O secretário-executivo do Ministério do Turismo, Valdir Moysés. (Foto: Darlan Alvarenga/G1)O secretário-executivo do Ministério do Turismo,
Valdir Moysés. (Foto: Darlan Alvarenga/G1)

Darlan Alvarenga
Do G1, em São Paulo

O secretário-executivo do Ministério do Turismo, Valdir Moysés, afirmou nesta quinta-feira (13) que as tarifas cobradas pela rede hoteleira brasileira para o período da Copa do Mundo de 2014 terão de ser revistas sob pena do Brasil não conseguir atrair os 600 mil estrangeiros esperados para o evento.

“A tarifa que se pretende cobrar no Brasil é o dobro do que se cobrou na Copa da África do Sul, em dólar, e uma vez e meia a que se cobrou na Alemanha”, afirmou o secretário, citando levantamento divulgado na quarta-feira pela Embratur apontando uma alta de até 376% no preço médio das diárias para o período do Mundial.

“Estas tarifas têm que ser revistas. Estamos conversando com a Match [Match Services, empresa parceira da Fifa responsável por contratar quartos de hotéis para a Copa] para ver se conseguimos baixar estes preços”, disse Moysés, em entrevista ao G1, após participar de encontro sobre investimentos no setor hoteleiro, em São Paulo.

Segundo ele, o governo já acionou a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para que sejam verificadas e apuradas eventuais práticas de abusos.

“Não temos nada conclusivo ainda. O fato é que está caro e o preço pode afugentar as pessoas que querem viajar para o Brasil”, diz o secretário. “Nossa determinação é não interromper o diálogo com o setor. Mas persistindo esta exorbitância que salta aos olhos o que podemos fazer é acionar os órgãos de defesa do consumidor”, explicou.

Segundo ele, hoje, o preço das diárias é a maior preocupação do governo no que diz respeito à oferta hoteleira. “A tarifa hoteleira no Brasil é mais cara, comparativamente a de outros países, em qualquer época. Em alguns casos, chega a um extremo de tarifas que são impagáveis”, avaliou.

Em comunicado divulgado na segunda-feira (10), as principais associações do setor hoteleiro informaram que a política de tarifas é regida pela oferta e procura. Segundo a nota, as tarifas praticadas durante a Copa das Confederações e Copa do Mundo “se encontram dentro de uma margem perfeitamente aceitável e justa”, levando em conta o padrão dos hotéis, qualidade dos serviços, localização e a alta demanda gerada pelos eventos.

“Eventuais distorções podem estar fora desse contexto que engloba grande parte dos empreendimentos hoteleiros envolvidos”, diz o comunicado assinado pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) e Resorts Brasil.

Copa das Confederações
No que diz respeito à Copa das Confederações, o secretário avalia que houve uma acomodação mais justa das tarifas após a pressão feita pelo governo. Ele lembrou, entretanto, que para o evento são esperadas cerca de 20 mil estrangeiros, número que corresponde a apena 2% dos torcedores dos jogos.

“98% do público será de brasileiros e mais de 80% de pessoas que estão em um raio de até 200 km das cidades que receberão os jogos. Não estamos tendo problema de acomodação para nenhuma cidade”,  disse.

Enquanto o governo ainda negocia a redução das tarifas cobradas para a Copa, a orientação do ministério é que para que o turista pesquise bastante e avalie também a oferta de meios de hospedagem mais baratos, fora da rede hoteleira tradicional.

“Há aqueles que são espertos, que querem ganhar num curto espaço de tempo. Mas tem também aqueles que praticam tarifas menores”, concluiu o secretário.


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