Caso do afastamento do prefeito de Bacuri volta a ser julgado

Mais um episódio do afastamento do prefeito de Bacuri, Baldoino, volta a julgamento e, ao que tudo indica, o vice prefeito que foi conduzido ao cargo, deve permanecer.

Neste caso, a alternância se operou por provocação do Ministério Público Estadual, baseado no trágico episódio que ceifou a vida de oito estudantes, quando se deslocavam a uma escola municipal, conduzidos por veículo inadequado ao transporte escolar. Consta do processo judicial que o prefeito contratou varias motos, caçambas e camionetes do tipo “pau de arara” para o transporte de alunos, desafiando o perigo de acidentes, que acabou acontecendo.

O afastamento do prefeito Baldoino está fundamentado na sua disposição de dificultar as investigações sobre a contratação ilegal dos veículos destinados ao transporte escolar. O Ministério Público alega que o prefeito e os integrantes de sua equipe estão negando acesso a documentos referentes a processos de licitação do transporte escolar do período de 2014 e, consequentemente, fraudando documentos para simular a licitação.

Várias provas estão a comprovar a fraude. Uma delas, talvez a mais contundente, seja a falsificação da assinatura do advogado no processo licitatório. Ouvido, o advogado disse que nunca assinou processou algum. Tudo simulado para enganar a justiça. Além desta, há uma série de manipulação de provas, mudando datas de protocolo e outras fraudes, cuja conduta é o suficiente para justificar o afastamento do cargo do prefeito e essa equipe de apoio.

Afastado, o prefeito Baldoino em 18.12.2014, assumiu o vice-prefeito Nixon em 19.12.2014; por decisão da Desembargadora Nelma Sarney o prefeito Baldoino retornou ao cargo no dia 23.12.2014; reconsiderando essa decisão o Desembargador Bayma restabeleceu a decisão que afastou o Prefeito Baldoino e sua equipe, retornando ao comando do município o vice-prefeito Nixon em 16.03.2015.

Inconformado, Baldoino protocolizou junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedido de suspensão da decisão do Desembargador Bayma. O presidente do STJ indeferiu o pedido sob o argumento de que a decisão que afastou Baldoino do cargo está bem fundamentada, ou seja, o afastamento é necessário para não atrapalhar as investigações.

Ao assumir a direção administrativa do município o prefeito Nixon tomou providencias indispensáveis à indentificação de responsáveis pela eventual prática de lesão ao erário municipal. Nesse desiderato solicitou ao Tribunal de Contas do Estado a realização de uma Auditoria Específica para o período em que se deu essa momentânea troca de gestor, uma vez que há fortes indícios de saques aos cofres públicos.

Outra medida tomada pelo prefeito Nixon foi a realização imediata de um recadastramento dos servidores, tendo em vista a regularização das despesas com pessoal, que hoje, por incrível que pareça, está no patamar de 80% da receita líquida do município, provocando drástico desequilíbrio nas contas públicas.

Nesse curto espaço de tempo no comando do executivo municipal o prefeito Nixon já instalou o laboratório de análises clínicas, viabilizando a realização de exames que há muito tempo vem sendo reclamada pela população. Outra providencia urgentíssima é o conserto dos micro-ônibus que estão inutilizados desde dezembro próximo passado, prejudicando o transporte de alunos e motivando evasão escolar, eis que ninguém quer mais se arriscar em veículo inadequado ao transporte.

Na área da saúde pública, o recém empossado prefeito Nixon está fazendo um grande esforço para regularizar a falta de medicamentos no hospital e postos de saúde, bem como fazendo levantamento dos equipamentos hospitalares e instalações físicas que se encontram inadequadas ao uso.

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Sempre olhando para o retrovisor, Flávio Dino culpa Sarney pelas fugas nos presídios

O governador do Maranhão se superou nestes últimos dois dias ao continuar dando respostas pelas redes sociais aos problemas que sua gestão começa a enfrentar, ao invés de trabalhar, conforme prometera em campanha.

Depois de atribuir a culpa pelo resgate cinematográfico de quatro presos em Pedrinhas ao senador José Sarney e à sua filha Roseana, Flávio Dino agora quer passar a ideia de que a imprensa nacional é a voz do grupo que ele tirou do poder através do voto popular.

Todas as grandes emissoras de TVs do pais, os grandes jornais impressos, os principais portais de notícias, mostraram ao país a negligência ou incompetência da polícia no resgate dos detentos. O Sistema Globo foi mais incisivo com a informação.

Mas o governador, como se manifesta abaixo, quer passar que isso é coisa dos seus adverdsários. E aí vem com os mesmos argumentos surrados: isso é herança maldita. Ora, se não se preparou para transpor a velha herança, que não se habilitasse a governar com estilo próprio.

O atual governo não inovou em nada até agora. Não fez nada diferente dos programas desastrosos da sua antecessora. Cria o mais IDH e repete tudo o que Roseana fez no seu Governo Itinerante ou Viva Cidadão.

Na Saúde vai tirar mais de 10 mil para colocar os seus, através daqueles velhos e manjados seletivos em que os políticos ficam com boa parte do bolo.

Na Educação nada mudou, assim como na segurança também com os seletivos. E para piorar a situação, o Maranhão nunca experimentou uma fase de desemprego tão cruel quanto agora.

Abaixo os argumento de Flávio Dino para acobertar a incompetência de seu governo:


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CNJ retorna juiz denunciado por irmão de Gastão Vieira

Blog do Neto Ferreira 

Em sessão plenária realizada nesta terça-feira (07), pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foi deferido o Pedido de Providências nº 0002723-65.2013.2.00.0000 feito pelo Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão tendo por interessado o magistrado Reinaldo de Jesus Araújo e Associação dos Magistrados do Estado do Maranhão.

O pedido visava confirmar decisão unânime tomada pelo pleno do Tribunal de Justiça em março de 2014 que havia determinado o retorno do magistrado as suas atividades, contudo submetia sua decisão ao Conselho Nacional de Justiça.

O conselheiro relator Paulo Teixeira egresso da OAB, asseverou que o magistrado possui reputação ilibada, notória e pública, preenchendo todos os requisitos para o retorno ao cargo e que o mesmo foi punido numa situação anômala.

Os membros do CNJ votaram seguindo o voto do relator e unanimemente decidiram, havendo uma divergência a qual foi rejeitada por 14 votos a 1 e possibilitando o retorno do magistrado.

O magistrado Reinaldo de Jesus Araújo foi denunciado na época pelo advogado e irmão do ex-deputado federal Gastão Vieira.

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Holandão denuncia reuniões secretas para armar manifestações contra prefeito

O deputado estadual Edivaldo Holanda denunciou reuniões secretas para armar manifestações contra o prefeito de São Luís

O deputado estadual Edivaldo Holanda (PTC) denunciou, em discurso proferido na manhã desta terça-feira (7) na Assembleia Legislativa, a realização de reuniões secretas organizadas por adversários políticos do prefeito Edivaldo para desestabilizar a administração.

Em blogs e nas redes sociais, foi denunciada a realização de uma reunião, ocorrida na último dia 3, sexta-feira, com o intuito de arquitetar manifestações contra a Prefeitura de São Luís. Na denúncia, é citada a participação da deputada federal Eliziane Gama, do deputado estadual Wellington do Curso e dos vereadores Fábio Câmara e Rose Sales.

“Não se deve trabalhar nas caladas da noite para movimentar pessoas de forma covarde, tramar nas madrugadas mobilização de pessoas, tentar manipular pessoas”, disse o deputado Edivaldo Holanda, em resposta aos ataques do deputado Wellington do Curso.

No seu discurso, o deputado Edivaldo Holanda respondeu a questionamentos do deputado Wellington do Curso sobre problemas enfrentados no setor de saúde gerido pela Prefeitura de São Luís. De forma firme e consistente, o deputado Edivaldo frisou que o Município passou dois anos sem o apoio do governo do Estado e que, doravante, em parceria com o governador Flávio Dino, o prefeito Edivaldo terá a ajuda necessária para promover os avanços necessários esperados pela população.

No entendimento do deputado Edivaldo, a eficientização do sistema de saúde depende da atuação integrada dos três entes, União, Estado e Município. “Não é São Luís, são todos os municípios que recebem uma carga, uma sobrecarga muito grande da falta de planejamento da saúde nos Estados e através da União”, afirmou ele, ao enfatizar que não havia apoio nenhum do governo do Estado ao município na gestão passada.

Como ação positiva na área de saúde do Maranhão, o deputado Edivaldo Holanda lembrou o planejamento feito pelo ex-governador Jackson Lago de implantar hospitais em regiões estratégicas do estado com a finalidade de desafogar os Socorrões de São Luís.

“O Doutor Jackson Lago planejou cinco hospitais regionais no Maranhão para evitar a procissão de ambulâncias que sobrecarregam sim os dois hospitais de São Luís. São os municípios todos sem condições, que remetem através de suas ambulâncias os seus pacientes, os seus doentes para esses dois hospitais. O Doutor Jackson Lago, antes de ser cassado, ainda fez o Hospital de Presidente Dutra, que atende mais de 60 municípios, ele retém a caravana de ambulâncias que demanda São Luís”, assinalou o deputado Edivaldo.

HOSPITAL DA CRIANÇA

De acordo com o deputado Edivaldo Holanda, a Prefeitura de São Luís já iniciou a construção do novo Hospital da Criança. “O Hospital da Criança já está sendo erguido, já começou a construção, tanto a reforma quanto a construção de um novo hospital”, anunciou o deputado Edivaldo, ao desafiar o deputado Wellington do Curso a destinar suas emendas para ajudar a cidade de São Luís.

“Eu quero dizer a você que terá todo meu respeito quando trouxer a esta tribuna, de forma isenta, de forma honesta, de forma positiva, as preocupações, quando eu ver meter a mão no bolso das suas emendas e destinar para São Luís recursos para a saúde, recursos para a educação”, instigou o deputado Edivaldo.

No final do pronunciamento, o deputado Edivaldo Holanda condenou “o discurso eleitoreiro” praticado pelo deputado Wellington do Curso, membro do PPS, mesmo partido da deputada Eliziane Gama, pretensa candidata a prefeita de São Luís em 2016.

“Tenho dito que é legítima a candidatura que Vossa Excelência defende de forma quase explícita neste plenário. É legítima, mas volto a lembrar sobre a janela dos olhos, sobre a janela da alma, volto a lembrar o grande gramático Eduardo Carlos Pereira, sobre a sabedoria do homem que reluz no seu rosto. E quero lembrar as palavras do mestre que diz: pelos frutos os conhecereis. Quem é que não sabe que Vossa Excelência faz um discurso eleitoreiro nesta Casa? Quem é que não sabe que não tem sinceridade quando quer pregar uma saúde melhor? Vossa Excelência disse que não prega o caos, mas é isso que faz. Então não há sinceridade no pronunciamento de Vossa Excelência porque está espelhado no rosto, está espelhado nos olhares, no rosto e na alma. Então se deleita com problemas, que não são problemas isolados de São Luís, são conjunturais do Brasil”, concluiu o deputado Edivaldo.

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Câmara deve votar nesta quarta-feira projeto que regulamenta terceirização

 

Plenário da Casa aprovou nesta terça tramitação em regime de urgência.
Manifestação de centrais contra a proposta gerou tumulto e agressões.

Do G1, em Brasília

A Câmara dos Deputados colocará em votação nesta quarta-feira (8) o projeto de lei que regulamenta contratos de terceirização. A proposta é o primeiro item da pauta. Na noite desta terça-feira (7), a Casa aprovou tramitação em regime de urgência para o texto, o que permite que ele seja analisado pelo plenário sem precisar passar por comissões.

Acordo firmado entre os partidos prevê que o texto principal da matéria seja votado nesta quarta. As sugestões de alteração propostas pelos deputados, no entanto, só deverão ser discutidas na terça da próxima semana. Criticada pelo PT e algumas centrais sindicais e defendida por empresários, a matéria permite que empresas contratem trabalhadores terceirizados para exercer qualquer função.

Atualmente esse tipo de contratação é permitida apenas para a chamada atividade-meio, e não atividade-fim da empresa. Ou seja, uma universidade particular, por exemplo, pode terceirizar serviços de limpeza e segurança, mas não contratar professores terceirizados. Pelo texto que será votado na Câmara, essa limitação não existirá mais. Além disso, o projeto prevê a forma de contratação tanto para empresas privadas como públicas.

Durante a sessão que aprovou a urgência da tramitação, o deputado Alessandro Molon (PT-RJ) subiu à tribuna para criticar a proposta. Para ele, o projeto vai aumentar a terceirização e tornar “precárias” as condições de trabalho dos empregados. “Essa é a maior violação aos trabalhadores da história recente do país. […] O PT é contra a piora das condições de trabalho e contra a redução dos salários dos trabalhadores”, disse.

Já o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) foi escalado para discursar a favor do projeto e disse que a regulamentação dos contratos de terceirização trará “segurança jurídica” para as empresas. Segundo ele, a ausência de regras claras para a terceirização gera múltiplas ações na Justiça contra as empresas e decisões que variam conforme o juiz.

“Queremos garantia jurídica, que a empresa tenha segurança de contratar e o trabalhador tenha direitos garantidos. E também que o país seja competitivo. No mundo inteiro é assim”, disse o tucano.

Ao longo da terça-feira, o governo tentou adiar a votação da proposta, pedindo a Cunha que deixasse a análise do texto para o próximo mês. O presidente da Câmara rejeitou a solicitação e ironizou o argumento dos petistas de que é preciso “mais tempo” para debater a matéria.

“Não cedo a nenhum tipo de retirada do texto da pauta de ofício. Dizem que é pouco tempo para discutir, mas tem 11 anos que esse projeto tramita. O que acontece é que só na hora que está pautado é que as pessoas prestam atenção e tentam acordo”, disse o peemedebista.

Alterações
Na manhã de terça, o relator do projeto, Arthur de Oliveira Maia (SD-BA), foi procurado por ministros que buscavam mudanças na proposta. Após reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ele alterou o texto para passar para a empresa contratante a responsabilidade pelos pagamentos de encargos previdenciários e do imposto de renda relativos a empregados terceirizados.

A preocupação do governo era de que as empresas terceirizadas não cumprissem com o pagamento dos tributos. A avaliação é de que é mais fácil controlar os pagamentos se eles forem feitos pela empresa que contrata o serviço. Já os pagamentos que vão para o trabalhador continuarão sendo feitos pelas empresas terceirizadas, entre os quais salário, férias e 13º.

Pela proposta original, a responsabilidade por esses custos era da empresa que terceiriza o serviço. Cabia à contratante somente fiscalizar todo o mês o cumprimento desses pagamentos.

Para obter o apoio de centrais sindicais, o relator também aceitou incorporar  ao projeto emenda do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), ex-presidente da Força Sindical, que garante que o terceirizado será representado pelo sindicato dos empregados da empresa contratante, quando a terceirização for entre empresas com a mesma atividade econômica.

Segundo Paulo Pereira da Silva, essa emenda garante que o trabalhador receba as correções salariais anuais da categoria. “Um terceirizado tem todos os direitos da CLT, mas perdia a representação sindical, acabava ficando sem os efeitos da convenção coletiva. Tivemos uma reunião das centrais com o relator e, com a incorporação da emenda, vamos apoiar o texto. Só a CUT [Central Única do Trabalhador] continua  a se opor à proposta”, disse o deputado.

Tumulto
A tarde na Câmara foi de tumulto com a previsão de votação do projeto da terceirização. Manifestantes ligados a centrais sindicais fizeram uma manifestação do lado de fora da Câmara contra o texto. Eles tentaram entrar na Casa, mas foram impedidos por policiais.

O deputado Vicentinho (PT-SP), que apoia o protesto, disse que foi atingido nos olhos por spray de pimenta, durante a ação dos policiais. Já o deputado Lincoln Portela (PR-MG) afirmou que foi agredido por manifestantes ao tentar entrar na Casa.

O presidente da Câmara criticou os protestos e disse que deputados que tenham “incitado”  os manifestantes a invadir a Casa serão investigados e punidos. “Parlamentares que incitaram multidões a agredir ou invadir foram fotografados e filmados. Serão representados à corregedoria e haverá sanções. Um parlamentar não pode estimular atos dessa natureza. Certamente iremos representar à corregedoria, que vai aplicar a sanção devida contra cada parlamentar que agiu quebrando o decoro”, disse.

Cunha disse ainda que as pressões contrárias ao projeto o estimulam a votar mais rápido o texto. “Cada vez que há uma pressão dessa, exercida de forma indevida, temos que responder votando. Quando partem para a agressão, da minha parte isso só me estimula a votar”, disse.

Já o deputado Vicentinho (PT-SP) criticou a postura do presidente da Câmara e negou que parlamentares tenham estimulado agressões. “Não tinha deputado incitando nada. Só tinha eu e Erika Kokay (PT-DF). Eu fui falar com os policiais, porque eles estavam chutando os trabalhadores. E levei uma pimentada na cara. É mentira dele”, afirmou.

Integrantes de entidades que representam os empresários também estiveram na Câmara para conversar com os deputados, entre eles o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que defendeu o projeto. “Quem fala em perda de direitos não está falando a verdade, porque todos os funcionários estarão registrados pela empresa prestadora de serviço”, disse.

Requisitos
Ao mesmo tempo em que amplia as hipóteses de terceirização, o projeto de lei estabelece requisitos para que uma empresa terceirize serviços. Pelo texto, a empresa contratada deverá ter “objeto social único, compatível com o serviço contratado”. É permitida a existência de “mais de um objeto” quando a atividade recair na mesma “área de especialização”.

“Não vai poder mais existir a tal da empresa guarda-chuva, que oferece serviço de segurança, limpeza, transporte”, justificou o relator da proposta. A empresa terceirizada deverá ainda comprovar “aptidão técnica” para exercer a atividade, além de ficar responsável pelo planejamento e pela execução dos serviços.

A terceirizada será ainda responsável pela contratação, remuneração e direção do trabalho realizado por seus funcionários. O texto prevê que o contrato de terceirização deverá especificar o serviço a ser prestado, o local e prazo para realização da atividade.

As normas previstas na proposta atingem empresas privadas, empresas públicas, sociedades de economia mista, produtores rurais e profissionais liberais. O texto somente não se aplica à administração pública direta.

Fiscalização
Para garantir o pagamento aos terceirizados, o projeto de lei estabelece que a empresa que contrata os serviços deverá “fiscalizar” o cumprimento das obrigações trabalhistas decorrentes do contrato. Se forem observadas violações, a contratante poderá interromper os pagamentos à terceirizada.

Se as obrigações não estiverem sendo cumpridas, o projeto prevê que a empresa contratante poderá reter o pagamento do serviço terceirizado, até que a situação seja normalizada. A empresa pode, ainda, efetuar o pagamento de salários diretamente aos trabalhadores terceirizados. Neste caso, o sindicato da categoria será notificado pela contratante para acompanhar os pagamentos.

O texto estabelece ainda a possibilidade de retenção mensal 6% do valor da fatura de pagamento da contratante para a terceirizada. O montante será depositado em conta específica, em nome da empresa terceirizada. Os valores ficarão bloqueados e só poderão ser movimentados por ordem da contratante. Para ter os recursos liberados, a terceirizada deverá comprovar que quitou as obrigações previdenciárias e trabalhistas dos empregados que executaram os serviços previstos no contrato.

Pela proposta, se a empresa contratante não fiscalizar corretamente a terceirizada, ela passará a ter responsabilidade solidária em relação a todas as obrigações trabalhistas e previdenciárias que não forem cumpridas, ou seja, poderá ser acionada na Justiça para pagar a integralidade da dívida. Se comprovar a fiscalização, a responsabilidade será subsidiária, ou seja, será apenas obrigada a complementar o que a contratada, que causou o dano ou débito, não foi capaz de arcar sozinha.

Direitos
O projeto prevê também que os empregados terceirizados tenham os mesmos direitos assegurados no local de trabalho aos funcionários da empresa contratante: alimentação em refeitório, quando for ocaso; serviços de transporte; atendimento médico ou ambulatorial nas dependências da empresa; e treinamento adequado quando a atividade exigir.

A proposta estabelece a possibilidade da chamada “quarteirização”, ou seja, de a empresa terceirizada subcontratar os serviços de outra empresa. Este mecanismo só poderá ocorrer, porém, em serviços técnicos especializados e se houver previsão no contrato original.

Além disso, a “quarteirização” deverá ser comunicada aos sindicatos dos trabalhadores. O relator deverá ainda incorporar ao texto uma outra garantia ao funcionário que esteja nesta condição – a de que direitos trabalhistas e previdenciários também sejam responsabilidade da empresa contratante primária, ou seja, de quem requisitou os serviços da primeira terceirizada.

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Ex-prefeito de Santa Luzia do Paruá é condenado por descumprimento de decisão judicial

 desembargador Guerreiro Júnior desembargador Guerreiro Júnior

O ex-prefeito de Santa Luzia do Paruá, José Nilton Marreiros Ferraz, foi condenado pela 2ª Câmara do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), por descumprir decisão judicial da Justiça de 1º Grau, que determinava a reintegração de servidores públicos que ingressaram no quadro pessoal da Prefeitura daquele município nos anos de 2002 e 2003.

A sentença de primeira instância que condenou o ex-prefeito – mantida, por unanimidade, pelo órgão colegiado – invalida o decreto que anulou as nomeações dos servidores, revoga os efeitos de todas as portarias que tenham removido ou demitido os impetrantes dos seus cargos e determina o pagamento retroativo dos vencimentos desde a data da ilegal demissão.

Com a condenação, José Nilton Marreiros Ferraz teve os direitos políticos suspensos por três anos, está proibido de contratar com o Poder Público pelo mesmo prazo e terá que pagar multa civil correspondente ao valor de sua remuneração como prefeito municipal.

“Está cristalino nos autos que o ex-gestor deixou de cumprir, deliberadamente, a decisão judicial, transgredindo, assim, não só o Poder Judiciário como o próprio Estado Democrático de Direito”, assinalou o relator do processo, desembargador Guerreiro Júnior.

Em sua defesa, o ex-prefeito suscitou a preliminar de cerceamento de defesa, alegando julgamento antecipado da causa. No mérito, sustentou a inexistência de ato ímprobo, ausência de má-fé e inexistência de desobediência da ordem judicial.

O desembargador Guerreiro Júnior não acolheu os argumentos do ex-prefeito e afirmou que o julgamento antecipado do processo – quando não houver necessidade de produção de provas em audiência – não acarreta cerceamento de defesa e quebra do princípio do devido processo legal.

Os desembargadores Vicente de Paula Gomes de Castro e José de Ribamar Castro acompanharam o entendimento do relator, conforme parecer da Procuradoria Geral de Justiça. (Processo nº. 315242013)

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Luis Fernando filia-se no PSDB nesta sexta-feira

O ex-secretário do Governo Roseana e ex-prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva, já decidiu qual partido irá se filiar.

O Blog do Luis Pablo foi informado, há pouco, que Luis Fernando será membro do PSDB. Tudo foi decidido após uma reunião com o diretório da legenda.

A cerimônia de filiação do ex-secretário será realizada nesta sexta-feira (10), às 11h, no Rio Poty Hotel, em São Luís-MA.

A tão aguardada parceria entre o governador Flávio Dino e Luis Fernando será consolidada com sua entrada ao partido do vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

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Unihosp pagará indenização de R$ 10 mil por não autorizar atendimento emergencial a uma criança

O Blogo do Luis Crdoso denunciou o caso em 2013

A Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJMA) manteve a decisão do juízo da 13ª Vara Cível da capital, que condenou a Unihosp (Serviço de Saúde Ltda), a pagar indenização no valor de R$10 mil, por não autorizar atendimento emergencial a uma criança cliente do plano de saúde.

O relator do processo, desembargador Raimundo Barros, entendeu que o juízo acertou em condenar a Unihosp a arcar com todas as despesas referentes à internação e tratamento da criança, além do pagamento pelo dano moral.

De acordo com os autos, a criança, em companhia da mãe, chegou à clínica UPC, no dia 05.12.2013, às 1h40, com crise de asma, e atingindo, em seguida, o quadro de insuficiência respiratória grave.

Ao ser atendida, foi diagnosticada com estado de sufocamento grave, necessitando de intervenção de urgência sob pena de agravamento do quadro e, até mesmo, correndo risco de morte.

Contudo, a clínica esclareceu que não poderia prestar o atendimento, pois o plano não cobria a ocorrência em face do não preenchimento da carência, sendo a mãe obrigada a submeter o tratamento do seu filho por meio particular.

Em sua defesa, a Unihosp alegou que o tratamento não ocorreu em razão da necessidade do cumprimento do período de carência por parte do usuário.

O relator ressaltou que a criança, por meio de sua mãe, firmou contrato de prestação de serviços de assistência médico-hospitalar, de natureza clínica, cirúrgica e obstétrica, exames complementares e serviços auxiliares de diagnose, terapia e cirurgia com tratamentos especializados, desde março de 2013 e estava adimplente com suas obrigações contratuais.

Reforçou o magistrado que a matéria deve ser resolvida sob a ótica das regras do Código de Defesa do Consumidor, vez que a prestadora do plano de saúde enquadra-se como fornecedora de serviços, enquanto a pessoa física como destinatária final, ou seja, consumidora, nos termos dos artigos 2º e 3º da Lei nº. 8.078/90. (Processo nº. 008138/2015)

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Vereador de Vargem Grande-MA pode ser cassado por recebimento do programa Bolsa Família

 

Do Blog do Kiel Martins

O vereador Toninho Abreu (PP), corre o risco de perder seu mandato nas próximas semanas. Nos próximos dias será discutido e votado o Projeto de Resolução sobre a cassação do vereador. Ele é acusado de ter sido beneficiado pelo Programa Bolsa-Família, recebido por sua companheira Josilene Sousa Veras.

O caso

Toninho é acusado de ter sido beneficiado pelo programa Bolsa-Família, através de sua companheira. A denúncia aconteceu depois de um levantamento realizado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Vargem Grande (Sintranspm-VG), no Portal da Transparência, o nome da esposa do vereador Toninho Abreu apareceu na lista como beneficiaria do programa, na condição de “extremamente pobre”. Ela recebeu o auxílio, totalizando aproximadamente $900,00 constatou o Sintransom-VG.

Em seu artigo 2º, a Lei 10.836 de 9 de janeiro de 2004, que cria o Programa Bolsa Família, determina, dentre outros critérios, que “o benefício básico é destinado a unidades familiares que se encontrem em situação de extrema pobreza”; que não é o caso do vereador, cujo salário é de R$ 5.292,48.

Através de levantamento feito junto ao Programa do Governo Federal, constatou-se que Josilene foi incluída no Bolsa Família. O benefício foi bloqueado para averiguação do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE). A constatação da Secretaria Municipal foi enviada, através de ofício, à Prefeitura, que encaminhou toda a documentação referente ao fato para a Câmara de Vereadores. Ainda será formada uma Comissão de Ética e Decoro Parlamentar para investigar as denúncias.

Outro lado

Em conversa com o titular do Blog, o Vereador Toninho Abreu falou que está sendo vitima de armações políticas, segundo ele os adversários  querem a todo custo desmoraliza-lo politicamente. “De forma covarde estou sendo vitima, mas confio na justiça e em Deus, e sei que vou sair vitorioso de mais essa” disse o vereador.

O vereador Toninho Abreu é conhecido na cidade pelas denuncias e seu pulso firme na oposição contra o prefeito Edivaldo Nascimento (PMDB).

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Alumar terá que explicar demissões em audiência pública na Assembleia Legislativa

Ontem (06) a ALCOA/ALUMAR deu início ao processo de demissão em massa
anunciado último dia 30 de março. O setor de recursos humanos da
empresa sediada em São Luís (MA) está notificando de forma individual
os trabalhadores da Redução – setor que segundo a Multinacional – terá
as atividades encerradas.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos – SINDMETAL, apesar
de ter anunciado as demissões a empresa faz um tipo de encenação no
processo de desligamento, colocando os trabalhadores em uma espécie de
“licença remunerada”, onde os mesmos são dispensados de comparecer à
empresa nos próximos trinta dias.

“A empresa está mandando os
trabalhadores para casa com o único intuito de isolá-los e
desmobilizar a categoria que luta pela manutenção dos seus empregos”,
denuncia José Maria Araújo, presidente do SINDMETAL.

O anúncio de demissão em massa por parte da multinacional causou
espanto em toda a sociedade maranhense e brasileira. Veículos locais e
nacionais de comunicação vêm dando destaque à falta de compromisso da
ALCOA no Brasil, empresa que possui diversos benefícios e isenções
fiscais.

Diversos deputados estaduais do Maranhão fizeram discursos reiterando
a perplexidade pelo número de demitidos. A Assembleia Legislativa do
Maranhão realizará uma Audiência Pública nesta quarta-feira, dia 8 de
abril, às 15:00 horas no auditório da instituição com o objetivo de
cobrar explicações sobre a situação da empresa, produtividade, lucro,
demandas, contrapartida social, entre outros.

“Convidamos toda a sociedade para esta audiência que se faz necessária
em virtude de cobrarmos respeito ao povo maranhense que acolheu a
multinacional em nosso Estado desde a década de 80, ofertando recursos
naturais e mão de obra para o crescimento da mesma”, comentou Araújo.

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