Já na iminência de sofrer impeachment, Collor participa da cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Telecomunicações Rurais, no Palácio do Planalto. Foto: Lula Marques / FolhapressJá na iminência de sofrer impeachment, Collor participa da cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Telecomunicações Rurais, no Palácio do Planalto. Foto: Lula Marques / Folhapress

Há exatos 20 anos, em 29 de setembro de 1992, a Câmara dos Deputados aprovava a perda do cargo do ex-presidente Fernando Collor de Mello, atualmente senador pelo PTB, o que o levaria à renúncia e perda dos direitos políticos por oito anos, sendo o primeiro mandatário a sofrer um impeachment no Brasil.

A votação, pela abertura do processo de crime de responsabilidade, somou 441 votos a favor, 38 contra, 1 abstenção e 23 ausências.

Acusado de corrupção passiva, Collor foi julgado pelo STF em dezembro de 1994. Entretanto, a maioria dos ministros entendeu que houve falta de provas e não ficou comprovado o chamado ato de ofício, quando um servidor público muda a sua postura em determinado ato mediante recebimento de vantagem financeira. Collor foi, então, absolvido.

Fernando Collor de Mello consultou várias vezes o relógio para anotar o horário exato em que assinaria sua saída da Presidência da República em 02/10/1992. Wilson Pedrosa/AEFernando Collor de Mello consultou várias vezes o relógio para anotar o horário exato em que assinaria sua saída da Presidência da República em 02/10/1992. Wilson Pedrosa/AE

Até a queda, foram meses de denúncias, de escândalos e de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou o apelidado “esquema PC Farias”, orquestrado pelo ex-tesoureiro da campanha de Collor, que praticava tráfego de influência no planalto.

PC Farias teria um fim trágico ao lado da namorada, Suzana Marcolino. Depois de ser preso e investigado, PC e a namorada foram mortos no dia 23 de junho de 1996.

Estudantes que ficaram conhecidos como os 'caras-pintadas' realizam manifestação pedindo o impeachment do então presidente da República, Fernando Collor de Mello. Foto: Carlos Rodrigues/AEEstudantes que ficaram conhecidos como os ‘caras-pintadas’ realizam manifestação pedindo o impeachment do então presidente da República, Fernando Collor de Mello. Foto: Carlos Rodrigues/AE

O processo de impeachment e a renúncia frustrada antes de perder os direitos políticos em 1992 não tiraram Collor de Mello da política. Depois de deixar o Palácio do Planalto em dezembro de 1992, Collor passou anos em Miami e, quando voltou ao Brasil, foi candidato a prefeito e governador antes de ser eleito senador da República por Alagoas, em 2007.

Collor foi o primeiro presidente eleito diretamente pelo povo depois da ditadura militar (1964-1985), em 1989.

Vinte anos depois do impeachment, Collor volta ao cenário político como senador por Alagoas. Foto: Wilson Dias/ABrVinte anos depois do impeachment, Collor volta ao cenário político como senador por Alagoas. Foto: Wilson Dias/ABr

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