Conversei agora a pouco com a secretária de Segurança Cidadã, Eurídice Vidigal. Ele informou que o comando de greve dos policiais civis aceitou a proposta do Governo do Estado, que será apreciada às 17hs pela assembléia geral.
Isto significa dizer que a greve termina ainda hoje. A população, ainda assustada com o tumulto, agradece.
Pela proposta do governo, os policiais terão reajuste salarial de 9%, recebimento de uma só vez, a partir de terça-feira, em folha suplementar, a soma de 9% de junho a setembro. E o mais importante: reuniões quinzenais para discutir a co-gestão e acompanhamento do sistema de segurança.
Enfim, prevaleceu a maturidade e o bom senso.
Soube, por volta das 19h ontem que, assim como o professor Odair José, presidente do Sinproessemma, que comandou a longa greve dos professores da rede estadual de ensino, dois líderes grevistas da polícia civil são candidatos a vereador em 2008.
César Bombeiro, líder dos agentes penitenciários, e Amon Jersey, dos agentes civis, entrarão na disputa eleitoral. Espera-se que a greve não sirva como trampolim para as eleições do próximo ano.
O processo de enxugamento da folha da Assembléia Legislativa para que a Casa possa se adequar ao que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal, passa por, pelo menos, 300 exonerações.
A medida atingirá os 42 gabinetes parlamentares, incluindo a presidência da AL.
Ficou acertado que os assessores dos deputados receberão as gratificações que foram cortadas na folha de setembro. Algo em torno de R$ 30 mil para cada gabinete. O dinheiro deve ser creditado amanhã.
Mas, a partir de agora, as gratificações serão cortadas em definitivo. Ou seja: a Assembléia Legislativa não precisará mais desembolsar R$ 1,2 milhão por mês para aumentar a renda dos deputados, digo, dos seus assessores.
O diretor do Sinpol, advogado Ronald Ribeiro, avisou, agora a tarde, que não é recomendável que a greve dos policiais civis entre pelo final de semana. Ou seja: não estaremos seguros nem mesmo trancados em nossos lares, isto porque as rebeliões e os motins nos presídios e delegacias podem resultar na fuga da massa perigosa de bandidos.
Hoje, pela manha, nem bem terminava uma rebelião no décimo segundo distrito, se iniciava outra na Delegacia de Roubos e Furtos. O estrago, em ambas distritais, foi incalculável.
Pior: só na Roubos e Furtos, a delegada informou agora a pouco que não sabe para onde transferir 51 presos, todos de alta periculosidade, porque a delegacia ficou literalmente quebrada e há risco de nova rebelião, com dificuldades de contorná-la. Pior ainda: as outras distritais estão superlotadas. Tem gente escapando pelo ladrão.
O Governo do estado precisa levar o assunto a sério e sentar com os dirigentes do movimento. Afinal, a sociedade ficou exposta e tudo pode acontecer. Os grevistas devem entender que não se pode radicalizar neste momento quando estão em risco milhares de famílias. É preciso diálogo, maturidade e, sobretudo, bom senso. Olhem, em primeiro lugar, para as nossas vidas.
O presidente da Assembléia Legislativa não tem outra saída a não ser exonerar parte de servidores do quadro de comissionados, um número bastante elevado. A medida foi tomada depois de intensa e forte pressão dos deputados que querem garantir as gratificações de seus assessores. Só em gratificação eles alegam que perderam R$ 30 mil cada.
Por outro lado, Evangelista está sendo obrigado a adequar a Assembléia Legislativa ao que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. Como os deputados não aceitam enxugar suas gorduras, o jeito é demitir comissionados, boa parte comparece para trabalhar.
Caso a Mesa Diretora da Assembléia Legislativa leve em frente as demissões e se o critério favorecer a quem trabalha, a maioria dos assessores dos deputados estará no dia seguinte no olho da rua. São 42 deputados que detém, ao todo, 800 assessores em cargos de confiança. Ou seja, 19 pessoas para cada um.
Os efetivos não chegam a 700, mas apenas 316 batem o ponto no local de trabalho. Amanha acontecerá nova reunião entre os deputados para desatar o nó da questão.
Inicio hoje, atendendo a diversos pedidos, o meu blog. Com 28 anos de jornalismo, por acaso na cobertura política, confesso que ainda sou aprendiz. E quem não é? A história se repete, mas os detalhes, as formas, os atos, os fatos, os “jeitinhos”, ainda surpreendem. Por isso, espero contar com a compreensão dos novos e, sobretudo, dos velhos leitores. Sem mais conversa, vamos ao que interessa:
Em todas as eleições das quais tem participado em São Luís, João Castelo tem sempre 30% da preferência do eleitorado. Nas majoritárias o resultado mostra que Castelo tem lugar cativo na memória da população da capital. Nas proporcionais, tem saído eleito para deputado federal sem precisar recorrer à avalanche de votos que ainda mantém no interior do Maranhão.
Ainda assim, se quiser disputar a sucessão de Tadeu Palácio , não terá o apoio da Frente de Libertação do Maranhão, que ajudou construir com seu projeto derrotado de voltar ao Senado Federal. Nem Jackson Lago e muito menos Tadeu Palácio irão apoiá-lo em 2008. É fato.
O governador decidiu apoiar o candidato que for indicado pelo prefeito de São Luís, apesar da reação dos históricos do PDT. O acordo (peço que não implorem para revelar o local) teve como testemunhas uma garrafa e meia de vinho francês, dos bons.
Jackson Lago, assim como indicou Sandra Torres vice na chapa da reeleição de Tadeu, espera que o PDT aponte o nome para compor a vice do candidato do atual prefeito. Nomes não faltam.
O prefeito de São Luís, escudado pela aprovação de mais de 65% da população, quer as duas vagas. E tem os dois nomes. Canindé Barros procurou abrigo no PSL e Clodomir Paz permaneceu no PDT. Um pode ser o vice do outro. Uma chapa cabelo, barba e bigode.
Embora tenha dado o pontapé inicial para expulsar de campo o grupo Sarney do comando político do Maranhão, o ex-governador José Reinaldo Tavares não agrada aos dois governantes: Jackson Lago e Tadeu Palácio.
Não há compromisso, mas querem elegê-lo senador em 2010.
A imprensa local, incluindo, por descuido, o Jornal A tarde, não divulgou uma linha sequer sobre um figurão que foi preso por roubar energia elétrica da Cemar. Ele é auditor fiscal da receita estadual. Amanhã daremos os nomes aos bois.
+ de R$ 50 mil de verba indenizatória, + de R$ 14 mil de vencimentos, 10 ISOs (cargos isolados) no valor de R$ 45 mil hoje (após o corte das gratificações), e + 9 assessorias com gratificações de 100%. Estão todos reclamando de barriga cheia.
Por hoje é só! Não posso estragar ou antecipar todas as informações. Amanhã será um novo dia, ou melhor, uma outra tarde. Que Deus proteja a todos nós!