Presidente da CDH da OAB-MA acusa sindicato de agentes por mortes e rebeliões em Pedrinhas

    Antonio Pedrosa, presidente pela terceira vez da Comissão de Direitos Humanos da OABAntonio Pedrosa, presidente pela terceira vez da Comissão de Direitos Humanos da OAB

    Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, o advogado Luís Antônio Pedrosa, acusa o Sindicato dos Agentes Penitenciários de ser os responsável pelas mortes e rebeliões ocorridas no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. O sindicato é presidido por Antônio Benigno Portela.

    Veja trechos da entrevista abaixo.

    Estadão – Por onde o senhor começaria a análise dessa crise do sistema prisional maranhense? Pela concentração de presídios na capital?

    Pedrosa – Há um caldo de motivações para isso, entre elas uma dívida histórica que se aprofundou muito neste governo. Faz mais de dez anos que as instituições que monitoram o sistema penitenciário prenunciam a falência desse modelo. É preciso descentralizar os presídios para que os presos do interior não sejam obrigados a vir para cá e se associarem a uma organização criminosa para se defender. O governo parou.

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    Estadão – Por que parou?

    Pedrosa – Em entrevista recente, a governadora disse que o dinheiro foi devolvido ao departamento penitenciário nacional por causa de entraves burocráticos para a concepção dos projetos. A verdade é que não há gestão política preocupada com o problema prisional. Primeiro porque prisão não dá voto. Segundo porque ali estão os mais pobres. Terceiro porque há uma cultura que acha que os presos têm é que se matar dentro da cadeia, não é problema da sociedade. Mas hoje a sociedade está aterrorizada porque percebeu que essa violência pode fugir de controle. É o que está ocorrendo. E que era previsível que ocorresse.

    Estadão – A partir de quando a violência fugiu de controle? Houve um estopim?

    Pedrosa – Como o método de trabalho deste governo é sempre jogar a responsabilidade em alguém, nessa mesma entrevista a governadora responsabilizou, entre outros setores, um segmento corrupto dos agentes penitenciários, cujo presidente de sindicato na verdade está ligado ao grupo Sarney. É um sindicato que defende a tortura e foi ele quem entregou, em dezembro, um vídeo fajuto ao CNJ de um homem agonizando com uma perna esfolada, após suposta sessão de tortura em Pedrinhas.

    Estadão – A troco de quê o sindicato teria feito isso?

    Pedrosa – Com o intuito de derrubar o titular da pasta da administração penitenciária, Sebastião Uchôa, que defende a metodologia de presídio da Apaq (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), entidade católica que propõe a gestão das penitenciárias pelos próprios presos. A Apaq foi testada em São Paulo e Minas Gerais e diminuiu muito a violência e o índice de fuga. Essa visão de ressocialização entrou em confronto com esse segmento dos agentes penitenciários, ainda mais quando se descobriu a corrupção endêmica que havia dentro dos presídios. Uchôa substituiu os diretores ligados aos sindicatos e aí, coincidentemente, começaram as mortes. Claro que, se não houvesse facções, elas não tinham começado. Mas as facções foram organizadas com o apoio desses segmentos de agentes.

    Estadão – Há apenas duas facções no Estado inteiro?

    Pedrosa – São duas as principais: o PCM e o Bonde dos 40. O PCM é um regional do PCC, mas com métodos diferentes. Ele organizou os presos do interior do Estado a partir da Cadet, cujas lideranças foram para presídios de segurança máxima no sul do País e de lá voltaram afiliadas ao PCM. Aliás, é por isso que a transferência de cabeças para esses presídios não resolve. É uma estrela no uniforme, um galardão, que afirma uma lógica inversa para o senso comum. O preso com passagem em presídio federal volta articulado com facções nacionais e referenciado pela massa carcerária para liderança.

    Estadão – Como se articula o Bonde dos 40?

    Pedrosa – O Bonde dos 40 Ladrão, como eles se chamam, no singular, representa os presos da capital. Ele conseguiu rapidamente aparelhar um exército de associados e seus crimes são mais espetaculares em termos de violência que os do PCM. Mas já existe uma dissidência do Bonde, o Comando da Ilha, mais agressivo, atuando dentro e fora do presídio. E há os Anjos da Morte, um grupo diminuto, muito discreto e que não participou até hoje de rebelião nenhuma. Veja que qualquer triagem de presos se torna frágil diante dessa diversidade.

    Estadão – As mortes podem estar acontecendo também devido a uma triagem malfeita?

    Pedrosa – Sim, malfeita e precária, porque não é uma triagem científica que verifica o perfil do apenado, a trajetória dele, as incompatibilidades que acumulou ao longo da vida criminal. Isso exige equipes multidisciplinares, deveria integrar um serviço de inteligência para que essas informações pudessem ser socializadas a ponto de resgatar dados que a assistência social não teria previamente. Mas é realizada de forma amadora e produz morte.

    Estadão – Existem muitos presos aguardando julgamento no Estado?

    Pedrosa – Estamos entre os sete Estados onde o número de presos provisórios é maior que o de definitivos. É uma vergonha e um escândalo, que não diz respeito apenas ao Executivo, mas principalmente ao Judiciário. É a ele que cabe julgar, de forma célere, os processos criminais. E já morreu preso nas rebeliões cuja única acusação que pesava sobre ele era o não pagamento de pensão. Há pouco tempo também morreu um receptador de pneus. Antes do final do ano, encontrei em Pedrinhas um homem acusado de roubar um saco de cimento. Ele está lá correndo risco de vida, porque esses presos de menor periculosidade geralmente são alvo de violência.

    Estadão – Causou choque o vídeo em que três homens aparecem degolados no complexo. A prática da degola é comum nos presídios maranhenses?

    Pedrosa – Já tínhamos ocorrência de degola, mas em 2010 ela passou a ser sistemática, e um dos envolvidos era um índio guajajara. Ele tinha sido preso em Pedrinhas em razão de um homicídio no município de Barra do Corda, ainda muito jovem. Era a primeira vez que tinha saído da aldeia para visitar a cidade, onde teria se embriagado na companhia de amigos não índios e matado alguém durante uma briga. Em função do sotaque carregado, passou a ser estigmatizado no presídio, e se afirmou por demonstrações sucessivas de coragem e de violência. Segundo outros presos, ele teria iniciado o ritual macabro da degola, com as vítimas ainda vivas. Entrou por um crime que o manteria lá por 4 a 6 anos e já estava com mais de 20 de pena quando o encontramos. Foi transferido para um presídio de segurança máxima em Mato Grosso do Sul. O ritual, enfim, passou a ser uma assinatura das facções, simbolizando o terror como espetáculo para divulgação de suas práticas e intimidação dos adversários.

    Estadão – O senhor conhece mais vídeos de terror feitos em Pedrinhas?

    Pedrosa – Quando o juiz recebeu aquele vídeo falso do sindicato, eu disse que tínhamos vídeos piores. Num deles o preso teve o olho extraído e jogado ainda pulsando na direção de uma juíza que negociava as reivindicações; em outro abriram o tórax de um preso, tiraram o coração, deceparam seu pé e o colocaram dentro da cavidade. Entrar num presídio logo após uma rebelião é encontrar vísceras.

    Estadão – E por que não divulgaram essas imagens?

    Pedrosa – Porque essa inscrição de crimes era uma mensagem deles, e não queríamos ser instrumento para que chegasse à população. Mas eventualmente isso está no YouTube, como estão os raps do Bonde dos 40 sobre o imaginário do crime, que é o método deles de atingir a juventude, de cativar aqueles que estão completamente abandonados pelas políticas públicas. Somos a capital de Estado com a maior concentração de jovens, cerca de 40% da população. Essas pessoas são pobres, o direito à educação é constantemente violado, os colégios são de péssima qualidade e a perspectiva mais promissora na cabeça de um adolescente de periferia é integrar uma organização criminosa ou um grupo criminoso, porque pelo menos ali ele consegue impor o respeito que a sociedade não lhe dá. Isso é um fator que agravou sobremaneira a violência no Estado, e hoje as facções criminosas arregimentam nos seus quadros principalmente essa juventude.

    Estadão – O senhor acredita que a presença da Tropa de Choque no Complexo de Pedrinhas tende a arrefecer a violência?

    Pedrosa – Não, pelo contrário, pode até agravar. A polícia não foi adestrada para lidar com pessoas presas, a polícia foi adestrada para prender. Tem que dialogar com o preso a partir de outro referencial: a expectativa dele na prisão, os medos, os limites, a violência, que é outra lá dentro. O Brasil nunca investiu numa polícia desse tipo. A nossa é um fracasso em termos de atuação tendo como referencial a dignidade das pessoas. O referencial é a pressuposição de que o cara é bandido. E, sendo um bandido, tem que ser tratado como tal.

    Estadão – Com a morte de Ana Clara, esse referencial tende a ganhar força?

    Pedrosa – Isso aterrorizou mais ainda a população. Não à toa, o senador João Alberto estava no velório da menina, prestando condolências. Ele se notabilizou pela chamada Operação Tigre, que matou muita gente no sul do Maranhão, criminosos e inocentes. Um segmento da população, a do bandido bom é bandido morto, quer a volta dele. Isso tudo tem a ver com presídio. Somente uma visão como essa é que sustenta o modelo prisional do extermínio. Prisão é para morrer lá, abandonado.

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    Final de semana com sete homicídios na Região Metropolitana

    Sete homicídios foram registrados em São Luís da última sexta-feira  (10) até o domingo (12). Este número foi apresentado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA).

    O primeiro homicídio do fim de semana foi registrado na noite de sexta-feira (10). Eduardo Pedro Melônio, de 17 anos, foi assassinado com vários tiros na Cidade Olímpica, no ponto final do Residencial Alexandra Tavares. Na mesma noite no numa praça no bairro Coroadinho, Cleiton Oliveira Lopes, de 23 anos, também foi morto a tiros.

    Durante o sábado (11) mais quatro homicídios  foram registrados. Foram mortos: Fábio Gomes Teodoro, de 34 anos, no Bairro do São Francisco; Robson Nogueira Cruwel, de 21, no Tijupá Queimado, em São José de Ribamar; Raimundo Nonato Teixeira Rodrigues, de 19 anos, na Vila Cascavel; todos vítimas de arma fogo . No Cohafuma, Luzinete de F. Conceição Almeida, de 50 anos, foi morta com golpes de faca.

    No final da tarde de domingo Luiz Fernando Oliveira Pereira, de 23 anos, foi assassinado a tiros na Vila Flamengo, em São José de Ribamar. Neste último caso a polícia acredita que o crime tenha sido motivado por acerto de contas.

    Na manhã desta segunda-feira (13) o corpo de um homem não identificado foi encontrado num lixão no bairro do São Cristóvão. A vítima estava com a cabeça esmagada e apresentava marcas de violência por todo o corpo.

    O Instituto Médico Legal (IML)  foi acionado para fazer a remoção do corpo. A polícia está investigando o caso.

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    Não há nenhum político preso em Pedrinhas

    No complexo penitenciário de Pedrinhas tem de tudo. Ali estão abrigados estupradores, assaltantes de bancos, assassinos, quem roubou um quilo de arroz no comércio e até um que colocou no bolso um sabonete de um supermercado.

    Mas não existe em Pedrinhas nenhum gestor que tenha roubado o dinheiro da merenda escolar, da saúde, educação e até do transporte escolar.

    Não há no complexo nenhum político que tenha ficado rico da noite pro dia com o dinheiro público. Eles moram em mansões luxuosas, não pagam impostos e têm segurança particular.

    Em Pedrinhas não tem nenhum prefeito ou ex-prefeito que tenha roubado milhões, deixando abandonadas sua cidade e sua gente.

    O complexo não abriga nenhum ladrão do dinheiro público, notadamente aquele que furtou ou continua furtando o dinheiro para aquisição de medicamentos ou construção de hospitais.

    Em Pedrinhas não se acha nenhum gestor do sistema penitenciário que levou pra si e sua família o dinheiro que era para construir presídios mais dignos.

    Podem procurar que não acharão nenhuma mulher que foi prefeita ou continua sendo para alimentar seus parentes e até os gigolôs de plantão. Elas roubaram descaradamente e vivem nas áreas nobres da capital.

    Mas ali existem mulheres que roubaram algum trocado de um amante na hora do sexo, Ali residem mulheres que para se defender mataram homens violentos. Existem até duas que foram flagradas roubando um supermercado do Cohatrac, presas e condenadas.

    Em Pedrinhas não tem um juiz ladrão e nenhum desembargador desonesto e vendedor de sentenças. A essa categoria, quando pilhadas no ilícito, é dado o direito de se aposentar na riqueza, com salários nas alturas.

    Em Pedrinhas não tem santo. Mas os demônios daqui de fora agem livre e descaradamente diante dos olhos cegos da Justiça.

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    Bandidos tocam terror em São Paulo e a imprensa não olhou

    O blog condena todo e qualquer tipo de violência. O que vem acontecendo fora e dentro do sistema penitenciário é inaceitável. Mostra a fragilidade do poder público.

    Para derrubar o grupo político que comanda hoje o Maranhão, vale tudo. A imprensa nacional se deslocou para o nosso Estado. Aqui, se cair uma gota de água, vira notícia. Torna-se uma enchente causada pelo poder público estadual.

    Ontem, na região Oeste de Campinas, 14 pessoas foram mortas à tiros. Desse total, 10 jovens, sendo quatro deles em uma calçada. Antes, porém, uma briga violenta entre facções em um shopping na capital paulista.

    Para iniciar a semana, seis ônibus foram incendiados em diversos ponto da grande São Paulo. O Jornal Bom Dia Brasil exibiu o fato hoje, mas sem grandes destaques.

    Se o acontecido fosse no Maranhão, seria um Deus nos acuda. Uma barbárie para intervenção federal. Mas  a imprensa nacional não consegue nem enxergar a matança de nove pessoas em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, na noite da última quarta-feira.

    Lógico que os acontecimentos no Maranhão precisam ser denunciados. Foram fatos desumanos e inaceitáveis sob todo ponto de vista. Mas a selvageria do restante do país também precisa ser focada pela imprensa nacional. Afinal, as 14 pessoas fuziladas ontem em Campinas eram humanas e brasileiras.

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    Crise no sistema penitenciário do Maranhão foi reportagem da semana na Record

    A crise no sistema penitenciário do Estado do Maranhão e a onda de violência estabelecida em São Luís estão em destaque na mídia nacional e internacional há pouco mais e uma semana.

    A noite de terror vivida na capital maranhense na primeira sexta-feira do ano repercute até hoje no mundo.

    Neste domingo (12) a TV Record, através do programa Domingo Espetacular, dedicou mais de 20 minutos do noticiário para detalhar os graves problemas ocorridos em São Luís, que culminaram na morte da pequena Ana Clara, de seis anos, morta num ataque a ônibus, promovido por bandidos perigosos de facções criminosas, de dentro da penitenciária de Pedrinhas.

    Acompanhe a reportagem completa abaixo, dividida em duas partes, com imagens exclusivas do incêndio através de quatro câmeras.

    http://www.youtube.com/watch?v=3QFnSnlDXa0

    http://www.youtube.com/watch?v=ktDZvSLiGBY

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    A ordem agora é matar policiais militares

    Caso se efetive a transferência de bandidos de alta periculosidade para presídios federais nesta semana, om derramamento de sangue vai atingir fardas e botas no Maranhão.

    Esta é a ordem que saiu de dentro do complexo penitenciário de Pedrinhas. Os líderes das duas facções criminosas estão incomodados com a presença do Batalhão de Choque no presídio, principalmente agora com as revistas feitas às mulheres que estavam abastecendo os detentos com drogas, armas e bebidas,

    Mas o maior incomodo mesmo é a provável transferência das lideranças para presídios federais. Eles estão ameaçando mandar matar policiais militares.

    Neste sentido um mapa com endereços dos militares foi elaborado e  entregue aos líderes criminosos na tarde de sexta-feira. Os homens do Batalhão de Choque são as miras principais.

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    Deputados da CDH são impedidos de vistorias e juiz cobra construção de presídios

    Comissão de Direitos Humanos ouviu ospresos do Centro de Detenção ProvisóriaComissão de Direitos Humanos ouviu ospresos do Centro de Detenção Provisória

    Ontem (10), deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa visitaram o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, acompanhados dos membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA) e da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH).

    Das seis unidades prisionais que compõem o Complexo de Pedrinhas, os deputados e membros da OAB e da SMDH só tiveram acesso ao Centro de Detenção Provisória.

    De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), a visita aos demais presídios não foi autorizada porque não foi comunicada previamente. O que se faz necessário para montar um esquema de segurança no local.

    A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputada Eliziane Gama, alegou que para esse tipo de  visita não é necessário um comunicado prévio, segundo os protocolos internacionais de direitos humanos.

    Na última quarta-feira (8), deputados da Comissão de Segurança da AL visitaram as instalações do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Na ocasião, puderam ouvir as reclamações e reivindicações dos detentos.

    O juiz titular da Vara de Execução Penal da capital maranhense concede entrevista à Época.

    Juiz Douglas Martins, titular da Vara de Execução Penal da CapitalJuiz Douglas Martins, titular da Vara de Execução Penal da Capital

    Em entrevista à Época desta semana, o titular da Vara de Execução Penal da capital, juiz Douglas Martins, falou sobre a atual situação no sistema carcerário do estado do Maranhão.

    O juiz informou que o  Maranhão responde por cerca de 1% dos presos no país, mas tem quase dez vezes mais mortes que a média brasileira, que já é absurda.

    No ano passado foram registradas 60 mortes nas unidades prisionais do estado, maior registro de homicídios no sistema carcerário do Brasil no ano de 2013. Neste ano, dois detentos já foram assassinados.

    Douglas Martins pontuou algumas medidas emergenciais que devem ser adotadas para atenuar o problema.  “Em primeiro lugar, deve-se  cumprir o prazo de seis meses para construir 11 unidades prisionais e realizar concurso público para aparelhar o sistema prisional”.

    Segundo o juiz, os agentes penitenciários são funcionários terceirizados e ganham pouco, o que propicia a corrupção dos mesmos.

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    Duas mulheres são presas com celulares e drogas em revista em Pedrinhas

    Na manhã deste sábado (11), mais duas mulheres foram presas no Complexo Penitenciário de Pedrinhas Elas tentavam levar objetos e drogas para detentos.

    Foram presas pelo Batalhão de Choque: Victoria de Moura Silva, que  tentava levar para o esposo que está detido no Presídio São Luís I 5 chips de celular, e Valquíria Silva dos Santos, que tentou entrar no Complexo com 4 celulares, 10 chips e 3 carregadores de celular, além de 4 trouxas de cocaína.

    As duas mulheres foram conduzidas ao Plantão da Vila Embratel.

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    Fogem mais cinco internos da Funac

    Unidade da Funac no VinhaisUnidade da Funac no Vinhais

    A crise no sistema de segurança do estado não se restringe só aos presídios. As fugas nos Centros de Ressocialização estão ocorrendo com maior frequência.

    Na última terça-feira (7), sete adolescentes fugiram do Centro de Ressocialização Alto da Esperança, no bairro do Anjo da Guarda, área Itaqui-Bacanga. Durante a fuga internos promoveram uma briga e um ficou ferido. Monitores do local estão assustados.

    Nesta sexta-feira uma nova fuga foi registrada, desta vez no Centro de Juventude Canaã, unidade de internação provisória da Funac (Fundação da Criança e do Adolescente), no Vinhais.

    Entre os internos que fugiram hoje está Tiaguinho, apontado autor da morte de um frentista de um posto de combustível no Bairro do São Raimundo no ano passado.

    Com duas fugas registradas em menos de uma semana, já  totalizam doze adolescentes foragidos de Unidades da Funac somente em São Luís. No início da semana nove internos empreenderam fuga na unidade da Funac em Imperatriz, a segunda maior cidade do estado.

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    MA registra 1 de cada 4 homicídios em prisões no país em 2013

    O Maranhão concentra um de cada quatro casos de homicídios em unidades prisionais em 2013 no país. Levantamento feito por jornalistas do G1 pelo Brasil* mostra que 219 mortes violentas foram registradas no período; só o Maranhão contabiliza 58. O dado é quase cinco vezes o registrado no estado em 2012 (12 casos).

    O sistema prisional do Maranhão, que tem 4.663 detentos para 3.421 vagas, segundo dados de 2013 do governo estadual, enfrenta uma crise. Brigas de facções têm provocado uma onda de mortes no principal complexo prisional, o de Pedrinhas, que registra quase todos os casos do ano passado. Na quarta-feira (8), a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que o Brasil apure as recentes violações de direitos humanos e os atos de violência em Pedrinhas.

    A onda de ataques teve início na sexta (3) após uma operação da Tropa de Choque no complexo penitenciário. Ônibus foram incendiados e delegacias foram alvo de tiros em São Luís. Em um dos atentados a coletivos, uma menina de 6 anos, que teve 95% do corpo queimado, morreu após ficar internada em um hospital da capital.

    A governadora Roseana Sarney disse que serão criadas 2,8 mil vagas no sistema carcerário do Maranhão e que não vê necessidade de uma intervenção. Ela atribuiu ainda a onda de violência no Maranhão ao aumento da população e ao fato de o estado estar mais rico. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado, no entanto, é o segundo pior do Brasil.

    Nesta quinta (9), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou a elaboração de um plano emergencial para tentar diminuir a violência no sistema carcerário do estado. Ao todo, serão 11 medidas. Entre elas, está a criação de um comitê gestor, gerido pela governadora e supervisionado pelo governo federal, que prevê ações integradas entre Executivo, Legislativo e Judiciário.

    O número de mortes nas unidades prisionais do país impressiona. Fazendo uma comparação, é como se o país tivesse registrado dois massacres do Carandiru no ano (111 detentos morreram, segundo dados oficiais, em 1992 na cadeia de São Paulo, que já foi implodida).

    O estado que aparece em segundo lugar na lista de homicídios em presídios é justamente São Paulo, com 22 registros. Logo depois está o Amazonas, com 20. Alagoas e Goiás têm 17 cada um e Ceará, 14.

    O levantamento, realizado junto aos governos estaduais, inclui todos os estados do país, com exceção da Bahia, que diz que não é possível fazer aferir o dado antes da próxima terça-feira (14). No entanto, vários incidentes foram registrados durante o ano no estado, incluindo uma briga de detentos durante um banho de sol que deixou um morto. Um preso também foi assassinado por um colega em fevereiro. O dado de mortes, portanto, é ainda maior.

    O governo do Rio Grande do Sul diz que nenhuma das 113 mortes em presídios do estado está relacionada a homicídios. O juiz da Vara de Execuções Criminais já contestou o dado oficial, dizendo que há mortes violentas em Porto Alegre. Além disso, em março, detentos morreram baleados no estado. Em novembro, um detento morreu com 30 facadas.

    Dados apurados pelo G1 apontam ainda para 128 mortes em 2012 (Bahia, Amazonas, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins, no entanto, não responderam à solicitação desse número).

    Em oito estados, houve aumento no número de mortes nos presídios. Em sete deles, houve menos registros. Em cinco, o número permaneceu o mesmo.

    Durante 2013, foram registrados ainda 80 motins ou rebeliões nos presídios do país. O Pará responde por quase dois terços das ocorrências: 51.

    Veja o número de homicídios nos presídios do país em 2013:

    Acre – 3
    Alagoas – 17
    Amapá – 2
    Amazonas – 20
    Bahia – não tem o levantamento
    Ceará – 14
    Distrito Federal – 0
    Espírito Santo – 2
    Goiás -17
    Maranhão -58
    Mato Grosso – 1
    Mato Grosso do Sul – 0
    Minas Gerais – 9
    Pará – 5
    Paraíba – 6
    Paraná – 7
    Pernambuco – 10
    Piauí – 6
    Rio de Janeiro – 7
    Rio Grande do Norte – 1
    Rio Grande do Sul – 0
    Rondônia – 0
    Roraima – 2
    Santa Catarina – 1
    São Paulo – 22
    Sergipe – 2
    Tocantins – 7
    TOTAL – 219

    Do G1 Maranhão

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    Bandidos armam plano para matar coronel Ivaldo Barbosa

    Do Blog do Luis Pablo

    Foi descoberto um grande plano de execução arquitetado por bandidos contra o Comandante de Policiamento Especializado (CPE), coronel Ivaldo Barbosa.

    Segundo informações, coronel Ivaldo seria eliminado por criminosos, que andam revoltados com a atuação do CPE nas ruas e nos presídios do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

    O Comando de Policiamento Especializado é uma especie de “BOPE do Maranhão” – Batalhão de Operações Policiais Especiais, que combate as facções criminosos que se instalaram no Estado.

    Com a descoberta do plano de execução, a polícia pretende fechar o cerca cada vez mais contra os líderes das facções criminosas.

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    Mais duas mulheres são presas tentando levar droga e equipamentos para detentos em Pedrinhas

    Duas  mulheres foram detidas nesta quarta-feira (09) no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, durante vistorias, quando pretendiam  entrar com drogas e equipamentos.Foram presas Bruna Freire e Raimunda Pacheco dos Santos. As duas pretendiam entrar na unidade prisional com drogas, 12 chips, 10 cartões de memória e um par de brincos de ouro.

    Os objetos e a droga seriam entregues ao companheiro de Bruna, Anderson Bruno Santos Lima, que está detido no presídio São luís II. Bruna e Raimunda foram conduzidas ao 12° Distrito Policial, no Maracanã.

    Ontem (08), uma mulher identificada como Francineide Lavra também foi presa durante revistas quando tentava levar para o seu companheiro oito serras, dois aparelhos celulares e mais 0,5 kg de maconha.

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