Suspeitos do roubo das fotos de Carolina Dieckmann são descobertos

    Roubo foi feito por hackers do interior de Minas e São Paulo, via e-mail. O Fantástico acompanhou com exclusividade a investigação.

    G1

    A polícia encontrou quatro suspeitos de terem roubado fotos íntimas do computador de Carolina Dieckmann em março e depois as terem divulgado na internet, em 7 de maio, após tentativa de extorsão. De acordo com a investigação, acompanhada de perto com exclusividade pelo Fantástico neste domingo (13), hackers do interior de Minas Gerais e São Paulo invadiram o e-mail da atriz e pegaram as imagens. Isso descarta a suspeita inicial sobre funcionários de uma loja de assistência técnica no Rio de Janeiro onde Dieckmann havia deixado o laptop para consertar, há dois meses.

    Um grupo especializado da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil do Rio usou programas de contra-espionagem para chegar aos suspeitos. De acordo com a investigação, o roubo teria começado com um e-mail usado como isca (spam), que ao ser aberto liberou uma porta para a instalação de um programa que permitiu aos hackers entrarem no computador da atriz.

    Veja o site do Fantástico

    “A vítima fatalmente clicou nesse spam”, explicou o delegado Rodrigo de Souza Valle. “Provavelmente ela deixou esse arquivo ser reenviado para o autor.” Uma varredura feita no computador da atriz detectou que o invasor furtou, ao todo, 60 arquivos.

    O primeiro suspeito encontrado foi Diego Fernando Cruz, de 25 anos, que teria sido o primeiro a divulgar as fotos na internet. Com um mandado de busca e apreensão, os policias entraram no quarto dele, em Macatuba, no interior de São Paulo. No local, foram encontrados CDs, softwares e cinco computadores. Um laptop estava aberto em uma página só com fotos da atriz. Uma das pastas de arquivo estava nomeada como “Carola”, mas a maioria dos arquivos tinha sido completamente apagada. “Formatei ontem”, disse Diego.

    Outros três rapazes estão entre os suspeitos. Um deles é menor de idade e teria sido o autor das ligações para chantagear a atriz, com o pedido de R$ 10 mil para que as fotos não fossem publicadas.

    Carolina Dieckmann deixa delegacia no Rio  (Foto: Fabio Martins / AgNews )
    Carolina Dieckmann deixa delegacia no Rio na última semana (Foto: Fabio Martins / AgNews )

    O principal suspeito de ter invadido o computador e furtado as fotos da atriz é Leonan Santos, de 20 anos. O jovem, que vive numa casa simples em Córrego Dantas, em Minas Gerais, contou que já é investigado em outra ação de hackers, que teriam desviado dinheiro de um banco pela internet, mas se disse inocente.

    Pedro Henrique Mathias seria o dono do site que publicou as fotos. O quarto integrante não teve a identidade revelada pela polícia.

    Os investigadores interceptaram uma troca de mensagens pela internet entre o grupo, em que Diego admite a divulgação das fotos: “Eu passei ‘pro’ cara na quinta (3) à noite. Ele pôs no site dele na sexta (4) de tarde. Na mesma hora estava em todos os jornais”.

    ‘Ela tinha que ter cuidado de apagar, né’?”
    Diego Cruz

    Em outro bate-papo, Diego diz a Pedro Henrique como teriam conseguido as fotos. “Foi apenas invasão de e-mail, não de PC (computador). Ela tinha que ter cuidado de apagar, né? Acho que ele pegou nos (itens) enviados dela.”

    Foi nas informações deixadas pelos próprios hackers nos acessos aos e-mails de Dieckmann que os investigadores encontraram uma espécie de impressão digital eletrônica (IP) dos suspeitos.

    Nas conversas, Diego demonstra preocupação com a extorsão que Pedro Henrique demonstra não saber que havia acontecido. “A pena grave aí é essa extorsão. Isso aí eu nunca fiz”, escreveu Diego. “Prevejo problemas. Viu o noticiário? Ela (Dieckmann) alega ter sido chantageada. Aí a coisa muda de figura”, disse Pedro Henrique.

    O grupo de hackers descobriu que era investigado e também falou sobre o assunto no bate-papo. “O trem ficou sério, hein? Em uns dias ‘tá’ a PF (Polícia Federal) interrogando a gente. Hehehe”, riu o rapaz não identificado, que parecida duvidar que seria pego. “Vai dar nada, não.”

    Poucos dias depois, no entanto, a polícia chegou até os suspeitos. “Eles não esperavam que fossem ser pegos. Acreditavam que a polícia não teria recurso de detectar a ação”, explicou o inspetor. “Deixaram rastro. Todo crime sempre tem um vestígio. Na internet não é diferente.”

    O Brasil não tem lei específica para crimes de informática. A Justiça se baseia no código penal e, no caso da atriz, os envolvidos serão indiciados por furto, extorsão qualificada e difamação, de acordo com a Polícia Civil.

    O caso Carolina Dieckmann procurou a polícia no dia 7 de maio, data do início das investigações comandadas pelo delegado Gilson Perdigão. Trinta e seis fotos pessoais da atriz foram publicadas na internet três dias antes, inclusive imagens ao lado do filho de quatro anos, o que, segundo o advogado dela, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, “agrava de forma substancial o crime”.

    Polícia prende suspeitos de vazar fotos de Carolina Dieckman (Foto: Reprodução)
    Polícia encontra suspeitos de vazar fotos de Carolina Dieckman (Foto: Reprodução)

    A atriz recebeu ameaças de extorsão desde o fim de março, mas disse que não havia registrado queixa antes para evitar mais exposição.

    Na delegacia, contou que estava tendo problemas nas suas contas em sites de relacionamentos desde o ano passado. Contou também que a empregada atendeu o telefonema de um homem que dizia ter fotos dela. Em seguida, o hacker teria enviado duas imagens por e-mail para o empresário de Carolina, por meio da conta [email protected]. Para não divulgá-las, pediu R$ 10 mil.

    A primeira suspeita foi de que as fotos pudessem ter sido copiadas há dois meses, quando o computador portátil foi levado para conserto. “A gente tem informação de que o computador foi arrumado. Essa é uma das questões que estão sendo levantadas, mas a investigação da polícia é muito mais ampla”, explicou, na época, o advogado. Técnicos e responsáveis pela loja chegaram a ser ouvidos.

    Os dois sites que publicaram as fotos inicialmente foram contatados por Kakay e logo retiraram as fotos. Os advogados agora negociam com o Google para que as buscas não levem os internautas até sites que ainda divulgam as fotos.

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    Crise da construtora Delta gera calote no Ceará

    O escândalo da máfia dos caça-níqueis abalou Mauriti, uma cidade cearense de 45 mil moradores, a quase 500 quilômetros de Fortaleza. Nesse município do sertão do Cariri fica um dos principais canteiros da transposição das águas do Rio São Francisco e da Delta, construtora citada no esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

    Há três anos, a empresa iniciou a obra de um trecho de 39 quilômetros de canal e passou a dar o ritmo do comércio, da política e até da agricultura local. Quando o escândalo veio à tona, no começo de abril, a construtora demitiu 80% dos seus mil operários no município, encostou os 145 caminhões, escavadeiras e tratores e rompeu contrato com as empresas agregadas, que saíram da cidade sem pagar as contas nas oficinas, lojas de autopeças e imobiliárias familiares.

    Por causa do calote, a Delta e suas agregadas estão com nome sujo na feira da praça central, nas farmácias, nas mercearias e no setor mecânico. Vendas para diretores das empresas, só à vista. Na Autopeças Mauriti, o dono proibiu a entrada dos homens do consórcio. Ericon Gomes de Lima, o proprietário, diz que sofreu um calote de R$ 27,6 mil, o que o teria obrigado a demitir um dos quatro funcionários da casa.

    ‘Não foi uma surpresa ver a Delta envolvida nessa história na TV. Eu já tinha recebido cano no ano passado. Voltei a dar bobeira e negociar. Agora, o consórcio me deu um calote de R$ 27 mil’, relata Lima. ‘Todas as agregadas chegavam para comprar em nome da Delta, que se nega a nos ajudar a receber. É um absurdo porque foi a Delta que trouxe para cá esse comboio de ladrões’, diz. ‘Se meu funcionário rouba, eu sou o culpado.’

    Antes da chegada da Delta a Mauriti, o mecânico João Alberto Rodrigues Silva, o Dedé do Crente, e o filho João viviam do conserto da patrola da prefeitura e de máquinas dos poucos fazendeiros da região. Nos últimos anos, pai e filho passaram a consertar 35 tratores por mês. A oficina São José se estendeu para a rua, para atender à nova demanda.

    Desde a interrupção das obras do canteiro do Lote 6, a 20 quilômetros do centro, o serviço na oficina se reduziu. As empresas agregadas deram calote. Dedé e o filho ainda tentaram prender um trator para garantir o pagamento, mas a empresa pressionou e teve de liberar a máquina. ‘Vou começar tudo de novo’, lamenta Dedé. João vive a mesma angústia do pai. ‘O cabra ficou sem as pernas’, diz.

    A oficina amarga um prejuízo de R$ 10,3 mil, segundo os donos. João afirma que, na cidade, logo que o escândalo estourou, ninguém lamentou pela Delta. ‘Pela construtora, a gente não está achando ruim, não. A nossa vontade é que uma outra empresa venha tocar a obra’, ressalta.

    Há um mês, um diretor do consórcio pediu a João e a Dedé para intermediar o aluguel de cinco casas na cidade. Pai e filho bateram nas portas dos vizinhos, mas, diferentemente de anos anteriores, os moradores só aceitaram contratos com pagamento à vista e de curta temporada. ‘Eu respondi para os diretores da Delta que a empresa não tem mais nome limpo e só terá aluguel com dinheiro na mão’, conta Dedé.

    Com a previsão de chuvas no início deste ano, o consórcio interrompeu os trabalhos nos canteiros. A gerência da Delta em Mauriti limita-se a dizer que a paralisação ocorre pelo problema das chuvas – que não molham o sertão desde dezembro.

    A previsão de recomeçar a obra em abril, com nova leva de contratações, não ocorreu. Só ficaram cerca de cem homens para garantir a manutenção e a segurança das instalações do canteiro. Manilhas e peças viraram encosto de bois dos sítios vizinhos que, agora, pastam livremente na área antes movimentada.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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    Câmara de deputados debate liberdade de expressão

    Câmara de Deputados

    Será realizada no Auditório da TV Câmara, na próxima terça-feira (15), a 7ª Conferência Legislativa sobre Liberdade de Expressão. O encontro é organizado pelo Instituto Palavra Aberta desde 2006, em homenagem ao Dia Mundial da Liberdade de Expressão, comemorado em 3 de maio.

    O objetivo do encontro, segundo a presidente-executiva do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco, é discutir a liberdade de expressão com os diferentes segmentos da sociedade. Composta de três painéis de debates, a conferência  abordará o tema “Como a legislação eleitoral afeta a liberdade de expressão?”. Estarão presentes deputados, jornalistas, juristas e representantes do Poder Executivo, como a ministra da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Helena Chagas.

    A 7ª Conferência Legislativa sobre Liberdade de Expressão será realizada em parceria com a Associação Nacional de Jornais (ANJ), Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner) e Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap).

    Devido à limitação de vagas no auditório, para participar é necessário fazer a inscrição pelo e-mail: [email protected]

    Serviço:

    7ª Conferência Legislativa sobre Liberdade de Expressão

    Terça-feira (15), a partir das 9h

    Auditório da TV Câmara

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    Definido o cronograma: Cachoeira depõe no dia 23

    Senado Federal

    Carlinhos CachoeiraCarlinhos Cachoeira

    Os primeiros passos do Conselho de Ética após a instauração de processo por quebra de decoro contra Demóstenes Torres (sem partido-GO) foram dados nesta quinta-feira (10).  Os conselheiros aprovaram 12 requerimentos, dentre eles, um para depoimento do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e outro para ouvir o próprio senador. Eles falarão aos integrantes do conselho, respectivamente, nos dias 23, às 14h, e no dia 28, às 18h.

    Antes deles, os delegados federais Raul Alexandre Marques de Souza, responsável pela Operação Vegas, e Matheus Mela Rodrigues, responsável pela Operação Monte Carlo, irão depor no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado. Pelo cronograma definido, a reunião com os dois será realizada no próximo dia 15, às 9h.

    O relator do processo, senador Humberto Costa (PT-PE), acredita que, com o cronograma acertado, seja possível finalizar o processo no Conselho de Ética até o final de junho.

    – Eu vou fazer todo o esforço para que o plenário vote o arquivamento ou a punição do senador antes do recesso. Em relação ao conselho, pretendo que, no máximo até o final de junho, seja votado – disse o parlamentar.

    Na quarta-feira (16), será a vez dos conselheiros ouvirem os dois procuradores envolvidos na operação Monte Carlo: Daniel de Resende Salgado e Léa Batista de Oliveira.

    Segundo o presidente do Conselho, Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), as reuniões com delegados e procuradores deverão ser fechadas a exemplo do ocorrido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados.

    – Em princípio, serão reuniões fechadas, mas vamos consultar os procuradores e delegados e ver se o desejo deles é esse. Se for, vamos cumprir a fim de não prejudicá-los em suas funções – ressaltou Valadares, em entrevista à Agência Senado.

    A pedido do advogado do senador Demóstenes Torres, Antônio de Almeida Castro, o Kakay, será ouvido como testemunha o advogado Ruy Cruvinel. Ele teria sido citado em escuta da Polícia Federal por manter suposta ligação com o esquema desmontado com a prisão de Cachoeira. A oitiva foi marcada para o dia 22, às 9h.

    Provas técnicas

    Durante a reunião desta quinta-feira, Valadares leu pedido de Demóstenes para trazer um perito técnico a fim de avaliar os áudios do inquérito Cachoeira. Segundo Humberto Costa, o pedido é improcedente.

    – Em principio, nós não temos obrigação de fazer isso. Aqui no Conselho de Ética não se trata de um processo judicial. É um julgamento político – enfatizou.

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    Empresas corruptas poderão ser punidas criminalmente

    Folha.com

    A comissão do Senado que prepara a proposta de um novo Código Penal aprovou a inclusão da criminalização de empresas que participam de casos de corrupção contra a administração pública.

    Se aprovado, o anteprojeto poderá permitir o fechamento ou a imposição de penas como multas ou prestação de serviços à comunidade contra as empresas.

    Segundo o relator da comissão, o procurador da República Luiz Carlos Gonçalves, nos delitos contra o patrimônio público é insuficiente punir apenas os executivos ou funcionários de pessoas jurídicas diretamente envolvidos nos crimes.

    “A ideia é surpreender esse fenômeno infelizmente comum no Brasil no qual a pessoa jurídica se vale de funcionários como se fossem laranjas, e quando chega a hora da responsabilização criminal, só os funcionários são responsabilizados e a empresa continua com sua atividade perniciosa e nociva. Pela nossa proposta isso acabou”, disse Gonçalves.

    A comissão de juristas que analisa a reforma do Código Penal no Senado já aprovou alguns anteprojetos neste ano. As sugestões feitas pela comissão devem ser entregues para votação ao Senado no final de maio. Se aprovadas, devem passar ainda pela Câmara para só então passar a valer como texto oficial.

    ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

    No dia 16 de abril foi aprovada a proposta que cria a figura da organização criminosa na legislação brasileira. Atualmente, não existe essa previsão específica – os tribunais acabam usando o crime de formação de quadrilha.

    De acordo com o aprovado será considerada organização criminosa a reunião de pessoas em uma estrutura hierarquizada, com a presença de funcionários públicos, para cometer crimes graves e punidos com penas de mais de quatro anos de prisão.

    No texto do código em vigor, o crime de formação de quadrilha é caracterizado pela associação de mais de três pessoas para o cometimento de crimes, independente de quais sejam. A comissão sugeriu que a formação de quadrilha passe a se chamar “associação criminosa”.

    ABORTO LEGAL

    A comissão Penal aprovou em março um anteprojeto que prevê, entre outros pontos, a ampliação dos casos em que o aborto é legal. Pela proposta, não é crime a interrupção da gravidez até a 12ª semana quando, a partir de um pedido da gestante, o “médico ou psicólogo constatar que a mulher não apresenta condições de arcar com a maternidade”.

    No dia 12 de abril, após dois dias de debate, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por 8 votos a favor e 2 contrários, que a interrupção de gravidez no caso de fetos com anencefalia comprovada não é crime.

    LEI SECA

    A comissão aprovou ainda proposta que considera todos os meios de prova (como prova testemunhal e exame clínico, por exemplo) válidos para atestar a embriaguez ao volante.

    A mudança votada é semelhante ao projeto aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados. Ambas as propostas pretendem acabar com a necessidade de provar os 6 dg/L de álcool no sangue, conforme previsto na Lei Seca.

    A comissão quer que os crimes previstos no CTB (Código de Trânsito Brasileiro) passem para o texto do novo Código Penal –nesse ponto, diferencia-se do que foi aprovado na Câmara, que mantém os crimes no CTB.

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    Lista de citados em grampos de Cachoeira com 82 nomes

    Folha de São Paulo

    Carlinhos CachoeiraCarlinhos Cachoeira

    Em depoimento sigiloso à CPI do Cachoeira, o delegado Matheus Mela Rodrigues, que coordenou a Operação Monte Carlo, citou uma lista com 82 nomes que tiveram relações ou foram apenas citados em conversas de Carlos Augusto Ramos, O Carlinhos Cachoeira.

    A lista inclui os nomes de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), de governadores, senadores, deputados federais, prefeitos e até mesmo da presidente Dilma Rousseff.

    O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), fez um apelo aos parlamentares para que não comentassem com a imprensa os nomes da lista, uma vez que o fato de estarem citados em conversas do grupo não significa que tenham envolvimento com o esquema de Cachoeira. Os nomes podem ter sido usados pelo grupo do contraventor sem conhecimento dos citados.

    A Folhateve acesso a lista dos nomes citados pelo delegado e alguns dos nomes foram citados em gravações telefônicas que já são conhecidas. O nome da presidente Dilma Rousseff, por exemplo, é citado em conversas do grupo de Cachoeira ao comentar a crise no Ministério dos Transportes.

    Outro a aparecer na lista, o senador José Sarney (PMDB-AP) teve por acaso conversas gravadas pela operação da PF, conforme revelou a coluna de “Mônica Bergamo” no mês passado. Nelas, Raimundo Costa Ferreira, o Ferreirinha, funcionário da Infraero, faz relatos sobre nomeações na estatal, que administra aeroportos do país. O servidor da estatal foi monitorado por supostamente atuar pelo grupo de Cachoeira no aeroporto de Brasília.

    O caso do senador Aécio Neves (PSDB-MG) também é conhecido. Interceptações telefônicas revelaram que o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) intercedeu diretamente junto ao tucano para empregar uma prima de Cachoeira no governo de Minas. Aécio afirmou que, na época em que Demóstenes fez o pedido, não sabia do envolvimento do senador com Cachoeira e diz ter se sentido “traído”.

    Na lista, porém, faltam nomes de pessoas que já foram citadas em gravações que vazaram, como do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, por exemplo, citado em áudios da operação Monte Carlo.

    O delegado cuidou da Operação Monte Carlo, deflagrada em novembro de 2010 e que resultou na prisão de Carlinhos Cachoeira e membros de seu grupo em fevereiro deste ano. Os 82 nomes citados se referem a esta operação, e não à Vegas, ação policial semelhante encerrada em 2009.

    Constam três ministros do STF, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Dias Toffoli; dos governadores Antonio Anastasia (PSDB-MG), Marconi Perillo (PSDB-GO), Beto Richa (PSDB-PR) e Agnelo Queiroz (PT-DF).

    A CPI mista no Congresso investiga as relações do grupo de Cachoeira com agentes públicos e privados.

    Veja lista que a Folha conseguiu identificar de deputados federais, senadores, ministros e governadores citados na lista por odem alfabética:

    Senador Aécio Neves (PSDB-MG)

    Deputado distrital do DF Agaciel Maia (PTC-DF)

    Governador Agnelo Queiroz (PT-DF)

    Presidente DEM-DF Alberto Fraga

    Secretário de Indústria e Comércio de Goiás Alexandre Baldy

    Governador de Minas Gerais Antonio Anastasia

    Suplente de senador Ataides de Oliveira

    Procurador-geral da Justica de Goiás Benedito Torres

    Governador do Paraná Beto Richa (PSDB)

    Senador Blairo Maggi (PR-MT)

    Senador Demostenes Torres (sem partito-DF)

    Diretor da Delta Carlos Pacheco

    Diretor Regional da Delta no Centro-Oeste Claudio Abreu

    Jornalista Claudio Humberto

    Ex-chefe de gabinete de Agnelo Queiroz Claudio Monteiro

    Ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli

    Presidente Dilma Rousseff

    Ex-presidente do Detran de Goiás Edivaldo Cardoso

    Ex-senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB)

    Ex-chefe de gabinete do governo de Goiás Eliane Pinheiro

    Vereador de Goiânia Elias Vaz (PSOL)

    Secretário Estadual de Comunicação de Santa Catarina Ênio Branco

    Dono da construtora Delta Fernando Cavendish

    Vereador de Anápolis Fernando Cunha

    Presidente da Caesb Fernando Leite

    Prefeito de Águas Lindas (GO) Geraldo Messias (PP)

    Prefeito de Nerópolis (GO) Gil Tavares (PTB)

    Deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR)

    Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes

    Diretor da Delta na região Sul e em São Paulo Heraldo Puccini

    Policial Militar, assessor do senador Demóstenes, Hrillner Ananias

    Presidente da Agetop Jayme Rincon

    Ex-sub-secretário de Esportes do DF João Carlos Feitosa, o Zunga

    Secretário de Segurança de Goiás João Furtado

    Jornalista João Unes

    Diretor do Serviço de Limpeza Urbana do DF João Monteiro Neto

    Jornalista Jorge Cajuru

    Prefeito de Aparecida de Goiânia Maguito Vilela (PMDB)

    Deputado federal Sandes Junior (PP-GO)

    Senador Jose Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado

    Vice-governador de Goiás José Eliton (DEM)

    Desembargador do TRT de Goiás Julio Cesar Brito

    Deputado federal Jovair Arantes (PP-GO)

    Deputado federal Leonardo Vilela (PMDB-GO)

    Presidente do PRTB Levy Fidelis

    Ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux

    Governador Marconi Perillo (PSDB-GO)

    Deputado federal Marcos Monti (DEM-MG)

    Jornalista Mino Pedrosa

    Diretor da Anvisa Norberto Rech

    Jornalista Policarpo Jr, da revista Veja

    Deputado federal Protogenes Queiroz (PC do B-SP)

    Deputado distrital do DF Raad Massouh (PPL)

    Secretário de Segurança do Paraná Reinaldo Sobrinho

    Deputado federal Stephan Necessian (PPS-RJ)

    Jornalista Renato Alves

    Ex-procurador-geral do Estado de Goiás Ronald Bicca

    Vereador em Goiânia Santana Gomes

    Vice-governador do DF Tadeu Fillipeli (PMDB-DF)

    Vereador em Anápolis Wesley Silva

    Secretário de infra-estrutura de Goiás Wilder Morais

    Ex-comandante da PM de Goiás Carlos Antonio Elias

    Ex-governador de Tocantis Marcelo Miranda (PMDB)

    Prefeito de Anápolis Antonio Gomide (PT)

    Ex-vereador de Goiania e apontado como braço político do grupo de Cachoeira, Wladimir Garcêz

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    PEC dos Jornalistas entra em fase final de discussão no Senado

    Agência Senado

    A proposta de emenda à Constituição que reinstitui a obrigatoriedade do diploma de Comunicação Social para o exercício do jornalismo (PEC 33/2009) voltou nesta quarta-feira (9) à pauta do Plenário, na primeira sessão de discussão em segundo turno da matéria. A PEC constará da ordem do dia por três sessões deliberativas consecutivas.

    Apresentada por Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), a PEC dos Jornalistas acrescenta novo artigo à Constituição, o 220-A, estabelecendo que o exercício da profissão de jornalista é “privativo do portador de diploma de curso superior de Comunicação Social, com habilitação em jornalismo, expedido por curso reconhecido pelo Ministério da Educação”.

    No entanto, é mantida a tradicional figura do colaborador, sem vínculo empregatício, e são validados os registros obtidos por profissionais sem diploma, no período anterior à mudança na Constituição prevista pela PEC.

    A proposta tenta neutralizar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de junho de 2009 que revogou a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. De 1º julho de 2010 a 29 de junho de 2011, foram concedidos 11.877 registros, sendo 7.113 entregues mediante a apresentação do diploma e 4.764 com base na decisão do STF.

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    Senado aprova fim do 14º e 15º salários a parlamentares

    Jornal do Senado

    Projeto agora será analisado pela Câmara; de acordo com Lindbergh, subsídios só faziam sentido no passado, quando senadores e deputados precisavam se mudar com toda a família para o Rio.

    O Plenário do Senado aprovou ontem o fim da ajuda de custo paga aos senadores e deputados federais no início e no fim do ano. O projeto aprovado determina que os chamados 14º e 15º salários sejam concedidos apenas no início e no fim de cada mandato.

    A proposta (PDS 71/11) é da senadora licenciada Gleisi Hoffmann (PT-PR), atualmente ministra da Casa Civil, e agora vai para a Câmara dos Deputados.

    O relator do projeto na Comissão de Assuntos Econômicos, Lindbergh Farias (PT-RJ), lembrou que o subsídio pago aos parlamentares teve origem quando a capital federal ainda era o Rio. A ajuda de custo era justificada pela necessidade de os parlamentares terem de se mudar com suas famílias para a capital no início e no final de cada ano — medida hoje desnecessária, com a evolução dos meios de transporte.

    Lindbergh observou que os deputados receberão a ajuda de custo no início do primeiro ano de mandato e no fim do quarto ano, enquanto os senadores receberão no início do primeiro ano e no fim do oitavo ano.

    Distorção

    Ricardo Ferraço (PMDB-ES) afirmou que, com o tempo, a ajuda de custo “se transformou em uma enorme distorção”.

    — Não faz nenhum sentido que nós, senadores, tenhamos o que popularmente consagrou-se como 14º e 15º, nos distanciando da grande maioria dos trabalhadores brasileiros afirmou o senador.

    Segundo Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), o fim do ­subsídio aumenta a ­austeridade no uso dos recursos públicos. Ivo Cassol (PP-RO) enfatizou que não há mais a necessidade do subsídio pago aos parlamentares.

    Magno Malta (PR-ES) lembrou ter participado da extinção do subsídio pago pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo, ao lado de Ricardo Ferraço , quando ambos eram deputados estaduais.

    Sérgio Souza (PMDB-PR) enalteceu a iniciativa da ministra Gleisi Hoffmann, de quem é suplente.

    Também apoiaram o projeto Jayme Campos (DEM-MT), Cyro Miranda (PSDB-GO), Pedro Taques (PDT-MT), Eduardo Suplicy (PT-SP), Gim Argello (PTB-DF), Blairo Maggi (PR-MT), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Acir Gurgacz (PDT-RO) e Eduardo Lopes (PRB-RJ).

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    Google diz que não tirou fotos de Dieckmann da busca

    G1

    Empresa se manifesta pela 1ª vez desde que as fotos da atriz nua vazaram. Advogado da atriz diz que vai se reunir com advogado do Google à tarde

    Carolina Dieckmann na manhã de segunda (7).Foto: Guto Maia/Brazil Photo Press/AECarolina Dieckmann na manhã de segunda (7).Foto: Guto Maia/Brazil Photo Press/AE

    Pela primeira vez após o escândalo do vazamento de imagens onde a atriz Carolina Dieckmann aparece nua, a Google Brasil se manifestou sobre o caso. No final da manhã desta quarta-feira (9), a empresa informou, por meio de nota, que não exerce nenhum tipo de interferência em seus resultados de buscas.

    “O Google vem a público esclarecer que nao interfere em seus resultados de busca. O mecanismo de busca do Google é um indexador, ou seja, uma ferramenta que procura conteúdos disponíveis na Internet. Para que um conteúdo não apareça na busca do Google, é necessário entrar em contato com o site que hospeda esse conteúdo e solicitar sua remoção”, diz a nota enviada pelo Google.

    Advogado desiste de ação

    Na manhã desta quarta, o advogado de Dieckmann informou que não iria mais entrar com a ação inibitória contra a empresa em função da exibição das fotos, após técnicos de seu escritório constatarem a retirada da maior parte das imagens do site.
    “A informação técnica que eu tenho é que houve sim uma ação do Google no sentido de atender esse pleito de não expor a intimidade da atriz. Evidentemente, com essa atitude fica demonstrada a boa vontade e a postura responsável da empresa. Em função disso, não vou entrar com a ação, que já estava pronta. Isso é bom para evitar a sobrecarga do Judiciário com esse tipo de questão”, ressalta Kakay.

    Reunião com o Google

    O G1 fez uma busca às 9h50 no nome da atriz e algumas imagens permaneciam na web. “O acesso imediato já foi retirado, mas as chamadas mídias sem rosto, que são aquelas que muitas vezes você não consegue identificar os responsáveis pelas páginas, ainda continuam”, esclarceu Kakay. Ele disse ainda que vai se reunir com o advogado do Google nesta tarde para tratar do assunto.

    Segundo o responsável por fazer o levantamento das imagens na manhã desta quarta, o acesso às fotos da atriz está ficando cada vez mais difícil. “O Google faz separação por dia e as que aparecem hoje são imagens antigas. O que observamos foi uma redução significativa e grande esforço de não publicar as imagens. O acesso está ficando mais difícil, não só no Google Images como também no YouTube, que é da mesma empresa”, afirmou Pedro Ivo.

    De acordo com o advogado, a atriz já retomou a rotina de trabalho. “A Carolina já voltou a trabalhar e está tentando voltar com a vida ao normal. Carolina se expôs muito, mas é uma pessoa muito forte.”

    Ainda segundo Kakay, o delegado Gilson Perdigão, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que está à frente do caso, teria informado, na noite de terça-feira (8), que as investigações estão bem avançadas. “Tenho certeza que numa rapidez bastante razoável chegaremos ao culpado pela veiculação dessas fotos”, afirmou o advogado.

    Orientação de Pimentel

    O ex-policial militar e comentarista de segurança pública da Rede Globo, Rodrigo Pimentel, disse que foi procurado pelo empresário de Carolina Dieckmann, Alex Lerner, após a chantagem. Pimentel explicou que o orientou a registrar um boletim de ocorrência contra o chantagista numa delegacia especializada, e que em nenhum momento falou com o suspeito.

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    De novo? Repórter do “CQC” afirma ter levado tapa na cara de deputado

    Do Giro Famosidades

    Felipe Andreoli, repórter do CQCFelipe Andreoli, repórter do CQC

    Felipe Andreoli, repórter do programa “CQC”, da Band, revelou, em sua página do Twitter que registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal, na noite da última terça-feira (8). Ele alega ter sofrido uma agressão por parte do deputado Marcio Reinaldo Moreira (PP-MG) durante entrevista no Congresso Nacional.

    ‘Nesta terça-feira entrevistei o Deputado Marcio Reinaldo Moreira (PP-MG). Fiz uma pergunta – vocês verão no ‘CQC’ – que nós nos fazemos todo santo dia. Ele me respondeu com um tapa na cara. Fora os xingamentos’, declarou o humorista em um texto publicado no Tumblr.

    No entanto, Andreoli confessou que não se sentiu muito à vontade em denunciar a agressão.

    ‘Eu senti aquele senhor batendo na cara de todos estavam ao meu redor. Vou na polícia. Na hora em que cheguei à delegacia para fazer o boletim de ocorrência – confesso – fiquei com medo. Pensei: Caraca! Sabe Deus da onde é esse cara, quem são os amigos dele, o ‘poder’ que ele tem ou pode ter. Vou dar meu endereço e telefone no BO e esse nobre deputado vai atrás de mim. Juro que pensei isso’, escreveu.

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    Novas fotos de Carolina Dieckmann nua que vazaram na internet

    Os sites internacionais que publicaram as fotos da atriz brasileira Carolina Dieckmann pelada deixaram de colocar outras não menos picantes. Ontem a atriz prestou depoimento, mas nada do que ela disse foi revelado. O dono de uma loja que conserta computadores, onde o equipamento de Carolina esteve para manutenção, também já prestou depoimento à polícia, que ainda não sabe ao certo como as fotos íntimas foram parar na internet.

    Veja aqui as principais fotos da atriz.

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    Defesa de Dieckmann vai entrar com ação caso fotos continuem no Google

    Folha.com

    O advogado da atriz Carolina Dieckmann, 33, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou na manhã desta terça-feira (8) que entrará com ação inibitória contra o Google caso o site não retire do ar até o fim do dia as fotos em que a artista aparece nua.

    O advogado disse que o Google informou, no primeiro momento, que só costuma inibir determinadas buscas com medida judicial. “O Yahoo atendeu de imediato a nossa solicitação. Agora, espero que o Google use o bom senso e retire as buscas do site deles até o fim da tarde”, disse.

    A assessoria do Google Brasil afirmou à Folha que “não se pronuncia sobre casos específicos”.

    Carolina Dieckmann deixa delegacia no Rio sem falar com os jornalistasCarolina Dieckmann deixa delegacia no Rio sem falar com os jornalistas

    Na noite de ontem, a Polícia Civil do Rio ouviu dois representantes de uma empresa de manutenção de computadores que consertaram o laptop da atriz Carolina Dieckmann, 33, nos últimos meses. Os depoimentos foram anexados ao inquérito que investiga o vazamento na internet de imagens em que a artista aparece nua e em situações de intimidade.

    O teor das declarações dos funcionários não foi divulgado pela polícia. O vazamento das fotos aconteceram após a atriz tentar preparar um flagrante contra uma pessoa que a chantageava, pedindo R$ 10 mil reais para não divulgar as imagens.

    Ontem ela prestou depoimento sobre o caso no Rio. O advogado de Dieckmann Antônio Carlos Almeida Castro, o Kakay, disse à imprensa que, quando as imagens armazenadas no computador pessoal da atriz apareceram em sites na sexta, ela tentava marcar um encontro com o chantagista.

    “Desde o primeiro momento tentaram extorquir a Carolina, mas ela imediatamente reagiu e tomou providências por meio de pessoas da área de segurança que ela conhece. Ela foi orientada a responder os e-mails [com as ameaças] para tentar fazer um flagrante”, disse Almeida Castro, ao deixar a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, ontem à tarde.

    Segundo o advogado, até o vazamento, ela tinha preferido não registrar a tentativa de extorsão por temer que o assunto se tornasse público.

    Responsável pelas investigações, o delegado Gilson Perdigão disse que foi aberto “registro de ocorrência de extorsão qualificada pelo concurso de agentes [quando há mais de um envolvido no crime], difamação e furto”.

    O laptop em que estavam as fotos foi encaminhado para perícia, e o laudo deve ficar pronto em 15 dias.

    No sábado, Almeida Castro afirmara que o computador da atriz havia sido enviado para o conserto pouco antes das tentativas de extorsão. Ontem, porém, ele não quis falar sobre isso nem dizer para onde o equipamento fora levado, argumentando que as informações poderiam atrapalhar as investigações.

    O advogado disse que, nas duas últimas semanas, a atriz recebeu três ligações e ao menos cinco e-mails do chantagista. O criminoso também teria procurado seu empresário por telefone e internet.

    “Esses crimes deixam rastros e vamos chegar até o criminoso. É importante que esse caso surja para que se discuta a legislação de crimes na internet”, disse o advogado.

    Ontem sites dos EUA e da Inglaterra que hospedaram inicialmente as fotos retiraram o conteúdo do ar, após pedido do advogado da atriz. Sites como Google e Yahoo foram notificados para que retirem as imagens de seus mecanismos de busca.

    A atriz passou mais de sete horas na delegacia. Ela chegou por volta das 9h e depôs por duas horas, mas permaneceu na delegacia até às 16h30 com o marido, o diretor de TV Tiago Worcman, enquanto seu secretário e seu empresário eram ouvidos.

    Um técnico de informática de confiança da atriz também esteve no local, para ajudar na investigação.

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