Presos em Pedrinhas não tem relação com a morte de Décio Sá

    Os policiais de SEIC concluíram no final da tarde que as quatro pessoas presas nas proximidades do Posto de Pedrinhas, na BR 135, não tem nenhuma relação com o assassinato do jornalista Décio Sá, executado ontem em um restaurante da avenida Litorânea, por volta das 23h.

    Os quatro homens estavam em um veículo Corsa Classic, com película fumê, e ao fazerem manobra brusca, foram abordados pelos policiais rodoviários

    Um dos homens, um policial militar reformado, portava uma pistola  calibre .40, com 20 munições e mesmas caraterísticas da arma que matou Décio Sá, além de  R$ 2,446 em dinheiro

    Eles chegaram a ser encaminhados para o 12º Distrito Policial, no bairro do Maracanã e posteriormente para a SEIC

    Só após as investigações ficou comprovado que os quatro haviam participado de uma saidinha de banco na cidade de Bacabeira

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    Adiado o júri de Pedro Teles em Barra do Corda

    Empresário Pedro TelesEmpresário Pedro Teles

    A justiça adiou o júri popular que seria realizado amanhã na cidade de Barra do Corda, do empresário Pedro Teles, filho do prefeito Nezim, por suspeita de ser o mandante do assassinato do líder sem teto, Miguel Pereira Araújo.

    Outra decisão que chama atenção é a do juiz de não participar do julgamento. O pedido de adiamento, protocolado pela defesa dos pistoleiros Moisés Alexandre Pereira e Raimundo Pereira, acusados de matar o sem teto, alega que das 25 pessoas selecionadas para participar do júri popular, pelo menos 20 têm ligação com o empresário, seu pai, o prefeito Manoel Mariano de Sousa, o Nezim, e o deputado Rigo Teles (PV), irmão de Pedro.

    A petição é assinada por Leandro Morais Sampaio Peixoto, filho do ex-prefeito Avelar Sampaio (PTB). Na época, foi Avelar quem cedeu Moisés e Raimundo para atuarem como segurança de Nenzim. O ex-prefeito também deve prestar depoimento durante o julgamento.

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    Enterrado o corpo do jornalista Décio Sá

    Décio Sá foi assassinado com seis tiros nessa segunda-feira (23). Foto: Zeca SoaresDécio Sá foi assassinado com seis tiros nessa segunda-feira (23). Foto: Zeca Soares

    Foi sepultado, agora há pouco, às 17h30, no cemitério Jardim da Paz, na Estrada de São José de Ribamar, o bravo jornalista Décio Sá, assassinado barbaramente por um pistoleiro de aluguel, quando se encontrava no restaurante Estrela do Mar, na Avenida Litorânea.

    Centenas de amigos, colegas da imprensa e familiares vieram dar o último adeus ao destemido jornalista. O momento mais emocionante foi quando todos, em um só coro, entoaram o Hino Nacional.

    O sentimento estampado no rosto de cada um era de tristeza, mas sobretudo de revolta e indignação. Afinal, não se matou apenas um jornalista, ou um grande jornalista, mas sim a liberdade.

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    Polícia prende dois homens com pistola P.40

    Dois homens foram presos e encaminhados agora há pouco para a SEIC. Segundo informações, eles portavam uma pistola P.40 (modelo igual ao usado na execução do jornalista Décio Sá, na noite desta segunda-feira, na Avenida Litorânea). Com eles a polícia encontrou dinheiro.

    A polícia investiga se existe relação dessas pessoas com o assassinato do jornalista que chocou o país pela brutalidade e violência. Décio foi executado com seis tiros de pistola em um restaurante na orla da capital. Ele tinha 42 anos e deixou uma filha de oito anos e a mulher grávida de dois meses.

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    Velório de Décio atrai jornalistas, políticos e autoridades

    O velório do jornalista Décio Sá tem atraído centenas de jornalistas, políticos, autoridades, amigos e admiradores do blogueiro morto a tiros na noite desta segunda-feira(23) num restaurante na Avenida Litorânea, em São Luís.

    Gil Cutrim teme pela segurança do estado. Foto: Dayse KarolGil Cutrim teme pela segurança do estado. Foto: Dayse Karol

    O prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim, lamentou a morte do jornalista, principalmente a violência dos bandidos. “Quando soube da notícia, fiquei estarrecido com a ousadia da criminalidade. Estamos reféns dessa insegurança. O governo precisa redobrar as atenções com a segurança,” relatou.

    O presidente do Tribunal de Contas do Estado, Edmar Cutrim, disse estar surpreso com a existência de crimes desse tipo. “É muito tristeza. Eu jamais poderia imaginar que isso pudesse acontecer nos dias de hoje. Ele ra um jornalista por essência, no exercício permanente do jornalismo e teve sua vida retirada,” lamentou.

    Edmar Cutrim lamentou a perda do amigo. Foto: Dayse Karol
    Edmar Cutrim lamentou a perda do amigo. Foto: Dayse Karol

    Para o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Guerreiro Júnior, mais que um jornalista, Décio era seu amigo pessoal. ” A minha relação com ele era assim: todos os dias nos falávamos. A justiça vai se empenhar de todas as formas. Vamos dar de tudo, em todos os sentidos para que a gente possa chegar a prender todos os envolvidos”, afirmou.

    Uma comitiva de deputados saiu da Assembleia Legislativa direto para o velório no Pax União. A sessão da AL foi suspensa em homenagem ao jornalista.

    O enterro de Décio Sá está marcado para as 16 horas no Cemitério Jardim da Paz que fica na estrada de São José de Ribamar.

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    Recompensa para quem apontar o assassino de Décio é de R$ 100 mil

    Aluísio Mendes. Foto: Luís PabloAluísio Mendes. Foto: Luís Pablo

    Durante entrevista coletiva realizada agora a pouco no auditório da Secretaria de Segurança Pública, o secretário Aluísio Mendes relatou que um grupo de empresários está oferecendo a quantia de R$ 100 mil para quem informar o autor dos disparos ou o mandante do crime contra a vida do jornalista Décio Sá. As informações podem ser prestadas através do disque-denúncia, pelo telefone: 3223-5800.

    Mendes adiantou que existem hoje 35 policiais entre peritos, delegados e agentes envolvidos na elucidação da morte do jornalista. Ele informou também que a Polícia Federal se dispôs a ajudar nas investigações.

    O secretário disse ainda que houve uma farta coleta de fato material suficiente para a rápida elucidação dos fatos. Aluísio explicou que várias testemunhas que passavam no local na hora do crime, contribuíram com informações para a realização do retrato falado dos bandidos.

    “Nós temos também munição usada, fragmentos de impressões digitais, o que vai facilitar o trabalho da polícia. Nesse momento, nenhuma linha de investigação será descartada. Todas serão apuradas,” relatou.

    Para o secretário não há dúvida de se tratar de um crime de encomenda. “Toda a dinâmica do crime nos leva a acreditar que o crime foi encomendado”, disse. “Décio era muito combativo e ganhou muitos inimigos durante a carreira”, informou.

    O secretário afirmou ainda acreditar que o crime foi praticado por pessoas de outro Estado. “Essa suspeita vem pela total falta de preocupação em esconder os rostos. Tudo nos leva a crer que não são pessoas de fora”, avaliou.

    Outro ponto que pode ajudar nas investigações é que a arma utilizada era de uso restrito das forças policiais. “Realmente foi uma pistola calibre ponto 40, que é privativo. Mas isso não quer dizer que seja de um policial. Muitas armas entram no país por contrabando. Isso também será analisado”, explicou.

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    ‘Assassinato de jornalista no MA é um atento à democracia’, diz Sarney

    Folha de São Paulo

    José Sarney define assassinato como uma afronta à democracia. Foto: O GloboJosé Sarney define assassinato como uma afronta à democracia. Foto: O Globo

    O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), divulgou nota nesta terça-feira (24) para cobrar a investigação do assassinato do jornalista Décio Sá, morto a tiros dentro de um restaurante na avenida Litorânea, em São Luís (MA), por volta das 23h30 de segunda-feira (23).

    Sarney afirma que recebeu a notícia com “grande indignação e profundo pesar pessoal”. Sá tinha um blog de política e trabalhava no “Estado do Maranhão”, jornal da família Sarney, da qual era próximo politicamente.

    “Brutalmente assassinado, o jornalista foi pioneiro no jornalismo online maranhense e tinha como principal virtude profissional a busca pela notícia, pela reportagem investigativa, que a muitos incomodava, mas também lhe garantia um espaço único no cenário jornalístico e uma legião de seguidores”, disse o senador.

    O presidente do Senado recebeu alta hoje do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Segundo sua assessoria, ele deve ficar na capital paulista por uma semana, na casa de seu filho Fernando Sarney, antes de retornar a Brasília.

    Na nota, Sarney afirma também que o crime “hediondo, brutal e cruel” tem que ser desvendado para que os culpados sejam punidos para “despertar, cada vez mais, a consciência para a proteção e o respeito à liberdade de imprensa”. “Seu assassinato, além de uma atrocidade, é um atento à democracia.”

    Dirigindo-se aos jornalistas, Sarney diz ainda que os colegas de profissão de Décio devem se engajar para que “essa covardia não fique impune, que a polícia identifique os assassinos e a justiça seja feita de forma exemplarmente rigorosa”.

    Décio Sá além de jornalista era blogueiro. Foto: Blog do DécioDécio Sá além de jornalista era blogueiro. Foto: Blog do Décio

    O jornalista era repórter de política do jornal “O Estado do Maranhão” e mantinha um blog sobre o tema.

    Segundo a SSP (Secretaria de Estado de Segurança Pública), um homem desceu da garupa de uma moto, entrou no restaurante e foi ao banheiro. Quando voltou disparou seis tiros, pelas costas, contra Sá e fugiu com o motociclista que o esperava. O assassino sequer escondeu o rosto.

    Funcionários do restaurante ligaram para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para socorrer o jornalista, mas ele já estava morto.

    De acordo com a SSP, a perícia constatou que quatro tiros atingiram a cabeça e dois a região do tórax do jornalista.

    Regis Marques, amigo do jornalista, disse que Décio Sá costumava receber ameaças porque fazia muitas denúncias no blog. ” Ele estava sempre à frente da maioria e seu blog era muito lido”.

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    Avenida onde morreu jornalista não dispõe de segurança

    Décio Sá foi morto com seis tiros de pistola na Avenida Litorânea.Décio Sá foi morto com seis tiros de pistola na Avenida Litorânea.

    A Avenida Litorânea, local onde foi executado na noite passada o jornalista e blogueiro Décio Sá,  em um restaurante, demonstra a insegurança a que os frequentadores da área estão expostos.

    A avenida, que é a principal área de lazer da cidade, não dispõe em sua extensão, de câmeras de segurança e muito menos de policiamento extensivo. Nas orlas das outras capitais do Nordeste é comum a circulação de guardas em bicicletas e motocicletas fazendo o patrulhamento e garantindo a segurança das pessoas.

    Escuridão toma conta da Avenida Litorânea. Foto: Tribuna do MaranhãoEscuridão toma conta da Avenida Litorânea. Foto: Tribuna do Maranhão

    À noite, a iluminação precária facilita a atuação de marginais que praticam pequenos furtos no local. Quem costuma ir à Litorânea enfrenta o medo e a violência num lugar que ficou famoso, não por suas praias e atrações, mas sim por um outro crime que abalou o país: a morte do delegado Stênio Mendonça em 1997.

    As autoridades precisam garantir a segurança dos moradores, turistas e frequentadores da Litorânea. Afinal, este é um dos cartões-postais mais importantes de São luís, onde se encontram grande parte dos restaurantes e bares da capital maranhense.

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    Pistola que matou Décio Sá era de uso da polícia

    Modelo de pidstola P-40 utilizada no crime.Modelo de pidstola P-40 utilizada no crime.

    A pistola PT.40 usada para tirar a vida do combativo jornalista é de uso excluvido das polícias. Nem pode ser descartada a hipótese de que o jornalista tenha sido assassinado por um policial contratado como pistoleiro de aluguel, a exemplo de alguns casos de encomendas praticados anteriormente.

    Mas é prematuro afirmar que somente um policial tenha alcance a esse tipo de armamento. A polícia caiu em campo desde ontem para desvendar o crime. Mas não adianta somente descobrir o executor. É necessário que seja escancarado o nome do mandante e a sua severa punição.

    O crime de pistolagem fez mais que uma vítima: tenta calar a voz de toda a sociedade, do jornalismo autêntico por ser investigativo. A onda de violência no Maranhão chegou ao cúmulo do absurdo, da barbárie desenfeada.

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    Assassinato do jornalista Décio Sá repercute na imprensa nacional

    Jornalista era titular de um blog de política. Jornalista era titular de um blog de política.

    O assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido na noite passada, chocou a população maranhense e repercutiu em toda a imprensa nacional. Décio foi executado com seis tiros em um restaurante na Avenida Litorânea, em São Luís.

    Os principais portais e telejornais do Brasil dão destaque ao crime brutal que abala as estruturas do jornalismo nacional e expõe os riscos de uma profissão tão necessária e tão perigosa.

    Confira abaixo as principais manchetes sobre o assunto:

    Jornal da Globo: Jornalista é morto a tiros dentro de bar no Maranhão
    G1: Polícia procura assassinos de jornalista no Maranhão
    Uol: Jornalista Décio Sá é assassinado em restaurante no Maranhão
    Folha: Jornalista é morto a tiros dentro de restaurante no Maranhão
    Estadão: Jornalista é executado no Maranhão
    Correio Braziliense : Jornalista Décio Sá é assassinado a tiros dentro de bar no Maranhão

    Vale lembrar que o serviço de inteligência da polícia já atua no caso. Quem possuir informações que possam ajudar às investigações deve ligar para o disque-denúncia no telefone: 3223-5800.

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