Uma liberação no mínimo estranha de quase R$ 5 milhões da conta da Caema foi realizada hoje pela manhã, por via judicial, em favor da Morada Nova LTDA.
O dinheiro era para pagar os salários de abril dos servidores, fornecedores e prestadores de serviços. De imediato, a governadora Roseana sarney determinou ao secretário de Saúde, Ricardo Murad, que mandasse averiguar o sequestro dos recursos e encaminhasse o caso à Polícia Civil.
Acontece que a Morada Nova, que construiu o conjunto Cannã, nos arredores do São Raimundo, não conseguiu a princípio o financimento da Caixa Econômica Federal dos imóveis porque recebeu parecer desfavorável da Caema no tocante a tubulação para o abastecimento de água. O projeto continha irregularidades.
A construtora entrou com uma ação na justiça contra a Caema por danos morais, em 2002, pedindo R$ 2 milhões de indenização.
Somente na gestão de Rubem Brito foi homologado acordo estranho, pelo qual a Caema pagaria o dobro: R$ 4 milhões.
Ficou acertado por Rubem Brito que o dinheiro seria pago em 36 parcelas entre R$ 126 mil a 135 mil, sendo escolhido o dia cinco de cada mês como prazo para pagamento.
E pasmem os senhores! Rubem Brito homologou no acordo que em caso de atraso a empresa teria direito a cobrança de novos valores.
E foi exatamente o que ocorreu, mas em proporções assustadoras. O pagamento da 19ª parcela foi feito no dia 14, portanto com nove dias de atraso.
E até agora não se compreende como o juiz Abrão Lincon Sauaia expediu liminar para que a Caema pagasse R$ 25 milhões para a construtora, que começou a cobrar R$ 2 milhões, teve o crédito aumentado para R$ 4 milhões, que se transformaram da noite para o dia em R$ 25 milhões.
Como a empresa tinha em conta R$ 4,9 milhões, o dinheiro foi sequestrado em favor da Morada Nova. O advogado da empresa, José Helias Sekeff do Lago, entrou com a ação no dia 27, segunda-feira, pela manhã.
Com velocidade impressionante, o juiz despachou a ordem para a agência do Banco do Brasil, no Jaracaty, na tarde do mesmo dia.
O que causou surpresas, também, foi o fato do advogado das Morada Nova conseguir ser atendido na agência do BB após o horário normal para fazer a previsão de saque no dia seguinte, hoje.
Quantia cima de R$ 500 mil, o normal é que o banco estipule o prazo de 48h para a liberação do dinheiro. Hoje pela manhã, em menos de 24h, por volta das 9h15, a Morada Nova sacou R$ 1,08 milhão em espécie e transferiu para três contas da empresa o restante do dinheiro.
Para o secretário de saúde, Ricardo Murad, fica claro que a conivência dos assessores jurídicos da Caema ap0nta para um esquema montado para pagar as indenizações, além de estranhar as facilidades da agência bo BB.
“Por isso, a governadora determinou ao procurador Geral, Marcos Lobo, para que ingresse com ações contra o juiz, contra o Banco do Brasil e contra a assessoria jurídica da Caema para reparar o dano causado ao erário”, informou Murad.
A governadora solciitou ainda que o secretário de Segurança Pública, Raimundo Cutrim, abra inquérito policial para investigar o caso.
Por último, Roseana Sarney mandou exonerar os membros chefes da assessoria jurídica da Caema, dentre eles Antônio de Paula Pereira, quepa foi advogado de Jackson Lago e candidato derrotado a vereador por São Luís.
E mais: mandou a Procuradoria Geral auditar todas as ações que estão na justiça contra a Caema, além da suspensão de contratos com escritórios de advocacia.
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