Deputada Gardênia Gonçalves (PSDB)

A deputada Gardênia Castelo (PSDB) fez um apelo, na tarde de ontem (10), para que as autoridades assegurem efetivamente o cumprimento da Lei Maria da Penha, criada para coibir violências contra a mulher.

“Faço este apelo porque acredito que se cada Poder constituído fizer a sua parte, se os governos, os Poderes Executivos, o Judiciário, o Ministério Público e esta Casa que pode contribuir sem dúvida. Será muito interessante para que a gente possa de fato combater essa praga que é a violência, e não é só a violência contra a mulher, mas a própria violência doméstica, e até mesmo a violência contra idosos, que ainda é muito recorrente”, afirmou a deputada.

Ela lembrou que a Lei Maria da Penha, decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de agosto de 2006, prevê o aumento no rigor das punições das agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar.

Ao proferir seu discurso, a deputada Gardênia Castelo leu matéria publicada no Jornal Pequeno sob o título “Falta de estrutura retarda a aplicação da Lei Maria da Penha”: Passados seis anos da promulgação da Lei Maria da Penha e embora o número de denúncias venha aumentando, a impunidade ainda é o maior obstáculo para a punição de agressores.

Sancionada em 2006 e considerada um modelo internacional de legislação de proteção à mulher, a lei, queleva o nome da ativista cearense que ficou paraplégica após ser baleada pelo marido, enfrenta a morosidade do Poder Público que ainda não empreendeu a estruturação da rede de atendimento à mulher prevista pela norma.

De acordo com uma reportagem da rede BBC, o serviço Ligue 180, implantado na mesma época da promulgação da lei, recebeu quase 3 milhões de ligações nos últimos seis anos, sendo 330 mil denúncias de violência. O dado é interpretado por especialistas como sinal da consolidação do canal e da cultura gerada pela lei.

Segundo a reportagem, entre os principais obstáculos estão a morosidade do Poder Judiciário, o machismo e o preconceito das autoridades e a insistência de magistrados em proceder com conciliações mesmo em casos flagrantes de agressão e abuso. De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Sangari, com base em dados obtidos de certidões de óbito da Organização Mundial de Saúde, o Brasil registrou mais de 90 mil mortes de mulheres vítimas de agressão nos últimos 30 anos. Em 1980, o índice era de 1.353 assassinatos por ano. Em 2010, a cifra aumentou para 4.297.

Gardênia Castelo leu trecho da reportagem que diz que o país ocupa atualmente o 7º lugar no ranking dos países com mais mortes de mulheres vítimas de agressão. A pesquisadora da USP Wania Pasinato, ouvida pela reportagem da BBC, afirma que a maioria das iniciativas para que a rede prevista na lei seja implantada e ampliada tem fracassado. Para a deputada, esta informação deve chamar a atenção das autoridades, para que a Lei Maria da Penha não se transforme em letra morta.


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