Por JEAN PAUL DES SAINTS
Essa demissão, que se pode dizer em massa, já que são 650 os demitidos, é prejudicial para tantas famílias, visto a recessão que o país ora vive? Claro que sim! Quem é que gosta de perder seu emprego da noite pro dia, sem perspectiva de logo conseguir outro? Como fica o sutenta da família, média de 4 pessoas?
Isso é um drama social que mais parece pesadelo, especialmente para quem o vive na própria pele. Esse é o lado social, o que mais dói e machuca. Há como reverter essa situação? Infelizmente, não há. E prova disso é que a Alumar, consciente de que tem a lei a seu favor, sequer compareceu à audiência na AL.
Os políticos fazem seu teatrinho para mostrar que estão ao lado dos operários? Claro! Esse é o papel deles, de mostrar solidariedade. A Justiça do Trabalho pode obrigar a Alumar a readmitir todos os demitidos? Clalro que não. Senão, vejamos, as demissões em massa não estariam acontecendo nas montadoras de automóveis e autopeças… Lá, o estrago do desemprego ainda é maior.
O que as pessoas esquecem é que não há no mundo empresa que queira trabalhar sem lucro, ou que prefiram trabalhar no vermelho. Isso tudo, como a maioria certamente já sabe, é reflexo de um aumento brutal na conta de energia elétrica.
Só mesmo quem conhece uma sala de cubas sabe o quanto é elevadíssimo o consumo de energia. Não me lembro o número de fornos na sala da Alumar. O que se sabe é que essa empresa, desde o início de sua operacionalização, sempre contou com subsídio de energia elétrica. Mas isso, pelo que consta, já acabou o prazo de subsídio – se não me engano, era de 15 ou 20 anos…
O que o povo tem que levar em consideração são os aumentos sucessivos, que vêm acontecendo desde que passou o 2° turno das eleições, e que hoje já batem em quase 60% de reajuste. Todos sabem que os presos foram represados para que o PT, sob um manto de mentiras, pudesse ganhar a eleição presidencial. Para eles, o custo disso não importava, pois já sabiam que a conta de tantos desmandos seria repassada para os otários de sempre, ou seja, nós, brasileiros trabalhadores.
Com as represas das hidrelétricas em níveis críticos, as termelétricas, de custo bem mais elevado, pois funcionam a gás ou a óleo diesel, hoje funcionam a todo vapor para evitar os apagões, e não para suprir a demanda decorrente de um possível incremento do setor industrial, que, ao contrário, encolheu.
O reflexo mais visível dessa retração de mercado se pode ver nos pátios das montadoras, lotados, sem compradores; na redução da atividade comercial; no crescimento do desemprego, que não para; na subida da inflação, que está firme e forte; na disparada do dólar; e no derretimento do real.
O quadro de recessão, minha gente, já está mais do que bem montado. O que o governo não admite é dizer ao povo que a atual política econômica não dispõe de mecanismos para brecar a inflação, nem controlar a subida do dólar, nem incrementar a atividade industrial, que já não conta com investimentos externos como há 4 anos, justamente por falta de credibilidade no governo petista (o país perdeu muito do seu grau de investimento), que faz como bem diz a Dilma “o diabo pra ganhar uma eleição”, mas que não é capaz de contar sequer com a ajuda de um anjo para tirar o país desse buraco econômico em que o seu governo o meteu.
É diante desse quadro de calamidade, que certamente a equipe de economistas da Alumar conhece muito bem, que nãoserá possível a recontratação dos funcionários demitidos, assim como não adianta, a despeito de trodentos movimentos populares, a retomada da construção da Refinaria Premium I, em Bacabeira.
Não se trata de pesssimismo, mas apenas de um pouco de visão sobre a política econômica do país, da má condução do governo, da corrupção que grassa de norte a sul, das mentiras diárias de um governo que só se sustenta pela compra de votos no Congresso e fora dele…
A verdade, minha gente, é que não é só a Petrobras que está literalmente quebrada, mas o país inteiro, graças a essa imensurável quadrilha de PTralhas que aparelhou o estado para, depois, saqueá-lo até a exaustão. Não há economia no mundo que aguente um saque desse porte, secundada por uma administração catastrófica como a que temos hoje.
JEAN PAUL DES SAINTS
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