Vídeos mostram envolvimento de policiais federais com grupo de Cachoeira

    Folha.com

    Imagens obtidas pela Folhacom exclusividade revelam como o grupo do empresário Carlinhos Cachoeira corrompia a polícia, segundo as investigações da Polícia Federal na Operação Monte Carlo.

    O vídeo abaixo, exibido no programa “TV Folha” (Cultura) deste domingo, mostra o que o Ministério Público aponta em sua investigação: que, para agir, o grupo de Cachoeira contava com a participação de policiais.

    As imagens mostram o delegado da Polícia Federal Fernando Byron, apontado pela Operação Monte Carlo como informante do esquema ilegal, entrando e saindo do carro de Cachoeira depois de marcar encontro pelo telefone.

    Uma CPI foi instalada no Congresso para investigar o caso. Cachoeira está preso em Brasília, no prédio da Papuda.

    Por causa das ligações com Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) sofre processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado.

    Relatório da Polícia Federal mostra que o senador informava Cachoeira com antecedência sobre operações a serem realizadas pelo Ministério Público contra o grupo do contraventor.

    O vídeo acima mostra ainda uma ligação telefônica entre Cachoeira e Byron. Segundo a investigação, o delegado, que trabalhava em Goiânia, era consultado por Cachoeira toda a semana para saber sobre as atividades da PF na região.

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    Flávio Dino compara morte de Décio à de seu filho, Marcelo

    Por Flávio Dino – Lutos e lutas

    Flávio DinoFlávio Dino

    Os crimes que levaram Marcelo não foram de responsabilidade exclusiva dos profissionais que ali estavam para socorrê-lo e não o fizeram corretamente. A morte de meu filho foi, acima de tudo, derivada de um sistema privado de saúde movido pelo lucro a qualquer custo. A ganância dessas empresas, planos de saúde e hospitais, desumaniza a saúde, transforma pessoas em estatísticas e mortes em meros “riscos do empreendimento”.

    A cada dia que o sol se levanta e jornais estampam mortes trágicas, fica mais claro que, além de um sistema público de qualidade, falta também uma melhor fiscalização do Estado sobre os hospitais privados. Nesta semana que passou, levei esse debate para a Câmara dos Deputados e para o Conselho Nacional de Justiça. Já estive na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e no Ministério Público do Trabalho, e não irei parar, extraindo forças da imensa coragem que Marcelo sempre teve.

    Marcelo DinoMarcelo Dino

    Quanto ao caso do Décio, irei continuar com todo vigor a luta por uma nova política em nosso Estado, sem oligarquias patrimonialistas, com pleno respeito aos direitos humanos e sem crimes de pistolagem contra ninguém, “famoso” ou “anônimo”.

    Jornalista Décio Sá. Foto: Blog do DécioJornalista Décio Sá. Foto: Blog do Décio

    O passo imediato depende do atual sistema de segurança pública do governo do Estado, de quem esperamos eficiência nas investigações do caso do jornalista Décio Sá e de demais crimes de pistolagem praticados nos últimos anos – vitimando trabalhadores, policiais, prefeitos, empresários. Conheço os profissionais das nossas Polícias e sei que são capazes de tão importante tarefa, bastando que tenham apoio e incentivo.

    Na semana passada, a presidente Dilma disse em discurso que quer fazer do Brasil o sexto melhor país do mundo em qualidade de vida, não apenas na economia. Neste novo Brasil com hospitais melhores e sem crimes hediondos, que tenho fé que virá, muitos Marcelos estarão conosco, mantendo vivo o sorriso do meu amado filho (ainda que as lágrimas não cessem, como agora).

    Flávio Dino, 43 anos, é presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), foi deputado federal e juiz federal.

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    Polícia encontra 127 kg de cocaína escondida em fundo falso de Hilux em Balsas

    Uma operação da polícia militar de Balsas apreendeu 127 kg de pasta base de cocaína que estava com dois traficantes, na manhã de sábado (28). No momento da abordagem, Johnne Rosa Pachêco e Éber Maciel Evangelista estavam num veículo Hilux, cor branco, placa NDV9580, da cidade de Jí-Paraná, Estado de Rondônia.

    O veículo Hilux foi apreendido no sábado (27) por irregularidades quanto à impostos. No sábado, após uma pesquisa do nome do proprietário a polícia chegou à informação de que Johnne Pachêco já possui passsagem pela polícia por tráfico de drogas.

    Uma inspeção foi feita na Hilux, e os policiais acabaram chegando à droga que estava escondida em um fundo falso na carroceria do veículo. Johnne e Éber foram autuados por tráfico de drogas.

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    Professora perde bebê por falta de atendimento médico em São João Batista

    A situação da saúde na cidade de São João Batista é lamentável. No último dia 21, a professora Genilse Alves Sousa perdeu seu filho após passar três dias em trabalho de parto aguardando atendimento na Unidade Mista de Saúde José Maria Santos Jacinto.

    O centro cirúrgico foi interditado pela Vigilância Sanitária e a unidade não possui medicamentos já há um bom tempo. A Secretraria de Saúde e a Prefeitura não tomaram nenhuma providência para resolver o problema. Enquanto isso a população precisa procurar atendimento em cidades vizinhas.

    A situação se torna ainda pior porque o marido da prefeita Surama Soares é médico e nem assim a administração municipal resolve o problema da saúde na cidade.

    A única pessoa que se compadeceu do sofrimento da professora foi o vice-prefeito, Carlos Figueiredo que acionou um helicóptero para trazer Genilse para São Luís. Ela foi internada na Maternidade Marly Sarney, onde se recupera.

    Os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) são repassados mensalmente e mesmo assim a saúde no município está praticamente inexistente. A situação é preocupante, a população denuncia inclusive, que os animais são abatidos na rua, já que o matadouro também está sem condições de uso.

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    Líder indígena é assassinada com dois tiros em Grajaú

    Em protesto, índios vão bloquear BR-226 na próxima quinta-feira (3), para cobrar do poder público mais segurança na região.

    G1 MA

    ìndios denunciam presença constante de pessoas estranhas na Aldeia Coquinho. Foto: ìndios do MaranhãoÍndios denunciam presença constante de pessoas estranhas na Aldeia Coquinho. Foto: ìndios do Maranhão

    A líder indígena Maria Amélia Guajajaras, pertencente a tribo Guajajaras, foi assassinada neste sábado (28) por volta das 14h com dois tiros. O principal suspeito do crime, de acordo com testemunhas, mora com um índia da mesma aldeia da vítima. Após a execução, o assassino fugiu da localidade.

    A indígena era líder da Aldeia Coquinho II, da reserva Canabrava, localizada entre os municípios de Grajaú, Barra do Corda e Jenipapo dos Vieiras, região centro-sul do estado do Maranhão.

    De acordo com o líder da Aldeia Bananal, a cacique teria sofrido represália de pessoas que assantam na reserva e devido a uma manifestação realizada por parte da aldeia solicitando do poder público mais segurança na rodovia BR-226, que corta as três cidades . Segundo ele, o número de assalto naquela região tem aumentado.

    Manifestação
    O caso da morte da líder indígena foi registrado na Delegacia Regional do município de Grajaú. Por conta da morte da cacique, os índios estão organizando uma manifestação para a próxima quinta-feira (3). Eles pretendem fechar a BR-226 para cobrar do poder público mais segurança na região. Além de um posto Policia Rodoviária Federal e das outras polícias, os indígenas pedem também monitoramento das aldeias situadas na região.

    “O problema não é um conflito indígena e sim de segurança pública. Já fizemos várias manifestações, mas ainda não obtivemos nenhuma resposta dos órgãos competentes. Estamos lutando pela segurança das pessoas que passam pela região”, explicou o líder da Aldeia Bananal.

    O corpo da líder índígena assassinada foi velado e enterrado no final da tarde deste sábado (28) na própria aldeia Coquinho II. A cacique, de 57 anos, deixa 7 filhos.

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    Balas que mataram Décio Sá são dos lotes da polícia ou de atiradores

    Pistola e projéteis P.40Pistola e projéteis P.40

    Não resta mais nenhuma dúvida: os projéteis que assassinaram o jornalista Décio Sá são dos lotes adquiridos pela polícia ou de atiradores profissionais. As balas, recolhidas no local do crime, incluive algumas das cinco no corpo do blogueiro, só podem ser adquiridas pelas polícias civis, militares, federais, Rodoviária Federal ou qualquer membro de clubes de tiros.

    Para tentar despistar os trabalhos das investigações, o matador usou seis estojos de diferentes lotes. O pente encontrado em um morro de areia do Calhau tem o número de série que aponta para um projétil .40.

    No carregador encontrado no morro, a polícia deve investigar se houve alguém que o tenha tocado sem a proteção de luva ou se pagado por uma pinça. Do contrário, lá estão as digitais do matador.

    Só quem pode adquirir o calibre .40, que mostra a dimensão do projétil, são policiais civis, militares, federais, rodoviários federais e até membros de clube de tiros.

    Como os projétis são variados, a polícia que investiga o caso já tem tempo para saber de onde são os lotes, independentemente de qual unidade ou corporação, inclusive de estados.

    Como o jornalista despertava a ira de muitos denunciados em seu blog, a investigação não á fácil. Mas o uso das balas podem indicar o caminho.

    As empresas que fornecem os lotes, a CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), a mais solicitada, a Aguilla, Lapua, sendo estas duas últimas importadas.

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    Jornalista que investigava narcotráfico é encontrada morta

    Portal AZ

    jornalista mexicana Regina Martinéz. Foto: Brasil Diáriojornalista mexicana Regina Martinéz. Foto: Brasil Diário

    A jornalista mexicana Regina Martínez, correspondente da revista “Proceso” no estado de Veracruz, foi encontrada morta neste sábado (28) em sua casa.

    Fontes policiais disseram que Regina, especializada em temas do narcotráfico, foi encontrada no banheiro de sua casa, na cidade de Xalapa, capital de Veracruz, com sinais de golpes em seu corpo e de estrangulamento.

    O corpo da jornalista foi encontrado por volta das 18h locais (20h de Brasília) graças a uma ligação anônima aos serviços de emergência.

    O governador de Veracruz, Gabriel Duarte, lamentou o assassinato da jornalista e ordenou uma investigação exaustiva a fim de conhecer os responsáveis pelo homicídio.

    Regina Martínez tinha mais de 30 anos de experiência como profissional de imprensa.

    Fonte: UOL

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    Juiz lamenta falta de empenho do Maranhão na aplicação da Lei

    O Imparcial

    juiz Márlon Reis. Foto: Blog do Déciojuiz Márlon Reis. Foto: Blog do Décio

    O juiz maranhense Márlon Jacinto Reis proferiu, nesta sexta-feira (27), na Associação do Ministério Público do Estado do Maranhão (Ampem) palestra sobre a aplicação da Lei Ficha Limpa nas eleições deste ano.

    Especialista em Direito Eleitoral e um dos coordenadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, o magistrado defendeu nacionalmente a implantação da Lei. Recentemente viajou ao México para compartilhar a experiência brasileira com os juristas mexicanos.

    Em conversa com O Imparcial, o magistrado destacou a decisão do STF sobre a matéria e lamentou o pouco empenho do estado na aplicação da nova lei.

    O Imparcial – Quais são os principais desafios para que a Lei Ficha Limpa seja aplicada este ano?

    Márlon Reis – O maior desafio nós superamos que foi o demorado debate sobre a constitucionalidade da Lei. Felizmente, o Supremo Tribunal Federal (STF) superou essa questão afirmando, por ampla maioria, que a Lei está completamente de acordo com a nossa Constituição. Agora virão outros desafios relacionados à interpretação de cada um dos muitos dispositivos da Lei. Nossa meta é participar do debate de cada um deles. Tanto do debate jurídico quanto do debate de natureza social que cada um suscita.

    Como será feita a exclusão de candidatos condenados por decisões colegiadas?

    Existe a necessidade de que a Justiça Eleitoral e todas as instituições encarregadas da fiscalização do processo eleitoral, assim como o Ministério Público, se apropriem de mecanismos que permitam obter esses dados e confrontá-los com as informações apresentadas pelos candidatos. Por isso, é muito importante a formação de uma rede institucional que envolva todos os órgãos onde possam ocorrer decisões que acarretem em inelegibilidade. Não é provável que essa rede esteja pronta nesta eleição, com a qualidade que precisa por conta do tempo, uma vez que o STF demorou muito para julgar a matéria. Mas, já está sendo montada e, com certeza, na próxima eleição essa ligação será mais completa. Por hora, precisaremos muito do apoio da sociedade que poderá trazer ao Ministério Público ou à Justiça Eleitoral informações preciosas sobre eventuais deslizes cometidos pelos candidatos e que acarretem em inelegibilidade.

    Como um dos coordenadores da Lei da Ficha Limpa o senhor acredita que o Maranhão está engajando na aplicação da Lei ou estamos sendo apenas expectadores?

    Há muitas pessoas envolvidas, mas elas são extremamente minoritárias. Uma mostra de que não estamos em dia com o que está acontecendo no restante do país é que não existe um só município no estado do Maranhão que já tenha a Lei da Ficha Limpa municipal o que já ocorre nas principais capitais e muitas outras cidades do Brasil. Em estados como Minas Gerais e Paraíba é impressionante o número de municípios que já aprovaram leis assim. Da mesma maneira, existem sete estados, com a adesão recente de Goiás, que impedem a nomeação de pessoas para cargo de confiança que tenham sido declaradas inelegíveis. No Maranhão foi aprovado um bom projeto na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia e estamos esperando essa matéria ir ao plenário para comemorarmos o ingresso do Maranhão nesse movimento que está sendo vivido em todo o país. Lamentavelmente, ainda estamos atrasados nesse debate.

    O número de processos contra gestores por desvio de recursos é um dos maiores do país, isso implicará num recorde dos chamados “fichas sujas” no estado?

    Eu não diria tanto, embora possamos fazer alguns cruzamentos de dados no futuro quando soubermos quem são os candidatos. Mas, de fato, as informações que temos até agora indicam que existe muita gente apanhada pela teia da Ficha Limpa aqui no estado do Maranhão, especialmente, por contas rejeitadas e atos de improbidade. Isso é lamentável. Por outro lado, poderemos comemorar o fato de que essas pessoas não poderão voltar a ocupar espaço à frente dos municípios. Isso nos dá esperança de que novas pessoas, com uma nova mentalidade, venham a exercer esse espaço importante do poder político.

    O Ministério Público não poderia ter uma postura mais ativa em relação ao acompanhamento de gestores que cometem irregularidades que resultem em infrações previstas na Ficha Limpa ou uma mobilização maior junto à sociedade sobre o tema?

    O Ministério Público do Estado do Maranhão tem uma excelente atuação no combate à corrupção, inclusive a eleitoral. O órgão promoveu debates a partir de 2000 contra a corrupção eleitoral. Os promotores do estado sempre participaram desses eventos chamando a comunidade para debater o problema de compra de votos. É verdade que podemos ir mais além em nossas instituições, peço a todos os promotores de justiça que de fato se aproximem ainda mais das suas comunidades e as tenham como aliadas no processo de recolhimento dessas informações preciosas para apresentação das atuais bases de impugnação de candidaturas a partir da Ficha Limpa.

    Em março, os partidos chegaram a pedir ao TSE que reconsiderasse a resolução que impede os candidatos com contas rejeitadas na última campanha de serem impedidos de disputar um novo pleito argumentando que muitas vezes haveria a ausência de uma informação por descuido. O que o senhor acha desse argumento?

    Esse é um debate que não é diretamente relacionado, mas é decorrente da Ficha Limpa, trata não das contas públicas dos gestores, mas das contas de campanha. Na verdade, se trata de um grave problema que tem que ser observado pela Justiça eleitoral. As contas não são rejeitadas por meros vícios formais, esse discurso é uma falácia, já que a Lei das Eleições estabelece que os vícios formais não podem levar à rejeição das contas. A verdade é que encontramos nessas contas, eu mesmo já vi muitas vezes, documentos falsos, notas fiscais frias, são atos de fraude que implicam na rejeição das contas. Esperamos que a Justiça Eleitoral não se intimide por essa cruzada de partidos e mantenha seu entendimento que está de acordo com a lei.

    O que pode ser feito para evitar a chuva de recursos impetrados por candidatos para se manterem na disputa eleitoral como ocorreu nas últimas eleições?

    A Lei da Ficha Limpa mudou isso. O fato de concorrer com uma liminar não o coloca a salvo, ele perderá o mandato posteriormente. É mais grave porque aquele que é condenado e pediu uma liminar, sobre os efeitos da aplicação da Ficha Limpa, para ser candidato, reclama para si a concessão de uma prioridade sobre a apreciação do feito, por força do que está previsto na própria lei. Ele deverá ser julgado com primazia sobre todos os demais, isso significa que para conseguir uma liminar pagará o preço de ter o recurso julgado rapidamente. O que pode fazer com que perca não apenas o mandato, mas até a liberdade em casos criminais.

    Como o senhor acredita que a Justiça deve proceder em casos onde o gestor enfrenta processos na Justiça, mas se coloca como candidato, exemplo que ocorre em cidades do nosso estado?

    Como magistrado eu não posso fazer menção a nenhum caso concreto e como pessoa adoto a mesma postura. Compete a Justiça em cada caso concreto analisar. Eu tenho certeza que nestes casos o Judiciário será bastante coerente com o momento que a sociedade está vivendo e vai afastar do pleito quem deve ser afastado.

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    Sarney homenageia e destaca trabalho desempenhado por Décio Sá

    Blog do Luís Pablo

    Na edição publicada neste domingo, 29, no Jornal O Estado do Maranhão, o presidente do Senado, José Sarney, homenageou e destacou o trabalho desempenhado por Décio Sá na internet.

    Abaixo a crônica de Sarney:

    Jornalista Décio SáJornalista Décio Sá
    “Dor e revolta foram os sentimentos com que recebi a notícia brutal do assassinato do grande jornalista maranhense Décio Sá. Ele era uma das mais fortes afirmações do talento, da coragem, do destemor e do brilhantismo do jornalismo de nossa terra. Impressionava-nos a dedicação, quase devoção, com que exercia sua profissão. Num momento de transformação dos instrumentos de comunicação, foi um pioneiro. Logo vislumbrou as potencialidades da internet e os instrumentos que ela oferecia para levar a notícia diretamente ao leitor e com ele estabelecer uma cumplicidade na avaliação dos fatos.

    Logo se tornou um sucesso, e seu blog não só era um dos mais acessados do Maranhão, mas do Brasil. Fenômeno tão admirado que trouxe ao Maranhão experts da área com a finalidade de examinar os motivos de tamanho êxito. Por sua independência e competência, os blogueiros que iniciaram no portal Imirante.com passaram a ser conhecidos em todo o Brasil, e à frente deles estava Decio Sá.

    Era uma personalidade afável, que vivia o mundo do jornalismo numa possessão de toda hora e de todos os minutos. No dia de sua morte, eu no hospital recebi um telefonema seu querendo saber de minha saúde e também atrás de notícias. Gostava de seu jeito inteligente e arguto, de sua energia que jamais anunciava que sua vida seria tão breve.

    Presidente do Senado, José SarneyPresidente do Senado, José Sarney
    Esse é um crime que revoltou o país inteiro e teve repercussão mundial. É uma brutalidade, uma selvageria que não pode deixar de ser desvendada para punir esses hediondos criminosos e dessa maneira desestimular o banditismo. Está em jogo a liberdade de imprensa, a democracia e nossos valores morais.

    O nosso jornal está ferido e menor com sua morte. Perdemos um companheiro brilhante, que honrava nossos quadros e cujo nome ficará na história do jornalismo maranhense como um mártir da imprensa, do direito de informar e da independência com que exerceu sua profissão, sua paixão pelo trabalho e sua vontade de servir a democracia.

    A polícia do Maranhão tem um grande desafio e o está exercendo com determinação, inclusive em parceria com a Polícia Federal e todo o sistema de combate ao crime no país.

    É uma exigência da sociedade e uma satisfação a todos nós, amigos e admiradores de Décio, a quem uma vez mais rendemos a nossa homenagem. Sua família pode ficar certa de nossa solidariedade nesse momento de dor que também é nossa a certeza de que sua morte levou um grande homem, jornalista, lutador e defensor da liberdade fundamental da democracia, a liberdade de imprensa”.

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    Polícia segue investigações do caso que apura assassinato de jornalista

    Do G1MA

    Neste domingo (29), às 10h, na Igreja da Sé, será celebrada a missa de sétimo dia em memória do jornalista Décio Sá. Além do ato religioso, na terça-feira, 1º de maio, a partir das 9h, familiares e amigos do jornalista vão realizar uma caminhada em sinal de protesto, pedindo a elucidação desse crime e de outros considerados de encomenda no Maranhão.

    Jornalista Décio SáJornalista Décio Sá
    Enquanto os familiares se mobilizam e cobram a rápida solução do caso, há cinco dias a Polícia segue as investigações do crime, realizado na segunda-feira (23), por volta das 22h40, em um bar da Avenida Litorânea.

    O crime ganhou repercussão nacional e até internacional. Entidades ligadas ao jornalismo chegaram a publicar notas e manifestos, repudiando a ação, entre elas a comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

    Na sexta-feira (27) o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, decretou sigilo nas investigações, segundo ele, para não atrapalhar o andamento do caso.

    A principal tese trabalhada nas investigações é de que o assassinato tenha sido um crime de encomenda e realizado por profissionais.

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