O secretário de Segurança, Raimundo Cutrim, mandou fazer levantamento para saber o número de policiais militares que trabalha como segurança particular. E ficou horrorizado.
Imediatamente determinou ao comandante da PM, coronel Franklin, que acabe com essa milícia. “O militar é pago pelo contribuinte para garantir a segurança do cidadão e não de empresas particulares”, lembrou o novo secretário.
Esse fato foi denunciado pelo Jornal A Tarde em dezembro de 2007, quando sofremos o segundo arrombamento em noss sede.
Na ocasião, militares foram se oferecer para prestar segurança ao jornal. Por cabeça, R$ 2 mil. Em frente ao jornal, na rua dos Afogados, funcionava uma cooperativa que tinha como segurança três militares.
Além da presença física dos militares na empresa que faz o contrato, viaturas passam a todos instante para reforçar a segurança. Tudo pago com o dinheiro do contribuinte.
Um dos militares dizia que a empresa deles funcionava como uma cooperativa, que prestava serviços para a Marcopol, Datacontro, Potiguar e outras. O mais interessantes é que todas essas empresas foram assaltadas antes do contrato com os PMs.
Um ano depois das denúncias, ao invés de investigá-las, fui convocado pela PM para depor. O jornalista Marco Deça, que só reproduziu minhas denúncias em seu blogue, também foi chamada para depor.
Relatei tudo a um major que presta serviço em uma reserva florestal, no Coroadinho. Sabe o que aconteceu? Isso mesmo, nada.
A medida do secretário Raimundo Cutrim é acertada. Mas ele deve avançar um pouco mais. É inconcebível que 120 militares estejam fazendo a segurança particular de desembargadores ou batendo continência nas dependências do Tribunal de Justiça.
O número é alto. 120 militares nas ruas dariam mais resultados. No Palácio dos Leões, soube, existem mais de 50 PMs conversando. É hora de aumentar o efetivo nas ruas, secretário Cutrim.
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