Agenda de ex-diretor reforça suspeita de propinas a políticos

    Paulo Roberto CostaNa agenda pessoal de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás e primeiro delator da Operação Lava Jato, a Polícia Federal encontrou indícios que reforçam as suspeitas sobre o suposto repasse de recursos a políticos.

    São anotações manuscritas que se destacam em algumas páginas da caderneta de Costa, apreendida pela PF em março de 2014, na residência do ex-diretor, no Rio, quando foi deflagrada a missão que desmantelou esquema de corrupção na estatal petrolífera.

    Os registros são de 2010. À esquerda, uma coluna de números que, segundo o delator, sugerem valores em dinheiro. Na coluna à direita, iniciais que remetem a nomes de parlamentares citados pelo ex-diretor em seus depoimentos à força tarefa do Ministério Público Federal.

    Em troca de redução de pena, ou até mesmo o perdão judicial, Costa relatou como operava o esquema de corrupção na Petrobrás e citou 28 políticos como supostos beneficiários de dinheiro, inclusive para financiamento de campanhas eleitorais. Sua delação, realizada entre agosto e setembro, foi homologada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Costa apontou 8 políticos do PMDB, 10 do PP, 8 do PT, 1 do PSB e um do PSDB. Mencionou ex-ministros e um ministro do governo Dilma Rousseff (PT), deputados, senadores, ex-governadores e um governador.

    As iniciais lançadas na agenda de Costa se referem, segundo ele, a alguns desses políticos. Os investigadores da Lava Jato não puderam avançar na identificação completa dos nomes porque poderiam esbarrar em uma questão sensível do caso – autoridades com foro privilegiado não podem ser rastreadas, exceto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que detém competência exclusiva para processar parlamentares.

    Em uma página, aparece a sigla PP ao lado do número 28,5 – ou R$ 28,5 milhões, em uma avaliação preliminar dos investigadores. O PP dominava a Diretoria de Abastecimento, na gestão Costa. Ele foi indicado em 2004 para o posto por seu padrinho político, o ex-deputado José Janene (PP/PR), morto em 2010.

    Abaixo desse primeiro apontamento aparece o número 5,5, ou R$ 5,5 milhões, ao lado das letras Piz, uma referência ao sobrenome do deputado João Alberto Pizzolatti Jr (PP/SC), segundo o delator.

    Na linha seguinte, 5,0 Mn, supostamente Mário Negromonte, ex-ministro das Cidades do governo Dilma. Adiante, 4,0 e as letras Nel que, de acordo com Costa, é citação ao deputado Nelson Meurer (PP/PR). Há o lançamento 1,0 BL. iniciais do deputado Benedito Lira (PP/AL), 0,3 Tvian, ou Tião Viana, governador do Acre pelo PT, e, também, 0,5 WR que seria Valdir Raupp, segundo o delator.

    Anotações na agenda de CostaAnotações na agenda de Costa

    Costa afirmou não ter cuidado dos pagamentos dos políticos ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato. O juiz questionou Costa, em interrogatório, como ele sabia que os políticos recebiam valores do esquema que arrecadava de 1% a 3% dos contratos da estatal.

    “Esses políticos, por exemplo, esses agentes públicos, que eles recebiam a parcela deles, como é que o senhor tinha conhecimento sobre isso?”, perguntou o magistrado.

    “Nós tínhamos reuniões com uma certa periodicidade com esse grupo político, né? E essa periodicidade então se comentava “ó recebemos isso, recebemos aquilo”, etc”, respondeu Paulo Roberto Costa.

    O ex-diretor da Petrobrás citou então as anotações da agenda pessoal. “Na minha agenda que foi apreendida na minha residência, tem uma tabela que foi especificamente detalhada junto ao Ministério Público, e essa tabela revela vários valores de agentes políticos de vários partidos que foram, relativo à eleição de 2010. Essa tabela eu copiei no escritório do Alberto (Youssef), em uma reunião que eu tive lá com ele.”

    O ex-ministro Mário Negromonte negou que tenha recebido propina. “Jamais, zero, nunca Costa pode afirmar que fez negócios comigo. Durmo tranquilo.” O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse “nunca” ter pedido “um centavo” a Costa.

    O petista Tião Viana disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que “não conhece e nunca teve qualquer tipo de relação” com o ex-diretor. Pizzolatti, Meurer e Lira não foram localizados.

    Leia trechos do depoimento do doleiro Alberto Youssef à Justiça Federal 

    Defesa de Alberto Youssef: – As empresas sabiam que esses dinheiros, que esse dinheiro que estava sendo pago, também ia para agente público?
    Interrogado: – Sim.
    Defesa de Alberto Youssef: – Elas tinham convicção de que esse dinheiro ia financiar políticos e campanhas políticas.
    Interrogado: – Certamente. Sim, a resposta é sim.
    Defesa de Alberto Youssef: – Ou seja, esse esquema, me perdoe a expressão, mas já foi usada aqui, de propina, era também usado para financiar políticos brasileiros e o esquema de campanha de políticos.
    Interrogado: – A resposta é sim.
    Defesa de Alberto Youssef: – Em 2010 o senhor disse que esse esquema financiou campanhas políticas?
    Interrogado: – Sim.
    Defesa de Alberto Youssef: – Várias campanhas?
    Interrogado: – Várias.
    Defesa de Alberto Youssef: – Inclusive majoritárias?
    Juiz Federal: – Não, aí nós vamos entrar nessa questão, doutor. Não, nós estamos, não, aí…
    Defesa de Alberto Youssef: – Eu só disse a campanha, doutor, não disse de quem era.
    Juiz Federal: – Doutor, está indeferida a questão, doutor.
    Defesa de Alberto Youssef: – Eu concordo com ela que esse sistema acaba prejudicando um pouco o meu cliente, porque…
    Juiz Federal: – Bem, mas seu cliente é um político ou é o senhor Alberto Youssef?
    Defesa de Alberto Youssef: – A partir do momento que ele tem a…
    Juiz Federal: – Está indeferido, doutor.
    Defesa de Alberto Youssef: – Essa defesa de competência é complicada, Excelência.
    Juiz Federal: – Bem, não foi eu que criei doutor, essa competência.
    Juiz Federal: – Outros diretores da Petrobrás também recebiam valores 1 pagos dentro desse 1%?
    Interrogado: – Dentro deste 1% só Paulo Roberto Costa e a parte dos agentes públicos, dos agentes políticos.
    Juiz Federal: – E o senhor mencionou, tinha outros percentuais eram destinados a outros operadores? Não sei se ficou claro isso.
    Interrogado: – Porque na verdade o Paulo Roberto fatiava um pouco essa questão de recebimento de obras, porque ele também tinha que atender PMBD e às vezes alguém do PT, então outra pessoa fazia o recebimento ou muitas vezes ele repassava pra mim próprio fazer esse pagamento.
    Juiz Federal: – O senhor chegou a fazer pagamento pra outros diretores da Petrobrás?
    Defesa de Alberto Youssef: – O senhor disse no início, quando inquirido pelo doutor Sergio, se não me falhe a memória, posso ser corrigido, que o senhor participou de algumas reuniões com empreiteiras, nas empresas. Eu gostaria que o senhor descrevesse, se o senhor pode descrever, como eram feitas essas reuniões e qual era o objetivo disso e quem eram essas pessoas e as empresas que estavam?
    Interrogado: – Na verdade, essas reuniões eram feitas às vezes com empresas individualmente ou às vezes com as empresas junto com o diretor Paulo Roberto e o próprio agente político que estava comando a situação, pra se discutir exatamente questão 1 de valores, questão de quem ia participar do certame, esse tipo de situação. E outros problemas que também que se encontravam nas obras que pediam pra ser solucionados, esse tipo de assunto. Isso era feito uma ata, nessa reunião participava o agente político, o Genu, eu, o Paulo Roberto.
    Juiz Federal: – Mas desculpe era feito uma ata formal disso?
    Interrogado: – Era feito uma ata escrita.
    Juiz Federal: – Mas constavam esses detalhamentos?
    Interrogado: – Constava os detalhamentos, Vossa Excelência.
    Defesa de Alberto Youssef: – Inclusive algumas dessas atas se comprometeu a entregar?
    (incompreensível), se tiver o acesso.
    Interrogado: – É, está na mão de interposta pessoas, de terceiro, que ficou de me entregar pra poder eu entregar ao processo.

    As informações são do Estadão

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    Banco do Brasil abre concurso para escriturários em 14 estados

    O Banco do Brasil divulgou, nesta sexta-feira (19), o edital de concurso para 2.499 vagas em cadastro de reserva para o cargo de escriturário. O salário é de R$ 2.227,26.

    Os candidatos devem ter nível médio. A jornada de trabalho será de 30 horas semanais.

    Entre as atividades do cargo estão: atendimento ao público, atuação no caixa (quando necessário), contatos com clientes, prestação de informações aos clientes e usuários, redação de correspondências em geral, conferência de relatórios e documentos, controles estatísticos, atualização/manutenção de dados em sistemas operacionais informatizados, entre outras.

    As inscrições devem ser feitas de 22 de dezembro a 19 de janeiro de 2015. Saiba mais acessando a nossa página em Concursos.

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    Casal é acidentado quando fazia sexo dentro do carro

    Um acidente de trânsito deixou quatro pessoas gravemente feridas no cruzamento da Avenida Fortes com a Avenida Assis Brasil em Porto Alegre, capital gaúcha.

    Um casal fazia sexo no banco de trás de um veículo quando o motorista se distraiu e perdeu o controle da direção. Todos tiveram lesões graves.

    Veja como ficou o veículo e as vítimas.

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    Petrobras Distribuidora abre inscrições para 2,7 mil vagas com salários de até R$ 8,8 mil

    A Petrobras Distribuidora abriu nesta terça-feira (16) as inscrições do processo seletivo para 2.702 vagas – 47 imediatas e 2.655 para formação de cadastro de reserva – em cargos de nível médio/técnico e superior.

    As vagas são para todo o país. Os salários, de acordo com o nível, variam entre R$ 3.095,97 a R$ 8.866,74.

    As inscrições devem ser feitas de 16 de dezembro a 12 de janeiro de 2015.

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    Prefeitura de Parauapebas abre inscrições para concurso com 1.311 vagas

    A Prefeitura de Parauapebas, no Pará, lançou 2 editais através da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa – FADESP visando o preenchimento de 1.311 vagas.

    As oportunidades são para todos os níveis de escolaridade e a remuneração para os cargos varia de R$ 1.091,46 a R$ 5.537,88.

    As inscrições estão abertas até o dia 22 de dezembro para os cargos de nível superior e de 04 de dezembro a 06 de janeiro para os demais cargos.

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    Veja as imagens da explosão após colisão que deixou sete mortos na BR 316

    Um ônibus da empresa Transbrasiliana bateu de frente com um caminhão-tanque que trafegava, em sentido contrário, na BR 316 entre os municípios de Lagoa e Monsenhor Gil, no Piauí., nesta segunda-feira (15). Com o impacto houve uma grande explosão.

    O número de mortos informado pela Polícia Rodoviária Federal à princípio teria sido 44. Mas, a PRF confirmou apenas sete óbitos. Quatro corpos estavam dentro do ônibus, dois ao lado dos destroços e um preso nas ferragens do caminhão.

    Três pessoas foram socorridas em estado grave e encaminhadas ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), entre elas uma criança de 5 anos de idade.

    Veja as imagens gravadas instantes após a colisão, antes do resgate dos corpos.

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    Ninguém acerta os números da Mega-Sena e prêmio acumula em R$ 8 milhões

    Sem títuloNinguém acertou as seis dezenas da Mega-Sena. O sorteio do concurso de número 1.661 foi realizado neste sábado (13), em Cratéus (CE). O próximo concurso da Mega-Sena, que acontece na quarta-feira (17), terá prêmio estimado em R$ 8 milhões.

    Veja as dezenas: 13 – 16 – 27 – 43 – 48 – 58

    A quina teve 70 acertadores, que levaram prêmio de R$ 30.074,43 cada um. Além disso, houve 6.712 ganhadores na quadra, que rendeu R$ 448,06.

    Para apostar

    A Caixa Econômica Federal faz os sorteios da Mega-Sena duas vezes por semana, às quartas-feiras e aos sábados. As apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país. A aposta mínima custa R$ 2,50.

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    Brasil lidera ranking mundial no número absoluto de homicídios

    O Brasil é o país com o maior número de homicídios no mundo, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira (10) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra. De cada 100 assassinatos no mundo, 13 são no Brasil.

    Segundo o documento, o total de homicídios no mundo chegou a 475 mil. Os dados são de 2012.

    O Brasil é o líder no ranking. O governo brasileiro informou 47 mil homicídios em 2012, mas a OMS estima que o número real tenha sido muito superior: mais de 64 mil homicídios. Depois do Brasil aparecem Índia, México, Colômbia, Rússia, África do Sul, Venezuela e Estados Unidos.

    Se for levado em consideração o número de crimes e o tamanho da população, ou seja, em termos proporcionais, Honduras é o primeiro país da lista, seguido pela Venezuela. O Brasil, nesse cálculo, surge como o 11º país mais perigoso do mundo. A OMS calcula que no Brasil a cada 100 mil pessoas, 32 sejam assassinadas.

    Na outra ponta da tabela, com os menores índices de homicídio por habitante, em 1º lugar vem Luxemburgo, depois Japão e em seguida Suíça, empatada com Cingapura, Noruega e Islândia.

    Esses números são referentes a homicídios, mas a OMS chama atenção para diferentes tipos de violência mais recorrentes no nosso dia a dia do que se possa imaginar.

    De acordo com o levantamento, uma em cada quatro crianças sofre agressões, uma em cada cinco meninas é abusada sexualmente e uma em cada três mulheres já foi violentada pelo próprio parceiro.

    Fonte: Globo News

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    Preso, no Rio Grande do Sul, bispo acusado de pedofilia

    Foi preso nesta terça-feira (9) às 7h dom Marcos de Santa Helena, religioso acusado de pedofilia. Nesta manhã, o delegado Fabrício de Santis cumpriu mandado de prisão temporária contra o autodenominado bispo, João Marcos Porto Maciel, 74, que foi levado para a delegacia de Caçapava do Sul.

    “Ele não é um religioso, mas um criminoso. Veste-se de padre para praticar crimes há mais de 50 anos sem levantar suspeitas”, diz o delegado. À frente da operação intitulada Silêncio dos Inocentes, desencadeada pela série de denúncias publicadas pela Folha, Santis ouviu oito vítimas do ex-padre, expulso da Igreja Católica em 2009 e que hoje dirige um mosteiro na cidade gaúcha.

    Além dos depoimentos de Marcelo Ribeiro, 48, autor do livro “Sem Medo de Falar – Relato de uma Vítima de Pedofilia”, e do violoncelista Alexandre Diel, 42, que vieram a público denunciar o religioso, o inquérito levantou outros casos, como o de um menor de 17 anos, que foi abusado aos 11 por dom Marcos. “Temos o caso também de uma vítima que relatou ter sido abusado em 1961, o que nos leva a crer que ele atua como pedófilo há mais de 50 anos impunemente”, diz o delegado.

    No momento da prisão, os policiais recolheram também um menor que chegava ao mosteiro para ter aulas de flauta. Acompanhado de uma psicólogo, ele será ouvido no inquérito.

    Em entrevista à Folha, dom Marcos se declarou inocente e se disse vítima de perseguição. Sobre o fato de homens adultos acusá-lo publicamente de abuso, ele disse: “Isso é moda. Pedofilia dá status, eles estão querendo se equiparar à moda”. E concluiu: “Pela quantidade de meninos que passaram pelas minhas mãos, uns 8.000, 10 mil meninos, acho que é muita pouca lambança isso aí. Tem um saldo muito bom. As denúncias é uma fichinha, em vista das coisas boas”.

    Fonte: Folha de S. Paulo

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    CQC mostra a triste realidade das escolas em Matões e repórter é ameaçado

    A principal prefeita aliada do governador eleito Flávio Dino, Suely Pereira, conseguiu eleger seu filho para a Câmara Federal. Rubens Pereira Júnior é deputado estadual e vai para Brasília a partir de 2015.

    Ele se orgulha sempre em dizer que trata da sua cidade, onde governa já no segundo mandato, como quem cuida de sua casa, da sua família.

    Mas ontem, o programa semanal da Band “CQC” exibiu para o país um quadro triste das escolas na cidade de Matões, com alunos sem banheiros, material escolar e estudando em taperas improvisadas.

    Assista ao vídeo aqui:

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