Se houve ‘corrupção’, mídia será investigada, diz relator de CPI

    Relator da CPMI, Odair Cunha. Foto: Brasil.247Relator da CPMI, Odair Cunha. Foto: Brasil.247

    Folha de São Paulo

    Se houve cooptação e corrupção de alguns atores da mídia, isso deve ser investigado”, disse nesta quinta-feira (3) o relator da CPI mista do Cachoeira, deputado federal Odair Cunha (PT-MG). Ele afirmou que “não há tema proibido” nos trabalhos da comissão.

    O deputado falou sobre o assunto no Poder e Política- Entrevista, programa do UOL e da Folha conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues no estúdio do Grupo Folha em Brasília.

    Cunha disse que analisará inquéritos da Polícia Federal antes de se posicionar “sobre a participação de qualquer pessoa, não só da mídia” na suposta organização criminosa de Carlinhos Cachoeira. O deputado afirmou ainda que “é preciso individualizar condutas” e que a CPI deverá apurar suspeitas que recaem sobre “membros da imprensa, membros do empresariado brasileiro, membros do Congresso Nacional, agentes de governos municipais e estaduais e agentes do governo federal”.

    Sobre não ter convocado governadores suspeitos para depor em maio, primeiro mês de funcionamento da comissão, Cunha disse não haver indícios suficientes para justificar a medida. “Se ficar evidenciado cooptação e corrupção, este tema dos governadores deve ser tratado por nós [da CPI]”. Já foram associados a fatos do escândalo Cachoeira os governadores Agnelo Queiroz (PT), de Brasília, Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, e Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro.

    Odair também falou sobre possível convocação do dono da empreiteira Delta, Fernando Cavendish. Isso acontecerá, segundo o deputado, “se ficar evidenciado que a Delta como um todo ou que o sr. Fernando Cavendish participou dessa organização criminosa”.

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    Ministra de Direitos Humanos quer federalizar crimes contra jornalistas

    Agência Estado

    ministra Direitos Humanos. Foto: Routenewsministra Direitos Humanos. Foto: Routenews

    Entidades que representam jornalistas pediram ao governo a federalização dos crimes contra a categoria. Em uma reunião nesta quinta com a ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, as associações que reúnem empresas e profissionais da área cobraram a mudança de foro como uma forma de acelerar as investigações e desencorajar o tipo de atentado em que foi assassinato, na semana passada, o jornalista maranhense Décio Sá. “A impunidade tem estimulado a multiplicação dos casos de violência. Em raríssimos casos os responsáveis são identificados e punidos”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azedo.

    Maria do Rosário explicou que existe hoje a possibilidade de federalizar crimes de direitos humanos como extermínio – caso em que se enquadrariam várias mortes de jornalistas – mas é preciso fazer o pedido ao Superior Tribunal de Justiça e os casos são analisados um a um. A ministra informou, ainda, que a secretaria vai criar um observatório para acompanhar as investigações de atentados contra jornalistas.

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    Caixa dá início a feirões com juros menores para financiar imóveis

    Folha de São Paulo

    A Caixa Econômica Federal, maior agente financeiro no setor de habitação, reduz os juros dos financiamentos imobiliários a partir de hoje. Começa também a rodada de feirões da casa própria.

    Mais de 430 mil imóveis novos, usados e na planta serão vendidos em 13 cidades até 10 de junho. Os primeiros municípios a receber o evento –de hoje a domingo– são Belo Horizonte, Brasília, Rio, Salvador e Recife.

    Em São Paulo, o feirão vai de 18 a 20 deste mês.

    “A vantagem do evento é reunir em um local uma grande oferta de construtoras, que permitem comparar as ofertas”, diz José Urbano Duarte, vice-presidente de governo e habitação da Caixa.

    Além das empresas, há outros agentes da cadeia, como corretores, cartórios e técnicos do banco responsáveis por liberar financiamentos.

    Existe a possibilidade de fechar o negócio na hora, mas especialistas recomendam cautela. O pagamento vai comprometer a renda do mutuário por até 30 anos.

    FAÇA SUAS CONTAS

    “É preciso fazer as contas antes, saber o quanto do orçamento há disponível para fazer o financiamento sem se endividar”, diz o professor do Insper Ricardo Almeida.

    As taxas da Caixa vão de 4,5% a 10% ao ano mais Taxa Referencial, de acordo com o valor de imóvel e a renda. Antes, chegava a 11%.

    No caso dos mutuários que adquirem um imóvel avaliado em até R$ 500 mil, as taxas serão reduzidas de 10% para pelo menos 9% ao ano.

    Para quem tem conta-corrente, cheque especial e cartão de crédito do banco, os juros podem chegar a 8,4%. Já os clientes que optarem por transferir o salário para Caixa podem ter até 7,9%.

    Imóveis com valores superiores a R$ 500 mil terão taxas de financiamento reduzidas de 11% ao ano para 10% ao ano, podendo chegar a 9% ao ano de acordo com os produtos e os serviços da Caixa que os clientes usarem.

    Na linha que usa os recursos do FGTS, a taxa máxima foi reduzida de 8,4% para 7,9%. Se o cliente tiver conta no fundo de garantia (caso de assalariados), fica em 7,4%. A modalidade é válida para compra de imóveis de no máximo R$ 170 mil e famílias com renda de até R$ 5.400.

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    Ex-delegado diz que queimou corpos de militantes em usina

    Ricardo Noblat, O Globo

    Em livro de memórias, agente do Dops confessa crimes da ditadura.

    Ex-delegado Cláudio Guerra se prepara para virar pastor.Ex-delegado Cláudio Guerra se prepara para virar pastor.

    O livro de memórias de um ex-agente da repressão aos opositores da ditadura militar traz novas revelações sobre o desaparecimento e a morte de militantes de esquerda nos anos 70 e 80 no Brasil. Em depoimento aos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, publicado em primeira pessoa sob o título “Memórias de uma guerra suja”, o ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) Cláudio Antônio Guerra diz que pelo menos dez corpos de militantes executados teriam sido incinerados em uma usina de açúcar no norte do Estado do Rio em 1973. Afirma também que o delegado Sérgio Paranhos Fleury — símbolo da linha-dura do regime — teria sido assassinado por ordem dos próprios militares, assim como o jornalista Alexandre Von Baumgarten, dono da revista “O Cruzeiro”, como queima de arquivo.

    “Isso me atormentou durante muito tempo porque eu sei que as famílias devem  ainda ter até hoje aquela esperança de saber o destino de seus entes queridos.  Se eu tive coragem de fazer, eu tenho que ter coragem de assumir os meus erros”,  diz Guerra em vídeo publicado na tarde desta quarta-feira no site de promoção do  livro, editado pela Topbooks, que chegará às livrarias no próximo fim de  semana.

    Em trecho do livro publicado nesta quarta-feira no site “IG”, o ex-delegado  diz ter se aproveitado da amizade com o ex-deputado federal e ex-vice-governador  do Estado do Rio Heli Ribeiro Gomes, dono da Usina Cambahyba, para usar o forno  da unidade em Campos (RJ) e desaparecer com o corpo de militantes. De acordo com  o livro, teriam sido incinerados João Batista, Joaquim Pires Cerveira, Ana Rosa  Kucinski, Wilson Silva, David Capistrano, João Massena Mello, José Roman, Luiz  Ignácio Maranhão Filho, Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira e Eduardo Collier  Filho.

    Guerra afirma ter levado dois superiores hierárquicos ao local para que  aprovassem o uso do forno da usina: o coronel da cavalaria do Exército Freddie  Perdigão Pereira, que trabalhava para o Serviço Nacional de Informações (SNI), e  o comandante da Marinha Antônio Vieira, que atuava no Centro de Informações da  Marinha (Cenimar). Ambos já morreram; o primeiro em 1996, e o segundo em 2006. O  dono da usina, Heli Gomes, foi deputado pelo PTB, filiado à Arena e ao PFL.  Morreu em 1992, três anos antes de a usina fechar.

    — Meu pai era simpático aos militares, mas naquela época ou você era de um  lado ou de outro. Ele não queria o comunismo dentro do Brasil, mas era  totalmente contrário a qualquer perseguição ou violência, era um democrata — diz  Cecília Gomes, filha de Heli, que considera as acusações de Guerra “absurdas”.

    No livro, o ex-delegado diz que a comunidade de inteligência decidiu matar  Fleury em reunião realizada em São Paulo.

    ”Fleury tinha se tornado um homem rico desviando dinheiro dos empresários que  pagavam para sustentar as ações clandestinas do regime militar. Não obedecia  mais a ninguém, agindo por conta própria. E exorbitava”, diz o delegado em  trecho publicado pelo “IG”.

    Oficialmente, Fleury morreu acidentalmente em Ilhabela, depois de tombar da  lancha. Segundo Guerra, ele teria sido dopado e levado uma pedrada na cabeça  antes de cair no mar.

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    Câmara aprova criminalização da exigência de cheque caução em hospital

    Da Folha:

    Condicionar atendimento médico-hospitalar emergencial a qualquer garantia, como o cheque caução, está mais perto de se tornar crime.

    A Câmara aprovou nesta quarta-feira projeto de lei que estabelece detenção de três meses a um ano, além de multa, para o estabelecimento médico-hospitalar que exigir cheque caução, nota promissória ou qualquer outra garantia para realizar o atendimento de emergência.

    Também fica proibido determinar preenchimento de formulários administrativos antes do socorro. As medidas valem para hospitais públicos e privados. A proposta, que muda o Código Penal, segue para análise do Senado.

    Pela proposta, a pena será aumentada até o dobro se a recusa ao atendimento resultar lesão corporal de natureza grave, e até o triplo, se provocar a morte. Os hospitais também terão que exibir cartazes informando que é crime exigir garantias para prestar serviços de emergência.

    Atualmente, a cobrança do cheque caução já pode ser questionada com base no crime de omissão de socorro, mas a nova redação dará mais segurança aos pacientes, além de prever punições mais duras aos hospitais que insistirem na cobrança de garantias.

    O projeto foi encaminhado ao Congresso pelo Executivo após a morte de Duvanier Ferreira, secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, que sofreu um infarto. Ele procurou dois hospitais particulares de Brasília, mas não portava talão de cheque nem a carteira do plano de saúde e, diz a família, teve atendimento negado.

    Diante do falecimento do assessor, a presidente Dilma Rousseff determinou que o governo tratasse de evitar novas vítimas por omissão. Se for aprovado, o projeto deve ser chamado de “Lei Duvanier”.

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    Imagens mostram filha de deputado momentos antes de ser assassinada

    Para Polícia Civil, Michelle do Carmo, 30 anos, foi vítima de latrocínio.
    Quatro suspeitos foram apresentados nesta sexta-feira (27).

    G1

    A Polícia Civil afirmou que Michelle Muniz do Carmo, 30 anos, filha do deputado estadual Luiz do Carmo (PMDB-GO), foi vítima de latrocínio – roubo seguido de morte. O crime aconteceu na madrugada do último sábado (21), na Avenida T-63, Setor Nova Suíça, em Goiânia e foi registrado por câmeras de segurança, que mostram parte da ação dos criminosos. Os suspeitos foram apresentados nesta sexta-feira (27).

    As imagens registradas pela câmera de segurança da distribuidora de bebidas onde aconteceu o assassinato mostram como o crime aconteceu (veja vídeo). Michelle, que comprava bebidas, correu para o carro que estava sendo roubado e foi perseguida por um dos suspeitos, que atirou contra ela.

    Prisão
    Estão presos quatro dos cinco suspeitos de terem participado do crime. Três deles estão detidos com a Polícia Civil, enquanto o quarto, que é cabo do Exército, está preso no quartel.

    O quinto integrante da quadrilha, que segundo a polícia dirigia o carro usado no crime, está foragido. Foram apreendidos um revólver e uma pistola usados no crime.

    “Todos os que foram ouvidos confessaram a participação no crime. Eles saem nos setores da cidade praticando assalto para adquirir o veículo e, depois, trocar em drogas”, explica a delegada Adriana Ribeiro.

    Policiamento
    Segundo a Polícia Militar (PM), o policiamento de madrugada próximo às distribuidoras de bebidas será reforçado. “Visitando, passando, fazendo patrulhamento em pontos básicos, para garantir a segurança das pessoas que vão ali se valer daquele comércio”, detalha o comandante do policiamento da capital, Márcio Queiroz.

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    DEM é contra terras para quilombolas

    Um sinal de alerta foi dado nesta quarta-feira (18/04/2012) contra os direitos das comunidades quilombola. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3239, ajuizada pelo Partido Democratas (DEM) contra a lei que regulamenta a demarcação das terras de comunidades quilombolas, ministro Cesar Peluso, entendeu ação como procedente.

    O presidente do STF disse que a concretização do direito quilombola é complexo e que, nos últimos anos, a situação não melhorou. Tanto que, atualmente, só 192 comunidades contam com título de propriedade, número que representa apenas 6% do total estimado, indicando que a atuação governamental está muito aquém da previsão.

    Na ação que tramita há oito anos, o DEM contesta a regulamentação das terras quilombolas por meio de decreto presidencial. O partido também questiona o princípio do autorreconhecimento para identificação de quilombolas, assim como a possibilidade de a comunidade apontar os limites de seu território.

    Apesar de considerar inconstitucional, o voto de Peluso considerou como válido os títulos das áreas emitidos até agora, com base no Decreto 4.887/2003, “em respeito ao princípio da segurança jurídica e aos cidadãos que, da boa-fé, confiaram na legislação posta e percorreram o longo caminho para obter a titulação de suas terras desde 1988”.

    A representante nacional das Mulheres Quilombolas, Núbia de Souza, que veio do Acre para acompanhar o julgamento, falou da esperança de uma decisão favorável aos quilombolas. “Tenho esperança que os ministros serão convencidos de que isso não é coisa de governo, mas uma conquista do nosso povo. Essa é uma reparação social que nós queremos”.

    Após o voto de Peluso, a ministra Rosa Weber interrompeu o julgamento com um pedido de vista. Ainda faltam dez votos para decidir sobre o futuro do decreto. (frente comunitaria da baixada e litoral ocidental do maranhão e movimentos sociais* [email protected])

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    Fonte: Jornal Brasil de Fato*

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    Lewandowski diz que seu voto sobre mensalão sai neste semestre

    Folha de São Paulo

    Revisor do processo do mensalão, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski afirmou que vai liberar seu voto ainda neste semestre, o que permitiria o julgamento a partir de agosto.

    “Pretendo liberá-lo ainda neste semestre. Agora que saí do Tribunal Superior Eleitoral terei mais tempo para estudar os casos complexos que se encontram em meu gabinete”, disse em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”.

    Lewandowski nega estar segurando o processo ou que pretenda aliviar a situação dos réus. “Jamais retive nenhum processo em 22 anos de magistratura. Meu gabinete é um dos que têm o menor acervo de processos. Ressalto, ainda, que minhas liminares são apreciadas em 24 ou 48 horas no máximo. E mais: ingressei no ano de 2012 sem nenhum voto-vista pendente.”

    O ministro do STF Ricardo Lewandowski. Foto: Lula Marques - 13.dez.2011/FolhapreO ministro do STF Ricardo Lewandowski. Foto: Lula Marques - 13.dez.2011/Folhapre

    Relator do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa já concluiu a leitura de todo o processo e o parecer, um resumo da investigação em 122 páginas. Mas Lewandowski fará a revisão do processo, função tão importante quanto a do relator.

    Ele analisará o relatório e os demais dados do processo e produzirá um outro voto, que será apresentado logo após o voto de Barbosa.

    O Supremo tem sofrido pressão para que o processo seja colocado logo na pauta de julgamentos e, para isso, depende que Lewandowski libere o processo.

    O caso, cuja denúncia foi aceita pela Corte em 2007, refere-se a um suposto esquema que financiava parlamentares da base aliada em troca de apoio político.

    Entre os réus no processo no estão o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), o empresário Marcos Valério, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) e os ex-deputados José Genoino (PT-SP) e Roberto Jefferson (PTB-RJ), autor das denúncias.

    TSE

    Lewandowski renunciou ao cargo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na última quarta-feira (18). Ele assumiu cadeira de ministro substituto no TSE em 2006 e foi eleito ministro efetivo em 2009.

    Desde abril de 2010, Lewandowski exercia a presidência da Corte Eleitoral, cargo que passou para a ministra Cármen Lúcia.

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    Cartão do SUS é obrigatório inclusive para usuários de planos de saúde

    O Ministério da Saúde determinou que toda a população brasileira, isto inclui os usuários de planos de saúde da rede particular, devem tirar o Cartão Nacional de Saúde (o Cartão do SUS).

    O objetivo é mapear a saúde nas diversas regiões do país, já que o cartão funciona como um registro nacional, uma espécie de identidade da saúde das pessoas. Essas informações vão permitir ao Governo Federal a elaboração de políticas públicas voltadas à realidade de cada região.

    Vale esclarecer que o prazo para retirada do cartão vai até 2015. Até lá as pessoas serão atendidas normalmente. Os usuários de planos de saúde devem tirar o cartão porque existem procedimentos e situações em que o atendimento é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e neste caso o plano de saúde ao qual o usuário é vinculado, deve arcar com parte da despesa.

    O novo sistema, por ser nacional, não permite a duplicidade de cartões, evita a realização de exames repetidos, por simples discricionaridade do paciente, racionaliza os serviços e previne o desperdício. Além de garantir os repasses financeiros de acordo com os serviços prestados em cada localidade.

    Para retirar o cartão, basta apresentar carteira de identidade, certidão de nascimento, (no caso de cadastro de crianças) e comprovante de endereço nas unidades da rede de saúde mantidas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). O cartão também pode ser tirado com os agentes comunitários de saúde. Na rede privada, que possui convênio com o SUS, no momento do atendimento pode ser solicitado o cartão.

    Aldonora Belo, Hospital da Criança, Hospital da Criança, Hospital geral, Hospital Presidente Dutra, Aquiles Lisboa, Maternidade Benedito Leite, Maternidade Marly Sarney, Juvêncio Matos, Upas, Socorrão I e II, Apae, Hospital de Olhos. Vale lembrar que estes locais tiram o cartão apenas para as pessoas que estão em atendimento.

    Quem não possuir o cartão pode ser atendido para casos de urgência e emergência. Para consultas e exames, só com o cartão.

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    Mortos recebem salários pagos com dinheiro público em Pernambuco

    No escândalo dos funcionários fantasmas, o TCE descobriu gente morando a quase 3 mil quilômetros de distância do emprego. E tem até o caso do traficante condenado, que recebia salário da prefeitura.

    Primeiro, o Fantástico denunciou o esquema de licitações fraudulentas no Rio de Janeiro. Depois, a farra dos salários e auxílios a deputados estaduais no Amapá e no Maranhão. Neste domingo (15), o Show da Vida denuncia mais um caso de desperdício do dinheiro público: o escândalo dos funcionários fantasmas. Desleixo na administração, fraudes nas prefeituras, contratação de fantasmas. Irregularidades que desviam fortunas que deveriam ser aplicadas no serviço público.

    Ao todo, 450 funcionários públicos estão enterrados em cemitérios de Pernambuco. Os nomes deles aparecem em uma auditoria do Tribunal de Contas do estado. Durante dois anos, os auditores estudaram as planilhas de pagamento dos municípios pernambucanos. A conclusão é de que, só de 2009 a 2010, foram desperdiçados R$ 300 milhões em dinheiro público. Mais de R$ 2 milhões, gastos em nome de gente que já morreu.

    No levantamento do TCE, o Recife aparece com o maior número de casos: 65. E o pior é que os fantasmas não estão só nos cemitérios.

    A administração do dinheiro público em Pernambuco é assombrada por muitas outras irregularidades. O estado atingiu uma marca inacreditável: dos seus 184 municípios, 159 respondem a processos no Tribunal de Contas. São quase todos: 86% das cidades.

    Município de Verdejante, no sertão pernambucano. No período investigado pelos auditores, a folha salarial da prefeitura traz o nome de Severino Dantas de Sá. Severino é presidiário. Quando foi contratado estava foragido.

    Ele cumpria pena de sete anos de prisão por tráfico de drogas, em Brasília, em regime semiaberto. Em agosto de 2008, ele fugiu do presídio e só voltou dois anos depois, quando foi recapturado pela polícia.

    Transferido para Salgueiro, a 35 quilômetros de Verdejante, Severino confirmou que foi funcionário público. “Trabalhei no período de 2009 até meados de outubro de 2010”, ele diz.

    Repórter: O prefeito não tinha ciência de que o senhor deveria estar cumprindo pena quando foi contratado?
    Severino: Não, não tinha ciência.

    Ao tentar explicar o erro na contratação, o prefeito de Verdejante, Haroldo Tavares, acaba revelando uma prática que leva a tantos casos de mau uso do dinheiro público no Brasil: o preso que virou funcionário é primo dele. “Inclusive a própria família que é dele, é nossa, dizia que ele não tinha mais problema na Justiça e eu não fui averiguar mais a fundo”, afirma.

    Para a cientista política Roseli Coelho, as fraudes contaminam todo o serviço público brasileiro. “Você está esfregando na cara do funcionário público que trabalha que ele é um idiota, que ele é um trouxa, que outros mais espertos que ele estão ganhando o salário e não estão trabalhando”, afirma.

    Em Belém, o Ministério Público investiga, desde 2011, a contratação de fantasmas pela Assembleia Legislativa do Pará. “Nós já detectamos, neste primeiro momento, no primeiro levantamento, perto de cem funcionários fantasmas”, diz o promotor de Justiça Arnaldo Azevedo.

    O prejuízo já chega a R$ 20 milhões. Funcionários da Assembleia estão entre as 40 pessoas denunciadas.

    O Ministério Público afirma que o golpe usava inocentes, gente que não sabia que estava na folha de pagamento e que não se beneficiou da fraude, como Ivonete: “Nunca recebi um centavo”, ela garante.

    Ela está desempregada. Mas, na folha da Assembleia, era assessora especial e recebia mais de R$ 10 mil por mês.

    O vendedor Ricardo também está na folha de pagamento. Em nome dele, um salário de mais de R$ 15 mil. “Eu ganho um salário mínimo e tem gente se aproveitando do meu nome”, diz ele.

    Em Belém, então, o desvio do dinheiro era feito com “laranjas”, quer dizer: pessoas que têm nome e documentos usados sem que elas saibam. O salário, claro, era embolsado pelos golpistas.

    “A todo momento se detecta uma pessoa que figurou nos quadros da Assembleia como funcionário, mas que nunca trabalhou, muitas não sabem nem onde fica o prédio da Assembleia Legislativa”, explica promotor.

    Mas nem sempre são laranjas. Em Cuiabá, uma auditoria na folha de pagamento da Secretaria de Fazenda de Mato Grosso encontrou 32 fantasmas. E 31 recebiam os salários, eram coniventes com a fraude. Nenhum deles jamais trabalhou na secretaria. Houve quem recebesse, em quatro anos, mais de um R$ 1 milhão. Total do prejuízo: quase R$13 milhões. A polícia começa a investigar a fraude.

    Em Pernambuco, além de mortos que continuam a receber salários, o Tribunal de Contas descobriu funcionário morando a quase 3 mil quilômetros de distância do emprego.

    Algumas prefeituras pagam salários até para servidores que moram em estados que não fazem divisa com Pernambuco. São 3,8 mil contratados que não dão expediente, mas o contra-cheque deles nunca falta.

    Mirandiba, no sertão Pernambucano. Uma cidade como tantas outras que precisam de serviços de saúde, de educação, de segurança. Mas Mirandiba contrata servidores que moram longe.

    Em Brasília, a equipe do Fantástico tentou entrevistar Jorge Luiz Furtado de Sá. Ele aparece como motorista na folha de pagamento de Mirandiba. Encontramos a casa da família dele. A irmã estranha que Jorge tivesse emprego em uma cidade de Pernambuco: “Lá de Mirandiba? Não, porque ele trabalhava aqui, como é que ele era funcionário lá?”.

    E conta que o irmão deixou Brasília de repente: “Eles juntaram as coisas, querida, e anoiteceu e amanheceu e foram embora, a família toda. Meu irmão, a mulher e os filhos”.

    Em São Paulo, chegamos mais perto de um dos fantasmas de Mirandiba. Maria Clara da Silva é contratada como auxiliar de serviços. “Chega correspondência dessa pessoa aqui”, diz uma mulher.

    O produtor de reportagem do Fantástico em São Paulo encontra uma pista de Maria Clara. “Chega correspondência dessa Maria Clara e ela passa para pegar”, avisa a mulher.

    A moradora indica o caminho da casa que seria de Maria Clara. Mas o lugar está vazio. Por telefone, ela não quis explicar a situação.

    Produtor: A gente precisa esclarecer, porque você tem um cargo lá e você não mora lá.
    Maria clara: Mas aí o meu advogado procura você e conversa com você.

    Em Mirandiba, descobrimos que a mãe de Maria Clara trabalha no lugar dela. “Ela adoeceu lá e está lá, mas ela vem. E eu trabalho e recebo o dinheiro”, revela.

    Bartolomeu Tiburtino é prefeito de Mirandiba desde 2009. Ele diz que as irregularidades começaram antes da gestão dele. “E nós vamos tomar as medidas cabíveis para poder contornar essa situação”, afirma o prefeito.

    As prefeituras foram notificadas pelo Tribunal de Contas para apresentar as suas defesas. Algumas instauraram processos administrativos para apurar as próprias irregularidades. Não há nenhuma garantia de que os pagamentos irregulares foram suspensos.

    Segundo o TCE, com os R$ 300 milhões desperdiçados em Pernambuco, seria possível construir 6,2 mil casas populares ou ainda 167 novas escolas.

    “Nós já denunciamos isso ao Ministério Público. O Ministério Público vai estudar e ver os indícios de improbidade e os indícios de crime em relação a essas questões e efetivamente nós vamos solicitar de forma firme a devolução desses recursos pelos responsáveis”, afirma a presidente do TCE de PE, Teresa Duere.

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    Suspeita de canibalismo diz que comia fígado de vítimas e fazia salgadinho de carne humana

    Folha.com

    Um vídeo gravado mostra Isabel Cristina da Silva, uma das acusadas de matar, esquartejar e comer ao menos cinco pessoas em Pernambuco, descrevendo como fazia os assassinatos e o preparo de salgadinhos de carne humana.

    Isabel revela que eles comeram 10 kg de carne humana entre três e cinco dias. “Bruna faz dieta, mas quando ela come carne como mesmo. Agora, eu já gosto mais de arroz e não como muita carne. Essa carne só durou pouco por causa da Bruna e da menina porque elas gostam muito de carne. A menina não sabia, ela pensava que era carne comum”.

    “Eu não comi muito a carne porque não sou de comer muito. Eu comi o fígado e alguns pedaços do corpo, mas não comi o coração”, diz Izabel.

    Isabel é casada com Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 51. O casal vivia com a amante dele, Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25. Os três são suspeitos de matar, esquartejar e comer pedaços dos corpos de pelo menos três mulheres nas cidades de Olinda e Garanhuns.

    Leia também: Suspeito diz que é ‘esquizofrênico desde jovem’ Suspeito de matar e comer carne humana diz que cumpria ‘missão’ Polícia diz que suspeitos faziam salgados com carne humana em PE Suspeitos de canibalismo podem ter feito mais oito vítimas em PE

    Uma menina de 5 anos morava com eles. A polícia diz que ela é filha de Jéssica, morta por eles em 2008, em Olinda, quando tinha 17 anos.Pedaços dos corpos das mulheres assassinadas por membros de uma seita em Garanhuns (234 km de Recife) eram utilizados para rechear salgados vendidos por uma das suspeitas, diz a Polícia Civil.

    De acordo com o comissário da Delegacia de Garanhuns, Demócrito de Oliveira, a comerciante ambulante Isabel Cristina Oliveira da Silva, 51, confessou em seu depoimento que fazia e vendia pastéis e empadas nas ruas da cidade com se fossem salgados de carne bovina.

    A morte de Jéssica é contada em detalhes no livro “Revelações de um esquizofrênico”, escrito por Jorge em 2009 e registrado em cartório em 28 de março deste ano. No livro, a amante de Jorge, Bruna, aparece com o nome de Jéssica, porque usava a identidade da vítima.

    “Ao olhar para o corpo já sem vida da adolescente do mal, sinto um alívio. Pego uma lâmina e começo a retirar toda a sua pele, e logo depois a divido. Eu, Bel e Jéssica nos alimentamos com a carne do mal, como se fosse um ritual de purificação, e o resto eu enterro no nosso quintal”, diz um trecho.

    Em entrevista à TV Jornal, de Pernambuco, Jorge Negromonte da Silveira, 51, admitiu ter matado as três vítimas, mas se recusou a chamar a atitude de assassinato. “Eu digo que foi missão porque nenhuma folha cai sem a permissão do grande Deus. Todas essas pessoas estão purificadas. Todas estão com Deus e purificadas”, disse Silveira, atrás das grades.

    Ele disse à TV que as vítimas eram escolhidas por dois seres que ele chamou de arcanjo e querubim. “Nessas duas últimas missões, quem me ajudou foram as duas pessoas, duas crianças ainda, um branco e um negro, que desde cedo estão na minha vida e que passam todas essas informações para mim”.

    Jorge afirmou não ter religião e disse que comia a carne das vítimas para completar o ritual de purificação. De acordo com ele, sua mulher, Isabel Cristina Torreão Pires da Silveira, 51, era quem atraía as vítimas. “Ela começava a mostrar filmes bons. No momento, a pessoa ia melhorando.

    Depois que conversava, a gente via que a hora tava certa pelas quantidades de palavras boas e palavras ruins que ela falava”.

    O suspeito de matar as mulheres disse não recordar o que usava para esquartejá-las, mas afirmou que não havia tortura. “Ela [a vítima], antes [de ser morta], chorava e falava alguma coisa, e eu dizia: seus pecados estão perdoados”.

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    A Pesquisa de Primeiro de Abril

    Hoje São Luis amanheceu com uma pesquisa na praça, a primeira registrada e divulgada, que foi amplamente ecoada por blogs que não tiveram o cuidado mínimo de checar as fontes de confiabilidade do Instituto.
    Tudo na pesquisa de um tal de Instituto BRVox é prá lá de suspeito.

    Em primeiro lugar, a pesquisa foi registrada no dia 2 de abril, quando o campo já havia sido feito nos dois dias anteriores. Ou seja, a pesquisa, sintomaticamente, ficou pronta no dia primeiro de abril, dia da mentira.
    Pela legislação, ela estaria disponível para divulgação a partir do dia 7. Por que então levou uma semana para ser publicada, quase 15 dias depois de apurada em campo?

    Mas isso é o menos grave. Para piorar, o tal Instituto BRVox apresenta-se em seu site com sede em Brasília, mas os telefones de contato são de duas pessoas em Teresina. E, segundo o registro na Justiça Eleitoral, não houve contratante. Simplesmente deu na telha do tal instituto realizar a pesquisa em São Luis por conta própria. Verdadeiros apóstolos da estatística.

    Pra piorar, excluíram das perguntas o candidato Edivaldo Holanda Jr (PTC), que lançou sua pré-candidatura antes dos incluídos Eliziane Gama (PPS) e Roberto Rocha (PSB). Além disso, mantiveram dois candidatos do PT,Washington Oliveira e Bira do Pindaré.

    Parece que o único objetivo da pesquisa era demonstrar que Castelo perde no cenário de segundo turno para Flávio ou para Tadeu. Não foram incluídos outros cenários de segundo turno, o que seria normal para testar o potencial de cada adversário.

    O tamanho da amostra é mínimo, de 500 entrevistas (margem de erro e intervalo de confiança não indicados no registro, burlando a lei)e o preço foi de 4 mil reais.

    Agora fica a pergunta: quem investiria 4 mil reais (valor muito abaixo do de mercado) do próprio bolso para pesquisar numa cidade longe da sede do instituto, com todos os custos que isso implica?

    Não entendo porque os partidos e demais candidatos não utilizam as prerrogativas da lei e pedem acesso no TRE aos dados amostrais, questionários e toda documentação que comprove a efetiva realização da pesquisa.

    Aos blogs que repercutem a pesquisa, fica a advertência do escritor Disraeli (1804-1881) que já dizia que “há três tipos de mentiras: as grandes, as cabeludas e as estatísticas”.

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