O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, afirmou nesta terça (16) que “em países em fase de consolidação constitucional, a reeleição funciona como a mãe de todas as corrupções”. A declaração foi feita durante palestra no 13º Congresso Internacional de Shopping Centers, em São Paulo, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.

De volta a eventos públicos após um período de quarentena fora do País, Barbosa argumentou que a possibilidade da reeleição dá margem para que o Executivo adote a política de troca de favores, como negociação de cargos e apoio a programas inadequados, com o objetivo de ampliar a base aliada. Uma alternativa, para o ex-ministro, seria a adoção de um único mandato mais longo, de cinco anos.

Em seu programa de governo, a candidata Marina Silva (PSB) defendeu o fim da reeleição e mandato de cinco anos. O tucano Aécio Neves também já se declarou favorável ao fim da reeleição, embora tenha se reeleito ao Governo de Minas Gerais, em 2006.

O lei que permite a reeleição para cargos executivos foi aprovada durante o primeiro mandato do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1997. Desde então, FHC e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram reeleitos, assim como grande número de governadores e prefeitos. Diante das diversas manifestações contrárias, FHC já disse ser favorável à manutenção da reeleição.

Sem citar nomes

Segundo informações do Estadão Conteúdo, Barbosa não citou o nome da presidente Dilma Rousseff (PT), que busca o segundo mandato, nem de outros candidatos. Em sua palestra, ele ponderou que a afirmação “não tem relação com qualquer caso concreto da atualidade”.

Na chegada ao evento, o ex-ministro do STF foi abordado por jornalistas sobre as eleições, mas ele preferiu não fazer comentários, sob a justificativa de que estava de férias na Argentina, sem acompanhar o andamento das campanhas.

Quando a palestra foi aberta a perguntas, veio da plateia o questionamento sobre o que fazer para convencer o ex-ministro a ser candidato à Presidência. “Vocês não têm nada a fazer. Está tão bom aqui fora”, disse, sorrindo. Perguntado ainda sobre qual o seu partido político preferido, respondeu que “não escolheria nenhum”. Ele foi aplaudido de pé por um público de cerca de 300 pessoas, tanto na abertura quanto no fim de sua apresentação.

O ex-ministro afirmou ainda que é otimista em relação ao Brasil e lembrou que houve avanços significativos nas últimas décadas, como alternância do poder e respeito às normas do Estado de direito. Por outro lado, criticou várias vezes o patrimonialismo, o nepotismo e a cultura do privilégio, representada pelo “jeitinho brasileiro”. “Eu sou otimista sobre o País. Vejo nossa situação como a fase mais importante de estabilização institucional da nossa história”, afirmou.

Fonte: Brasil Post


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