Lei Seca só pode ser aplicada com bafômetro e exame de sangue

    Folha de São Paulo

    Teste do bafômetro atesta se condutor ingeriu álcoolTeste do bafômetro atesta se condutor ingeriu álcool

    O STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu nesta quarta-feira que somente o bafômetro e o exame de sangue podem atestar a embriaguez do motorista e excluiu provas testemunhais ou exame médico.

    Com essa decisão, a Lei Seca fica esvaziada, uma vez que o motorista não é obrigado a produzir provas contra si e pode recusar os exames aceitos pelo STJ. Assim, a comprovação de embriaguez pode ficar inviabilizada. Foram cinco votos contra novas provas, e quatro a favor.

    O desembargador convocado Adilson Macabu conduziu o voto vencedor. “O Poder Executivo editou decreto e, para os fins criminais, há apenas o bafômetro e exame de sangue. Não se admite critérios subjetivos”, disse. “Mais de 150 milhões de pessoas não podem ser simplesmente processados por causa de uma mera suspeita”, completou.

    No mesmo sentido, o ministro Og Fernandes foi incisivo. “Não é crime dirigir sob efeito de álcool. É crime dirigir sob efeito de mais de um mínimo de seis decigramas de álcool por litro de sangue”. É extremamente tormentoso deparar-se com essa falha legislativa, mas o juiz está sujeito à lei”, afirmou.

    A lei determina que é crime dirigir com uma quantidade de álcool acima de seis decigramas por litro de sangue, o que só pode ser atestado por exame de sangue ou bafômetro, segundo decreto do governo federal.

    Por isso, o STJ entendeu que uma testemunha não pode atestar, cientificamente, a quantidade de álcool no sangue.

    Ficou vencido o relator, ministro Marco Aurélio Belizze, que disse que a lei não pode ser interpretada em sentido “puramente gramatical”.

    Para ele, uma testemunha ou exame médico é suficiente para os casos “evidentes”, quando os sintomas demonstram que a quantidade de álcool está acima da permitida.

    “Não pode ser tolerado que o infrator, com garrafa de bebida alcoólica no carro, bafo e cambaleando, não possa ser preso porque recusou o bafômetro”, disse.

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    Senado aprova aposentadoria de R$ 3.916,20 para servidores federais

    Senado.gov

    Líder do governo, Eduardo Braga e o ministro da previdência, Garibaldi Alves, comemoram a vitória do governo. Foto: SenadoLíder do governo, Eduardo Braga e o ministro da previdência, Garibaldi Alves, comemoram a vitória do governo. Foto: Senado

    O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (28) o novo modelo de previdência do servidor público federal. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 02/2012, aprovado em votação simbólica, acaba com a garantia de aposentadoria integral a servidores que recebam acima do teto do Regime Geral da Previdência Social, de R$ 3.916,20. Para ganhar acima desse valor, será preciso aderir à previdência complementar. A regra será obrigatória para quem ingressar no serviço público depois da implementação da lei, mas não atingirá os atuais servidores.

    A proposta havia sido aprovada pela manhã na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Agora segue para sanção presidencial. À sessão plenária esteve presente o próprio ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves.

    De acordo com o texto, serão criadas três entidades fechadas de previdência privada, uma para cada Poder da República: Executivo, Legislativo e Judiciário. São elas a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-Exe), Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Legislativo (Funpresp-Leg) e Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Judiciário (Funpresp-Jud).

    A criação das entidades deve ocorrer até 180 dias após a publicação da lei no Diário Oficial da União. As fundações serão administradas de forma compartilhada entre representantes dos servidores e do Poder a que se referem, compondo os conselhos deliberativo e fiscal.

    Relator da matéria nas três comissões que a analisaram (CAS, CCJ e Comissão de Assuntos Econômicos), o senador José Pimentel (PT-CE) afirmou que o novo regime de previdência trata de forma igualitária todos os trabalhadores, seja da iniciativa privada, do serviço público ou autônomos, ao trazer para todos as mesmas regras de aposentadoria.

    Para novos servidores

    O novo regime previdenciário será obrigatório para os servidores que ingressarem no serviço público a partir do início de funcionamento de cada uma das novas entidades. A obrigatoriedade, no entanto, trata da adoção do novo regime, mas não da adesão a essas entidades.

    Do novo servidor será descontado no contracheque 11% sobre R$ 3.916,20. Esse será o limite tanto para a contribuição quanto para a aposentadoria e pensão – semelhante ao modelo já adotado para os trabalhadores da iniciativa privada, abrigados no RGPS.

    Quem ganha acima deste valor e desejar aposentadoria ou pensão correspondente à sua remuneração deverá contribuir com o fundo de pensão do Poder para o qual trabalha. Haverá uma contrapartida do empregador, seja Executivo, Legislativo ou Judiciário, no mesmo percentual do empregado. A contrapartida do empregador, no entanto, será limitada a 8,5% da parte do salário que exceder os R$ 3.916,20. Quem ganhar menos do que R$ 3.916,20 poderá contribuir com o fundo e, assim, conquistar o direito a uma previdência complementar, mas sem a contrapartida da União.

    Os atuais servidores e aqueles que ingressarem no serviço público até o dia anterior à entrada em vigor do novo regime também poderão optar por ele, se for de seu interesse. Para isso terão prazo de 24 meses para se decidir. A migração para o novo modelo, porém, será irrevogável. Em compensação, os que migrarem terão direito a receber, quando se aposentarem, uma parcela referente ao período em que contribuíram pelo antigo regime previdenciário. Denominada de benefício especial, essa parcela equivalerá à diferença entre a remuneração média do servidor e o teto do RGPS, calculada proporcionalmente ao tempo de contribuição que ele tem no regime previdenciário da União.

    Fim da pressão

    O senador Anibal Diniz (PT-AC) afirmou ter certeza de que o PLC 02/2012 irá se constituir em algo “muito importante’ para o Brasil ao dar segurança à previdência dos trabalhadores do setor público no futuro e aos investimentos no país. Para o senador, com a redução da pressão que a previdência promove nos gastos públicos, o governo poderá dar mais atenção a setores estratégicos da economia.

    – Não podemos ficar vendo déficit na Previdência. Temos de fazer a previdência ficar sustentável – defendeu.

    Para começar a funcionar, as entidades previdenciárias terão recursos iniciais da União. A fundação do Executivo terá um aporte de capital inicial de R$ 50 milhões, enquanto as entidades do Legislativo e do Judiciário terão cada uma o capital inicial de R$ 25 milhões.

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    Zeca Baleiro critica Caetano: “é uma comadre linguaruda”

    PB Agora

    Zeca Baleiro. Foto: Revista BravoZeca Baleiro. Foto: Revista Bravo

    Em entrevista à revista “Bravo!”, que chega às bancas na próxima quinta-feira, o cantor Zeca Baleiro fala sobre seu novo  trabalho, “O Disco do Ano”, e provoca Caetano Veloso. “O cara é uma comadre linguaruda, né? Adoro o Caetano, mas a atuação dele nos bastidores é passível de crítica. Essa coisa de querer ser sempre o juiz. Ninguém perguntou, então não fala, pô.”

    Zeca planejava lançar o trabalho apenas em pen drive, de modo a satirizar o formato redondo (e anacrônico) dos CDs. Mas a ideia foi adiada pelo contrato com a Som Livre. “Como é que você propõe a uma gravadora um disco só virtual? Acabei caindo na mais convencional das mídias”, ri.

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    DEM já estuda possibilidade de expulsar Demóstenes

    Folha de São Paulo

    Senador Demóstenes Torres. Foto: STFSenador Demóstenes Torres. Foto: STF

    O futuro do senador Demóstenes Torres (GO) no DEM depende da abertura de ação da Procuradoria-Geral da República em relação ao envolvimento dele com o empresário de jogos Carlos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, no mês passado.

    Se o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedir abertura de inquérito para investigar o senador, a cúpula do DEM analisará o que fazer –entre as hipóteses está até a saída dele da sigla.

    O partido ontem cobrou definição de Roberto Gurgel. A Operação Monte Carlo desmontou uma quadrilha que explorava máquinas caça-níqueis. Demóstenes aparece em 300 conversas telefônicas com Cachoeira, cuja prisão foi mantida ontem pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

    “Esta semana tem de ter definições. Impõem-se essa necessidade. A Procuradoria-Geral da República, neste momento, é a instituição chave para o esclarecimento dos fatos. É a figura mais importante. Ela tem as informações que precisam ser colocadas a público”, disse o presidente do DEM, senador José Agripino (RN).

    Reservadamente, outros integrantes do partido já cogitam expulsar Demóstenes caso Gurgel decida pedir abertura de inquérito, o que também pode acelerar um eventual processo contra o senador no Conselho de Ética do Senado por quebra de decoro parlamentar.

    Agripino admitiu que a abertura de inquérito complica a situação de Demóstenes, mas acha cedo falar em expulsão. “Se o procurador pedir a abertura de inquérito é ruim, porque é aberto por conta de elementos que estão lá, mas é preciso dar direito de defesa ao Demóstenes.”

    Ontem, os senadores Pedro Taques (PDT-MT), Ana Amélia Lemos (PP-RS) e Jorge Viana (PT-AC), que antes defendiam Demóstenes, pediram que ele faça um novo pronunciamento sobre sua versão dos fatos. Os três mudaram o tom após o surgimento de novas suspeitas contra o senador, incluindo a de que ele teria pedido dinheiro a Cachoeira.

    “O caso é grave. Esta Casa não terá moral para convidar, intimar qualquer cidadão a depor em suas comissões se nós não ouvirmos os esclarecimentos do senador Demóstenes”, afirmou Taques.

    Outro senador, Álvaro Dias (PSDB-PR), disse que a citação sobre Demóstenes “cria um grande constrangimento” e “cala um pouco uma das vozes mais fortes e autorizadas da oposição”.

    Demóstenes nega irregularidades nas relações com Cachoeira que, por sua vez, se diz inocente.

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    Ricardo Teixeira terá pensão por tempo de serviço até 2030

    Folha de São Paulo

    Ricardo Teixeira ficou estava à frente da CBF desde 1989.Ricardo Teixeira estava à frente da CBF desde 1989.

    O ex-presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local), Ricardo Teixeira, terá direito a uma aposentadoria anual da Fifa até os 82 anos. O cartola renunciou ao cargo no Comitê-Executivo da entidade na semana passada, após desistir de seus cargos de dirigente no Brasil.

    A informação está na matéria assinada por Rodrigo Mattos, enviado especial à suíça Zurique, publicada nesta segunda-feira. A  íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.

    A saída foi para se afastar da suspeita de receber propina no caso ISL, maior escândalo de corrupção do futebol.

    Relatório financeiro da Fifa de 2010 diz: “Um pagamento anual será feito para todos os membros do Comitê-Executivo de longo tempo de serviço que se aposentarem a partir de 2005”. É preciso ficar oito anos no comitê para ter direito à pensão. O benefício é válido pelo período máximo de anos que o cartola serviu a entidade e começa no ano seguinte à saída.

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    Líder da Igreja Mundial desafia Edir Macedo a abrir contas

    Record informou que “a emissora e seu principal acionista, Edir Macedo, já foram vítimas de acusações como estas que acabaram arquivadas no STF.

    F5
    Folha de S.Paulo

    Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial, sob ataque da Record e da Universal. Foto: Mastrangelo Reino / FolhapressValdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial, sob ataque da Record e da Universal. Foto: Mastrangelo Reino / Folhapress
    O líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, Valdemiro Santiago, respondeu às acusações exibidas no “Domingo Espetacular”, da semana passada. Baseado em documentos e registros em cartório, o programa dominical da Record afirma que Santiago comprou duas fazendas no Mato Grosso com dinheiro vivo e desviado da igreja. Santiago nega as acusações

    Em sua primeira entrevista desde o início das ataques pela Record/Universal, ele afirma ao “F5” que as fazendas não são suas, mas da igreja.

    Santiago desafiou a Record e Edir Macedo a abrirem suas contas a uma auditoria externa e independente. “Eu abro minhas contas, quero que sejam investigadas. Quero ver se ele (Macedo) faz o mesmo. Quero ver ele (sic) provar com que dinheiro comprou a emissora dele”, declara, em entrevista exclusiva.

    Procurada, a Record informou, por meio de sua direção de Comunicação, que “a emissora e seu principal acionista, Edir Macedo, já foram vítimas de várias acusações levianas como estas que acabaram arquivadas no Supremo Tribunal Federal”.

    “A igreja (Mundial) comprou a fazenda. É legal isso. A fazenda é da igreja e tem documento para provar”, afirmou Santiago. “Mas, se eu quisesse comprar fazenda, eu teria recursos. Você está vendo que eu tenho recursos (aponta para a parede com vários discos de ouro, platina e diamante; na parede, somam cerca de 5 milhões de cópias que ele vendeu como cantor).

    Questionado se, como religiosos, tanto ele, Santiago, quanto Macedo não estão dando exemplo oposto ao que, por exemplo, pregou Jesus a respeito de não se odiar aos inimigos (Mateus 5,43 e Romanos 12,20, entre outros trechos bíblicos), o líder da Mundial respondeu:

    “Não tenho ódio (de Macedo). Eu oro por ele nas madrugadas. Eu abençoei a mãe dele. Fiz oração para curá-la. Isso é não ódio, é amor. Odiar é atacar como ele está fazendo.”

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    Planos de Saúde devem atender urgências mesmo na carência

    Família de garoto com tumor no cérebro teve de pagar por cirurgia. Seguradora de saúde alegou que contrato previa carência de 180 dias.

    Débora Santos
    G1

    A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que planos de saúde são obrigados a atender emergências de pacientes portadores de doenças graves, mesmo durante o prazo de carência. Os ministros julgaram recurso apresentado pela família de um garoto diagnosticado com tumor no cérebro. Cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF).

    Em decisão de 13 de março divulgada nesta sexta (23), foi mantida por unanimidade a determinação da primeira instância da Justiça de São Paulo, que condenou o plano de saúde a custear tratamentos de quimioterapia e cirurgia de urgência.

    A empresa alegou que o contrato do garoto previa um prazo de carência de 180 dias antes da liberação para utilizar os serviços do plano. O garoto entrou como dependente do pai no seguro saúde quatro meses antes do diagnóstico da doença e, diante da negativa da seguradora em pagar os procedimentos, a família precisou pagar por uma cirurgia de emergência feita dias após o tumor ser localizado.

    O relator do caso, ministro Luiz Felipe Salomão, afirmou que os planos de saúde têm a obrigação de arcar com os tratamentos de urgência que evoluírem para internação, desde a admissão do paciente até a alta, mesmo o prazo de carência estando expresso no contrato. Para ele, os contratos de seguro saúde servem para “assegurar ao consumidor tratamento e segurança”.

    “O Código de Defesa do Consumidor prevê a necessidade da adequação dos produtos e serviços à legítima expectativa que o consumidor tem de, em caso de pactuação de contrato oneroso de seguro de saúde, não ficar desamparado, no que tange a procedimento médico premente e essencial à preservação de sua vida”, afirmou o ministro.

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    Juiz do Maranhão lamenta a morte do irmão Chico Anysio

    Do G1

    Irmão de Chico Anysio, o juiz Roberto de PaulaIrmão de Chico Anysio, o juiz Roberto de Paula

    Um dos sete irmãos de Chico Anysio que moram em São Luís, lamentou a morte do humorista. O juiz de Bacabal, Carlos Roberto Gomes de Oliveira Paula contou ao G1 que Chico Anysio, mesmo morando distante de São Luís, nunca esteve longe da família. O juiz completou os estudos com a ajuda do irmão mais velho.

    “A nossa família passava por um momento de bastante dificuldade e o Chico resolveu ajudar o meu pai pagando parte dos nossos estudos. Isto foi muito importante para todos nós”, disse.

    A inteligência, a sagacidade e a sabedoria dele eram muito parecidas com o meu pai”Roberto de PaulaRoberto de Paula disse que o humorista representava um orgulho para a família e todo o país. “A inteligência, a sagacidade e a sabedoria dele eram muito parecidas com o meu pai. Ele, a exemplo do meu pai, sabia perceber muito bem tudo que girava ao nosso redor e levava isso para a televisão com muito brilhantismo”, destacou.

    Roberto de Paula contou ainda que o seu pai, Francisco Anísio de Oliveira Paula morreu em 1983 e que Chico Anysio foi filho do primeiro casamento. “O meu pai foi casado três vezes. O Chico era foi filho do primeiro casamento; ele e mais quatro irmãos. Depois o meu pai teve outros quatro filhos num segundo casamento e sete no terceiro que são os que moram aqui em São Luís”, contou.

    O juiz lembrou que o último contato que teve com Chico Anysio foi durante um show do humorista, em São Luís. “A última vez que tivemos contato foi há uns três anos. O Chico Anysio esteve aqui e fez um show na Fama. Toda a família estava lá. Depois do show, ele passou mal e teve que voltar às pressas para o Rio de Janeiro”, afirmou.

    Outro irmão do humorista que também mora em São Luís é o pastor Jorge Oliveira Paula. Ele disse disse que Chico Anysio era um homem muito simples e que se preocupava muito com a família.

    “Ele está seguindo para um encontro com o papai e vai deixar muita saudade a toda família e ao Brasil inteiro que o adorava. O Chico era um homem bastante simples e sempre preocupado com todos nós. Fica um sentimento de muita tristeza e saudade”, afirmou o pastor.

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    Morre o humorista vascaíno Chico Anysio

    Folha de São Paulo

    O humorista Chico Anysio morreu aos 80 anos hoje, após 112 dias internado no Hospital Samaritano, no Rio. De acordo com o hospital, o horário da morte foi às 14h52. O velório será sábado (24), no Theatro Municipal do Rio. O corpo será cremado no domingo (25), em cerimônia restrita à família.

    Boletim médico informou que o paciente não resistiu a uma parada cardiorespiratória e a morte ocorreu por conta de falência múltipla dos órgãos decorrente de choque séptico causado por infecção pulmonar.

    O artista piorou no início desta semana e, na segunda (19), voltou a respirar com a ajuda de aparelhos em período integral. No dia seguinte, teve uma complicação renal.

    Na noite de quarta (21), ele foi submetido a uma sessão de hemodiálise e apresentou instabilidade hemodinâmica –por isso, fez uso de alta dose de medicamentos para controlar a pressão arterial.

    Seu estado foi considerado crítico pelos médicos na manhã de quinta (22). Segundo o boletim assinado pelo médico Luiz Alfredo Lamy, o humorista estava sedado, respirando com a ajuda de aparelhos e foi submetido na tarde de ontem a uma punção torácica para drenagem de um “grande hematoma pleural”.

    Um dos principais nomes do humor no Brasil, criador de inúmeros personagens e bordões célebres, o cearense Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho construiu uma carreira de mais de seis décadas como radialista, escritor e ator de teatro, cinema e televisão.

    Continuou trabalhando mesmo após o longo período de internação entre dezembro de 2010 e março de 2011, quando retirou parte do intestino grosso, fez uma angioplastia e teve sucessivos problemas cardiorrespiratórios que o deixaram em estado grave -chegou a entrar em coma por três vezes.

    Quando teve alta, em abril do ano passado, voltou a gravar o programa semanal “Zorra Total”, da Rede Globo, interpretando Salomé.

    Chico era casado com a empresária Malga di Paula (seu sexto casamento) e teve oito filhos (um deles adotivo) –Lug de Paula, Nizo Neto, Rico Rondelli, André Lucas, Cícero Chaves, Bruno Mazzeo, Rodrigo e Vitória– com cinco mulheres, entre elas a ex-ministra Zélia Cardoso de Mello, com quem teve seus caçulas.

    Era irmão da atriz Lupe Gigliotti (morta enquanto ele estava internado, em dezembro de 2010, vítima de um câncer de pulmão), do cineasta Zelito Vianna e do empresário (e seu parceiro em diversos roteiros para TV) Elano de Paula.

    Chico Anysio recebe o prêmio especial do júri no Festival de Cinema do Rio, em outubro de 2011 Chico Anysio recebe o prêmio especial do júri no Festival de Cinema do Rio, em outubro de 2011

    INTERNAÇÃO

    Chico Anysio deu entrada no mesmo hospital em novembro de 2011 devido a uma infecção urinária. Após ser tratado com um ciclo de antibióticos, recebeu alta para passar o Natal com a família, mas voltou a ser internado no dia seguinte com hemorragia digestiva.

    Após alguns dias internado na UTI, Chico apresentou, também, um quadro de pneumonia e passou a respirar com a ajuda de aparelhos durante quase todo o período que esteve internado.

    No início de janeiro, apresentou leve melhora na infecção pulmonar e os médicos iniciaram o processo de retirada do respirador.

    No dia 14 de janeiro, o estado de Chico piorou e ele foi submetido a uma laparotomia exploradora (cirurgia abdominal para determinar os motivos do sangramento no intestino, retirando um segmento do intestino delgado que tinha sofrido uma perfuração por isquemia intestinal).

    No mesmo período, ele desenvolveu insuficiência renal passando a receber sessões de hemodiálise.

    Em fevereiro, Chico apresentou discreta melhora no quadro clínico e as sessões de hemodiálise foram suspensas, assim como a redução dos medicamentos para controlar a pressão arterial.

    Ainda segundo o hospital, o humorista estava lúcido, permanecia algumas horas do dia sem ajuda do suporte mecânico para respirar e passava diariamente por sessões de fisioterapia respiratória e motora.

    No fim do mês, Chico foi diagnosticado com um novo quadro de pneumonia, passou a fazer uso de antibióticos e voltou a respirar com ajuda de aparelhos.

    Ele permaneceu com o mesmo quadro clínico até meados de março. No dia 21, apresentou piora no quadro cardiocirculatório com queda da pressão arterial e falência dos rins. Voltou a respirar com ajuda de aparelhos durante todo o dia e foi submetido a sessões de hemodiálise.

    Malga Di Paula, atual mulher do artista, fez campanha contra o cigarro no Facebook na semana passada. “[Chico] é uma das vítimas de uma geração desinformada, que usava o cigarro por uma questão de charme”, publicou ela na rede social.

    HISTÓRICO MÉDICO

    Chico Anysio já havia passado três meses no mesmo hospital no início de 2011, quando deu entrada com falta de ar e foi detectada uma obstrução de artéria coronariana. Ele foi submetido a uma angioplastia, procedimento que desobstrui as artérias.

    No período pós-operatório, o humorista passou por diversas complicações, como tamponamento cardíaco e pneumonia. Ele precisou de auxílio de máquinas para respirar em vários momentos da internação, e foi submetido ainda a uma traqueostomia.

    O humorista esteve internado em outras duas ocasiões em 2010: em maio e agosto. Na primeira, teve de tratar uma infecção respiratória.

    Na época, escreveu em seu blog: “Estou vivo e paciente, esperando a cada telefonema que seja alguém da Globo, vestido de azul marinho, dizendo que alguém da mesma cor quer me ver novamente na telinha”.

    Já a segunda internação, em agosto, ocorreu por causa de uma hemorragia digestiva e ele passou por duas cirurgias no intestino. A recuperação foi rápida e, em setembro, Chico voltou aos palcos ao lado de Tom Cavalcanti no espetáculo “Chico.Tom”.

    Sua saúde foi se debilitando ao longo da última década. Em 2000, Chico Anysio foi internado com dores no peito. No ano seguinte, teve problemas pulmonares. Em 2006, foi internado duas vezes: primeiro, teve uma infecção respiratória, em seguida, sofreu uma queda em casa na qual fraturou uma vértebra.

    Em 2009, o artista fez uma participação na novela “Caminho das Índias”, como o trambiqueiro Namit, pai de Radesh (Marcius Melhem). No ano passado, recebeu o prêmio especial do júri no Festival de Cinema do Rio por sua atuação no filme “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, dirigido por Vinicius Coimbra.

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    PF: Demóstenes Torres pediu dinheiro a Carlinhos Cachoeira

    O Globo

    Senador Demóstenes Torres explicando sobre sua relação com o caso.Foto: O GloboSenador Demóstenes Torres explicando sobre sua relação com o caso.Foto: O Globo

    BRASÍLIA – Gravações da Polícia Federal revelam que o senador Demóstenes Torres (GO), líder do DEM no Senado, pediu dinheiro e vazou informações de reuniões oficiais a Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar a exploração ilegal de jogos em Goiás.

    Relatório com as gravações e outros graves indícios foi enviado à Procuradoria Geral da República em 2009, mas o chefe da instituição, Roberto Gurgel, não tomou qualquer providência para esclarecer o caso. O documento aponta ainda ligações comprometedoras entre os deputados Carlos Leréia (PSDB-GO) e João Sandes Júnior (PP-GO) com Cachoeira.

    O relatório, produzido três anos antes da deflagração da Operação Monte  Carlo, escancara os vínculos entre Demóstenes e Cachoeira. Numa das gravações,  feitas com autorização judicial, Demóstenes pede para Cachoeira “pagar uma  despesa dele com táxi-aéreo no valor de R$ 3 mil”.

    Em outro trecho do relatório,  elaborado com base nas gravações, os investigadores informam que o senador fez “confidências” a Cachoeira sobre reuniões reservadas que teve no Executivo, no  Legislativo e no Judiciário. Parlamentar influente, Demóstenes costuma  participar de importantes discussões, sobretudo aquelas relacionadas a assuntos  de segurança pública.

    O relatório revela ainda que desde 2009 Demóstenes usava um rádio Nextel  (tipo de telefone) “habilitado nos Estados Unidos” para manter conversas  secretas com Cachoeira. Segundo a polícia, os contatos entre os dois eram “frequentes”. A informação reapareceu nas investigações da Monte Carlo.

    Para  autoridades que acompanham o caso de perto, esse é mais um indicativo de que as  relações do senador com Cachoeira foram mantidas, mesmo depois da primeira  investigação criminal sobre o assunto. O documento expõe também a proximidade  entre Cachoeira e os deputados Leréia e Sandes Júnior.

    Leréia também usava um Nextel para conversas secretas com Cachoeira. A  polícia produziu o relatório com base em inquérito aberto em Anápolis para  investigar a exploração de bingos e caça-níqueis na cidade e arredores. Como não  pode investigar parlamentares sem autorização prévia do Supremo Tribunal Federal  (STF), a PF enviou o material à Procuradoria Geral em 15 de setembro de 2009.

    O  relatório foi recebido pela subprocuradora-geral Cláudia Sampaio Marques.  Caberia ao procurador-geral, Roberto Gurgel, decidir se pediria ou não ao STF  abertura de inquérito contra os parlamentares. Mas, desde então, nenhuma  providência foi tomada.

    No segundo semestre de 2010, a PF abriu inquérito para apurar exploração  ilegal de jogos em Luziânia e se deparou com as mesmas irregularidades da  investigação concluída há três anos. Procurado pelo GLOBO, Gurgel disse, por  meio da assessoria de imprensa, que estava aguardando o resultado da Operação  Monte Carlo para decidir o que fazer em relação aos parlamentares. O advogado  Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, confirmou o uso do Nextel por  Demóstenes.

    Segundo ele, o senador usou o telefone, mas não se lembra desde quando. O  advogado não fez comentários sobre o suposto pedido de pagamento de despesas e o  vazamento de informações oficiais.

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    Dois são presos por incitar crimes de ódio e intolerância pela internet

    Criminosos também fizeram referência de apoio ao atirador da escola de Realengo

    Estado de São Paulo

    Duas pessoas foram presas nesta quinta-feira, 22, acusadas usarem a internet para espalhar mensagens de apologia de crimes graves e da violência, principalmente contra mulheres, negros, homossexuais, nordestinos e judeus, além da incitação do abuso sexual de menores, segundo a Polícia Federal.

    A Operação Intolerância prendeu Emerson Eduardo Rodrigues e Marcelo Valle Silveira Mello, moradores de Curitiba e Brasília, respectivamente. Eles foram presos preventivamente por supostamente serem os responsáveis pelo site silviokoerick.org.

    A página foi amplamente denunciada por internautas brasileiros ao Ministério Público. E, com quase 70 mil denúncias registradas na ONG SaferNet, bateu recorde de participação pública no controle da internet nacional.

    Agentes da PF também vão aos mandados de busca e apreensão para examinar as casas e locais de trabalho dos suspeitos em busca de provas.

    Entre os conteúdos publicados pelos criminosos, havia referências positivas ao atirador Wellington, que em 2011 atacou a tiros uma escola em Realengo, no Rio, matando diversas crianças, bem como à suposta incapacidade da Polícia Federal em os localizar e deter.

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    Vale sobe para 5º lugar em ranking de lucros na América Latina e EUA

    G1

    O lucro de US$ 20,2 bilhões registrado pela Vale em 2011 coloca a companhia como mais lucrativa da América Latina e a quinta mais lucrativa entre as empresas de capital aberto dos Estados Unidos e América Latina, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (21) pela consultoria Economatica. Em 2010, a Vale tinha registrado o sexto maior lucro.


    MAIORES LUCROS NA AMÉRICA LATINA E EUA EM 2011

    Posição

    Empresa

    Lucro em US$ bilhões

    Exxon   Mobil        41,1
    Apple        33
    Chevron   Texaco       26,9
    Microsoft       23,5
    Vale       20,2
    JP   Morgan Chase       19
    American   Int. Group      17,8
    Petrobras     17,8
    Walmart     16,6
    10ºWeels   Fargo     15,9
    Fonte:   Economatica

    A Petrobras perdeu seis posições em relação ao ano passado e teve o oitavo maior lucro (US$ 17,8 bilhões) entre as empresas de capital aberto dos EUA e América Latina.

    De acordo como levantamento, a Exxon Móbil foi a empresa mais lucrativa da amostra em 2011 com US$ 41,1 bilhões. Em 2010 a empresa também foi a primeira colocada.

    A Apple segunda melhor colocada da amostra e a maior empresa por valor de marcado da América Latina e EUA fechou 2011 com lucro de US$ 33 bilhões. Em 2010, a Apple registrou o oitavo maior lucro.

    Outro destaque do levantamento foi a American Int. Group, empresa de seguros que no ano de 2011 fechou com lucro de US$ 17,8 bilhões, na sétima colocação. No ano de 2010, a empresa estava na vigésima sexta colocação.

    Para o calculo do lucro em dólares, a Economatica tomou os valores publicados pelas empresas latinas nos respectivos órgãos de fiscalização locais (CVM no Brasil) e converteu os números pelo dólar do dia 31 de dezembro (dólar Ptax venda).

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