Balas que mataram Décio Sá são dos lotes da polícia ou de atiradores

    Pistola e projéteis P.40Pistola e projéteis P.40

    Não resta mais nenhuma dúvida: os projéteis que assassinaram o jornalista Décio Sá são dos lotes adquiridos pela polícia ou de atiradores profissionais. As balas, recolhidas no local do crime, incluive algumas das cinco no corpo do blogueiro, só podem ser adquiridas pelas polícias civis, militares, federais, Rodoviária Federal ou qualquer membro de clubes de tiros.

    Para tentar despistar os trabalhos das investigações, o matador usou seis estojos de diferentes lotes. O pente encontrado em um morro de areia do Calhau tem o número de série que aponta para um projétil .40.

    No carregador encontrado no morro, a polícia deve investigar se houve alguém que o tenha tocado sem a proteção de luva ou se pagado por uma pinça. Do contrário, lá estão as digitais do matador.

    Só quem pode adquirir o calibre .40, que mostra a dimensão do projétil, são policiais civis, militares, federais, rodoviários federais e até membros de clube de tiros.

    Como os projétis são variados, a polícia que investiga o caso já tem tempo para saber de onde são os lotes, independentemente de qual unidade ou corporação, inclusive de estados.

    Como o jornalista despertava a ira de muitos denunciados em seu blog, a investigação não á fácil. Mas o uso das balas podem indicar o caminho.

    As empresas que fornecem os lotes, a CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), a mais solicitada, a Aguilla, Lapua, sendo estas duas últimas importadas.

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    Jornalista que investigava narcotráfico é encontrada morta

    Portal AZ

    jornalista mexicana Regina Martinéz. Foto: Brasil Diáriojornalista mexicana Regina Martinéz. Foto: Brasil Diário

    A jornalista mexicana Regina Martínez, correspondente da revista “Proceso” no estado de Veracruz, foi encontrada morta neste sábado (28) em sua casa.

    Fontes policiais disseram que Regina, especializada em temas do narcotráfico, foi encontrada no banheiro de sua casa, na cidade de Xalapa, capital de Veracruz, com sinais de golpes em seu corpo e de estrangulamento.

    O corpo da jornalista foi encontrado por volta das 18h locais (20h de Brasília) graças a uma ligação anônima aos serviços de emergência.

    O governador de Veracruz, Gabriel Duarte, lamentou o assassinato da jornalista e ordenou uma investigação exaustiva a fim de conhecer os responsáveis pelo homicídio.

    Regina Martínez tinha mais de 30 anos de experiência como profissional de imprensa.

    Fonte: UOL

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    Juiz lamenta falta de empenho do Maranhão na aplicação da Lei

    O Imparcial

    juiz Márlon Reis. Foto: Blog do Déciojuiz Márlon Reis. Foto: Blog do Décio

    O juiz maranhense Márlon Jacinto Reis proferiu, nesta sexta-feira (27), na Associação do Ministério Público do Estado do Maranhão (Ampem) palestra sobre a aplicação da Lei Ficha Limpa nas eleições deste ano.

    Especialista em Direito Eleitoral e um dos coordenadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, o magistrado defendeu nacionalmente a implantação da Lei. Recentemente viajou ao México para compartilhar a experiência brasileira com os juristas mexicanos.

    Em conversa com O Imparcial, o magistrado destacou a decisão do STF sobre a matéria e lamentou o pouco empenho do estado na aplicação da nova lei.

    O Imparcial – Quais são os principais desafios para que a Lei Ficha Limpa seja aplicada este ano?

    Márlon Reis – O maior desafio nós superamos que foi o demorado debate sobre a constitucionalidade da Lei. Felizmente, o Supremo Tribunal Federal (STF) superou essa questão afirmando, por ampla maioria, que a Lei está completamente de acordo com a nossa Constituição. Agora virão outros desafios relacionados à interpretação de cada um dos muitos dispositivos da Lei. Nossa meta é participar do debate de cada um deles. Tanto do debate jurídico quanto do debate de natureza social que cada um suscita.

    Como será feita a exclusão de candidatos condenados por decisões colegiadas?

    Existe a necessidade de que a Justiça Eleitoral e todas as instituições encarregadas da fiscalização do processo eleitoral, assim como o Ministério Público, se apropriem de mecanismos que permitam obter esses dados e confrontá-los com as informações apresentadas pelos candidatos. Por isso, é muito importante a formação de uma rede institucional que envolva todos os órgãos onde possam ocorrer decisões que acarretem em inelegibilidade. Não é provável que essa rede esteja pronta nesta eleição, com a qualidade que precisa por conta do tempo, uma vez que o STF demorou muito para julgar a matéria. Mas, já está sendo montada e, com certeza, na próxima eleição essa ligação será mais completa. Por hora, precisaremos muito do apoio da sociedade que poderá trazer ao Ministério Público ou à Justiça Eleitoral informações preciosas sobre eventuais deslizes cometidos pelos candidatos e que acarretem em inelegibilidade.

    Como um dos coordenadores da Lei da Ficha Limpa o senhor acredita que o Maranhão está engajando na aplicação da Lei ou estamos sendo apenas expectadores?

    Há muitas pessoas envolvidas, mas elas são extremamente minoritárias. Uma mostra de que não estamos em dia com o que está acontecendo no restante do país é que não existe um só município no estado do Maranhão que já tenha a Lei da Ficha Limpa municipal o que já ocorre nas principais capitais e muitas outras cidades do Brasil. Em estados como Minas Gerais e Paraíba é impressionante o número de municípios que já aprovaram leis assim. Da mesma maneira, existem sete estados, com a adesão recente de Goiás, que impedem a nomeação de pessoas para cargo de confiança que tenham sido declaradas inelegíveis. No Maranhão foi aprovado um bom projeto na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia e estamos esperando essa matéria ir ao plenário para comemorarmos o ingresso do Maranhão nesse movimento que está sendo vivido em todo o país. Lamentavelmente, ainda estamos atrasados nesse debate.

    O número de processos contra gestores por desvio de recursos é um dos maiores do país, isso implicará num recorde dos chamados “fichas sujas” no estado?

    Eu não diria tanto, embora possamos fazer alguns cruzamentos de dados no futuro quando soubermos quem são os candidatos. Mas, de fato, as informações que temos até agora indicam que existe muita gente apanhada pela teia da Ficha Limpa aqui no estado do Maranhão, especialmente, por contas rejeitadas e atos de improbidade. Isso é lamentável. Por outro lado, poderemos comemorar o fato de que essas pessoas não poderão voltar a ocupar espaço à frente dos municípios. Isso nos dá esperança de que novas pessoas, com uma nova mentalidade, venham a exercer esse espaço importante do poder político.

    O Ministério Público não poderia ter uma postura mais ativa em relação ao acompanhamento de gestores que cometem irregularidades que resultem em infrações previstas na Ficha Limpa ou uma mobilização maior junto à sociedade sobre o tema?

    O Ministério Público do Estado do Maranhão tem uma excelente atuação no combate à corrupção, inclusive a eleitoral. O órgão promoveu debates a partir de 2000 contra a corrupção eleitoral. Os promotores do estado sempre participaram desses eventos chamando a comunidade para debater o problema de compra de votos. É verdade que podemos ir mais além em nossas instituições, peço a todos os promotores de justiça que de fato se aproximem ainda mais das suas comunidades e as tenham como aliadas no processo de recolhimento dessas informações preciosas para apresentação das atuais bases de impugnação de candidaturas a partir da Ficha Limpa.

    Em março, os partidos chegaram a pedir ao TSE que reconsiderasse a resolução que impede os candidatos com contas rejeitadas na última campanha de serem impedidos de disputar um novo pleito argumentando que muitas vezes haveria a ausência de uma informação por descuido. O que o senhor acha desse argumento?

    Esse é um debate que não é diretamente relacionado, mas é decorrente da Ficha Limpa, trata não das contas públicas dos gestores, mas das contas de campanha. Na verdade, se trata de um grave problema que tem que ser observado pela Justiça eleitoral. As contas não são rejeitadas por meros vícios formais, esse discurso é uma falácia, já que a Lei das Eleições estabelece que os vícios formais não podem levar à rejeição das contas. A verdade é que encontramos nessas contas, eu mesmo já vi muitas vezes, documentos falsos, notas fiscais frias, são atos de fraude que implicam na rejeição das contas. Esperamos que a Justiça Eleitoral não se intimide por essa cruzada de partidos e mantenha seu entendimento que está de acordo com a lei.

    O que pode ser feito para evitar a chuva de recursos impetrados por candidatos para se manterem na disputa eleitoral como ocorreu nas últimas eleições?

    A Lei da Ficha Limpa mudou isso. O fato de concorrer com uma liminar não o coloca a salvo, ele perderá o mandato posteriormente. É mais grave porque aquele que é condenado e pediu uma liminar, sobre os efeitos da aplicação da Ficha Limpa, para ser candidato, reclama para si a concessão de uma prioridade sobre a apreciação do feito, por força do que está previsto na própria lei. Ele deverá ser julgado com primazia sobre todos os demais, isso significa que para conseguir uma liminar pagará o preço de ter o recurso julgado rapidamente. O que pode fazer com que perca não apenas o mandato, mas até a liberdade em casos criminais.

    Como o senhor acredita que a Justiça deve proceder em casos onde o gestor enfrenta processos na Justiça, mas se coloca como candidato, exemplo que ocorre em cidades do nosso estado?

    Como magistrado eu não posso fazer menção a nenhum caso concreto e como pessoa adoto a mesma postura. Compete a Justiça em cada caso concreto analisar. Eu tenho certeza que nestes casos o Judiciário será bastante coerente com o momento que a sociedade está vivendo e vai afastar do pleito quem deve ser afastado.

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    Sarney homenageia e destaca trabalho desempenhado por Décio Sá

    Blog do Luís Pablo

    Na edição publicada neste domingo, 29, no Jornal O Estado do Maranhão, o presidente do Senado, José Sarney, homenageou e destacou o trabalho desempenhado por Décio Sá na internet.

    Abaixo a crônica de Sarney:

    Jornalista Décio SáJornalista Décio Sá
    “Dor e revolta foram os sentimentos com que recebi a notícia brutal do assassinato do grande jornalista maranhense Décio Sá. Ele era uma das mais fortes afirmações do talento, da coragem, do destemor e do brilhantismo do jornalismo de nossa terra. Impressionava-nos a dedicação, quase devoção, com que exercia sua profissão. Num momento de transformação dos instrumentos de comunicação, foi um pioneiro. Logo vislumbrou as potencialidades da internet e os instrumentos que ela oferecia para levar a notícia diretamente ao leitor e com ele estabelecer uma cumplicidade na avaliação dos fatos.

    Logo se tornou um sucesso, e seu blog não só era um dos mais acessados do Maranhão, mas do Brasil. Fenômeno tão admirado que trouxe ao Maranhão experts da área com a finalidade de examinar os motivos de tamanho êxito. Por sua independência e competência, os blogueiros que iniciaram no portal Imirante.com passaram a ser conhecidos em todo o Brasil, e à frente deles estava Decio Sá.

    Era uma personalidade afável, que vivia o mundo do jornalismo numa possessão de toda hora e de todos os minutos. No dia de sua morte, eu no hospital recebi um telefonema seu querendo saber de minha saúde e também atrás de notícias. Gostava de seu jeito inteligente e arguto, de sua energia que jamais anunciava que sua vida seria tão breve.

    Presidente do Senado, José SarneyPresidente do Senado, José Sarney
    Esse é um crime que revoltou o país inteiro e teve repercussão mundial. É uma brutalidade, uma selvageria que não pode deixar de ser desvendada para punir esses hediondos criminosos e dessa maneira desestimular o banditismo. Está em jogo a liberdade de imprensa, a democracia e nossos valores morais.

    O nosso jornal está ferido e menor com sua morte. Perdemos um companheiro brilhante, que honrava nossos quadros e cujo nome ficará na história do jornalismo maranhense como um mártir da imprensa, do direito de informar e da independência com que exerceu sua profissão, sua paixão pelo trabalho e sua vontade de servir a democracia.

    A polícia do Maranhão tem um grande desafio e o está exercendo com determinação, inclusive em parceria com a Polícia Federal e todo o sistema de combate ao crime no país.

    É uma exigência da sociedade e uma satisfação a todos nós, amigos e admiradores de Décio, a quem uma vez mais rendemos a nossa homenagem. Sua família pode ficar certa de nossa solidariedade nesse momento de dor que também é nossa a certeza de que sua morte levou um grande homem, jornalista, lutador e defensor da liberdade fundamental da democracia, a liberdade de imprensa”.

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    Polícia segue investigações do caso que apura assassinato de jornalista

    Do G1MA

    Neste domingo (29), às 10h, na Igreja da Sé, será celebrada a missa de sétimo dia em memória do jornalista Décio Sá. Além do ato religioso, na terça-feira, 1º de maio, a partir das 9h, familiares e amigos do jornalista vão realizar uma caminhada em sinal de protesto, pedindo a elucidação desse crime e de outros considerados de encomenda no Maranhão.

    Jornalista Décio SáJornalista Décio Sá
    Enquanto os familiares se mobilizam e cobram a rápida solução do caso, há cinco dias a Polícia segue as investigações do crime, realizado na segunda-feira (23), por volta das 22h40, em um bar da Avenida Litorânea.

    O crime ganhou repercussão nacional e até internacional. Entidades ligadas ao jornalismo chegaram a publicar notas e manifestos, repudiando a ação, entre elas a comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

    Na sexta-feira (27) o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, decretou sigilo nas investigações, segundo ele, para não atrapalhar o andamento do caso.

    A principal tese trabalhada nas investigações é de que o assassinato tenha sido um crime de encomenda e realizado por profissionais.

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    Em Presidente Dutra, trairagem não abala o grupo da prefeita Irene Soares

    Blog do Luís Pablo

    O pré-candidato a prefeito de Presidente Dutra, Juran Carvalho (PV), escorregou e passou a apoiar o adversário da prefeita Irene Soares (PRB).

    E mais: o desafeto da prefeita sairá candidato a vice na chapa de Juran. Até aqui tudo bem tudo bacana. Ocorre que Biné Soares falava horrores do pré-candidato a prefeito. E multavelmente passou a espalhar na cidade de Presidente Dutra, que só Juran, a quem era um demônio, virou santo. Está é a política de Presidente Dutra: a do vai e vem. E ninguém entendeu nada.

    Biné Soares, que defendia a tia (Irene Soares) como a melhor prefeita da região e aguardava dela ser o candidato a prefeito, mudou. Alias, virou a casaca. Pulou para barca de Juran, a quem dizia ser o atraso do município.

    Juran Carvalho, como se sabe, teve o irmão prefeito da cidade com uma administração desastrosa no município. E é assim que Biné Soares se revela um político de Presidente Dutra que queria renovar, mas prefere o atraso.

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    Áudios apontam que Demóstenes recebeu R$ 3,1 milhões de Cachoeira

    Desse valor, R$ 1 milhão teria sido depositado na conta do senador. Supremo liberou para CPI acesso a inquérito sobre Demóstenes Torres.

    G1

    Gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal revelam que o senador Demóstenes Torres (sem partido – GO) pode ter recebido até R$ 3,1 milhões do grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso pela PF na Operação Monte Carlo, deflagrada para combater um esquema de exploração de jogo ilegal. Desse valor, R$ 1 milhão foi depositado na conta do senador.

    Nesta sexta-feira (27), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, relator do inquérito que tramita na Corte para investigar as relações de Demóstenes com o contraventor, autorizou que três comissões do Congresso retirem cópia integral dos autos da investigação, entre elas a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) instalada nesta semana no Congresso para apurar as relações de Cachoeira com agentes públicos e privados.

    No material que compõe o inquérito sobre Demóstenes, está um diálogo revelado pelo Jornal Nacional em 28 de março entre Cachoeira e Geovani Pereira da Silva, apontado na denúncia do Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO) como tesoureiro do grupo. O JN obteve agora o áudio da conversa – clique no vídeo acima para ouvir.

    Geovani: Porque eu tô devendo pra ele aqui, 1 milhão e oitenta e seis. E, na verdade, eu só tenho os oitenta e seis. Cachoeira: Esse um é o do Demóstenes, uai.

    Em outro diálogo, Cachoeira conversa com Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, que foi afastado de seu cargo. Abreu foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal nesta semana em uma operação sobre supostas fraudes cometidas no DF, como desdobramento da Operação Monte Carlo.

    Cachoeira: Cê fala quanto? Que do Demóstenes, no total, eu dei dois e ocê três e cem, não é isso? Cláudio Abreu: Exatamente; Cachoeira: É uai. A conta é fácil. Você deu um e quinhentos, mais seiscentos. Dois e cem. Depois, segurou mais um para mim. Três e cem. Então não tem outra conta.

    Nesta sexta, o site Brasil 247 divulgou a íntegra do pedido de abertura de inquérito contra o senador Demóstenes. O documento, assinado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. diz que “em diálogo no dia 22 de março de 2011, às 11:18:00, entre Carlos Cachoeira e Cláudio Abreu, não degravado pela autoridade policial, é expressamente referido que o valor de um milhão foi depositado na conta do Senador Demóstenes e que o valor total repassado para o Parlamentar foi de R$ 3.100.000,00 (três milhões e cem mil reais).”

    O advogado de Cachoeira não foi localizado para comentar as gravações.

    O advogado do senador Demóstenes Torres chamou de fantasioso o relatório assinado pelo procurador geral da República. Disse ser falsa a informação de que Demóstenes teria recebido R$ 3,1 milhões do bicheiro Cachoeira, e não quis se pronunciar sobre a conversa em que Gleyb e Demóstenes combinaram a entrega de R$ 20 mil no apartamento do senador.

    Marconi Perillo Em outra conversa a qual o JN teve acesso mostra proximidade entre Demóstenes, Cachoeira e o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Na quinta, o advogado de Perillo, que é o mesmo de Demóstenes, pediu ao PGR para investigar o governador.

    O primeiro trecho do diálogo é entre Cachoeira e Demóstenes. Foi antes de um jantar, na casa do senador.

    Cachoeira: fala, doutor! Demóstenes: fala, professor, tá marcado lá pras oito? Cachoeira: Ta,uai, preparadinho já. Demóstenes: num quer levar o Cláudio [Abreu, ex-diretor da Delta] mais tarde, não? Parece que o governador gosta dele. Ele chega às oito lá que o governador ficou… chegar às oito, manda o Cláudio chegar às nove, até lá nos já conversamos fiado.

    A assessoria do governador de Goiás informou que ele já tinha confirmado anteriormente a presença em um jantar na casa de Demóstenes no qual encontrou Cachoeira.

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    Passeata “Amigos e Leitores de Décio Sá” convidam toda sociedade

    Blog do Luís Pablo

    Cerca de 15 outdoors (veja abaixo a imagem de um em frente à Assembleia) foram espalhados hoje, 28, pelos principais pontos de São Luís para convidar toda sociedade a participar da passeata “Amigos e Leitores de Décio Sá”.

    A caminhada será na próxima terça-feira, no dia 1 de maio (feriado), quando completa uma semana da morte do jornalista e blogueiro Décio Sá, que foi brutalmente assassinado.

    A passeata terá início às 10h no Parquinho da praia (próximo ao Hotel Pestana) e termina no bar Estrela do Mar, onde aconteceu o crime.

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    Prefeito de Bacabeira sofre acidente na BR-135

    Do Imirante:

    O prefeito do município de Bacabeira, José Venâncio Correa Filho, sofreu um acidente na BR-135 no trecho do povoado Periz de Cima na madrugada deste sábado (28).

    José Venâncio foi trazido para São Luís e está internado em um hospital particular. O prefeito teve escoriações no corpo e um profundo corte na cabeça. Segundo os médicos, o quadro de saúde dele é considerado estável e sem risco de morte.

    De acordo com testemunhas, o prefeito estava em uma caminhonete e capotou o veículo quando voltava para casa. Ele teria recebido uma ligação de que sua residência estaria sendo assaltada.

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    Com Cachoeira, Demóstenes combina ‘bater’ em Gurgel, um ‘sem vergonha’

    Em conversa com contraventor, parlamentar diz ser importante atacar procurador-geral, que arquivou representações da oposição contra Palocci

    Folha de S. Paulo

    Investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) chamou o procurador-geral, Roberto Gurgel, de “sem vergonha” durante o escândalo do caso Palocci, em 2011. Áudios obtidos pelo Estado mostram que, em conversa com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o parlamentar afirmou que tinha de “bater” em Gurgel para ele não se animar a investigá-lo.

    Segundo a Polícia Federal, a interceptação foi feita na manhã seguinte a um pronunciamento no Senado em que Demóstenes criticava a atuação do procurador-geral, que arquivou a investigação contra o ex-ministro da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, Antonio Palocci, por enriquecimento ilícito a partir de consultorias supostamente prestadas por sua empresa, a Projeto. A representação foi feita pelos partidos de oposição. Na ocasião, o senador foi um dos maiores críticos à postura de Gurgel.

    “Se não der nele, ele (Gurgel) começa a pegar a gente também, você entendeu? Agora, se ele está cumprindo obrigação do governo, agora ele inocenta o governo e depois pega um da oposição. Isso é sem vergonha. Se não bater nele, ele anima”, disse Demóstenes, em conversa às 10h06 do dia 7 de junho de 2011. Cachoeira elogiou o discurso do parlamentar e ressaltou que o procurador ficou “desmoralizado” depois da fala do senador.

    Na época em que Demóstenes criticava Gurgel, a PF já havia remetido ao procurador peças do inquérito da Operação Vegas, que demonstravam a proximidade entre o senador e Cachoeira. Nos grampos, o parlamentar pede dinheiro ao contraventor para pagar suas despesas. Contudo, mesmo de posse do material desde 2009, o procurador só pediu autorização ao STF para investigá-lo em 2012, após a crise provocada pela Operação Monte Carlo.

    Na quarta-feira, dia da primeira sessão da CPI do Cachoeira no Congresso, o senador Fernando Collor (PTB-AL) propôs a convocação de Gurgel, mas o requerimento foi rejeitado. Questionado pela imprensa sobre por que não pediu autorização para investigar Demóstenes em 2009, Gurgel afirmou que o inquérito daquele ano dependia de informações que só viriam a ser obtidas na Monte Carlo, deflagrada há dois meses.

    ‘Fumaça’. As interceptações mostram que o senador e Cachoeira cogitavam representar ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra a recondução de Gurgel ao cargo. O procurador teria, segundo Demóstenes, deixado de cumprir sua obrigação funcional. “Seria uma ótima representar contra ele no Conselho,” diz o senador, animado com a proposta de Cachoeira de fazer um ato contra a recondução de Gurgel ao cargo.

    Em 3 de agosto, durante a sabatina para a recondução, Demóstenes voltou a questionar o procurador sobre o arquivamento no caso Palocci. “Causou estranheza porque, para se iniciar uma investigação, bastam indícios, que são fumaças, e o que nós imaginávamos é que (ele) iria abrir um processo de investigação. Vossa excelência teve documentos a que nós não tivemos acesso, que são sigilosos, e há algumas situações muito estranhas. O Supremo já admitiu investigação a partir de matérias de jornal”, afirmou o senador.

    Na época, Gurgel afirmou que não via indícios de crime e, por isso, decidiu arquivar as representações. “Não é possível concluir pela presença de indício idôneo de que a renda havida pelo representado (Palocci) como parlamentar ou por intermédio da Projeto adveio da prática de delitos, nem que tenha usado do mandato de deputado federal para beneficiar eventuais clientes de sua empresa perante a administração pública.”

    Nesta sexta-feira, 27, a Procuradoria-Geral da República não comentou as críticas de Demóstenes relacionadas à atuação de Gurgel. Por meio de seu advogado, o senador informou que não comentaria os áudios da Monte Carlo.

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