O desafio de ser mulher no Maranhão
Por Dayse Karol
Jornalista do Blog do Luís Cardoso
Ser mulher não é nada fácil. Nós precisamos cuidar da beleza, do humor, da casa, do marido, dos filhos, do orçamento, trabalhar e ainda estar sempre antenada às novidades.
A cobrança é muito grande. A aparência deve estar sempre impecável. E o humor também. Isso sem contar com a paciência exigida 24 horas.
Não obstante todos esses obstáculos, aqui no Maranhão esta tarefa parece ser ainda mais difícil. Com indicadores nada favoráveis, a classe feminina maranhense ainda tem que lutar diariamente contra a violência doméstica, as desigualdades em relação aos salários dos homens, o desrespeito e o descaso do governo.
A falta de políticas públicas eficazes voltadas para as mulheres contribui consideravelmente para o aumento de doenças como aids, câncer de mama, do colo do útero, doenças cardiovasculares, gestação na adolescência e morte durante o parto.
As estatísticas da violência colocam o estado em posição de destaque. Homicídios, estupros, agressões físicas e verbais são os itens mais observados.
Embora sejamos a maioria da população do estado com mais de três milhões e 300 mil mulheres, ainda somos a minoria em diversos setores da sociedade.
Na política ainda há muitos desafios a vencer. Tanto nas prefeituras, câmaras municipais e assembleia legislativa, o número de parlamentares do sexo feminino é muito pequeno.
No mercado de trabalho o preconceito dita as regras e diversas profissões ainda são taxadas como exclusividade dos homens.
No interior do estado a situação é bem pior. O índice de analfabestismo, especialmente na zona rural, é alarmante.
E olha que vivemos um momento “privilegiado”, em que os chefes do executivo estadual e federal são mulheres. Temos uma governadora e uma presidente no poder. Mas mesmo assim ainda não temos o respeito e as oportunidades que precisamos e merecemos.
Em mais um ano eleitoral, vale a pena refletir sobre esta triste realidade. Várias conquistas foram alcançadas, mas estamos muito longe do ideal.
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