O recuo e, consequentemente, a rejeição da CPI do Lixo, que visava investigar denúncias de desvio de recursos da Coliseu, mostram claramente a posição da nossa Câmara Municipal de São Luís.
Apesar de renovar boa parte do seu quadro, com a última eleição de 2008, a Câmara de Vereadores anda agachada. É mais uma vez um apêndice do Executivo municipal.
A investigação na Coliseu não interessava ao ex-governador Jackson Lago porque quando prefeito da capital a corrupção na empresa rolou solta.
Lago chegou ao descaramento de enviar bilhetes escritos pelo próprio punho para o diretor da Coliseu, Renato Dionísio, desviar os recursos e contemplar aliados.
A CPI da Coliseu não interessa ao PDT porque dois dos seus expoentes, Renato Dionísio e Aziz Santos rasgaram o dinheiro da empresa para fazer mimos a amigos e parentes.
A CPI da Coliseu não interessa ao deputado Julião Amin, ponte entre Castelo e Jackson Lago, durante a campanha para prefeito, porque vai mostrar o lixo e espalhar a fedentina da administração do seu irmão, Jurandir Castro, que desviou o dinheiro para enriquecimento familiar.
A CPI da Coliseu não interessa ao prefeito João Castelo porque foi na administração de sua esposa, Gardênia Ribeiro Gonçalves, que os dirigentes da empresa deram prosseguimento aos desmandos implantados desde a gestão de Mauro Fecury.
A CPI da Coliseu não desperta o menor interesse no prefeito João Castelo porque foi Jackson Lago quem bancou sua campanha eleitoral, que resultou vitoriosa.