Assim não vale

    O Senado Federal, ao que parece, quer persitir no erro ou fazer de conta que somos um país de otários e bestas. O diretor geral da Casa, Haroldo Tajra, acaba de inventar um jeitinho brasileiro para evitar que parentes e protegidos de senadores percam de vez a eterna “boquinha”.

    Dos 663 atos que não foram publicados no Diário Oficial do Senado, mas nem por isso secretos, na primeira parcial, concluíram com a demissão de 218. Mas após análises constataram que 152 tiveram seus atos publicados. Como? Números que não batem e enganam nossa matemática.

    O grupo que estuda o caso, há mais de duas semanas, indicou que do que restou (aí os número não batem novamente) apenas 100 seram demitidos. Que conta maluca! Dos 218 da primeira parcial, 152 estão regulares, sobrando 100 para a guilhotina. Não entendi nada.

    Bom, agora vem o golpe. O diretor geral do Senado Federal já tranquilizou a turma: quem for demitido agora poderá ser readmitido, com ato publicado e tudo. Santa paciência! Quero uma passagem para fora do Brasil. Desde que não seja para países com índices altos da gripe suína.

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    Disputa desigual

    Segunda-feira ficou só para os endinheirados nos dois maiores cabarés de luxo da cidade: Rosana e Número hum. Pobre não tem vez, nesse dia, com as operárias do sexo.

    Na noite de segunda-feira é comum estacionarem carros de luxos. São prefeitos, deputados e grandes empresários  e até juiz federal.

    Na noite de ontem, segunda-feira, dia 27, um deputado estadual, esposo de prefeita, que era jackista e agora é roseanista, vai depor por causa de recursos de uma prefeitura com nome de presidente, estava assanhando. E com muito boró no bolso.

    Das seis gatinhas que estavam à sua mesa, esperando outro deputado gastador, que é contra o tabaco em ambientes fechados, mas adora virgens em locais públicos, três pulalaram quando entrou aquele juiz federal. O magistrado arrastou todas para o desespero dos deputados e alegria dos donos do local. O homem das leis paga R$ 500 por cada uma.

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    Fedentina na Litorânea

    Caminhar na Litorânea pela manha é um sacrifício. Nas proximidades do Bar da Lenoca, então, um sufoco. A fedentina que exala dos esgotos dos condomínios de luxo é insuportável.

    A Secretaria de Saúde não deveria apenas interditar o local para banho, mas buscar solução para o problema. Os donos de bares e restaurantes estão prejudicados, bem como os que fazem caminhadas.

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    Foi o mordomo

    Encerra hoje às 18h o prazo para que o juizo da 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Maranhão, sob a responsabilidade do juiz Ney Belo, responda sobre o vazamento das escutas telefônicas entre o senador José Sarney e o filho, o empresário Fernando Sarney.

    A resposta será dada ao corregedor do Tribunal Federal de Recursos, Hamilton Carvalhido, que já fez as mesmas indagações ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal. As duas últimas alegam não ter nenhuma participação no vazamento dos grampos. A mesma posição deve tomar a 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Maranhão.

    Então, se não partiu de ninguém a iniciativa de liberar para a grande imprensa trechos das gravações telefônicas, então foi ele. Isso mesmo: o mordomo. É elementar.

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    Gilmar Mendes critica desrespeito a sigilo, mas Tarso Genro acha “natural”

    Dois dias antes do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, criticar o vazamento para a imprensa do conteúdo das escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal em operações de investigação, o ministro da Justiça, Tarso Genro, já dizia que os vazamentos “são naturais”. Como?

    Ministro Gilmar Mendes

    Se os inquéritos correm sob segredo de justiça, natural sim que os sigilos sejam preservados e não espalhados para atender a interesses de quem quer que seja.

    Em um dos 30 trechos das escutas do empresário Fernando Sarney, já em mãos de pelos menos três grandes jornais do país, um deles até eu tinha conhecimento do teor.

    Fui informado por um jornalista que uma semana depois sairia gravação de Fernando Sarney, sua filha e o senador José Sarney. Aquele em que Maria Beatriz pede emprego no Senado Federal para o namorado.

    Desde sábado, mais uma vez, alguns jornalistas e blogueiros comentavam que as próximas gravações que serão escancaradas tratam de diálogo do senador José Sarney com membros do STF e STF. Bingo! Acertaram uma: com o ministro Galloti, do STJ.

    Estão comentando ainda que a próxima escuta seria mais pessoal. Sarney estaria travando longos diálogos.

    No meu entendimento, a publicação das escutas compromete as investigações porque deixa claro o jogo de interesses.
    O que é pior: expõe o processado como já julgado. Processo não é pena. Existem coisas em tais processos, nas investigações, que perdem não apenas o senso de justiça, mas o senso do ridículo.

    Foi assim quando a PF interceptou conversa entre o deputado Sarney Filho e o irmão empresário Fernando Sarney. Os dois conversavam sobre o caso Ópera Prima, que resultou no desvio de R$ 900 mil de recursos da saúde da prefeitura de Caxias para uma empresa de um filho do ex-secretário da Casa Civil, Aderson Lago.

    Beirou ao ridículo, Perderam o senso do ridículo e a gravação foi entregue aos jornalistas como se investigação comprometeriam os dois irmãos.

    Além disso, a conversa entre eles não faz parte do contexto do que estava sendo investigado.

    Em maio, o Conselho Federal de Justiça estabeleceu a proibição para fins de divulgação das escutas, bem como determina que sejam anulados materiais que não façam parte do que está sendo investigado. Nem uma coisa e nem outra.

    O ministro do STF, Gilmar Mendes disse que há banalização das escutas e da divulgação delas. O Ministério Público Federal do Maranhão pediu que a Polícia Federal instaure um inquérito para apurar o vazamento dessas gravações.

    Como para o ministro da Justiça o vazamento das escutas é natural, talvez nada seja apurado com rigor. E assim as investigações vão acontecendo, condenando antes do julgamento.

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    Jackson Indignado

    Leio noi blogue do Ricardo Noblat a indignação do governador cassado Jackson Lago. Diz ele que “aqui no Maranhão o governador eleito legitimamente pelo povo nunca nomeou ninguém para cargos federais”.

    Tem razão, o ex-governador. Aqui no Maranhão Lago pendurou 14 parentes diretos para cargos no varal estadual, de filhos, mulher e irmãos, a  cunhados. Imagina se tem chance na máquina federal…

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    Já pagou os impostos?

    O Grupo Mateus cresce no Maranhão como se ganhasse  a cada mês um acumuladão da mega-sena. Leio no Blogue do Colunão (Walter Rodrigues) que o grupo empresarial adquiriu em Imperatriz dois grandes estabelecimentos comerciais: Lojas Liliane e Supermercados Timbira, ficando com o monopólio na área.

    Aqui mesmo em São Luís os Super Mercados Mateus ampliaram seus negócios ao ponto de inibirem grupos pesados como o do Hiper Bom Preço e Maciel.

    Cada vez que vejo o Mateus crescendo de forma assustadora ou mágica lembro que em menos de cinco anos o grupo era o maior fraudador e devedor de impostos estaduais no Maranhão.

    A fraude era tamanha que chegou a ser solicitada a sua prisão. Algo em mais de R$ 20 milhões. Lembro ainda que uma sindicância feita por um grupo de técnicos da Sefaz indentificou uma rede de proteção ao Mateus, dono do grupo, que incluia de membros da Justiça a deputado federais e estaduais. Mateus nunca conheceu uma cela de delegacia. 

    Como não entendo do ramo, gostaria apenas de saber se a dívida foi paga, de que forma foi quitado o débito ou se Mateus permanece burlando o fisco estadual. O certo é que o grupoi continua em expansão milagrosa. Não demora muito coloca a Igreja Universal do Reino de Deus no bolso.

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    Cafeteira, o mais assíduo

    Pasmem os senhores! Embora com dificuldades de locomoção (anda em cadeira de rodas), o senador Epitácio Cafeteira, o mais velho em plenário, foi o mais assíduo nas sessões e votações do Senado Federal.
    O presidente José Sarney foi o mais faltoso, segundo site do Congresso em Foco. Mauro Fecury, que há três meses substituiu Roseana Sarney, já figura com muitas faltas.

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    Polícia pode entrar em greve

    Policiais civis realizaram agora a pouco Assembléia Geral e discutiram o que consideram não inclusão da categoria no programa de valorização do servidor público estadual.

    Policiais Civis em manifestação de greve

    Na verdade, a Polícia Civil quer mesmo é aumento salarial, embora tenha conquistado o pleito duas semanas antes do governo Jackson Lago ser cassado.

    Os civis estavam em disparada em relação aos militares. Como os milicos tiveram salários elevados, os civis querem mais.

    Não custa nada lembrar que o militar passou bom tempo percebendo muito inferior ao civil. Sem esquecer que hoje que enfrenta os bandidos de frente são os militares. Boa parte dos civis nem plantão faz mais.

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    Cerco ao vazamento das gravações de operação federal

    Termina amanhã o prazo dado pelo corregedor Hamilton Carvalho ao Tribunal Federal de Recursos da 1ª Região para que determine providências visando apurar o vazamento das escutas telefônicas que envolvem o senador José Sarney e o filho Fernando Sarney.

    O conteúdo vazado para a grande imprensa faz parte dos autos do inquérito que corre sob segredo de justiça. Ele tramita na 1ª Vara Federal na Seção Judiciária do Maranhão, tendo sido arquivado desde o início de maio deste.

    Ainda em maio, o Conselho Federal estabeleceu que as gravações que não interessam à prova dos fatos apurados serão inutilizadas. Não foi o que se observou. Aliás, não é o que se tem observado desde a data do que foi estabelecido.

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