O desafio de ser mulher no Maranhão

    Por Dayse Karol

    Jornalista do Blog do Luís Cardoso

    Ser mulher não é nada fácil. Nós precisamos cuidar da beleza, do humor, da casa, do marido, dos filhos, do orçamento, trabalhar e ainda estar sempre antenada às novidades.

    A cobrança é muito grande. A aparência deve estar sempre impecável. E o humor também. Isso sem contar com a paciência exigida 24 horas.

    Não obstante todos esses obstáculos, aqui no Maranhão esta tarefa parece ser ainda mais difícil. Com indicadores nada favoráveis, a classe feminina maranhense ainda tem que lutar diariamente contra a violência doméstica, as desigualdades em relação aos salários dos homens, o desrespeito e o descaso do governo.

    A falta de políticas públicas eficazes voltadas para as mulheres contribui consideravelmente para o aumento de doenças como aids, câncer de mama, do colo do útero, doenças cardiovasculares, gestação na adolescência e morte durante o parto.

    As estatísticas da violência colocam o estado em posição de destaque. Homicídios, estupros, agressões físicas e verbais são os itens mais observados.

    Embora sejamos a maioria da população do estado com mais de três milhões e 300 mil mulheres, ainda somos a minoria em diversos setores da sociedade.

    Na política ainda há muitos desafios a vencer. Tanto nas prefeituras, câmaras municipais e assembleia legislativa, o número de parlamentares do sexo feminino é muito pequeno.

    No mercado de trabalho o preconceito dita as regras e diversas profissões ainda são taxadas como exclusividade dos homens.

    No interior do estado a situação é bem pior. O índice de analfabestismo, especialmente na zona rural, é alarmante.

    E olha que vivemos um momento “privilegiado”, em que os chefes do executivo estadual e federal são mulheres. Temos uma governadora e uma presidente no poder. Mas mesmo assim ainda não temos o respeito e as oportunidades que precisamos e merecemos.

    Em mais um ano eleitoral, vale a pena refletir sobre esta triste realidade. Várias conquistas foram alcançadas, mas estamos muito longe do ideal.

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    No dia Internacional da Mulher um alerta do Hospital do Câncer

    De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, a previsão para o Maranhão em 2012 é a ocorrência de 6 mil novos casos.

    O dia da mulher é uma data mais do que especial onde temos muito o que comemorar, mas mais do que comemorar, a data serve como um momento de reflexão não só para as mulheres, mas a sociedade como um todo, no que diz respeito a violência, condições trabalhistas, questões salariais e principalmente a saúde das mulheres.

    Hospital Aldenora BelloHospital Aldenora Bello

    O Instituto Nacional do Câncer-INCA prevê só para o Maranhão um aparecimento de 6 mil novos casos de Câncer de diversos tipos. Nas mulheres, a incidência do câncer de mama é assombrosa a nível de Brasil, porém , aqui no Maranhão, o que aterroriza as mulheres ainda é o câncer de colo de útero, que aparece em primeiro lugar com 31,2%, seguido de 22,6% de casos de câncer de mama. Aliás, no Nordeste todo essa é a realidade.

    Segundo o diretor administrativo Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Bello- IMOAB, José Generoso, esta incidência maior da doença nas mulheres nordestinas e em especial as maranhenses ocorre por questões culturais, ou seja, “a falta de conscientização e informação para fazer exames periódicos e preventivos, a multiplicidade de parceiros e a iniciação sexual cada vez mais cedo faz com que apareça o HPV, vírus diretamente associado com a doença, além do desconhecimento da gravidade que este tipo de comportamento pode gerar”, alertou José Generoso.

    No Aldenora Bello, as mulheres representam 60,6% dos casos de neoplasias (câncer), contra apenas 39,4% entre os homens, mas isto só acontece por quê as mulheres é que buscam mais os sistemas de saúde, no Nordeste, assim como no Maranhão, os homens ainda não possuem o hábito de buscar atendimentos médicos, portanto, essa estatística não significa dizer que no sexo feminino aparece mais a doença, mas sim por esta procura maior, o que acaba contribuindo nos diagnósticos.

    Um outro dado curioso é que a previsão do INCA para o Maranhão em seis mil novos casos da doença somente em 2012, na verdade, através do Hospital Aldenora Bello serão constatados em média, apenas 2.500 casos, pois a incidência no interior do Estado ainda é difícil de diagnosticar. “Seria preciso a existência de 2 ou mais Hospitais como o Aldenora Bello para poder realizar a cobertura de diagnósticos que o INCA prevê”, frisou Generoso.

    O diretor administrativo afirma ainda que o Hospital atende atualmente 50% de pacientes de São Luís e 50% do interior, o que significa dizer que é muito maior a incidência no interior se tivesse como realizar todos os diagnósticos.

    O Hospital Aldenora Bello se mantêm com 85% de recursos advindos do Sistema Único de Saúde-SUS, 10 a 12% de pacientes conveniados com planos de saúde e 3% de consultas particulares. Além disso, ainda existe um serviço de captação de recursos através de um sistema de telemarketing, uma maneira mais eficiente de pedir doações, sem contar com os mensageiros que agendam visitas para quem desejar doar. Estes serviços são voltados 100% para manter a casa de apoio a crianças e adultos vindos do interior para realizar tratamentos.

    Atualmente o Hopsital Aldenora Belo não recebe nenhuma ajuda do governo do Estado.

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    Sarney apresenta projeto que endurece punição para homicídios

    Senado Federal

    Presidente do Senado, José Sarney

    Ao apresentar o projeto de lei de sua autoria que torna mais severas as punições aos autores do crime de homicídio (PLS 38/2012), o presidente do Senado, José Sarney, classificou seu discurso como uma “denúncia”, na qual discorreu sobre os alarmantes índices de violência no Brasil, apontados pelo Mapa da Violência no Brasil. Com apenas 3% da população mundial, o Brasil é responsável por 12% dos homicídios no mundo.

    Para ilustrar a gravidade das estatísticas, que revelaram a ocorrência de 1,1 milhão de assassinatos no país nos últimos 30 anos, o senador recorreu aos conflitos armados ocorridos ao longo da história brasileira. Na Guerra do Paraguai, por exemplo, 100 mil brasileiros morreram. Já na Cabanagem foram 40 mil. Na tragédia de Canudos, cerca de cinco mil. Mesmo em comparação a guerras internacionais, as estatísticas brasileiras são assustadoras. A luta pela independência do Timor, que durou 26 anos, teve 100 mil mortos. A guerra civil em Angola em 27 anos contabilizou 550 mil mortos

    Os números brasileiros, no entanto, podem ser ainda maiores, ressaltou José Sarney. O Mapa da Violência baseia-se nos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, e não faz cruzamento com outros dados. Assim, a estimativa é que a ocorrência real seja ainda 20% maior do que a oficial, chegando a cerca de 1,33 milhão de assassinatos.

    O presidente do Senado alertou para o fato de que as principais vítimas da violência são os jovens de sexo masculino. O alto número de mortes de jovens na faixa de 15 a 29 anos demonstra, em sua avaliação, a “insuficiência das políticas de enfrentamento da violência”. Os dados do Mapa da Violência apontam para uma taxa de 43,7 homicídios para cada grupo de cem mil brasileiros entre 15 e 19 anos de idade. Esse índice sobe para 60,9 considerada a faixa etária entre 20 e 24 anos e vai para 51,6 entre jovens de 25 a 29 anos.

    Com relação às mulheres, as estatísticas também são preocupantes. Mais de 4,2 mil mulheres foram vítimas de homicídio em 2010, em uma proporção de 4,4 homicídios para cada cem mil mulheres no país. Já o número de negros mortos em 2010 foi de 33.264, contra 13.668 de brancos.

    – É evidente que as perdas causadas pelos homicídios são incalculáveis. As consequências para o país são as mais gravosas e não podem ser ignoradas pelas autoridades públicas, na medida em que a impunidade está na raiz desse cenário desolador. Por outras palavras, o sistema de justiça criminal no Brasil não tem funcionado a contento para reprimir crimes de gravidade tão elevada, seja por carência de recursos logísticos, seja por conta de uma legislação leniente – criticou.

    Em meio a esse cenário, destacou Sarney, a população vive com medo. Pesquisa do Sistema de Indicadores de Percepção Social do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), realizada em 2010, revelou que 78,6% da população têm muito medo de ser assassinada, enquanto 11,8% dos entrevistados disse ter pouco medo. Apenas 9,6% das pessoas ouvidas manifestaram ter nenhum medo de ser vítima de homicídio. Ou seja, nove em cada dez brasileiros têm, em menor ou maior grau, medo de ser assassinado.

    O presidente do Senado registrou ainda que, ao se analisar países populosos, mas com baixas taxas de homicídio, como China, Índia e Estados Unidos, percebe-se que a repressão a crimes contra vida é mais rigorosa do que a do Brasil, onde é comum que o assassino, mesmo se réu confesso, se defenda em liberdade. Outro dado citado por Sarney é de que existem no Brasil aproximadamente 115.376 inquéritos policiais sobre homicídios ainda não concluídos e um em cada dez assassinatos sequer chegam a ser denunciados à Justiça. O senador lamentou, entretanto, que mesmo diante desses números, “ninguém se choca ou se sensibiliza”.

    – Tirar a vida de alguém no Brasil é menos grave que traficar entorpecentes. O resultado de nossa política penal mais branda não é menos crimes, mas mais crimes – enfatizou.

    Para Sarney, a raiz do problema está na aprovação da Lei 5941/73, que ficou conhecida como Lei Fleury, por beneficiar o delegado Sérgio Fleury, acusado de inúmeras mortes em serviço. A lei permitiu que réus primários e com residência fixa pudessem responder o processo em liberdade.

    – A partir daí fui um dos que levantei a voz contra esta lei e lutei na Assembleia Constituinte para que nós não permitíssemos que a doutrina da Lei Fleury continuasse na nossa Constituição. Infelizmente, o ponto de vista da lei foi vitorioso. Corresponde a este tempo, os 30 anos de existência da lei, o aumento do número de homicídios. É o tempo em que o criminoso de morte pode defender-se solto. Portanto há uma correlação entre uma coisa e outra – argumentou.

    O senador informou ainda ter apresentado projeto de lei de auxilio às vitimas (PL 3503/04, na Câmara dos Deputados), já que a legislação brasileira assegura pensão às famílias dos que estão presos, mas as vitimas não têm outra coisa “senão esquecimento”. Sarney lembrou que, muitas vezes, a família que perde o parente não tem nem recursos para enterrá-lo. O projeto foi aprovado no Senado em 2004 e está há sete anos na Câmara sem ser votado.

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    Avaliação do avanço na saúde no Maranhão é do período de Jackson

    Deputado Estadual Marcelo TavaresDeputado Estadual Marcelo Tavares

    Muito se tem falado sobre os avanços da saúde no Maranhão. O programa Saúde é Vida, do Governo do Estado virou a grande bandeira da governadora Roseana Sarney. Mas a realidade está bem distante das notícias divulgadas.

    Os tão propagados “72 hospitais” que estão sendo construídos no interior do estado, na realidade não passa de pura ficção. Verdadeiros “elefantes brancos” que devem deixar rombos de pelo menos R$ 550 mil por mês para cada prefeitura.

    Agora a governadora utiliza de mais uma manobra. Trata-se do IDSUS, índice que avalia as condições da saúde nos municípios, divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde no qual cidades como São Luís, Caxias e Timon aparecem com índices regulares.

    Acontece que a avaliação ocorreu entre os anos de 2008 a 2010, período em que o estado foi governado por Jackson Lago, contemplando apenas o início do mandato de Roseana. O assunto foi alvo de considerações no plenário da Assembleia Legislativa.

    O deputado estadual Marcelo Tavares (PSB) enfatizou que as obras do Saúde é Vida não estão incluídas na avaliação. “Este programa está longe de atingir os objetivos aos quais foram propostos; primeiro porque os hospitais ainda não existem na sua grande e imensa maioria. Dos 72 hospitais, há cinco hospitais funcionando, ou seja, a grande maioria deles ainda são obras e muitos deles ainda são obras abandonadas. Infelizmente, a nota verdadeira para os 72 hospitais é zero. O que a governadora Roseana e o secretário Ricardo Murad querem é o segundo grande golpe eleitoral”, ressaltou.

    Ainda segundo ele, a população maranhense está sendo induzida a acreditar nas ações do Governo Roseana. “A verdade é que o programa ‘Saúde é Vida’ não funciona no Maranhão, não funciona porque os hospitais não foram entregues, não funcionam porque não atendem praticamente ninguém, mas é a mentira sendo repetida mil vezes mentira como, por exemplo, agora a governadora Roseana Sarney disse, no programa do PMDB, que já entregaram as 10 UPAs e não entregaram a UPA de Codó, não entregaram a UPA de São João dos Patos, não entregaram UPA de Timon, ou seja, é a repetição das mentiras para que elas se tornem verdades”, informou o líder da Oposição.

    A deputada Cleide Coutinho (PSB) também contestou a interpretação dos dados. Segundo ela, a situação do estado não é motivo de comemoração. “Quem tirava nota 5 na escola sentia até vergonha, porque nós sabemos que com essa nota o aluno não logra a aprovação. E pensar que o Maranhão está comemorando apenas porque São Luis tirou 5.4 e o Estado tirou 5.2. A que ponto nós chegamos, para comemorar apenas porque tiramos uma nota 5”, concluiu.

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    Em Cachoeira Grande alunos assistem aulas em taperas

    Tapera onde funciona uma das escolas. Foto: SimproesemmaTapera onde funciona uma das escolas. Foto: Simproesemma

    Descaso, abandono e vergonha. Esta é a situação da educação na maioria dos municípios maranhenses. Na cidade de Cachoeira Grande as condições das escolas são inacreditáveis.

    Algumas unidades de ensino funcionam em taperas, isso mesmo:taperas. Construções de taipa, totalmente improvisadas, sem condições mínimas de conforto e higiene resistem a ação do tempo e ao descaso das autoridades.

    Dados do Simproesemma apontam que o município recebeu do Fundeb nos últimos três anos R$ 13.821.449,27. Sendo R$ 5.729.712,09 só no ano passado. Então como explicar as condições vergonhosas das escolas?

    No Povoado Estiva do Nazário, na localidade de Sete Sangria, os alunos precisam tirar água de uma cacimba para beber.

    Alunos retiram água de cacimbas. Foto: SimproesemmaAlunos retiram água de cacimbas. Foto: Simproesemma

    Os professores recebem um salário de R$ 622,00, enquanto os zeladores recebem R$ 200,00 e as merendeiras R$ 150,00. Atenção Ministério do trabalho: isso é trabalho escravo.

    Na zona rural da cidade, falta merenda e transporte para professores e alunos.

    O ônibus oferecido pela prefeitura está em péssimas condições. Embora haja um repasse mensal de R$ 20.500, 00 para pagamento de aluguel de transporte, conforme publicado em 29/08/11 no Diário Oficial do Estado.

    O prefeito Francivaldo Vasconcelos precisa explicar o que está sendo feito com os recursos recebidos pelo município que deveriam ser aplicados na educação. E precisa fazer isso urgentemente.

    As autoridades competentes precisam investigar o que está sendo feito com o dinheiro público. E cobrar a reparação dos danos. A sociedade precisa se mobilizar e fiscalizar seus representantes. Crianças sofrendo com o descaso, profissionais expostos a todo tipo de desrespeito.

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    “Avanço na saúde do Maranhão é piada”, diz Chico Viana

    Após desvendar as fraudes com as verbas do SUS no Maranhão, o vereador Chico Viana citou exemplos escabrosos que exemplificam a real situação da saúde no Maranhão.

    Vereador Chico VianaVereador Chico Viana

    É estarrecedor a discrepância entre as informações coletadas junto ao Ministério da Saúde, o Data SUS e a realidade da saúde no Maranhão, como por exemplo, a informação de que no Maranhão existem 207 hospitais no Estado conveniados com o SUS para prestação de serviço de emergência à população. “Caso fosse verdade, não teríamos dificuldade nenhuma no atendimento médico”, disse Chico Viana.

    Chico Viana ainda alertou: “Consta no site do Ministério da Saúde, que todos os municípios maranhenses existem unidades de saúde cadastradas prestando serviços de saúde ao SUS e num total astronômico de 3.798 estabelecimentos cadastrados e desse, 1.705 são municipais. Ora, com tantos hospitais municipais só na estatística oficial, fica assegurado a drenagem dos recursos do SUS, uma vez que, realmente sem existirem, mandam os pacientes para São Luís, e os recursos ficam com a Prefeitura, é claro com a comprovação fajuta de que os serviços foram prestados no município, nos hospitais fantasmas”, desabafa.

    Indignado, o vereador Chico Viana disse que o que acontece no Maranhão é um verdadeiro genocídio, pois mascarar a realidade da saúde no Estado é o mesmo que matar a população aos poucos. “Além de todos os dados mentirosos, no hospital do IPEM, por exemplo, que foi arrendado para funcionar como um hospital de alta complexidade, se o doente precisar de atendimentos médicos por lá, tem que ser descontado do salário, caso não seja descontado na folha, ele não poderá usufruir”.

    O vereador Chico Viana ainda desmente vários dados mostrados pelo Ministério da Saúde e o Data SUS:

    1- Os sites informam que no Maranhão existem 13.837 leitos disponíveis, desses, 6.726 leitos são para internações municipais, 837 em hospitais estaduais e 435 em hospitais federais. Existem ainda 5.123 leitos em estabelecimentos privados com convênio com o SUS, totalizando 13.121 leitos pagos pelo poder. Se isso realmente fosse verdade, como são informadas as autoridades sanitárias do País, o Maranhão seria um exemplo mundial em assistência médica!

    2- 207 hospitais conveniados com o SUS para tratamento de emergência (nenhum hospital privado conveniado com o SUS presta atendimento de emergência durante 24 horas no Estado. Apenas dois Socorrões, o Materno Infantil, o Amaral de Matos, na capital e no interior Imperatriz, precariamente, e no Hospital de Urgência de Presidente Dutra.)

    3- 09 hospitais com atendimento de emergência em psiquiatria (não há nenhum!)

    Estes e tantos outros dados que não condizem nem um pouco com a realidade da saúde por todo o Maranhão.

    Sem falar no famoso corredor formado por ambulâncias que fazem fila com pacientes para serem atendidos na capital, a maioria emergência, mas todos desaguando nos Socorrões.

    "A saúde no Maranhão é um verdadeiro genocídio", desabafa Chico Viana"A saúde no Maranhão é um verdadeiro genocídio", desabafa Chico Viana

    Com tantos leitos e unidades de saúde conveniados com o SUS é de se perguntar quem
    são os municípios e quantas unidades de sáude constam como pagas para prestar a assistência médica à população. “Existe uma resolução do SUS estadual que o paciente que vier do interior tem que estar com a saúde estabilizada, ou seja, ter condições de se deslocar e não correr risco de morte, porém o município tem que avisar ao hospital em São Luís e após o tratamento o hospital comunica ao município a retirada desse paciente para continuar o tratamento no município de origem, mas como não tem hospitais públicos de emergência, conforme mostram as estatísticas, isto não acontece no Maranhão”. frisou Chico.

    Ele conclui dizendo que todos esses assuntos deveriam ser tratados por quem entende de saúde e não por quem entende de lei. “É melhor o pior hospital de emergência funcionando do que o melhor desativado e sem outra opção”, finalizou Chico Viana.

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    Fraudadores do Uniceuma já estão em liberdade

    Fraudadores Guru e Leônidas foram soltos na manhã desta terça-feira.Fraudadores Guru e Leônidas foram soltos na manhã desta terça-feira.

    Heitor Araújo Gomes, o Guru, e Leônidas Ferreira, principais responsáveis pela alteração de notas das provas do Uniceuma foram soltos hoje, às 9h. A dupla vai responder em liberdade.

    O delegado que preside o inquérito, Breno Galdino, disse ao Blog do Luís Cardoso que não vê necessidade da prorrogação da prisão temporária dos dois fraudadores.

    “Eles deram todas as informações que precisávamos e colaboraram com a investigação”, justificou o delegado.

    Breno Galdino informou, também, que várias pessoas estão sendo ouvidas sobre o caso.

    Hoje, pela manhã, por exemplo, mais um intermediário foi ouvido e apontou novos nomes da armação.

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    Polícia Federal faz operação em São João do Paraiso

    PF voltou a fazer operação em São João do Paraíso. Sob o comando do delegado Pedro Meireles, agentes passaram dois dias naquela cidade, na semana passada. Esta não é a primeira vez que a PF esteve lá.

    Durante a operação “Usura”, a PF e a Controladoria Geral da União, com o apoio da Procuradoria Geral da República da 1ª Região, realizaram uma série de investigações em São João do Paraíso, inclusive com mandados de prisões executados.
    Entre as prisões temporárias teve a do prefeito Raimundo Galdino Leite (PV), que permaneceu foragido, mas o vice João Aldo Ribeiro acabou na cadeia, além de secretários municipais e empresários.

    De acordo com a Polícia Federal altas quantias eram desviadas de recursos federais repassados para a educação e saúde. Além das prisões, foram apreendidos veículos, armas, agendas, documentos e aparelhos eletrônicos.

    Naquela cidade, a população já chegou depredar e incendiar o prédio da prefeitura, além de interditar uma ponte que dá acesso à cidade.

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    Nos primeiros cinco dias do mês de março, 12 homicídios registrados em São Luís

    O deputado Raimundo Cutrim (PSD), em pronunciamento feito na sessão desta segunda-feira (5) da Assembleia Legislativa, voltou a criticar o trabalho do secretário estadual de Segurança Pública, Aluísio Mendes.

    Segundo o parlamentar, a gestão de Mendes é desastrosa porque ele não possui comando e, tão pouco, credibilidade junto às Polícias Civil e Militar.

    “Somente nestes cinco primeiros dias do mês de março, já foram registrados doze homicídios na Ilha e a tendência é que este quadro se agrave cada vez mais. Enquanto se continuar importando este tipo de secretário, que não conhece a realidade da Segurança Pública de nosso Estado, o Maranhão continuará vivendo numa situação semelhante aos países em guerra”, afirmou Raimundo Cutrim.

    O deputado criticou, ainda, o fato de Aluísio Mendes estar encaminhando à Assembleia projeto de lei que regulariza a compra, por parte do governo do Estado, das folgas dos policiais militares. Na avaliação de Cutrim, que já foi secretário estadual de Segurança Pública durante quase dez anos, este tipo de medida já se mostrou ineficaz em vários outros Estados.

    “A folga dos policiais tem que ser respeitada. O que o secretário precisa fazer, e não faz, é trabalhar para melhorar os salários das Polícias Civil e Militar e equipar melhor as duas corporações”, disse.

    Raimundo Cutrim afirmou que, ao contrário do que foi dito pelo líder da oposição na AL, deputado Marcelo Tavares (PSB), ele é a favor da ida de Aluísio Mendes à Assembleia para, em audiência, explicar os motivos que estão levando o setor da Segurança Pública ao caos.

    “E já sei até o que ele vai dizer: vai tentar justificar os erros afirmando que não tem recursos”, finalizou.

    Agência Assembléia

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    Igreja Batista lotada de fiéis é assaltada por bandidos

    Deputada Eliziane GamaDeputada Eliziane Gama

    A deputada Eliziane Gama (PPS) denunciou na sessão desta segunda-feira (5), da tribuna da Casa, mais uma ação violenta na capital maranhense, que revela a falta de segurança em que vive a população. Na noite de domingo (4), bandidos armados invadiram uma Igreja Evangélica Batista, no bairro Vicente Fialho.

    Os criminosos entraram atirando na igreja lotada. Segundo a deputada, uma pessoa foi baleada e outra ficou ferida por estilhaços. A parlamentar lamentou a falta de ação do Estado no combate à violência e pediu providências urgentes da Secretaria de Segurança para que casos como este não se repitam.

    “Eu quero pedir rapidez e celeridade da investigação deste caso. É uma situação que a Secretaria de Segurança Pública, através da Polícia Civil, precisa tomar as devidas providências com o inquérito policial, mas também gostaria de pedir uma ação emergencial e enérgica no sentido de que agentes ou policiais militares possam ser deslocados para dar o apoio ali aquele espaço que é nas imediações da Igreja Batista do Vicente Fialho”.

    Eliziane Gama também lamentou que o nível de insegurança em que vive a população, que não está livre da ação de bandidos nem mesmo dentro de uma igreja. Para a deputada, o governo precisa de fato dá uma resposta rápida para a população, especificamente aos membros ali da Igreja Batista Vicente Fialho.

    Agência Assembléia

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    1.142 casos de violência doméstica registrados somente neste ano em São Luís

    Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher a violência doméstica ainda é o grande responsável por denúncias na Delegacia Especial da Mulher de São Luís.

    2012 mal começou mas a Delegacia Especial da Mulher (DEM) já registrou 1.142 casos de violência doméstica. Em 2011 foram registrados 5.366 casos. De acordo com a delegada da DEM, kazumi de Jesus Ericeira Tanaka, estes números se devem ao fato de que a vítima que sofre violência esteja denunciando mais o agressor, fazendo valer a aplicabilidade da Lei Maria da Penha.

    “Mesmo aumentando o número de denúncias contra agressores, se houvesse o fortalecimento das políticas públicas voltadas para enfrentar a violência contra a mulher, com certeza teríamos um efetivo mais capacitado para combater de maneira humanizada todo o tipo de violência doméstica e sexual contra a mulher. Não adianta criar órgãos de defesa se as políticas públicas são fracas nesse sentido” afirmou a delegada Kazumi Tanaka.

    Delegada Kazumi TanakaDelegada Kazumi Tanaka

    Com a nova interpretação do STF de que agora qualquer pessoa poderá denunciar um agressor, não se pergunta mais à vítima se ela tem ou não interesse na punição do agressor, o inquérito policial será iniciado de qualquer maneira. Porém é muito importante que a mulher seja sempre ouvida, pois na maioria dos casos ela deseja apenas medidas protetivas de urgência contra seu agressor.

    “Por ser o agressor geralmente um companheiro ou alguém que compartilhou momentos marcantes na vida dessa mulher, ela geralmente deseja apenas se separar para não sofrer mais violências, não deseja uma punição mais rigorosa” acrescentou Kazumi.

    A mulher vítima de violência doméstica independe de alguns fatores como a condição social, por exemplo. Um dado curioso é que as mulheres das classes sociais mais elevadas não costumam denunciar tanto quanto as de classes mais baixas.

    Isto acontece por quê na maioria dos casos essa mulher não quer a exposição de sua família, geralmente o companheiro agressor é alguém influente e ela acaba se submentendo a diversos tipos de violências durante anos, inclusive a violência sexual, pois muitas são forçadas a fazer sexo pelo marido ou namorado, mas não denunciam por acreditar ainda na cultura de que é uma “obrigação” e que o estupro só acontece se for com pessoa estranha.

    Em São Luís, os bairros onde mais acontecem violências contra a mulher são Coroadinho, Liberdade, Madre Deus e Anjo da Guarda, estes estão intimamente ligados com a criminalidade em geral e acaba por favorecer a violência doméstica também.

    Durante toda essa semana, a Delegacia Especial da Mulher realizará diversas ações no intuito de combater a violência contra a mulher, como a atuação da polícia repressiva, que já acontece sempre, palestras preventivas em escolas e conselhos de bairros, distribuição de materiais informativos, visitas a municípios onde não possui delegacia da mulher, entre outras.

    A delegacia Especial da Mulher-DEM, fica localizada na avenida Beira Mar, 534, próximo ao antigo Casino Maranhense e esta sob o comando da delegada Kazumi de Jesus Ericeira Tanaka.

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