Com as contas já combalidas, agora os municípios estão diante de um enorme “presente de grego”. Cada cidade “agraciada” com uma Unidade de Pronto Atendimento-UPA, terá que desembolsar R$550 mil todos os meses para manter os serviços em funcionamento.
Em sessão realizada hoje pela manhã na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Neto Evangelista questionou a situação da saúde no Maranhão. Ele ressaltou a situação dos servidores públicos do estado que perederam seu hospital de referência, o Hospital do Ipem.
Em seu discurso, Neto ainda chamou atenção para a falta de planejamento das ações da Secretaria Estadual de Saúde que segundo ele, superfatura a construção das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), que são erguidas e inauguradas em todo o estado.
O problema é que tais obras, depois de prontas, são entregues a cada município, ficando a cargo destes, a sua mautenção, que gira em torno de R$ 900 mil por mês. E o estado repassa apenas R$50 mil para ajudar no pagamento dos plantões dos médicos.
Pense um pouco: como essas unidades e hospitais manterão seu funcionamento? Com que dinheiro as prefeituras, com seus escassos recursos, garantirão a manutenção dos serviços?
Neto Evangelista, ainda lembrou a contra-partida do Sistema Único de Saúde-SUS, que é de R$300 mil. Faça as contas: R$ 50 mil do governo do estado + R$ 300 mil do SUS = R$350 mil. Para R$ 900 mil, faltam R$550 mil, que devem vir dos cofres municipais.
Ou seja, a saúde do Maranhão vai de mau a pior. E vai ficar muito pior ainda. Cheia de elefantes brancos, repletas de equipamentos comparados bem acima do preço, e com o dinheiro público. Sem contar nos profissionais contratados, que ficarão sem ter como receber seus salários. Enquanto a população sofre sem médicos.
E tudo isso com a conivência de nossa governadora Roseana Sarney e seu cunhado, o Secretário de Saúde Ricardo Murad. Dias piores estão por vir. Ainda restam mais dois anos de governo. O legado está apenas começando.