A política tem dessas coisas que assustam até os mais experimentados cientistas e articulistas do setor. Em cidades como São Luís, os exemplos beiram ao absurdo.
O PT acaba de se entregar ao PCdoB para indicar o vice da chapa que terá como cabeça o deputado federal Flávio Dino. Argumento dos petistas: Dino tem mandato. Ora, ora, ora santa ignorância!
Sim, tem mandato de deputado federal, mas lhe resta aquilo que Bira do Pindaré, petista puro, tem: carisma e voto. Bira obteve mais de 150 mil votos só na capital, ganhando das duas mais sxpresivas lideranças em São Luís: do senador eleito Epitácio Cafeteira e de João Castelo.
Os votos dados ao Bira em São Luís representam a indignação do eleitor que cansou de votar nos mesmos, que opotou por alternativa mais jovem, que desejou mudanças. Na capital estavam a pedir votos para João Castelo o governador José Reinaldo Tavares, mais da metade dos vereadores, a maioria dos deputados estaduais, a maioria dos deputados federais eleitos, incluindo aí Flávio Dino, Pinto da Itamaraty, Julião Amin e outros não menos expressivos, além do próprio Castelo, é claro. Bira venceu!
Epitácio Cafeteira, é verdade, ganhou no voto o mandato de senador da República, mas perdeu para o Bira na capital. E olha que ao lado de Cafeteira estavam Roseana Sarney, João Alberto, Raimundo Cutrim Gastão Vieira e Pedro Fernandes. A resposta do eleitor em São Luís foi clara.
Acontece que o PT, por ser plural, tem desejos diversos e incontroláveis. Um balaio de gatos, como diria minha saudosa avó. O nome de Bira, quase dois anos da última eleição, permanece vivo na memória do eleitor da capital, tanto que ele aparece sempre em segundo ou terceiro lugar nas pesquisas. O nome de Flávio Dino não sai do sexto ou sétimo lugar, apesar de ser deputado federal e tem boa parte da mídia à sua disposição. Tem alguma coisa errada. Talvez. não! Afinal, estamos tratando do Partido dos Trabalhadores. Ou melhor: do PT de São Luís.
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