Descumprimentos de trânsito em julgado pode levar o Maranhão à intervenção federal

    roseana

    O Maranhão vem desafiando a Justiça há alguns anos. As ações contra o Estado são julgadas em instâncias finais e o Governo insiste em não acatar as decisões. Dois exemplos mais recentes ilustram o caso.

    A Justiça deu o prazo de 15 dias para que o Estado pagasse os precatórios. Passado o período, nada foi cumprido. Aliás, esta não foi a primeira vez a Justiça assiste calada o descumprimento das normas legais.

    O segundo caso trata-se uma decisão transitada em julgado que obriga o Estado a a fazer as retificações de promoções de um oficial da Polícia Militar, o major Ismael de Sousa Fonseca. A decisão já transitou pelo STJ desde o dia 27 de abril de 2010..

    Como a ordem judicial não foi acatada, ficou estabelecida uma multa de R$ 50 mil dia, desde junho de 2011, perfazendo um prejuízo ao erário em mais de R$ 32 milhões. Mesmo assim, o Estado segue cego, mudo e surdo.

    Recentemente, o Ministério Público recomendou pedido de Intervenção Federal junto ao presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Guerreiro Júnior (Clique aqui para ver).  As justificativas foram acolhidas, tendo o desembargador solicitado  da governadora informações e ação para demover a possibilidade de azo de intervenção, desde março deste ano. Novamente em um prazo de 15 dias  (Clique e veja aqui).

    O proximo passo a ser seguido pelo Presidente do TJ, é se fazer cumprir o que manda o artigo 368 do Regimento interno do TJMA  que diz, “Frustrada a solução administrativa e prestadas as informações ou transcorrido o prazo para prestá-las, o processo, que terá sempre o presidente do Tribunal como relator, será instruído com os documentos comprobatórios dos fatos e será remetido à Procuradoria Geral de Justiça para parecer, com prazo de cinco dias”.

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    Senado vai acelerar tramitação de projeto que criminaliza homofobia

    Folha.com

    O Senado vai acelerar a tramitação do projeto que criminaliza a homofobia. O presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira que vai “priorizar” a sua análise, mesmo sem acordo entre religiosos e defensores da causa gay sobre o mérito da proposta.

    “O processo legislativo caminha mais facilmente pelo acordo, pelo consenso, pelo entendimento. Quando isso não acontece, tem que submeter à votação, à apreciação. É o que vai acontecer em relação ao projeto da homofobia”, disse Renan.

    O senador se reuniu hoje com a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) e prometeu incluir na pauta do Senado propostas da agenda de direitos humanos, entre elas o projeto de lei 122/06, que criminaliza a homofobia.

    O PLC 122 tramita desde 2001 no Congresso. Em abril deste ano, o governo apresentou nova proposta de redação do projeto, elaborada em conjunto com o Conselho LGBT, órgão que integra a estrutura da SDH (Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República), pasta comandada por Rosário.

    A proposta visa estabelecer uma lei própria contra crimes de ódio e intolerância praticados “por discriminação ou preconceito de identidade de gênero, orientação sexual, idade, deficiência ou motivo assemelhado”. O projeto está, atualmente, na Comissão de Direitos Humanos do Senado, sob relatoria do senador Paulo Paim (PT-RS).

    Segundo o texto, constitui crime de intolerância “impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade, identidade de gênero ou orientação sexual em espaços públicos ou privados de uso coletivo, exceto em templos de qualquer culto, quando estas expressões e manifestações sejam permitidas às demais pessoas”. Ainda de acordo com o projeto, a pena varia de dois a sete anos de prisão.

    “Assumi com a ministra Maria do Rosário o compromisso de priorizarmos apreciação de alguns projetos dessa agenda. Considero fundamental que ela vá adiante nesse propósito de aproximação do Senado com a sociedade brasileira”, disse o senador.

    À frente da secretaria, a ministra já se manifestou de forma favorável à criminalização da homofobia, mas a nova redação do projeto foi o gesto mais forte neste sentido.

    A proposta recebe críticas de religiosos, em especial da bancada evangélica do Senado, que vêm articulando sucessivas manobras para retardar sua tramitação.

    O pastor evangélico Silas Malafaia também convocou seus seguidores a protestar contra o casamento gay, o aborto e o projeto numa manifestação marcada para a próxima quarta-feira (5) na capital federal. Os religiosos temem que a proposta barre críticas a homossexuais nos templos e igrejas, embora esse item tenha sido flexibilizado na proposta para facilitar a tramitação do texto.

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    Ministro da Saúde exonera diretor após campanha para prostitutas

    AGÊNCIA BRASIL

    Campanha do Ministério da Saúde (Divulgação)Campanha do Ministério da Saúde (Divulgação)

    Após a divulgação de uma campanha para o Dia Internacional das Prostitutas com a frase “Sou feliz sendo prostituta”, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, determinou a exoneração do diretor do Departamento de DSTs, Aids e Hepatites Virais do ministério, Dirceu Greco.

    A campanha foi lançada no último fim de semana nas redes sociais pelo departamento dirigido por Greco. Nesta terça-feira, porém, Padilha recuou e disse que a campanha ainda depende de aprovação.

    “Enquanto eu for ministro, não acho que seja uma mensagem a ser passada pelo Ministério da Saúde”, afirmou Padilha. Para o ministro, veiculado como possível candidato do PT ao governo de São Paulo, a pasta deve se limitar a divulgar campanhas com foco na prevenção das DSTs.

    O ministério disse em nota que a peça “não foi aprovada pela Assessoria de Comunicação Social, como ocorre com todas as campanhas”. A pasta acrescentou ainda que a campanha foi elaborada a partir de oficina de comunicação comunitária conduzida pelo Departamento de DSTs com representantes desse público alvo.

    Ele diz ainda que as peças estão agora sendo analisadas pela assessoria e que serão disponibilizadas se aprovadas.

    Após a divulgação da campanha, deputados da bancada evangélica dispararam ataques à presidente Dilma Rousseff e cobraram explicações do ministério. “O que o governo faz é um crime, é apologia à prostituição. O governo está patrocinando um crime ao defender essa conduta”, disse o deputado Marcos Rogério (PDT-RO).

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    Mitsubishi compra controle de produtora de grãos que atua no MA por R$ 1 bilhão

    Do Atual7

    A japonesa Mitsubishi Corporation vai adquirir o controle da Ceagro Agrícola, holding brasileira produtora de grãos, com atuação nas regiões Centro-Oeste e no chamado Mapito, que compreende o Estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, pertencente ao grupo argentino Los Grobo.

    Fazenda da Ceagro em Balsas. Fazenda da Ceagro em Balsas.

    A Companhia de Agroquímicos do Maranhão — nome original já descartado pela empresa —, hoje Ceagro, surgiu em 1995 no município maranhense de Balsas, dedicada exclusivamente ao comércio de defensivos agrícolas.

    Entre 2004 e 2007, a companhia se expandiu pelos Estados da nova fronteira agrícola, integrando-se, no ano seguinte, ao grupo argentino Los Grobos, que também comercializa grãos produzidos na Argentina e no Uruguai. O primeiro investimento da Mitsubishi na Ceagro ocorreu no ano passado, com a compra de fatia de 20% da empresa.

    Segundo informações da agência Nikkei divulgadas, na última sexta-feira (31), a Mitsubishi vai desembolsar 50 bilhões de ienes ou US$ 498 milhões [cerca de R$ 1 bilhão] pela aquisição do controle da Ceagro.

    O valor inclui mais de 30 bilhões de ienes em empréstimos para a empresa brasileira e mais de 10 bilhões de ienes para a compra de ações que estão nas mãos de outros investidores, incluindo o grupo argentino Los Grobo.

    A trading Mitsubishi já havia adquirido 20% da Ceagro no ano passado. Com o negócio, a participação da japonesa no capital da Ceagro chegará a 80%.

    A intenção da Mitsubishi é duplicar as negociações com grãos na Ceagro nos próximos anos, hoje em pouco mais de um milhão de toneladas por ano. Dentro do amplo acordo firmado entre a Los Grobo e a Mitsubishi, grãos que a empresa argentina compra no mercado local e no Uruguai serão entregues à Mitsubishi para a venda a grandes clientes na Ásia.

    Na última safra, encerrada em junho de 2012, o faturamento da Ceagro ficou em torno de US$ 450 milhões. A receita global do grupo Los Grobo foi de cerca de US$ 1 bilhão. O grupo plantou na safra 2011/12 aproximadamente 280 mil hectares de soja em quatro países do Mercosul – Brasil e Argentina são os principais.

    Atualmente, a Mitsubishi negocia pouco mais de 10 milhões de toneladas de grãos por ano, o equivalente a 40% das importações japonesas, e pretende dobrar esse volume em 2020.

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    ‘Sou feliz sendo prostituta’, diz campanha do governo

    Campanha do Ministério da Saúde (Divulgação)Campanha do Ministério da Saúde (Divulgação)

    O Ministério da Saúde lançou no último fim de semana uma campanha infeliz sobre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), tendo como protagonistas as profissionais do sexo. Uma das peças ganhou destaque entre os vídeos e fotos divulgados nas redes sociais pela mensagem que trazia: “Eu sou feliz sendo prostituta”.

    Após a repercussão negativa da campanha, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o material não passou pelo seu aval: “Do Ministério da Saúde, é papel ter mensagens específicas para estimular a prevenção das DSTs fundamentadas nas profissionais do sexo, que é um grupo bastante vulnerável”.

    “Enquanto eu for ministro, campanhas assim não vão passar pelo ministério”, afirmou Padilha, cotado como candidato do PT ao governo de São Paulo nas eleições do ano que vem.

    Fiascos –
     A iniciativa surge logo após uma série de fiascos em campanhas de Saúde na gestão do petista. Em março deste ano, o Ministério da Saúde suspendeu distribuição de um material direcionado para o público adolescente e que tinha como tema a prevenção da aids. O kit era formado por seis revistas em quadrinhos e tratava de assuntos como gravidez na adolescência, uso de camisinha e homossexualidade. Na época, mais uma vez Padilha afirmou que a distribuição do material foi realizada sem o seu consentimento, além de não ter sido aprovado pelo conselho editorial.

    Em maio de 2011, mais um projeto foi suspenso. A própria presidente cancelou a entrega de um kit de combate à homofobia produzido pelos ministérios da Saúde e da Educação.O material foi produzido pela Oficina de Comunicação em Saúde para Profissionais do Sexo, realizada entre os dias 11 e 14 de março em João Pessoa (PB). O objetivo da ação é se “opor ao estigma da prostituição associada à infecção pelo HIV e aids” e celebrar o Dia Internacional das Prostitutas (2 de junho).

    No mês passado, o ministério gastou 10 milhões de reais em uma campanha que informava, de forma equivocada, que pessoas com problemas relacionados a planos de saúde particulares deveriam ligar para a Ouvidoria do SUS, que trata da saúde pública. A campanha precisou ser corrigida.

    (Com Estadão Conteúdo)

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    Malafaia convoca protesto contra casamento gay em Brasília

    Folha.com

    silas malafaiaO pastor evangélico Silas Malafaia convocou seus seguidores a protestar contra o casamento gay e o aborto numa manifestação marcada para a próxima quarta-feira (5) na capital federal.

    A “Manifestação Pacífica em Brasília”, que acontecerá às 15h em frente ao Congresso Nacional, foi divulgada pelo pastor no Twitter nesta segunda-feira (3).

    “EU APOIO a manifestação. E vc?”, escreve Malafaia. Em seguida, ele pede para que seus leitores repliquem a mensagem para aumentar sua divulgação.

    O site da igreja de Malafaia, Associação Vitória em Cristo, diz que o ato marcará posição contra o “controle da mídia, a descriminalização do aborto e o casamento gay”, além do projeto de lei 122/06, que criminaliza a homofobia.

    Esses projetos, afirma o texto, são “uma afronta à democracia, à vida e à família tradicional”.

    O evento contará com a participação de lideranças evangélicas e cantores de música gospel. Os organizadores do ato afirmam que a manifestação não possui viés político-partidário e esperam reunir 50 mil pessoas, entre evangélicos, católicos, espíritas, ateus e seguidores de outras religiões

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    Em Parada Gay, Daniela Mercury ataca Feliciano

    Folha
    283053-970x600-1“Não dormi de tão ansiosa a semana inteira”, disse Daniela Mercury antes de começar seu show na Parada Gay. A apresentação teve início por volta das 15h, momentos depois de seu trio elétrico começar a descer a rua da Consolação, com a música “O Canto da Sereia”. A partir deste momento, o evento ganhou novo ânimo.

    O trio, além de ter o maior número de seguidores, também foi o mais disputado por representantes do movimento LGBT e políticos, como a ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT) e o deputado federal Jean Wyllys (PSOL).

    “É um momento [cantar na Parada Gay] muito importante na minha vida e na minha carreira”, disse a cantora, momentos antes de subir ao palco.

    Entre as músicas, Mercury emendou discursos contra a homofobia, racismo e intolerância religiosa.

    “Nós elegemos os políticos, mas o país é nosso. Se a gente não usa o poder que a gente tem, deixa para alguém que não faz o que é o melhor para a gente”, disse a cantora ao público, na praça Roosevelt, região central de São Paulo.

    Nos momentos de encerramento do show, Mercury criticou o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Feliciano é alvo de protestos por suas declarações consideradas homofóbicas e preconceituosas. “Se a gente já tirou um presidente, não é possível que o governo mantenha na comissão alguém que não nos representa. Vamos usar o nosso poder cotidiano, não deixando ninguém desrespeitar ninguém. Isso é ser cidadão.”

    A MELHOR DA PARADA

    “Eu tenho muita inveja da Malu [Verçosa, namorada da cantora]”, suspirava Livia Lopes, 27, em frente ao trio elétrico onde Daniela Mercury cantava, na rua da Consolação. “Foi a melhor coisa que a parada fez.”

    Na altura da rua Antônio Carlos, o cabeleireiro Celso Kamura deixava o evento com o estilista Alexandre Herchcovitch. “A Daniela é uma personalidade pública com uma força incrível”, disse. “Mas a chuva atrapalhou um pouco este ano.”

    Para a autônoma Elisa Antônio, 55, a presença da cantora dá mais respeito à Parada Gay. “Ela não gosta de rótulos, mas tem muito conteúdo.”

    “SAINDO DO ARMÁRIO”

    Em abril, Mercury assumiu seu relacionamento com a jornalista Malu Verçosa. “Malu agora é minha esposa, minha família, minha inspiração pra cantar”, escreveu em uma foto postada no Instagram.

    Desde então, a cantora se tornou uma das maiores vozes pela igualdade homossexual. E criticou uma das maiores vozes contra, o pastor e deputado federal Marcos Feliciano (PSC).

    “Numa época em que temos um Feliciano desrespeitando os direitos humanos, grito o meu amor aos sete ventos. Quem sabe haja ainda alguma lucidez no Congresso Brasileiro!”, escreveu Mercury em um comunicado.

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    Governo publica decreto que garante desconto de tarifa elétrica

    Folha.com

    O governo publicou na quarta-feira (29) em uma edição extra do “Diário Oficial da União” um decreto que vai garantir o desconto médio de 20% sobre a energia elétrica. Editado em uma edição de 16 páginas, o decreto, assinado pela presidente Dilma Rousseff, permite repasse antecipado de R$ 2,8 bilhões.

    Na quarta-feira, ao anunciar o decreto, o ministro Edson Lobão (Minas e Energia) afirmou que sem a medida a tarifa de luz poderia aumentar até 15% em alguns Estados. O aumento médio no preço, considerando consumidores de todos os Estados, seria de 4,6%.

    “Examinamos a questão com parlamentares e com o Palácio do Planalto e vimos que seria necessário um decreto do ministério permitindo que a Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] autorizasse a Eletrobras a fazer uso dos recursos da CDE [Conta de Desenvolvimento Energético, que é o fundo setorial] para enviar recursos às distribuidoras”, afirmou.

    Na semana passada, a medida provisória que previa o desconto sobre a energia elétrica caducou. O governo então acatou proposta para embuti-la em outra MP –a que trata da desoneração da cesta básica. Enquanto isso, esse decreto garante a conta de luz mais barata.

    A MP 605, que tratava do desconto, chegou a ser aprovada pela Câmara dos Deputados, mas o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu manter a promessa de que a Casa não votaria medidas provisórias que chegassem com um prazo de vencimento menor do que sete dias.

    Sem a MP, as distribuidoras de energia elétrica –que pagam pelo uso das usinas térmicas– deixariam e receber dinheiro do governo para fazer frente a esse gasto. O custo, portanto, iria parar na conta do consumidor, gerando aumento das tarifas.

    Com o decreto desta semana, a Eletrobras, que gere esse fundo, ainda poderá repassar dinheiro para as elétricas, como vem ocorrendo desde o início do ano.

    “O uso desses recursos estava previsto pela MP 605, mas como não foi votada e cairá em caducidade em 3 de junho, precisamos adiantar de uma vez o decreto, para que a redução da energia elétrica continue sendo equalizada”, disse Lobão.

    Os R$ 2,8 bilhões antecipados de uma vez correspondem aos valores que deveriam ser pagos entre julho e dezembro. Pela medida anterior, o pagamento seria feito em parcelas, mês a mês.

    Segundo o ministro, o adiantamento dos valores até dezembro permite que o governo tenha tranquilidade para aguardar a aprovação da nova medida pelo Congresso, sem que isso traga reflexos no aumento de tarifas.

    “Essa redução media de 20% é um compromisso inarredável do governo. Quaisquer que sejam os percalços que tenhamos de enfrentar, como já ocorreu anteriormente, serão retirados legalmente para que o consumidor, o comércio e a indústria se beneficie dessa medida”, completou Lobão.

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    INSS entra com recurso no STJ contra troca de aposentadoria

    Da Folha.

    A AGU (Advocacia-Geral da União), que representa o INSS na Justiça, apresentou recurso ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) no processo que discute a troca de aposentadoria.

    Segundo o órgão, o pedido, chamado de embargo de declaração, foi feito para questionar os critérios que devem ser usados no cálculo do novo benefício.

    Para a AGU, não ficou claro se os ministros, ao julgarem que o aposentado tem o direito de incluir novas contribuições, entenderam que eles podem utilizar todos os pagamentos que já foram feitos à Previdência ou apenas aqueles realizados após a primeira aposentadoria.

    “A AGU permanece defendendo a ilegalidade da desaposentação, questão esta que ainda dependerá do julgamento do Supremo Tribunal Federal”, informou o órgão, por meio de sua assessoria de imprensa.

    No início deste mês, o STJ decidiu que os aposentados que trabalham podem trocar o benefício por outro mais vantajoso, sem ter de devolver o que receberam do INSS desde o pagamento do primeiro benefício.

    O Supremo Tribunal Federal ainda precisa dar a palavra final sobre o direito à troca de benefício no INSS.

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    No Maranhão, boato revelou fraudes de vereadores beneficiários

    O globo

    Vereador de Coroatá, Celino da Fazendia (PT)Vereador de Coroatá, Celino da Fazendia (PT)

    A investigação sobre a origem da onda de boatos  levou a denúncias contra vereadores de pequenos municípios maranhenses que  também estão recebendo o Bolsa Família. Em Coroatá, a 247 quilômetros de São  Luís, o vereador Juscelino do Carmo Araújo (PT) foi denunciado por receber o  benefício mesmo tendo declarado à Justiça Eleitoral possuir patrimônio de R$ 320  mil (Reveja) . O caso foi denunciado na Câmara Municipal pelo vereador Júnior Buhatem  (PMDB).Já em Fortaleza dos Nogueiras, a 661 quilômetros de São Luís, a denúncia  também foi em sessão da Câmara, contra o vereador Edimar Dias (PSD) (Reveja).

    O prefeito do município, Elimar Nogueira (PR), que fez questão de acompanhar  a sessão, disse que tem provas.

    — O cidadão está, desde o seu primeiro mandato, recebendo auxílio da Bolsa  Família junto com sua esposa? Isso não precisa ser apurado, tenho documentos,  fomos à Caixa, e o dinheiro está sendo depositado na conta do vereador — acusou  Elimar.

    Vereador Edimar Dias (PSD) Vereador Edimar Dias (PSD)

    A Polícia Federal, que está investigando os boatos no Maranhão, não quis se  pronunciar sobre o assunto.

    Entre os beneficiários, as reações diante dos boatos foram variadas. Com três  filhos, Rojane dos Santos Martins foi uma das milhares de maranhenses que  entraram em desespero quando soube que o Bolsa Família poderia acabar e que ela  teria até a meia-noite para sacar o dinheiro na Caixa. Foi a mãe dela quem ligou  na noite de sábado dia 18 repassando a notícia.

    — Entrei em pânico, chamei a vizinha que também recebe o Bolsa Família, e  corremos para a Caixa, onde graças a Deus conseguimos sacar o nosso dinheiro — recorda-se ela. — Quando cheguei à Caixa, foi aquela agonia, gente chorando  porque não tinha caído seu dinheiro na conta. Todo mundo dizia que soube por  outra pessoa, e ninguém nos explicava nada.

    Com a disseminação do boato no dia 18, nove serviços de autoatendimento da  Caixa foram depredados no Maranhão.

    Mas nem todos os beneficiários acreditaram no fim do Bolsa Família. Em  Maceió, a dona de casa Laudileide Costa da Silva, de 34 anos, mãe de três filhos  que recebe R$ 134 por mês, esperou em casa o desfecho da conversa que se  espalhou de boca em boca no bairro da Serraria.

    — Diziam muita coisa. Teve gente que disse que recebeu R$ 600 do Bolsa  Família. Queria que o boato fosse verdade, mas era uma história tão mal contada  que não dava para acreditar.

    A técnica de enfermagem desempregada Maria Cícera Pereita da Silva, de 50  anos, assistiu aos telejornais daquele sábado e também desconfiou:

    — Reuni a família inteira para conversar. E disse que era mentira, porque a  Dilma teria ido à televisão para ela mesma dizer que o programa acabou. Nem fui  à agência bancária.

    Em Fortaleza, a dona de casa Euda Farias foi uma das que correram ao caixa  eletrônico:

    — Minha nora, que mora em Trairi (a 125 quilômetros da capital cearense),  ligou avisando que era preciso tirar logo o dinheiro, porque ele seria bloqueado  por seis meses. Ela disse que ficou sabendo por outras pessoas, a cidade inteira  comentava. Não pensei duas vezes: saquei na mesma hora. A correria foi tão  grande, era tanta gente tentando sacar, que o primeiro caixa que procurei já  estava sem cédulas, e tive que procurar outro. Nunca vi coisa igual.

    A dona de casa Maria Lúcia Farias Barbosa desconfiou:

    — Disseram que tinha uma espécie de presente pelo Dia das Mães, um dinheiro a  mais. Minha cunhada até foi sacar o benefício dela, mas resolvi não embarcar  nessa. Desconfiei que era uma armadilha porque, quando é coisa do governo,  avisam com antecedência, colocam no jornal, e isso não tinha acontecido.

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    Terrorismos eleitorais

    Eliane Cantanhêde, da Folha.com

    bolsa-famíliaBRASÍLIA -A semana do feriado está sendo de lascar para o governo, com pibinho, mais uma alta de juros e derrota da articulação política no Congresso. Nada, porém, pior que a lambança do Bolsa Família.

    Na primeira versão, a Caixa mudou o calendário de liberações depois e por causa do corre-corre, dos saques e depredações. Confrontada com reportagem da Folha, a própria Caixa teve de voltar atrás e reconhecer que, primeiro, mudou o calendário e só depois (e por causa disso?) houve corre-corre, saques e depredações. Caso típico em que a ordem altera, sim, o produto.

    O primeiro erro foi a mudança estapafúrdia do calendário. O segundo foi a dimensão do tumulto que Dilma Rousseff classificou de “desumano”. O terceiro foi a mentira, a inversão do que ocorreu de fato. O quarto foi governo e PT tirando casquinha do episódio “desumano” para fazer política e acusar a oposição.

    Ao dizer que houve “terrorismo eleitoral”, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, remeteu sem querer a um terrorismo eleitoral real, em 2006, quando a campanha de Lula difundiu a versão de que os tucanos, com quem disputavam o segundo turno, privatizariam a Petrobras.

    A versão colou e até gente bem informada que oscilava entre uma e outra candidatura desceu do muro para Lula, diante da certeza de que o PSDB venderia a empresa-símbolo do Brasil -e a preços módicos.

    Agora, se os repórteres Aguirre Talento e Daniel Carvalho não tivessem descoberto e publicado na Folha que a origem do tumulto tinha sido na própria Caixa, a versão de que havia uma conspiração oposicionista teria certamente se imposto, antes do resultado da PF. Até porque o PT, mais do que o governo, é excelente em massificar suas versões.

    Ou seja: se não fossem repórteres atentos e um jornal independente, aí é que haveria “terrorismo eleitoral” de verdade. Deve ser por isso que se fala tanto em “controle social” e “regulamentação” da mídia.

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    Geraldo Vandré quebra o silêncio

    Depois de quatro décadas de isolamento, o cantor e compositor Geraldo Vandré, que se transformou em um dos maiores enigmas da MPB, resolve finalmente quebrar o silêncio.

    Autor de clássicos como “Disparada” e “Pra Não Dizer que Falei das Flores” — esta, transformada em hino de manifestações contra a ditadura militar – Vandré deu uma entrevista ao repórter Geneton Moraes Neto no dia em que completava 75 anos de idade.

    Desde que voltou do exílio, no segundo semestre de 1973, ele não falava para a televisão.

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