubalheira queima a vontade dos que não sabem e transforma em cinzas os sonhos dos que nunca aprenderam.

    Se a média nacional de analfabetos chega a 10% da população brasileira, aqui no Maranhão atingimos 15%. Lastimável.

    Entra governo, sai governo e as promessas são as mesmas. Resultados práticos, nada. Temos hoje uma população de analfabetos que ultrapassa a 900 mil dos quase 6 milhões de habitantes. Uma vergonha.
    Aqui mesmo em São Luís, em conversa com o secretário de Educação, professor Moacir Feitosa, soube que temos cerca de 90 mil analfabetos. Um desastre.

    Os governadores , a cada final de mandato, anunciam com pompas que construíram 100, 200, 300 e muito mais escolas. São números fictícios, na verdade.

    Dizem que reduziram o analfabetismo em números elevados. Pura mentira. A realidade é que, nos últimos anos, o Maranhão continua com os mesmos percentuais.

    Será necessário sair do discurso para a prática, tirar do papel a intenção de fazer melhor, investir verdadeiramente no setor educacional, erradicar com firmeza o analfabetismo com métodos mais avançados e eficazes e, sobretudo, não utilizar as verbas da Educação para projetos pessoais, de amigos, aliados e familiares.

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