Indecisão cria "instabilidade jurídica"

    Com informções do Estadão

    Juristas ouvidos pelo Estado são unânimes em afirmar que o adiamento, para depois das eleições, da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca da Lei da Ficha Limpa cria um ambiente de instabilidade jurídica.

    Com a renúncia de Joaquim Roriz (PSC) à candidatura ao governo do Distrito Federal, o julgamento da semana passada perdeu validade, o que permitirá a políticos de “ficha suja” continuar fazendo campanha. Caso eleitos, eles poderão ter os cargos cassados. No caso das eleições proporcionais (para deputados federais e estaduais), isso poderá alterar até mesmo as bancadas dos partidos.

    “A indecisão cria instabilidade jurídica porque você terá uma série de políticos que vão ser eleitos e não poderão assumir. Isso implica redistribuição das bancadas dos partidos, que é uma coisa complicadíssima”, avalia Teresa Ainda Sadek, professora do departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Supremo.

    Para ela, a divisão do STF – evidente no empate na votação de quinta-feira – já “vem sendo observada há um tempo”. “Temas políticos geram essa divisão que observamos ontem, mas outros temas geram outras divisões”, afirma.

    Individualista. Elival da Silva Ramos, professor de direito constitucional na USP, explica que “o Supremo Tribunal do Brasil é muito individualista”. “Ao contrário de outros países, no Brasil não há tradição de que os ministros discutam seus votos entre si”, afirmou.

    Para ele, a votação da Lei da Ficha Limpa foi impactada pela pressão popular em torno do projeto. “Eu não tenho dúvida, sem individualizar a afirmação, de que a pressão popular interferiu na votação”, avaliou.

    De acordo com Ramos, há três questões polêmicas a respeito da lei que deverão voltar a ser discutidas quando um novo ministro for apontado para o tribunal: a validade nestas eleições e a retroatividade – tanto para os casos de renúncia quanto para políticos já condenados em segunda instância.

    Ele explica que na quinta-feira o STF debateu a retroatividade apenas em caso de renúncia. Para Ramos, o voto do ministro Celso de Mello, o penúltimo a votar, criou a argumentação jurídica contrária à retroatividade. “Renunciar era um ato lícito e, agora, está se criando uma pena contra isso. Então não pode retroagir”, afirma o jurista, que também é contrário à validade da lei para este ano. “A elegibilidade é uma das coisas que mais alteram o processo eleitoral.”

    De acordo com o Artigo 16 da Constituição, normas que alteram as eleições devem ser aprovadas um ano antes do pleito. Os defensores da Ficha Limpa, contudo, alegam que a lei apenas amplia os critérios de elegibilidade, sem mudar o processo eleitoral.

    O advogado especialista em direito eleitoral Alberto Rollo compartilha da posição de Ramos. Para ele, a retroatividade da lei é “uma indecência”. “Punir a renúncia é muito bom, só que não dá para fazer sem avisar. Vamos fazer daqui para diante”, defende.

    Em sua opinião, a Ficha Limpa não deveria valer nestas eleições. Ele apoia, contudo, a constitucionalidade da norma a partir do ano que vem.

    Interesse público. Para Adriano Pilatti, diretor do departamento de Direito da PUC-Rio e professor de direito constitucional, a Lei da Ficha Limpa deveria retroagir e valer para este ano. Ele afirma que a norma não ameaça os direitos individuais, garantidos pela Constituição, mas diz respeito ao “interesse público”. “Esta é uma questão que não foi abordada.”

    Segundo ele, ainda que o Supremo eventualmente decida contrariamente à lei, seus efeitos para o futuro estão garantidos. “De uma coisa podemos estar certos: esta lei veio para ficar e, se não alcançar o Roriz agora, alcançará os “rorizes” do futuro. A médio prazo podemos respirar um pouco mais tranquilos.”

    

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    Indecisão cria “instabilidade jurídica”

    Com informções do Estadão

    Juristas ouvidos pelo Estado são unânimes em afirmar que o adiamento, para depois das eleições, da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca da Lei da Ficha Limpa cria um ambiente de instabilidade jurídica.

    Com a renúncia de Joaquim Roriz (PSC) à candidatura ao governo do Distrito Federal, o julgamento da semana passada perdeu validade, o que permitirá a políticos de “ficha suja” continuar fazendo campanha. Caso eleitos, eles poderão ter os cargos cassados. No caso das eleições proporcionais (para deputados federais e estaduais), isso poderá alterar até mesmo as bancadas dos partidos.

    “A indecisão cria instabilidade jurídica porque você terá uma série de políticos que vão ser eleitos e não poderão assumir. Isso implica redistribuição das bancadas dos partidos, que é uma coisa complicadíssima”, avalia Teresa Ainda Sadek, professora do departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Supremo.

    Para ela, a divisão do STF – evidente no empate na votação de quinta-feira – já “vem sendo observada há um tempo”. “Temas políticos geram essa divisão que observamos ontem, mas outros temas geram outras divisões”, afirma.

    Individualista. Elival da Silva Ramos, professor de direito constitucional na USP, explica que “o Supremo Tribunal do Brasil é muito individualista”. “Ao contrário de outros países, no Brasil não há tradição de que os ministros discutam seus votos entre si”, afirmou.

    Para ele, a votação da Lei da Ficha Limpa foi impactada pela pressão popular em torno do projeto. “Eu não tenho dúvida, sem individualizar a afirmação, de que a pressão popular interferiu na votação”, avaliou.

    De acordo com Ramos, há três questões polêmicas a respeito da lei que deverão voltar a ser discutidas quando um novo ministro for apontado para o tribunal: a validade nestas eleições e a retroatividade – tanto para os casos de renúncia quanto para políticos já condenados em segunda instância.

    Ele explica que na quinta-feira o STF debateu a retroatividade apenas em caso de renúncia. Para Ramos, o voto do ministro Celso de Mello, o penúltimo a votar, criou a argumentação jurídica contrária à retroatividade. “Renunciar era um ato lícito e, agora, está se criando uma pena contra isso. Então não pode retroagir”, afirma o jurista, que também é contrário à validade da lei para este ano. “A elegibilidade é uma das coisas que mais alteram o processo eleitoral.”

    De acordo com o Artigo 16 da Constituição, normas que alteram as eleições devem ser aprovadas um ano antes do pleito. Os defensores da Ficha Limpa, contudo, alegam que a lei apenas amplia os critérios de elegibilidade, sem mudar o processo eleitoral.

    O advogado especialista em direito eleitoral Alberto Rollo compartilha da posição de Ramos. Para ele, a retroatividade da lei é “uma indecência”. “Punir a renúncia é muito bom, só que não dá para fazer sem avisar. Vamos fazer daqui para diante”, defende.

    Em sua opinião, a Ficha Limpa não deveria valer nestas eleições. Ele apoia, contudo, a constitucionalidade da norma a partir do ano que vem.

    Interesse público. Para Adriano Pilatti, diretor do departamento de Direito da PUC-Rio e professor de direito constitucional, a Lei da Ficha Limpa deveria retroagir e valer para este ano. Ele afirma que a norma não ameaça os direitos individuais, garantidos pela Constituição, mas diz respeito ao “interesse público”. “Esta é uma questão que não foi abordada.”

    Segundo ele, ainda que o Supremo eventualmente decida contrariamente à lei, seus efeitos para o futuro estão garantidos. “De uma coisa podemos estar certos: esta lei veio para ficar e, se não alcançar o Roriz agora, alcançará os “rorizes” do futuro. A médio prazo podemos respirar um pouco mais tranquilos.”

    

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    Flávio Dino expõe propostas para a cidade de São Benedito do Rio Preto

    Flávio Dino também esteve em Coroatá onde liderou uma carreata pelas ruas da cidadeFlávio Dino também esteve em Coroatá onde liderou uma carreata pelas ruas da cidade

    Em visita à cidade de São Benedito do Rio Preto, o candidato ao governo do Maranhão, Flávio Dino, expôs uma série de propostas para a cidade. Flávio Dino discursou aos moradores e recebeu o apoio da população da cidade, que respondeu com bandeiraço, apertos de mão e sinais de positivo à passagem do candidato pelas ruas da cidade.

    O candidato da coligação Muda Maranhão assumiu o compromisso com a conclusão do asfaltamento da MA-224, no trecho que liga Urbano Santos a Barreirinhas, bem como outras estadas vicinais que possam atender à população de São Benedito do Rio Preto e de vários outros municípios do interior do estado. Além disso, também estão na lista de obras do plano de governo da coligação Muda Maranhão para a cidade a construção de um hospital, com mais leitos, atendimento de pediatria e centro cirúrgico.

    Educação

    Flávio Dino também destacou a necessidade de centros educacionais profissionalizantes para atender à juventude do município. “Em todas as cidades que passo, procuro saber como está a situação da educação. Pergunto se tem escola suficiente, se o calendário escolar está em dias e se tem escola técnica. Quase sempre me respondem que não tem”, contou Flávio Dino.

    Água

    A exemplo de vários outros municípios do Maranhão, em São Benedito do Rio Preto Flávio Dino também ouviu da população as queixas sobre a deficiência no abastecimento de água. Mais uma vez, ele criticou a ironia de o Maranhão ser bem abastecido de rios e lagos e, mesmo assim, enfrentar problemas no abastecimento. “Um estado com 13 bacias hidrográficas e cuja população ainda precisa ir longe para encontrar água é inexplicável. É um caso de falta de vontade política e de má aplicação dos recursos públicos”, disse ele.

    Da assessoria

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    Presidente da Assembleia defende voto útil em Zé Reinaldo para senador

    Marcelo Tavares diz que Zé Reinaldo é a melhor opição para o Senado.Marcelo Tavares diz que Zé Reinaldo é a melhor opição para o Senado.

    O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Marcelo Tavares (PSB), defendeu durante discurso realizado na cidade de Chapadinha o voto útil para Senado Federal a fim de garantir uma vaga da oposição naquela Casa. Segundo o socialista, José Reinaldo Tavares (PSB) é a aposta para enfrentar o presidente José Sarney (PMDB-AP) no Congresso Nacional e representar o povo do Maranhão.

    “Não queremos um senador que abaixe a cabeça para o Sarney e diga amém. O Maranhão não precisa mais disso, precisa de mudança”, ressaltou Marcelo Tavares. O deputado criticou os senadores do Maranhão por não defenderem os interesses do estado, mas de um grupo político. Tavares disse ainda que a oposição precisa fazer um nome para ocupar pelo menos uma das vagas abertas e defendeu o nome do ex-governador do estado.

    NO INTERIOR

    Zé Reinaldo participou de grandes atividades nas cidades de Codó, Coroatá, Urbano Santos, Belágua, Chapadinha e São Benedito do Rio Preto. Todos os momentos foram marcados por grande apoio e aceitação popular. Durante a programação, o ex-governador do estado defendeu a renovação política do Maranhão e disse ser necessário a alternância de poder para dar mais dignidade ao povo.

    “O Maranhão precisa passar por essa família. Eles estão no poder há 45 anos e só trouxeram ao estado pobreza, falta de saneamento, escola e hospitais. A Roseana Sarney no governo significa miséria e pobreza para o povo do Maranhão. Temos que enfrentar e mudar essa realidade. Está na hora de vingar tudo o que fizeram com o nosso estado e dar um cartão vermelho para essa família com o título de eleitor”, defendeu Zé Reinaldo.

    O candidato a senador pelo Maranhão disse ainda que o estado precisa de justiça social, oportunidade para os jovens e cuidados às famílias. Zé Reinaldo lembrou ainda as eleições de 2006, quando a oligarquia foi vencida nas eleições, mas voltou ao poder por um golpe de “estado jurídico”.

    “Achávamos que o Maranhão iria mudar definitivamente, mas eles foram aos tribunais e numa jogada nebulosa cassaram o mandato do governador. Precisamos de um senador para enfrentar o Sarney e de um governador para mudar o Maranhão. E esse é o nosso compromisso, meu e do Flávio Dino”, finalizou.

    Da assessoria

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    Jackson Lago decide manter candidatura

    Jackson Lago, candidato ao Governo do MaranhãoJackson Lago, candidato ao Governo do Maranhão

    O ex-governador Jackson Lago decidiu ontem manter a candidatura até o julgamento final da Lei da Ficha Limpa pelo Supremo Tribunal federal para saber se a nova regra vale para estas eleições.

    Foi o que informou hoje ao blog um membro da cúpula da coordenação da campanha pedetista. Ele acha temerosa a decisão.

    Jackson Lago usou como argumento o fato de ter sido liberado pelo TRE do Maranhão e por acreditar que seu caso difere dos demais que estão sendo julgados pelo TSE.

    No comitê de campanha da governadora Roseana Sarney a decisão foi comemorada com euforia.

    Acontece que o TSE convocou nova sessão para quarta-feira, mas como a Suprema Corte permanece dividida, o caso só será julgado depois que o plenário estiver completo com indicação do novo ministro em substituição a Eros Grau, que se aposentou.

    A indicação será feita pelo presidente Lula da Silva, mas só depois da votação do primeiro turno. Caso isso se comprove, aí reside o perigo.

    O próximo ministro deve ser um jurista de boas relações com o senador José Sarney, abertamente favorável à nova lei. Assim sendo, sobe para seis os votos dos ministros pela aplicabilidade da Ficha Limpa nestas eleições.

    Todos os candidatos enquadrados na Lei da Ficha Limpa que disputarem em três de outubro terão seus votos anulados.

    No caso do Maranhão, anula-se os votos dados a Jackson Lago e Roseana Sarney pode ganhar a eleição no primeiro turno.

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    Pesquisa confirma favoritismo de Roseana na Grande São Luís

    Pesquisa Exata, realizada entre os dias 17 a 19 deste, confirma o favoritismo da candidata Roseana Sarney e o crescimento do candidato Flávio Dino na região da Grande São Luis, que compreende a capital, Alcântara, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.

    Abaixo os números:

    Roseana Sarney – 40%

    Flávio Dino – 33%

    Jackson Lago – 17%

    Marcos Silva – 2%

    Saulo Atcangeli – 1%

    Nenhum/branco ou nulo – 5%

    Não sabe – 2%

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    Roberto Rocha lidera pesquisa na região Sul

    O candidato a senador pelo PSDB, Roberto Rocha, lidera a intenção de votos na região Sul do Maranhão, conforme os número da Exata, que realizou pesquisa espontânea entre os dias 17 a 19 deste.

    Abaixo o resultado:

    Roberto Rocha – 53%

    Edison Lobão – 41%

    João Alberto – 25%

    José Reinaldo – 19%

    Edson Vidigal – 15%

    Luis Noleto – 3%

    Professora Socorro – 1%

    Professor Adonilson – 1%

    Claudicéia Durans – 1%

    Charles Eletricista – 1%

    Paulo Rios – 0%

    Nenhum/branco ou nulo – 6%

    Não sabe – 34%

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    Diplomata atrasa salários

    Os teleatendentes que prestam serviços para o Ciops, órgão da Secretaria de Segurança Pública, estão sem receber até agora o salário do mês de agosto.

    A Diplomata, empresa que emprega os trabalhadores, alega não ter recebido os repasses da secretaria comandada por Aluízio Mendes.

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    60% dos homens aprovam governo de Roseana e 35% das mulheres reprovam

    De acordo com pesquisa realizada pela Exata, entre os dias 18 a 19 deste, a maioria dos maranhenses aprova a administração tocada pela governadora Roseana Sarney.

    60% dos homens aprovam seu governo e 58% das mulheres também têm a mesma opinião. 38% dos homens não aprovam e 35% das mulheres rejeitam a administração estadual.

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    Dilma Rousseff disparada no Maranhão, diz pesquisa

    Dilma RousseffDilma Rousseff

    A candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff tem o mais alto índice de preferência do eleitorado maranhense.

    Conforme os números da Exata, que ouviu 2000 pessoas entre os dias 17 a 19 deste, em todas as regiões maranhenses, a candidata do presidente Lula lidera com ampla folga. Abaixo os números.

    ELEITORADO MASCULINO

    Dilma Rousseff – 68%

    José Serra – 18%

    Marina Silva – 10%

    Os demais candidatos não pontuaram

    Nenhum – 1%

    Não sabe – 3%

    ELEITORADO FEMININO

    Dilma Rousseff – 69%

    José Serra – 15%

    Marina Silva – 10%

    Os demais candidatos não pontuaram

    Nenhum – 1%

    Não sabe – 4%

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