Parabéns duas guerreiras

    A Champagne Cheers!Hoje comemora-se no mundo inteiro dois dias especiais: das Mães e das Enfermeiras.

    Tenho o maior carinho e amor pela duas. Uma me deu a vida e a outra oxigenou meus primeiros momentos.

    Dona Maria da Conceição, minha mãe, avó de lindos e adorados netos, não encontra-se mais entre nós.

    Mas a sua presença espiritual nos conforta tanto quanto a ausência física. Minha mãe morou 20 longos anos em São Paulo, mas veio passar seus últimos três anos aqui comigo.

    Mamãe, a exemplo de todas que nos cercam, era só amor e preocupação que nos fazem existir e saber que é maravilhoso ser útil em toda a vida.

    Ynahê, minha filha querida, estudante de enfermagem no Ceuma, outra guerreira que sabe conciliar os cuidados de ser mãe com as afazeres universitários.

    Duas mulheres que adoro e que merecem ser homenageadas neste dia com o belo poema abaixo de Carlos Drumond de Andrade

    Para Sempre

    Por que Deus permite
    que as mães vão-se embora?
    Mãe não tem limite,
    é tempo sem hora,
    luz que não apaga
    quando sopra o vento
    e chuva desaba,
    veludo escondido
    na pele enrugada,
    água pura, ar puro,
    puro pensamento.

    Morrer acontece
    com o que é breve e passa
    sem deixar vestígio.
    Mãe, na sua graça,
    é eternidade.
    Por que Deus se lembra
    – mistério profundo –
    de tirá-la um dia?
    Fosse eu Rei do Mundo,
    baixava uma lei:
    Mãe não morre nunca,
    mãe ficará sempre
    junto de seu filho
    e ele, velho embora,
    será pequenino
    feito grão de milho.
    Carlos Drummond de Andrade

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    Jornalismo se tornou uma profissão perigosa no Brasil

    jornalista1Somente em 2012, cinco profissionais da imprensa foram assassinados no Brasil, de acordo com o site Reporteros sin Fronteras, tornando-se o quarto país mais perigoso para se trabalhar como jornalista no mundo.

    As vítimas foram: Eduardo Carvalho, jornalista da Ultima Hora News ,foi morto no dia 21 de novembro. Valério Luiz de Oliveira, da Rádio Jornal 820 AM, foi assassinado no dia 5 de julho. Décio Sá, do jornal / Blog do Décio, morto no dia 23 de abril. Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, do jornal Jornal da Praça, foi morto em 12 de fevereiro e Mário Randolfo Marques Lopes, da Vassouras na Net, foi morto em 9 de fevereiro.

    Já este ano, em apenas quatro meses, dois jornalistas foram assassinados. Tendo como vítimas Rodrigo Neto de Faria, da Rádio Vangarda AM / Vale do Aço e Mafaldo Bezerra Goes da FM Rio Jaguaribe.

    Um dos motivos para tantos crimes é o envolvimento do jornalista com reportagens investigativas, que muitas vezes, acabam criando conflitos com pessoas envolvidas em ações criminosas. Estes, por sua vez, revidam as denuncias de forma violenta, chegando até mesmo a encomendar assassinatos contra esses profissionais.

    (Com informações do Imirante)

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    Papa Francisco beijará os pés de 12 jovens presos

    Cjpaz

    presc3addio (2)Papa Francisco realizará uma importante cerimônia na semana na capela de um reformatório juvenil, e não no Vaticano ou numa basílica romana onde a celebração já aconteceu no passado, disse o Vaticano nesta quinta-feira.

    Na tarde da Quinta-Feira Santa, o papa conduzirá a missa de lava-pés no Casal del Marmo, prisão para menores delinquentes nos arredores de Roma.
    Durante a cerimônia, o papa lava e beija os pés de 12 pessoas, evocando o gesto de humildade de Jesus com seus apóstolos na noite que antecedeu à crucificação.

    Até onde se tem registro, todos os papas anteriores realizaram a celebração na basílica de São Pedro, no Vaticano, ou na basílica de São João Latrão, que é a catedral do papa na sua condição de bispo de Roma.

    Quando era arcebispo de Buenos Aires, o então cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio –eleito papa na semana passada sob o nome de Francisco– costumava realizar a celebração do lava-pés em uma prisão, hospital, asilo para idosos ou com os pobres.

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    Argentina vê Francisco como delator de irmão torturado

    Folha de São Paulo

    Papa Francisco IPapa Francisco I

    O papel que Jorge Mario Bergoglio desempenhou no sequestro e na tortura pela ditadura militar argentina (1976-1983) do padre Orlando Yorio ainda está por ser decifrado.

    Que o agora papa Francisco use seu irrestrito poder na igreja para liberar documentos que esclareçam definitivamente qual foi sua atuação durante o regime militar é uma exigência de Graciela Yorio, 67, irmã do padre.

    “Não quero sujar a imagem do papa. Que ele desfrute de seu poder. Mas exijo que a igreja nos ajude a encontrar a verdade”, afirma a argentina à Folha, em entrevista concedida em sua casa, no extremo norte de Buenos Aires.

    Particularmente, Graciela está convicta de que Bergoglio delatou seu irmão aos militares como sendo próximo à militância de esquerda, rotulando-o de “guerrilheiro”.

    Essa suspeita levou à prisão de Yorio, que foi torturado no principal centro clandestino de detenção em Buenos Aires durante a ditadura, a Esma (Escola de Mecânica da Marinha). “Meu irmão não tinha dúvidas sobre isso. E eu acredito em meu irmão”, afirma Graciela.

    Yorio passou cinco meses em poder dos militares, a partir de maio de 1976. Relatou ter sido encapuzado, ameaçado de fuzilamento, amarrado a uma cama, privado de alimentação e do uso do banheiro.

    “Assim como muitas outras pessoas que viveram o trauma da tortura, que deixa sequelas no corpo e na alma, Orlando morreu prematuramente [em 2000, aos 67, vítima de infarto]”, diz Graciela.

    Na época da detenção de Yorio, que havia sido professor de teologia de Bergoglio, o papa exercia a liderança dos jesuítas em Buenos Aires.

    Graciela diz que “em algum lugar têm que estar os informes” de como a igreja atuou em relação à detenção do irmão. Cita Santo Agostinho: “Ele dizia que primeiro vem a verdade, depois, a compaixão”. Apesar da referencia católica, a irmã de Yorio afirma que, desde a eleição de Bergoglio como papa, pretende desistir da fé.

    “Essa igreja não me representa mais. Tenho um profundo sentimento de injustiça.” Ela conta que, ao ouvir o anúncio do sucessor de Bento 16, esmurrou as paredes de sua casa, num ataque de raiva.

    Parte da opinião publica argentina acredita que tenha sido a suspeita de cumplicidade de Bergoglio com a ditadura que determinou a sua derrota na sucessão de João Paulo 2º.

    A versão foi insinuada em audiência da causa Esma –que investiga os crimes da ditadura no centro de detenção– na qual Bergoglio foi ouvido, em 2010, sobre a prisão e tortura de Yorio e do húngaro-argentino Francisco Jalics.

    Bergoglio não apenas negou que os tenha delatado, como relatou ter pedido sua soltura ao regime. Afirmou também haver tomado providências para garantir a segurança de Yorio após a libertação.
    Ele afirmou que Yorio e Jalics eram adeptos da Teologia da Libertação, mas ressalvou que eram “equilibrados e ortodoxos e seguiam a linha das instruções da Santa Sé”.

    Bergoglio admitiu ter tomado conhecimento de que Yorio o acusava de delação, mas ressaltou que obteve essa informação de terceiros.

    “Jalics foi com quem pude conversar mais, nas vezes que veio [a Buenos Aires], sempre com uma atitude muito compreensiva. Ele não quer recordar essa época, deu-a por superada”, disse Bergoglio no depoimento à Esma. “Nenhum dos dois nunca me disse que eu poderia ter feito mais. Não me recriminaram.”

    Sobre a acusação de Yorio, afirmou: “Considero-a condicionada ao sofrimento que ele teve de passar”.

    Ontem, Graciela viu na declaração do Vaticano de que há uma campanha difamatória contra o papa um recado a ela. “Não tenho o respaldo de nenhum partido. Aqui o que existe é uma família em busca da verdade.”

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    Brasil perde o papado para a Argentina

    PAPAA Igreja Católica confirmou às 20h14 (16h14 de Brasília) desta quarta-feira (13) quem é seu novo papa: o cardeal Jorge Mario Bergoglio da Argentina, foi o escolhido para suceder Bento 16 no conclave que começou na terça-feira (12) e terminou hoje, às 19h07 (15h07 de Brasília), quando a fumaça branca tomou a praça São Pedro, após cinco escrutínios. Ele escolheu o nome de Francisco I, alcunha que jamais fora usada.

    O nome do novo papa foi revelado após o famoso “Anuntio vobis gaudium, habemus Papam”, feito pelo cardeal francês Jean-Louis Tauran.

    Fontes policiais dão conta de que cerca de 10 mil pessoas estão na praça São Pedro, no Vaticano.

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    Morre, aos 58 anos, o presidente da Venezuela Hugo Chávez

    Ele lutava contra um câncer desde 2011 e passou por tratamento em Cuba. Governante foi um dos mais destacados e controversos da América Latina.

    G1

    Chávez em cerimônia durante um de seus retornos de Cuba. Foto: EFEChávez em cerimônia durante um de seus retornos de Cuba. Foto: EFE

    O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, morreu na tarde desta terça-feira (5), aos 58 anos, na capital Caracas. Ele lutava contra um câncer desde junho de 2011 e, após realizar um tratamento em Cuba contra a doença, havia voltado ao país natal em fevereiro deste ano.

    Chávez foi um dos mais destacados e controversos líderes da América Latina. Desde que assumiu o comando da Venezuela, em 1999, o militar da reserva promoveu mudanças à esquerda, na política e na economia. Ele nacionalizou empresas privadas, atribuiu ao Estado atividades essenciais, além de mudar a Constituição, o nome, a bandeira e até o fuso horário do país (1h30 a menos que o horário de Brasília).

    Chávez foi reeleito pela primeira vez em 2006, com mais de 62% dos votos, e novamente em 2012, com 54%.

    Ele tentou chegar ao poder pela primeira vez em 1992 através de uma tentativa fracassada de golpe de Estado, que fez com que fosse preso. Em 2002, já no comando do país, sofreu um golpe de Estado que o tirou do poder por quase 48 horas. Foi restituído por militares leais, com a mobilização de milhares de seguidores.

    A Venezuela, que é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), possui uma economia dependente das exportações do combustível, tendência que Chávez queria mudar com a entrada do país no Mercosul. O país tem 30 milhões de hectares de terras cultiváveis, mas importa até 70% dos alimentos que consome. A população é de quase 29 milhões de habitantes.

    Em abril de 2012, Chávez parte novamente para Cuba ao lado da filha Rosa Virgínia. Foto: APEm abril de 2012, Chávez parte novamente para Cuba ao lado da filha Rosa Virgínia. Foto: AP

    Doença
    Desde que foi reeleito mais uma vez, em outubro de 2012, o líder venezuelano apareceu em público poucas vezes, a maioria delas para liderar conselhos de ministros no Palácio de Miraflores. Chávez também deixou de utilizar frequentemente sua conta na rede social Twitter.

    A falta de informações e detalhes sobre a doença e a presença menos frequente de Chávez em eventos desde que anunciou a luta contra o câncer alimentaram os rumores de que seu estado de saúde poderia ser mais grave do que o governo queria divulgar.

    Em 10 de junho de 2011, a imprensa venezuelana noticiou que Hugo Chávez havia passado por uma cirurgia de emergência em Cuba devido a um problema na região pélvica. Rumores sobre a doença circularam nos dias seguintes, mas o governo venezuelano negou que se tratasse de um tumor.

    Em 30 de junho, no entanto, o presidente confirmou que havia sido operado em razão de um câncer. Não foram revelados maiores detalhes sobre a doença.

    Chávez voltou à Venezuela dias depois e voltaria a Cuba nos meses seguintes para sessões de quimioterapia. Em agosto de 2011, apareceu com o cabelo raspado: “É meu novo visual”, disse.

    Em outubro do mesmo ano, após fazer exames médicos em Cuba, o governante declarou-se livre do câncer. “O novo Chávez voltou […] Vamos viver e vamos continuar vivendo. Estou livre da doença”, afirmou, fardado e eufórico.

    Hugo Chávez chegou a dizer que o câncer, que atingiu cinco líderes sul-americanos – entre eles a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula – teria sido induzido pelos Estados Unidos. “Não seria estranho se tivessem desenvolvido uma tecnologia”, disse.

    Em fevereiro de 2012, ele anunciou que seria operado novamente por uma lesão na mesma região em que teve o tumor removido. A cirurgia também ocorreu em Cuba e, posteriormente, ele passou por tratamento de radioterapia.

    Hugo Chávez usa binóculos dados por vice-premiê bielo-russo, Vladimir Semashko, em Caracas, em junho de 2012. Foto: APHugo Chávez usa binóculos dados por vice-premiê bielo-russo, Vladimir Semashko, em Caracas, em junho de 2012. Foto: AP

    Em julho, quando era candidato à reeleição, o presidente voltou a dizer que havia vencido a batalha contra o câncer. Aos opositores, Chávez dizia que seus problemas de saúde não o impediriam de vencer a eleição que poderia mantê-lo no poder até 2019.

    Em novembro, após vitória nas urnas, a Assembleia Nacional autorizou a viagem de Chávez a Cuba para receber terapia hiperbárica, um tratamento complementar comum em pacientes que receberam radioterapia.

    Em dezembro, Chávez anunciou que voltaria a Cuba para ser submetido a uma nova cirurgia devido ao retorno do câncer. Ele designou o vice, Nicolás Maduro, como o eventual sucessor se não fosse capaz de voltar ao poder. Foi a primeira vez que Chávez admitiu, publicamente, que a doença poderia impedi-lo de seguir à frente do país.

    Após a realização da cirurgia, foi Maduro quem passou a fazer relatos do estado de saúde de Hugo Chávez. A oposição criticava o governo, acusando-o de sonegar informação sobre a real situação do mandatário.

    Chávez não conseguiu tomar posse de seu novo mandato, em 10 de janeiro. Após disputa judicial, o Tribunal Superior de Justiça entendeu que a presença dele não era necessária, e que uma posse formal poderia ocorrer em outra data a ser marcada posteriormente.

    Em 18 de fevereiro, surpreendendo a todos, Hugo Chávez anunciou, pelo Twitter, que estava voltando à Venezuela. Ele foi diretamente para um hospital militar na capital Caracas.

    Trajetória
    Hugo Rafael Chávez Frías nasceu em 28 de julho de 1954, em Sabaneta, estado de Barinas, no oeste do país. Filho de professores, ele casou e se divorciou por duas vezes. Tem quatro filhos – duas mulheres e um homem do primeiro matrimônio, e uma menina do segundo – e três netos.

    Militar reformado, Chávez entrou para a política depois de uma fracassada tentativa de golpe de Estado que o levou à prisão, em 1992.

    Desde que venceu as primeiras eleições presidenciais, em 1999, com a promessa de pôr fim à “partidocracia corrupta” em que o governo havia se transformado e de distribuir a renda do petróleo entre os setores excluídos da sociedade, o presidente assumiu um estilo único de fazer política.

    Ele chegou ao poder em fevereiro daquele ano como o 47º presidente da Venezuela, jurando sobre uma Constituição que ele afirmou estar “moribunda”.

    Entre suas primeiras decisões, proibiu que o Departamento Antidrogas dos Estados Unidos fizesse sobrevoos no país e, anos mais tarde, em 2008, expulsou o embaixador americano.

    No final de 1999, alcançou o seu objetivo de mudar a carta magna da Venezuela e iniciar o que chamou de “Revolução Bolivariana”.

    Crises políticas
    Chávez enfrentou momentos difíceis no poder, como quando, depois de vários dias de greves nacionais, em 11 abril de 2002, sofreu um golpe de Estado que o tirou do poder por quase 48 horas. Após tumultos e 19 mortes, o líder venezuelano foi restituído ao cargo por militares leais, com a mobilização de milhares de seguidores pelas ruas de Caracas.

    Naquele mesmo ano, uma greve liderada por trabalhadores, empregadores e contratados da estatal de petróleo de Venezuela paralisou a indústria vital para o país. A greve prolongou-se até fevereiro de 2003 e derrubou a produção petrolífera, impactando com força a economia.

    Os trabalhadores criticavam a implantação do projeto de “grande revolução bolivariana”, que atingiu proprietários de terras, produtores de combustíveis e bancos. O termo é referência ao líder revolucionário Simón Bolívar, responsável pela independência de vários países da América do Sul, em quem Chávez dizia se inspirar.

    Em 2004, após violentos protestos da oposição que deixaram outros nove mortos, Chávez submeteu-se novamente a um referendo público que o confirmou no poder.

    Reeleição em 2006
    Em 2006, em nova eleição presidencial, ele obteve 62% dos votos contra o opositor Manuel Rosales. No novo mandato, Chávez declarou a transformação da Venezuela em um Estado socialista.

    Durante este período, o militar reformado iniciava seu projeto de estatização da maioria das empresas venezuelanas, em setores cruciais como telecomunicações e eletricidade. Em maio de 2007, a Radio Caracas Television, emissora mais antiga da Venezuela, encerrou suas transmissões após não ter sua concessão renovada pelo governo.

    Iniciava-se também sua tentativa de reforma na Constituição, que permitira sua reeleição por tempo indefinido. Após uma primeira derrota, ocorrida no final de 2007, o projeto foi aprovado em referendo popular em fevereiro de 2009.

    Em 2010, Chávez sofreu sua primeira derrota nas urnas, em eleições legislativas. Apesar de ter obtido a maioria dos votos, seu partido não conseguiu dois terços da Assembleia Nacional venezuelana, objetivo necessário para facilitar a aprovação dos projetos do governo.

    Com uma manobra política, no entanto, conseguiu aprovar um dispositivo que o permitiu governar por mais seis meses por decretos de emergência.

    Entrada na Mercosul
    A Venezuela entrou oficialmente no Mercosul em 13 de agosto de 2012, depois de cerimônia simbólica em 31 de julho ocorrida em Brasília, com a presença de Hugo Chávez.

    O ingresso ocorreu após Brasil, Argentina e Uruguai suspenderem o Paraguai do bloco como sanção pelo impeachment do presidente Fernando Lugo. Em 22 de junho do ano passado, o Senado do Paraguai votou pela destituição de Lugo no processo político “relâmpago” aberto contra ele na véspera e encarado pela comunidade de países sul-americanos como golpe. O país vinha impondo o veto à entrada da Venezuela no grupo.

    “Faz tempo que a Venezuela devia entrar no Mercosul. Mas como está escrito na Bíblia, tudo o que vai ocorrer sob o sol tem sua hora”, disse Chávez à ocasião. “Nos interessa muito sair do modelo petroleiro, impulsionar o desenvolvimento agrícola da Venezuela […] Temos disponíveis mais de 30 milhões de hectares para o desenvolvimento da agricultura”, afirmou.

    O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota, disse em setembro de 2012 que “houve unanimidade no Mercosul e Unasul para a suspensão do Paraguai. O que reforçou a suspensão foi o fato de todos os países, como gesto de repúdio, retiraram seus embaixadores, o que não ocorreu em Caracas, na Venezuela”.

    Com o ingresso da Venezuela, o Mercosul passou a contar com população de 270 milhões de habitantes, ou 70% da população da América do Sul. Segundo o Ministério de Relações Exteriores brasileiro, o PIB do bloco será de US$ 3,3 trilhões (83,2% do PIB sul-americano), com território de 12,7 milhões de km² (72% da área da América do Sul).

    Reeleição em 2012
    Em 7 de outubro, Chávez derrotou Henrique Capriles Radonski, mesmo com uma campanha limitada, e garantiu novo mandato, o quarto consecutivo, até 2019, prometendo “radicalizar” o programa socialista que vinha implantando no país.

    O presidente teve cerca de 54% dos votos, contra 45% do oponente, e o comparecimento às urnas foi de quase 81%. Dilma disse na ocasião que a vitória foi um “processo democrático exemplar”.

    Durante a campanha, Chávez pediu a vitória para tornar “irreversível” o seu sistema socialista e acelerar o Estado comunista, algo que os críticos veem como uma nova manobra para concentrar mais poder em suas mãos. Ele não hesitou em falar em uma “ameaça de guerra civil” caso o rival ganhasse as eleições.

    Capriles foi o primeiro adversário a ter chances reais de derrotar Hugo Chávez, ao capitalizar o descontentamento acumulado durante os mandatos do presidente. Em conversa com o G1 na época, ele disse que seguiria o modelo brasileiro caso fosse eleito.

    Além de ser comandante-em-chefe das Forças Armadas e presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), com maioria na Assembleia Nacional, Hugo Chávez também controlava a mídia estatal.

    Política externa
    A política externa foi inspirada pelo líder cubano Fidel Castro e marcada por críticas contra o “imperialismo” dos Estados Unidos, país que ele acusa de ser responsável pelo breve golpe que sofreu em 2002 e por questões que vão desde a mudança climática até uma suposta tentativa de assassiná-lo.

    Durante sua gestão, Hugo Chávez reforçou a cooperação com seus aliados de esquerda na América Latina como Bolívia, Equador, Nicarágua, além de tecer parcerias com os governos polêmicos de Irã, Síria, Belarus, Líbia, entre outros. Ele foi pragmático o suficiente, entretanto, para continuar a vender diariamente para os Estados Unidos um milhão de barris de petróleo.

    Com os seus “petrodólares”, estabeleceu iniciativas regionais como o grupo de coordenação política Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e subsidiou o petróleo da Petrocaribe, aliança entre alguns países do Caribe com a Venezuela.

    O presidente venezuelano tratava outros líderes internacional com intensidade, respeito ou desprezo, chegando a dizer que havia sentido cheiro de “enxofre” na tribuna da Assembleia Geral da ONU, em 2007, após ter passado pelo então presidente americano, George W. Bush, que já foi chamado por Chávez de bêbado e genocida.

    Barack Obama, a quem Chávez parabenizou pela eleição em 2008, foi taxado mais tarde de “farsante”. Quando Obama foi reeleito em outubro deste ano, o venezuelano disse desejar que o americano “se dedique a governar seu país, deixando de invadir povos e desestabilizar países”.

    Chávez tinha apreço especial por Lula e Dilma devido ao histórico de combate dos brasileiros durante a ditadura militar. “Eu e Lula somos irmãos. Somos mais que irmãos. Somos, como já disse Fidel Castro, esses tipos que andam por aí fazendo coisas, como Dilma, Cristina [Fernandez, presidente da Argentina], Néstor [Kirchner, ex-presidente argentino]”, disse Hugo Chávez, durante a primeira visita oficial da presidente brasileira à Venezuela.

    Populismo
    Hugo Chávez manteve-se no poder graças à implementação das suas “missões”, programas sociais que melhoraram os níveis de educação e saúde públicas venezuelanas, embora a pobreza, o desemprego e a violência tenham se espalhado pelo país, que possui uma das maiores reservas de petróleo da região.

    Sua popularidade contrastava com a rejeição vinda da classe média, afetada pelas restrições econômicas impostas em nome da revolução e por políticas de desapropriação de empresas privadas.

    Seu discurso beligerante polarizou a sociedade ao demonizar os oponentes e queimar todas as pontes de entendimento com a outra metade do país – politicamente, uma estratégia muito rentável, admitem fontes próximas ao governo.

    Viciado em comunicação, convocava constantemente a cadeia nacional de rádio e TV para longos discursos, além de comandar por muito tempo o programa semanal “Alô, Presidente”, no qual discutia suas ideias políticas, recebia convidados para entrevistas, entregava obras públicas e até vendia eletrodomésticos chineses com preços subvencionados pelo governo.

    Tornou-se também um grande usuário do Twitter, onde reunia milhares de seguidores, mas diminuiu o uso do microblog após a eleição de 2012.

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    Meteorito cai na Rússia, deixa quase mil feridos e causa pânico

    Número foi informado por governador da região de Cheliabinsk. Vítimas tiveram ferimentos causados por estilhaços de vidro.

    G1

    Rastro deixado pelo meteorito é visto no céu de Chelyabinsk, na Rússia. Foto: APRastro deixado pelo meteorito é visto no céu de Chelyabinsk, na Rússia. Foto: AP

    Cerca de 950 pessoas ficaram feridas em consequência de um meteorito que atravessou o céu sobre a Rússia nesta sexta-feira (15), lançando bolas de fogo na direção da Terra, quebrando janelas e acionando alarmes de carros, afirmou o governador da região de Cheliabinsk, Mikhail Yurevich, citado pela agência pública Ria Novosti.

    “O número de feridos é de 950”, declarou o governador. O balanço anterior era de mais de 500 feridos na região, muitos deles por estilhaços devido à quebra das janelas. Muitos feridos foram tratados por cortes superficiais e hematomas causados pelos vidros quebrados, afirmou a polícia local à agência RIA Novosti.

    O trânsito pela manhã foi detido subitamente na cidade de Cheliabinsk, nos Urais, enquanto o meteorito queimava parcialmente em sua queda ao ingressar na camada inferior da atmosfera sobre a cidade, iluminando o céu, segundo imagens exibidas pela televisão.

    Os primeiros relatórios afirmaram que uma parte do meteorito caiu a 80 km da cidade de Satki, que fica 100 km ao oeste do centro regional, mas isto não foi confirmado oficialmente.

    “Este meteorito foi um objeto bastante grande com uma massa de várias dúzias de toneladas”, calculou o astrônomo russo Serguei Smirnov, do Observatório Pulkovo, em uma entrevista ao canal Russia 24.

    Moradores que estavam a caminho do trabalho em Chelyabinsk ouviram um barulho que parecia ser de uma explosão, viram uma luz forte e sentiram uma onda de tremor, de acordo com um correspondente da Reuters na cidade industrial, que fica a 1.500 quilômetros de Moscou.

    O meteorito atravessou o horizonte, deixando um longo rastro branco em seu caminho que podia ser visto a até 200 quilômetros de distância, em Yekaterinburgo. Alarmes de carros soaram, janelas quebraram e telefones celulares tiveram o funcionamento afetado pelo incidente.

    “Eu estava dirigindo para o trabalho, estava bem escuro, mas de repente veio um clarão como se fosse dia”, disse Viktor Prokofiev, de 36 anos, morador de Yekaterinburgo, nos Montes Urais. “Me senti como se estivesse ficado cego pela luz”, acrescentou.

    Não foram relatadas mortes em consequência do meteorito, mas o presidente Vladimir Putin, que nesta sexta recebe ministros da Fazenda dos países do G20, e o primeiro-ministro Dmitry Medvedev foram notificados sobre os acontecimentos.

    Não há informações sobre a relação da queda do meteorito com a passagem, nesta sexta, de um asteroide de 50 metros de comprimento a 27.700 km acima da superfície da Terra. A distância é menor do que a órbita dos satélites de comunicação.

    Alguns veículos da imprensa chegaram a informar que uma chuva de meteoritos teria caído sobre os Urais.

    “Não foi uma chuva de meteoritos, mas um meteorito que se desintegrou nas camadas baixas da atmosfera”, disse à agência “Interfax” a porta-voz do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, Elena Smirnij.

    Elena acrescentou que a onda expansiva provocada pela queda do corpo celeste quebrou as janelas de “algumas casas na região”.

    O ministério das Situações de Emergência disse que os níveis de radiação na região não mudaram e que 20 mil socorristas foram enviados para ajudar os feridos e localizar os que precisam de ajuda.

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    Veja o vídeo que mais bombou na internet em 2012

    O clipe do cantor sul-coreano Psy para ‘Gangnam Style’ se tornou um sucesso e entrou para o livro ‘Guiness World Records’ como o vídeo que foi mais curtido no YouTube.

    Desde os tempos de ‘Macarena’ não se via uma coreografia tão copiada em todo mundo. Assista ao vídeo e tente não passar o dia cantando ‘Ei sexy lady, Oppan Gangnam style’.

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    Homens planejavam capturar, castrar e matar Justin Bieber, diz jornal

    Do Bom Dia Brasil

    Justin Bieber faz show para emissora de rádio em Los Angeles. Foto: Christopher Polk/AFPJustin Bieber faz show para emissora de rádio em Los Angeles. Foto: Christopher Polk/AFP
    Uma história de arrepiar: a polícia americana descobriu um plano com detalhes para captura, castração e assassinato do cantor canadense Justin Bieber e de seu guarda-costas, segundo informações do site do jornal britânico ‘The Independent’.

    Segundo relatos publicados pelo jornal, havia uma recompensa que prometia pagar US$ 2.500 por testículo de Bieber. A ideia supostamente veio de um homem chamado Dana Martin, atualmente cumprindo 978 anos de prisão por estupro e assassinato, que contratou dois outros homens para sequestrar o cantor durante a série de shows que ele fez em Nova York no mês passado.

    A polícia descobriu o plano após interceptar telefonemas entre os homens. Segundo o jornal, Martin é obcecado por Bieber e tem inclusive uma tatuagem do cantor em sua perna. O empresário de Justin Bieber soltou um comunicado à ‘Us Weekly’ afirmando que a equipe do músico ‘toma todas as precauções para proteger e garantir a segurança de Justin e de seus fãs’.

    Justin Bieber virou uma estrela mundial em 2009 com o hit ‘One Time’. Ganhou o prêmio de artista do ano no American Music Awards dois anos seguidos, em 2010 e 2012.

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    Michael Jackson morreu virgem

    Escritor Randall Sullivan escreve em novo livro que cantor nunca teve uma relação sexual.

    iG

    Em dezembro de 2003, as denúncias de que Michael Jackson teria abusado sexualmente de crianças levaram o Rei do Pop a ser preso, mas o cantor foi libertado após pagar fiança. Foto: ReutersEm dezembro de 2003, as denúncias de que Michael Jackson teria abusado sexualmente de crianças levaram o Rei do Pop a ser preso, mas o cantor foi libertado após pagar fiança. Foto: Reuters

    Lançada nos Estados Unidos, a biografia “Untouchable: The Strange Life and Tragic Death of Michael Jackson ” (“Intocável: A estranha vida e a trágica morte de Michael Jackson”, em português) afirma que o rei do pop, morto em 2009 , era virgem.

    Em suas páginas, o escritor Randall Sullivan, ex-editor da revista Rolling Stone, afirma que o cantor morreu sem ter feito relações sexuais. “De acordo com as evidências, ele morreu como um virgem de 50 anos, sem nunca ter mantido relações sexuais com homens, mulheres ou crianças. Esse estado de solidão foi responsável em grande parte por fazê-lo único como artista e tão infeliz como ser humano”.

    Apesar da polêmica, o autor não apresenta provas concretas que sustentem sua afirmação.

    De acordo com o jornal The New York Times, que resenhou a obra, o livro repassa outros momentos marcantes da carreira de Jackson sem acrescentar novas informações. Estão lá os dois processos sofridos pelo cantor, acusado de molestar uma criança em 1993 e outra em 2005, os relatos de abusos físicos e psicológicos impostos pelo pai durante sua infância, as dívidas adquiridas pela má gerência de seus bens e a dependência de drogas que resultaram em sua morte.

    Sobre as 50 apresentações marcadas da turnê “This Is It”, cujos vídeos de ensaios acabaram se tornando um documentário, Sullivan empresta palavras do produtor do show, Kenny Ortega, que colaborou com a biografia. De acordo com ele, as apresentações “não apenas ajudariam Jackson a equilibrar suas finanças, mas recuperariam sua dignidade como artista”.

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    Microsoft aposenta o MSN Messenger; usuários terão de ‘mudar’ para o Skype

    Serviço de mensagens será aposentado no primeiro trimestre de 2013. Veja como fazer a transição do MSN para o Skype.

    G1

    Skype agora permite login com conta de e-mail da Microsoft. Foto: Divulgação.Skype agora permite login com conta de e-mail da Microsoft. Foto: Divulgação.

    A Microsoft anunciou nesta terça-feira (6) que o MSN Messenger deixará de existir como é hoje e agora os usuários do serviço poderão usar o Skype para trocar mensagens. “Vamos aposentar o Messenger em todos os países [menos na China continental] no primeiro trimestre de 2013”, informou a companhia, por meio de comunicado. Também saem de uso aplicativos para celulares e tablets que permitam o uso do serviço.

    Tela de login do MSN Messenger, que será descontinuado bem 2013. Foto: ReproduçãoTela de login do MSN Messenger, que será descontinuado bem 2013. Foto: Reprodução

    Segundo a Microsoft, o esforço de integração dos dois serviços começou há algumas semanas, quando foi lançada uma nova versão do Skype, que permite que as pessoas se conectem ao Skype usando uma conta da Microsoft.

    Piero Sierra, diretor de administração de programas do Skype, conta que espera que os usuários possam fazer uma boa transição. “O Skype é bem fácil de usar, quando você entrar todos os seus contatos já vão estar lá e as funções dele são mais poderosas”.

    Além disso, o executivo destaca o fato de o Skype já pode ser usado em diversas plataformas de smartphones e tablets, além dos desktops. “Do Skype, você também pode ligar para telefones do ‘mundo real’”, brinca.

    Entenda a integração. A integração entre os dois serviços começou na terça-feira passada (6). A companhia afirma que os usuários do Messenger já podem instalar a versão mais recente do Skype e fazer o login com a conta da Microsoft. A empresa garante que os contatos do Messenger já estarão integrados ao Skype.

    “Se você já estava usando o Skype, pode conectar as duas contas [a do Skype e a do MSN] e juntar os contatos dos dois serviços”, explica Sierra. Ele conta que os contatos são integrados imediatamente. Já estando no Skype, o usuário pode se comunicar com seus amigos que já migraram ou com os que ainda estão no MSN.

    Novas funções. Com o novo Skype, os usuários terão acesso a funções como chamadas em vídeo para celulares, chamadas para amigos do Facebook, videoconferências em grupo e compartilhamento de tela.

    Desde o início do mês, a Microsoft já começou a divulgar o Skype para usuários do MSN no Brasil. “Vamos encorajá-los a tentarem por si mesmos. Acreditamos que a experiência é melhor”, explica Sierra.

    Sierra explica que a integração entre os dois serviços foi feita porque a Microsoft quer oferecer aos consumidores as “melhores funções”. Segundo ele, os times que cuidam dos dois serviços também passam a se integrar.

    Aposentadoria. A confirmação da aposentadoria do MSN vem depois de uma série de rumores sobre o assunto ter sido publicado.

    A companhia informa que o MSN tem mais de 30 milhões de usuários no Brasil – o país é o mercado número um do serviço, que tem mais de 100 milhões de usuários no mundo.

    Um estudo divulgado em julho pela E.life aponta que o MSN é o terceiro serviço mais usado pelos internautas brasileiros –apenas Facebook e Twitter são mais populares que ele. Para o levantamento foram entrevistadas 1.316 pessoas entre novembro de 2011 e fevereiro de 2012, segundo a E.life.

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