Papa chega ao Brasil para Jornada Mundial da Juventude

    papa

    O avião do papa Francisco pousou às 15h43 desta segunda-feira na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. O pontífice foi recepcionado pela presidente Dilma Rousseff, que esperava o chefe da Igreja Católica em frente à escada da aeronave. O ministro das Comunicações, Paulo Bernado, e Marta Suplicy, da Cultura, além de outras autoridades, estavam no local.

    Centenas de pessoas aguardavam no saguão e em galerias montadas na base aérea. A cerimônia de boas-vindas foi simples, como solicitado pelo Papa, que seguiu em carro comum, de janelas abertas, pelas ruas da capital fluminense. O Papa Francisco está no Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, que começa amanhã e vai até domingo.

    Da base aérea, o Papa segue para a Catedral Municipal, no centro do Rio. A população se aglomera ao longo das vias para saudar o pontífice, que percorrerá no veículo um trajeto de 1,5 km. Depois, ele segue para o Teatro Municipal e, logo depois, de helicóptero, segue para o Palácio da Guanabara, onde encontra novamente com presidente Dilma Rousseff.

    Pelo menos, um milhão e meio de peregrinos devem acompanhar o papa nesta segunda-feira.

    Pelo menos um milhão e meio de peregrinos devem acompanhar o papa nesta segunda-feira. Centenas de pessoas cercaram o veículo na Avenida Presidente Vargas, para tocar as mãos do pontífice, que manteve o vidro do carro aberto, causando um pequeno tumulto. O motorista foi orientado a aumentar a velocidade do automóvel para evitar a aglomeração, mas o veículo está parado na avenida Presidente Vargas

    Catedral lotada

    A Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro está lotada por dentro e por fora de peregrinos e fiéis à espera do papa Francisco. Enquanto aguardam, peregrinos de língua espanhola entoam cânticos no microfone do altar. Dentro da catedral, a maioria das bandeiras empunhadas são de países da América Latina, principalmente da Argentina.

    Aguarde mais informações

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    Homenagem ao Dia do Homem – 15 de julho

    Poema do Homem Só
    Sós,

    irremediavelmente sós,

    como um astro perdido que arrefece.

    Todos passam por nós

    e ninguém nos conhece.

    Os que passam e os que ficam.

    Todos se desconhecem.

    Os astros nada explicam:

    Arrefecem

    Nesta envolvente solidão compacta,

    quer se grite ou não se grite,

    nenhum dar-se de outro se refracta,

    nehum ser nós se transmite.

    Quem sente o meu sentimento

    sou eu só, e mais ninguém.

    Quem sofre o meu sofrimento

    sou eu só, e mais ninguém.

    Quem estremece este meu estremecimento

    sou eu só, e mais ninguém.

    Dão-se os lábios, dão-se os braços

    dão-se os olhos, dão-se os dedos,

    bocetas de mil segredos

    dão-se em pasmados compassos;

    dão-se as noites, e dão-se os dias,

    dão-se aflitivas esmolas,

    abrem-se e dão-se as corolas

    breves das carnes macias;

    dão-se os nervos, dá-se a vida,

    dá-se o sangue gota a gota,

    como uma braçada rota

    dá-se tudo e nada fica.

    Mas este íntimo secreto

    que no silêncio concreto,

    este oferecer-se de dentro

    num esgotamento completo,

    este ser-se sem disfarçe,

    virgem de mal e de bem,

    este dar-se, este entregar-se,

    descobrir-se, e desflorar-se,

    é nosso de mais ninguém.

    Por Antônio Gedeão

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    Militares derrubam presidente do Egito, Mohammed Mursi

    imagesAs Forças Armadas do Egito anunciaram nesta quarta a destituição de Mohammed Mursi, primeiro presidente do Egito a ser eleito, democraticamente, depois da derrubada do ditador Hosni Mubarak.

    Os militares anunciaram a suspensão da Constituição, aprovada em dezembro de 2012, e suspenderam a constituição. O chefe da Corte Constitucional foi anunciado como presidente durante o período de transição, que deve ser breve, e deverá anunciar as próximas eleições.

    A manobra foi feita após um ultimado de 48 horas dado pelos militares para que Mursi e a oposição resolvessem a crise deflagrada após uma série de protestos, que levou milhões às ruas do país, contra o governo.

    Mursi e outros membros da Irmandade Muçulmana, grupo ao qual é filiado, foram proibidos de viajar.

    (Com informações da Folha)

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    Fim de semana teve manifestações pelo mundo em apoio aos protestos no Brasil

    Milhares de brasileiros pelo mundo foram às ruas para apoiar os protestos no BrasilMilhares de brasileiros pelo mundo foram às ruas para apoiar os protestos no Brasil

    Pelo menos 11 manifestações pelo mundo foram realizadas durante este fim de semana em apoio aos protestos no Brasil. Os organizadores foram às ruas mesmo após a reivindicação inicial — a queda das passagens do transporte público — ter sido atendida em diversas cidades brasileiras.

    No sábado (22), seis manifestações aconteceram na Europa, todas organizadas por meio do Facebook. Nas páginas dos seis atos, mais de 11 mil pessoas já tinham confirmado presença até o final da tarde da sexta-feira (21).

    Somente na França, quase 7.000 pessoas saíram às ruas de Paris  O encontro foi na Praça de La Nation. Em Haia, na Holanda, a manifestação foi realizada próximo ao Parlamento Holandês.

    Na cidade alemã de Köln, uma passeata foi confirmada . Houve uma manifestação também em Lyon, na França.

    Em Atenas, na Grécia, em Atlanta, nos Estados Unidos, a concentração também foi no sábado, seguida da fabricação dos cartazes que foram levados em uma caminhada pelas ruas da cidade.

    No domingo (23), outras cinco manifestações foram realizadas: duas na Austrália — em Adelaine e Brisbane —, uma na cidade de Milão (Itália), uma em La Corunha (Espanha) e uma em Denver (Estados Unidos).

    Fonte: R7

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    ‘Maioria silenciosa do Brasil parece ter encontrado sua voz’, diz editorial do ‘The New York Times’

    Clarice Cudischevitch – O Estado de S. Paulo

    Um editorial publicado no jornal norte-americano “The New York Times” na quinta-feira, 20, intitulado “Despertar social no Brasil”, afirma que os protestos que se espalham pelo País não deveriam causar surpresa. Segundo o texto, apesar de o Brasil ter conquistado muitas realizações nas últimas décadas, como uma economia mais forte e eleições democráticas, “ainda há uma grande distância entre as promessas dos governantes políticos de esquerda e as duras realidades do dia a dia fora da elite política e empresarial”.

    O editorial ressalta que o Banco Mundial lista o Brasil como a sétima maior economia do mundo, mas que o País tem uma das piores classificações em rankings de igualdade de renda e de habilidades de leitura e matemática. Além disso, menciona que seus principais políticos foram flagrados em esquemas de desvios de dinheiro público.

    “Não é de se admirar que a taxa de transporte público aumente a indignação das classes pobre e média, que estão sobrecarregadas por um sistema tributário regressivo”, afirma o texto. “Não é de se admirar que os gastos esbanjados em estádios de futebol para a Copa do Mundo, enquanto a educação pública continua gravemente subfinanciada, tornaram-se um grito de guerra.”

    O editorial destaca que a presidente Dilma Rousseff tem tentado responder aos manifestantes, declarando que o desejo de mudança é bem-vindo, e que alguns governantes reverteram o aumento das passagens.

    “A maioria silenciosa do Brasil parece estar encontrando sua voz política”, finaliza o texto. “Srta. Rousseff, que concorre à reeleição no próximo ano, terá que enfrentar novas demandas com conteúdo, bem como simpatia.”

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    Camarotes do estádio de DF terão centenas de políticos e assessores

    Dominada por monumentos do poder, sem grande tradição no futebol, mas com o estádio mais caro da competição, Brasília assiste hoje à abertura da Copa das Confederações da Fifa com centenas de políticos e assessores nos camarotes da arena.

    Erguido ao custo de mais de R$ 1,2 bilhão –o orçamento estourou o previsto–, o Mané Garrincha, ao qual a Fifa se refere oficialmente como Estádio Nacional de Brasília, deverá ter lotação máxima: 70 mil espectadores.

    Todos os ingressos de Brasil x Japão foram vendidos. Este será o primeiro jogo oficial de Luiz Felipe Scolari no comando da seleção brasileira nesta segunda passagem do técnico pela equipe.

    A presidente Dilma Rousseff e o mandatário da Fifa, Joseph Blatter, estarão entre as principais personalidades presentes à partida, que começa às 16h.

    Na briga por espaço nos camarotes, os ministros Guido Mantega (Fazenda) e José Eduardo Cardozo (Justiça), entre outras autoridades e parlamentares, pediram ingressos para o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP), segundo a Folha apurou.

    O parlamentar atuou como agente informal da CBF, intermediando os pedidos de convite de autoridades. Outras figuras, entretanto, ficarão fora, como o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e o do Senado, Renan Calheiros.

    Informações: Folha de São Paulo

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    Tarifas de hotéis para Copa têm que ser revistas, diz ministério

    O secretário-executivo do Ministério do Turismo, Valdir Moysés. (Foto: Darlan Alvarenga/G1)O secretário-executivo do Ministério do Turismo,
    Valdir Moysés. (Foto: Darlan Alvarenga/G1)

    Darlan Alvarenga
    Do G1, em São Paulo

    O secretário-executivo do Ministério do Turismo, Valdir Moysés, afirmou nesta quinta-feira (13) que as tarifas cobradas pela rede hoteleira brasileira para o período da Copa do Mundo de 2014 terão de ser revistas sob pena do Brasil não conseguir atrair os 600 mil estrangeiros esperados para o evento.

    “A tarifa que se pretende cobrar no Brasil é o dobro do que se cobrou na Copa da África do Sul, em dólar, e uma vez e meia a que se cobrou na Alemanha”, afirmou o secretário, citando levantamento divulgado na quarta-feira pela Embratur apontando uma alta de até 376% no preço médio das diárias para o período do Mundial.

    “Estas tarifas têm que ser revistas. Estamos conversando com a Match [Match Services, empresa parceira da Fifa responsável por contratar quartos de hotéis para a Copa] para ver se conseguimos baixar estes preços”, disse Moysés, em entrevista ao G1, após participar de encontro sobre investimentos no setor hoteleiro, em São Paulo.

    Segundo ele, o governo já acionou a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para que sejam verificadas e apuradas eventuais práticas de abusos.

    “Não temos nada conclusivo ainda. O fato é que está caro e o preço pode afugentar as pessoas que querem viajar para o Brasil”, diz o secretário. “Nossa determinação é não interromper o diálogo com o setor. Mas persistindo esta exorbitância que salta aos olhos o que podemos fazer é acionar os órgãos de defesa do consumidor”, explicou.

    Segundo ele, hoje, o preço das diárias é a maior preocupação do governo no que diz respeito à oferta hoteleira. “A tarifa hoteleira no Brasil é mais cara, comparativamente a de outros países, em qualquer época. Em alguns casos, chega a um extremo de tarifas que são impagáveis”, avaliou.

    Em comunicado divulgado na segunda-feira (10), as principais associações do setor hoteleiro informaram que a política de tarifas é regida pela oferta e procura. Segundo a nota, as tarifas praticadas durante a Copa das Confederações e Copa do Mundo “se encontram dentro de uma margem perfeitamente aceitável e justa”, levando em conta o padrão dos hotéis, qualidade dos serviços, localização e a alta demanda gerada pelos eventos.

    “Eventuais distorções podem estar fora desse contexto que engloba grande parte dos empreendimentos hoteleiros envolvidos”, diz o comunicado assinado pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) e Resorts Brasil.

    Copa das Confederações
    No que diz respeito à Copa das Confederações, o secretário avalia que houve uma acomodação mais justa das tarifas após a pressão feita pelo governo. Ele lembrou, entretanto, que para o evento são esperadas cerca de 20 mil estrangeiros, número que corresponde a apena 2% dos torcedores dos jogos.

    “98% do público será de brasileiros e mais de 80% de pessoas que estão em um raio de até 200 km das cidades que receberão os jogos. Não estamos tendo problema de acomodação para nenhuma cidade”,  disse.

    Enquanto o governo ainda negocia a redução das tarifas cobradas para a Copa, a orientação do ministério é que para que o turista pesquise bastante e avalie também a oferta de meios de hospedagem mais baratos, fora da rede hoteleira tradicional.

    “Há aqueles que são espertos, que querem ganhar num curto espaço de tempo. Mas tem também aqueles que praticam tarifas menores”, concluiu o secretário.

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    Um poema para a mulher amada

    flor-borboleta1[1]BILHETE

     Se tu me amas, ama-me baixinho

    Não o grites de cima dos telhados

    Deixa em paz os passarinhos

    Deixa em paz a mim!

    Se me queres, enfim, tem de ser bem devagarinho,

    Amada, que a vida é breve, e o amor mais breve ainda…

                                                                                              Mario Quintana

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    ‘Me sinto uma rainha’, diz brasileira professora no país nº 1 em educação

    Formada pela UFBA, Luciana Pölönen dá aulas há três anos na Finlândia. Pais no Norte da Europa em a melhor educação do mundo.

    G1

    Luciana Pölönen dá aulas de português em Espoo, na Finlândia .Luciana Pölönen dá aulas de português em Espoo, na Finlândia .

    País com a melhor educação do mundo, a Finlândia tem entre os seus professores da rede pública uma brasileira. Luciana Pölönen, de 26 anos, nasceu em Salvador (BA), é formada em letras pela Universidade Federal de Bahia (UFBA) e se mudou para Finlândia em 2008, com objetivo de fazer mestrado. Desde 2010, compõe o corpo docente finlandês. No país, no Norte da Europa, encontrou mais do que emprego, e sim, a valorização da profissão de lecionar.

    “Eu me sinto como uma rainha ensinando aqui. Ser professor na Finlândia é ser respeitado diariamente, tanto quanto qualquer outro profissional!”, afirma a brasileira, que se casou com um finlandês, tem uma filha de três anos, Eeva Cecilia, e está grávida à espera de um menino. “Aqui na Finlândia o sistema é outro, o professor é o pilar da sociedade.”

    A comparação com sua experiência escolar no Brasil é inevitável. “No Brasil só dei aulas em cursos, mas estudei em escola pública, sei como é. Sofria bullying, apanhava porque falava o que via de erradoe os professores não tinham o respeito dos pais”, diz Luciana.

    A professora Luciana com seu diário de classe finlandês.A professora Luciana com seu diário de classe finlandês.

    Por quatro anos consecutivos, a Finlândia ficou entre os primeiros lugares no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que mede a qualidade de ensino. Durante visita em São Paulo, na semana passada, a diretora do Ministério da Educação e Cultura, Jaana Palojärvi, disse que o segredo do sucesso do sistema finlandês de ensino não tem nada a ver com métodos pedagógicos revolucionários, uso da tecnologia em sala de aula ou avaliações nacionais. O lema é treinar o professor e dar liberdade para ele trabalhar.

    Luciana aprova o método. Há dois anos dá aulas na Escola Europeia de Helsinque, capital da Finlândia, de nível fundamental e médio e há um ano leciona português em uma escola de ensino fundamental em Espoo, cidade próxima à capital. “Dou aula de português porque toda criança falante de duas línguas tem o direito ao ensino de uma língua estrangeira na escola. Ou seja, todos os filhos de brasileiros têm direito ao ensino de português como língua mãe.”

    Para conseguir a vaga, a brasileira passou por avaliação do histórico escolar da universidade, enviou uma carta pessoal em que expôs suas intenções, e enfrentou uma entrevista, uma espécie de prova oral feita em inglês.

    Com o trabalho nas duas escolas, Luciana ganha 2.500 euros, o equivalente a R$ 6.500. Luciana tem contrato temporário porque ainda não finalizou o mestrado, termina a dissertação no fim do ano, por isso há uma redução no salário de 15% e de tarefas extras.

    “Tenho total liberdade para avaliar meu aluno, tenho a lista de coisas de que ele tem de aprender até o fim do ano, mas como vou fazer fica a meu critério. Não preciso aplicar prova a toda hora, nem justificar nada para o coordenador”, afirma. “Temos cursos de aperfeiçoamento sem custo, descontos em vários lugares com o cartão de professor, seguro viagem, entre outros.”

    Para Luciana, os alunos aprendem porque há um comprometimento deles, dos pais e da comunidade. “Eles aprendem o respeito desde pequenos, a honestidade vem em primeiro lugar. As pessoas acreditam umas nas outras e não é necessário mentir. Um professor quando adoece pode se ausentar até três dias. Funciona muito bem.”

    Tradução e aula particular

    Logo chegou à Finlândia, Luciana trabalhou como analista de mídia. Depois, em 2010, antes de atuar na rede de ensino pública, conciliava trabalhos de tradução e de professora particular. “Se aparecesse um trabalho para fazer limpeza, eu toparia sem problemas, desde que fosse honesto. Mandava currículo para algumas empresas, mas nunca era chamada. Pensei em omitir minha formação [em letras, pela UFBA], caso não arrumasse nada.”

    Luciana voltou a trabalhar quando a filha tinha apenas um mês. Era um trabalho de tradução que às vezes fazia de casa ou ia até a empresa que ficava próxima à sua casa. Escapava para amamentar no intervalo do café. “Aqui a licença maternidade dura três anos, as pessoas achavam um absurdo eu trabalhar com uma filha de um mês. Na verdade faz parte da educação deles, hoje eu entendo mais.”

    O respeito pelo próximo também é algo muito enraizado na cultura do finlandês. Luciana diz que diferente do Brasil, nunca sentiu preconceito na Finlândia por ser negra ou estrangeira. “Aqui as pessoas não parecem notar a cor de pele do outro contanto que exista respeito mútuo.”

    Casos de violência ou bullying são muito raros nas escolas. “Foram cinco casos de violência no ano, mas para eles é um absurdo, não deveria acontecer. Eles sempre têm um plano para cada tipo de aluno, não é uma única forma para a classe inteira. No final, todos alcançam o mesmo objetivo.”

    Diferenças

    Luciana Pölönen se mudou para a Finlândia em 2008 e se tornou professora.Luciana Pölönen se mudou para a Finlândia em 2008 e se tornou professora.

    Na Finlândia, o professor é proibido por lei de encostar no aluno. Nem mesmo para dar um abraço. Luciana soube disso durante a aula de inglês, no estágio, em uma atividade onde alunos precisam demonstrar sentimentos numa espécie de encenação teatral e ela “relou” em uma aluna. A classe toda ficou estática, espantada.

    Hoje, Luciana se acostumou à cultura. “Acho que acostumei, nunca gostei muito de abraçar as pessoas se não houvesse um motivo muito importante para isso. Talvez esse seja o motivo de eu ter me acostumado aqui.” O frio também não lhe causa incômodo, nem mesmo a temperatura de 25 graus negativos que já encarou. Para a baiana, não há problemas desde que esteja com a roupa apropriada para manter o corpo aquecido.

    Planos para o Brasil

    No fim do ano, Luciana vai aproveitar as férias para voltar ao Brasil para visitar a família. Durante a temporada de dois meses pretende fazer workshops em escolas sobre o sistema de educação finlandês. “Gostaria de ajudar os professores de alguma forma, com treinamento, é o que eu devo para o meu país. Minha parte é tentar ajudar da maneira que eu posso.”

    Para ela, a receita da Finlândia para ter uma educação nota 10, baseada na simplicidade, daria certo no Brasil se “as pessoas parassem de esperar ações do governo e agissem com as próprias mãos.” “Gostaria que minha filha visse meu país diferente e eu não tivesse de pagar uma mensalidade de 2 a 3 mil reais [caso morasse no Brasil] em uma escola particular para oferecer a ela uma educação de qualidade.”

    Se o abraço tão habitual no Brasil não lhe faz falta e o frio não a incomoda, Luciana sente saudades de gargalhar com os amigos, de se deliciar com a comida da minha mãe, conversar a avó, escutar músicas com a tia e assistir Fórmula 1 com o pai. “Matamos as saudades via Skype ou quando alguns parentes visitam a Finlândia.”

    Luciana Polonen é destaque em blog voltado para a comunidade acadêmica da Finlândia.Luciana Polonen é destaque em blog voltado para a comunidade acadêmica da Finlândia.

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    Te cuida, Ceuma! Fama/Pitágoras se une à Anhanguera e forma o maior grupo educacional do mundo

    Atual7

    fama-faculdade-atenas-maranhense-kroton-pitagorasApós unirem os negócios para criar o maior grupo de ensino do mundo [em número de alunos e em valor de mercado], Anhanguera e Kroton – rede de ensino privado que comprou a Faculdade Atenas Maranhense (Fama), por R$ 31,6 milhões, no final de maio de 2012 – estimam que a fusão trará economias de escala de R$ 150 milhões a R$ 300 milhões para a empresa combinada.

    Além do Maranhão, a Kroton tem forte presença no Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e Paraná. A Anhanguera está mais estabelecida em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

    Na empresa resultante, 73% da receita virá do ensino superior em campus, 23% do ensino superior em polos associados e 4% de educação básica. Os acionistas da Kroton terão 57,5% da empresa, enquanto os da Anhanguera ficarão com 42,5%. O presidente será Rodrigo Galindo, atual presidente da Kroton. O grupo terá cerca de 800 unidades de ensino superior e 810 escolas associadas.

    A fusão, anunciada em 22 de abril deste ano, ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade). A nova companhia englobará um universo de aproximadamente um milhão de alunos.

    Caso o Cade aprove o acordo, a fusão das duas maiores companhias de ensino de capital aberto do país criará uma gigante com valor de mercado de cerca de R$ 12 bilhões. Segundo Gabriel Mário Rodrigues, sócio da Anhanguera, principal articulador da fusão e presidente do conselho de administração da empresa consolidada, a integração deve durar por volta de dois anos.

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