MP constitui comissão de promotores para atuar no caso da morte de Décio

    Décio foi executado com seis tirosDécio foi executado com seis tiros

    Em nota o Ministério público do Maranhão informou que  vai atuar diretamente no caso do assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá, que foi executado na noite de segunda-feira(23) num restaurante na Avenida Litorânea.

    Nota Oficial

    Consternado com o brutal assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido na noite desta segunda-feira, em São Luís, o Ministério Público do Maranhão, em consonância com as suas atribuições institucionais, informa à sociedade que designará uma comissão de promotores de Justiça da área criminal para acompanhar o procedimento investigatório, instaurado pela Polícia Civil, objetivando a elucidação do crime de forma célere e transparente. Neste momento de dor, a instituição manifesta sua solidariedade aos familiares do jornalista e à imprensa do Maranhão.

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    Mortes de jornalistas continuam impunes

    Donizetti Adauto. Foto: 180grausDonizetti Adauto. Foto: 180graus

    A morte de jornalistas e radialistas causa espanto, indignação, mas na maioria dos casos esão fadadas à impunidade. Não é de hoje que os profissionais da imprensa são silenciados por pistoleiros a mando de “figurões” ameaçados por suas acusações.

    A execucação do jornalista e blogueiro Décio Sá, ocorrida em um restaurante, na noite desta segunda-feira (23) na Avenida Litorânea, apenas demonstra a fragilidade da vida desses profissioanais, desprotegidos e expostos por suas declarações e reportagens.

    É mais um numa lista extensa. Em 1998, o jornalista Donizetti Adauto foi morto em Teresina, por pistoleiros contratados por seu ex-amigo Djalma Marques. O crime teve motivação política, e até hoje, embora as investigações tenham apontado a autoria do crime, o julgamento não aconteceu.

    Enquanto isso, o mandante Djalma trabalha como professor no curso de direito da Universidade Federal do Piauí. A polícia concluiu o inquérito há anos, mas “manobras jurídicas” impedem o julgamento dos responsáveis pela morte do jornalista, que já tinha sido expulso do Maranhão por causa de suas matérias investigativas que apontavam negociatas e corrupção nas diferentes esferas do poder. O assassinato teve grande repercussão nacional. Mas continua impune.

    Jorge Vieira. Foto: Folha MaranhãoJorge Vieira. Foto: Folha Maranhão

    Em 2001, foi a vez do radialista Jorge Vieira, ser morto na cidade de Timom. Ele tinha um programa na Rádio Tropical, atual CBN, em Teresina. O programa “Fala Timon”, fazia duras críticas à gestão do então prefeito Chico Leitoa. No dia  30 de março de 2001, depois de encerrar o programa, o radialista se dirigiu para Timon. Ao chegar em casa, antes de entrar, foi pego de emboscada e alvejado a trios. Três homens estavam num carro à sua espera. Foram três tiros sem chance de defesa.

    Os tiros atingiram o peito, o braço direito e a região o pescoço. O radialista agonizou sete dias no hospital São Marcos em Teresina, vindo a falecer. Na época, o Sindicato dos Radialistas do Piauí fez diversas manifestações de protesto.A Polícia investigou e dividiu o crime em três etapas: planejamento, co-autoria e autoria. Foram indiciadas sete pessoas.

    O Ministério Público acolheu o relatório do delegado e denunciou os sete à Justiça. Entre os denunciados estão a então: a ex-primeira dama do município, esposa do então prefeito Chico Leitoa, o secretário municipal de Administração e Finanças, a governanta da casa do prefeito e uma funcionária pública municipal. Todos como planejadores.  Além desses, mais três, como autor e co-autores.Jorge Vieira hoje dá nome à penitenciária de Timon, e apesar da imensa repercussão nacional, até agora ninguém foi penalizado pela morte do radialista.

    Tim Lopes. Foto: O GloboTim Lopes. Foto: O Globo

    Tim Lopes foi assassinado por traficantes no Rio de Janeiro. Foto: Rede GloboEm 2002, o jornalista Tim Lopes foi assassinado por traficantes do Rio de Janeiro enquanto apurava denúncias de exploração sexual e consumo de drogas por menores nos famosos bailes funk.A repercussão do caso tomou proporções gigantes. Especialmente por Tim ser um repórter da Rede Globo, que fez uso de toda a sua influência para pressionar as autoridades e coloborar com as investigações. Várias equipes de reportagens foram colocadas à serviço de matérias investigativas, que levaram ao mandante e executores do jornalista. Os que não foram mortos, foram julgados e condenados.

    E o caso de Décio não pode ser apenas mais um. Ele era funcionário do Sistema Mirante de Comiunicação. A empresa precisa usar de sua influência e pressionar as autoridades, além de colaborar nas investigações e repercutir o caso, para que não caia no esquecimento. Os jornalistas precisam se unir e levantar a bandeira de Décio Sá, que entre outras coisas, combatia a impunidade em casos de crime dessa natureza.Décio Sá foi executado num restaurante na Litorânea.

    Décio Sá.Décio Sá.

    A sociedade e a classe de jornalistas não podem perder a capacidade de se indignar e de lutar contra absurdos dessa natureza. Chega de impunidade. Chega de tentar calar a voz da imprensa. Chega de crimes de pistolagem. Vamos dar um basta, e que a morte de Décio seja um divisor de águas na triste história da impunidade dos crimes de encomenda no Maranhão.

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    Secretário de segurança vai instalar monitoramento eletrônico na Litorânea

    Sistema de monitoramento já é adotado em capitais como Recife. Foto: recife.olxSistema de monitoramento já é adotado em capitais como Recife. Foto: recife.olx

    A avenida Litorânea vai ter monitoramento eletrônico. A iniciativa faz parte da implantação de um sistema de segurança que será instalado em 200 pontos da capital maranhense.

    O sistema será implantado em duas fases: sendo 100 câmeras na primeira fase, e 100 câmeras na segunda fase. Aluísio Mendes estima que até o final de setembro todos os postos estejam funcionando.

    O edital será lançado em maio e deve contar com a participação de empresas estrangeiras, já que os equipamentos exigidos são importados e de custo bem alto que envolvem tecnologia de ponta.

    A Litorânea está inserida nos pontos a serem monitorados. Além do circuito de câmeras, até o final de maio, a secretaria vai disponibilizar policiais em biciclos e bicicletas que farão o patrulhamento ostensivo pela orla.

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    Mais um crime de execução assusta moradores de São Luís

    Diego Serra Mendes Souza, um personal trainer de 27 anos, morador e professor de uma academia no bairro do Parque Vitória, foi executado na noite desta terça-feira (24), por volta de 22h, nas proximidades da Chácara Brasil, no bairro do Turu.

    Segundo informações, a vítima estaria dirigindo um veículo Celta de cor vinho, quando foi fechado na Avenida Brasil, por uma motocicleta com dois homens. Segundo a polícia, o personal trainer parou o veículo e tentou fugir em direção a um matagal, mas foi perseguido pelos homens, que conseguiram acertar quatro tiros ‘à queima roupa’, pelas costas, na região do tórax.

    O pára-brisa dianteiro do veículo da vítima apresenta um estilhaço com marca de balas e está sujo de lama. A princípio, a delegada Bernadete, que acompanha o caso, não descartou a possibilidade do crime ter ligação com a execução do jornalista e blogueiro, Décio Sá, ocorrida na noite de ontem (23). “Há essa possibilidade. Já estamos com as informações e a identidade da vítima e daremos prosseguimento às investigações”, disse.

    Porém, informações posteriores confiirmaram se tratar de um acerto de contas, já que Diego era ex-traficante de drogas e já tinha se envolvido em diversas brigas.

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    Polícia Federal atua nas investigações da morte de Décio

    A Polícia Federal já integra a comissão que investiga a execução do jornalista Décio Sá, ocorrido na noite de segunda-feira (23) em um restaurante na Avenida Litorânea.

    Uma comissão de três delegados atua diretamente na elucidação do crime. Imagens das barreiras eletrônicas da região onde o assassinato aconteceu, também foram solicitadas.

    Diversas testemunhas que presenciaram o fato já prestaram depoimento. O conteúdo do blog do Décio também passa por perícia. Um retrato falado do assassino será divulgado em breve.

    A polícia já encontrou o pente da arma utilizada no crime, uma pistola modelo P.40 e não tem dúvida de se tratar de crime de encomenda, já que o assassino não usava nenhum tipo de disfarce.

    O disque-denúncia está oferecendo uma recompensa no valor de R$ 100 mil para quem der informações que levem ao assassino ou ao mandante. Qualquer informação pode ser repassada pelos telefones: 3223-5800 (capital) e 0300-313-5800 (interior).

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    Mesmo com a voz rouca, silêncio jamais!

    Dei, desde ontem. diversas entrevistas para emissoras de TVs, rádios, jornais, blogs e portais. Em todos, uma pergunta: e o receio:

    Disse aos amigos que não mataram apenas um jornalista, o melhor dos últimos tempos. Mataram a liberdade, notadamente a liberdade de expressão.

    Com a morte brutal e covarde do destemido jornalista Décio Sá, meu amigo pessoal, e companheiro de lidas, assassinaram a liberdade de expressão. Ou não?

    Temos uma linha parecida, a do jornalismo investigativo, sem medo, aprofundado na coragem e sem medo de publicar os ilícitos. Somos parecidos. E, por isso, amigos.

    Mataram Décio Sá, mas não calaram a voz do jornalismo destemido. Ceifaram sua vida, mas não mataram de morte a publicação dos fatos verdadeiros.

    Não gostaria jamais de escrever sobre a a morte de um amigo jornalista, ainda a de Décio Sá. Mas assumo o compromisso com meus amigos leitores de ser o jornalista que ele sempre foi.

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    É preciso a CPI da Pistolagem

    A Assembleia Legislativa acena com a aprovação de uma audiência pública para tratar da pistolagem, do crime de encomenda no Maranhão. É pouco. Tem que ser criada ou reeditada a CPI do Crime Organizado.

    A CPI Nacional do Crime orgnaizado, quando passou pelo Maranhão, produziu efeitos satisfatórios, resultando, inclusive, na cassação do mandato de dois deputados.

    Ao invés de audiência pública, que acaba depois que termina, no dia seguinte, uma Comissão Parlamentar de Inquérito terá efeitos mais profundos.

    Hoje, durante entrevista coletiva, o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, admitiu que a morte do jornalista e blogueiro Décio Sá foi perpetrada por um esquema de pistolagem, de encomenda, pelo crime organizado.

    Além do assassinato do destemido blogueiro, o líder quilombola e trabalador rural, Raimundo Cabeça, foi executado em Buritucupu por pistoleiros. Na mesma Litorânea, um traficante conhecido por “Rato 8”, também foi executado no mesmo local há pouco menos de 10 dias.

    O crime de pistolagem voltou ao Maranhão, com mais força e bem mais organizado. Ontem foi o Décio Sá. E quem será ainda hoje ou amanhã a próxima vítima?

    Audiência pública proposta pelo parlamento estadual é uma passo, mas a CPI uma grande ajuda para enterrar ou intimidar o crime organizado no Maranhão. Pensem bem, senhores deputados!

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    Telefonemas e imagens gravadas podem levar ao matador de Décio Sá

    O Disque Denúncia recebeu até agora 10 telefonemas dando informações que podem fazer a polícia chegar ao assassino do jornalista e blogueiro Décio Sá, executado em um bar na avenida Litorânea ontem, por volta das 23h.

    Empresário fizeram um cota que reúne R$ 100 mil para quem apontar o matador do destemido profissional da imprensa maranhense, a maior recompensa dada em todo o país.  O secretário de Segurança Pública, Alusio Mendes, garantiu que os informantes terão o sigilo preservado.

    mendes informou ainda, em entrevista coletiva, que imagens filmadas por sistema de monitoramento eletrônico de casas próximas onde um carro aguardava o matador estão sendo recolhidas.

    E mais: que as placas da moto foram fornecidas por testemunhas, além dos traços físicos do assassino. Segundo um garçom do restaurante onde Décio Sá foi executado, o bandido é moreno e tem as caraterísticas que se assemelham a  índio.

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    Presos em Pedrinhas não tem relação com a morte de Décio Sá

    Os policiais de SEIC concluíram no final da tarde que as quatro pessoas presas nas proximidades do Posto de Pedrinhas, na BR 135, não tem nenhuma relação com o assassinato do jornalista Décio Sá, executado ontem em um restaurante da avenida Litorânea, por volta das 23h.

    Os quatro homens estavam em um veículo Corsa Classic, com película fumê, e ao fazerem manobra brusca, foram abordados pelos policiais rodoviários

    Um dos homens, um policial militar reformado, portava uma pistola  calibre .40, com 20 munições e mesmas caraterísticas da arma que matou Décio Sá, além de  R$ 2,446 em dinheiro

    Eles chegaram a ser encaminhados para o 12º Distrito Policial, no bairro do Maracanã e posteriormente para a SEIC

    Só após as investigações ficou comprovado que os quatro haviam participado de uma saidinha de banco na cidade de Bacabeira

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    Adiado o júri de Pedro Teles em Barra do Corda

    Empresário Pedro TelesEmpresário Pedro Teles

    A justiça adiou o júri popular que seria realizado amanhã na cidade de Barra do Corda, do empresário Pedro Teles, filho do prefeito Nezim, por suspeita de ser o mandante do assassinato do líder sem teto, Miguel Pereira Araújo.

    Outra decisão que chama atenção é a do juiz de não participar do julgamento. O pedido de adiamento, protocolado pela defesa dos pistoleiros Moisés Alexandre Pereira e Raimundo Pereira, acusados de matar o sem teto, alega que das 25 pessoas selecionadas para participar do júri popular, pelo menos 20 têm ligação com o empresário, seu pai, o prefeito Manoel Mariano de Sousa, o Nezim, e o deputado Rigo Teles (PV), irmão de Pedro.

    A petição é assinada por Leandro Morais Sampaio Peixoto, filho do ex-prefeito Avelar Sampaio (PTB). Na época, foi Avelar quem cedeu Moisés e Raimundo para atuarem como segurança de Nenzim. O ex-prefeito também deve prestar depoimento durante o julgamento.

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