Políticos e empresários, para legalizar os negócios escusos, criaram factoring.Políticos e empresários, para legalizar os negócios escusos, criaram factoring.

O prosseguimento das investigações sobre as ações de organizações criminosas que operam com agiotagem e outros crimes mais pesados trará dados estarrecedores.

A polícia já tem informações de envolvimento de políticos, como deputados e prefeitos, com agiotas. Aliás, tem ao menos dois parlamentares que emprestam dinheiro a juros absurdos para empresas e prefeituras.

Alguns políticos e empresários, para legalizar os negócios escusos, criaram factoring, empresas que emprestam dinheiro e cobram juros.

Ocorre, porém, que nos cofres das factoring de empresários e políticos dormem cheques de prefeitos e de seus familiares. Uma forma de garantir o recebimento daquilo que foi emprestado.

No caso específico do agiota Gláucio Alencar, a polícia encontrou em seu cofre talonários assinados por prefeitos e alguns por empresários. O volume maior é do prefeito de Bacabal, Raimundo Lisboa. São valores que ultrapassam a R$ 4 milhões.

O atual prefeito de Cururupu, Júnior Franco, também deve à organização e tem cheques em mãos da agiotagem. Mas nada se compara ao volume de débitos deixado pelo ex-prefeito daquela cidade.

Francisco Pestana saiu do cargo por medida judicial e agora não tem como pagar quase R$ 6 milhões espalhados em mãos de vários agiotas, incluindo Gláucio e Pacovan.

Se aprofundadas as investigações, a polícia vai encontrar cheques do prefeito de Zé Doca em poder da organização criminosa. Muitos dos agentes públicos acabam entregando bens, como casas e fazendas.

Mas o curioso, e aí a polícia descobrirá, é que as negociações com os prefeitos não envolvem apenas cheques. Na maioria das transações, o agiota fornece para as prefeituras merenda escolar, medicamentos e equipamentos hospitalares, além de material de construção, ou entram com construtoras para realização de obras superfaturadas.

A relação da agiotagem com os políticos começa bem cedo, muito antes do agente público assumir cargos. Eles pedem emprestado para a campanha e depois e um toma lá da cá sem fim.

Um negócio da china em que sai perdendo mesmo é a população.


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