Nada a declarar…

    Por: Abdon Marinho

    Quando a ditadura militar no Brasil já vivia seus estertores, e o povo nas ruas mostrava sua insatisfação com o regime, uma frase tornou-se comum na boca no então ministro da Justiça Armando Falcão.

    A todos os questionamentos da mídia sobre os acontecimentos nacionais, repetia-a como um mangra, “nada a declarar”. Com a vitória da oposição em 1974, o ministro engendrou a chamada Lei Falcão, encarregada de dificultar o dos políticos ao rádio e a televisão e assim diminuir os riscos de uma derrota nas eleições seguintes. Apenas para efeitos históricos, a Lei Falcão só foi revogada em 1985, na esteira do fim do bipartidarismo, da legalização dos partidos socialistas e comunistas.

    A frase dita pelo então ministro e que tornou-se simbólica daqueles tristes dias refletia o desprezo dos governos militares governos pela opinião pública, pelo povo em si. Eram os donos do poder, nada tinham a dizer a sociedade.

    Volta e meia os atuais inquilinos do poder ressuscitam esse viés autoritário. depois de 12 (anos) um candidato a presidência recusou-se a responder as perguntas de jornalistas de uma emissora de televisão. A recusa da presidente não representa só um desapreço a emissora como seus aliados querem fazer crer, na verdade, trata-se de um comportamento típico daqueles que acham que não devem satisfação ao povo. Quer dizer que Marina pode ser confrontada com seus dilemas, suas contradições, assim como Aécio, mas Dilma que mais do que ninguém tem contas a acertar, afinal, está no cargo e pretende ser reconduzida, não?

    Até onde acompanhei as entrevistas dadas a Tv Globo, tanto no JN quanto no jornal da Globo, não vi nenhuma pergunta, ainda que desconfortável aos candidatos, que não tivesse pertinência, que fugisse das regras do jornalismo. As perguntas que seriam feitas a presidente/candidatada que não compareceu, nada tinham demais e todas eram voltadas para o interesse público.

    Os demais candidatos compareceram responderam ao que lhes foi perguntado sem qualquer dificuldade. Já a presidente, que repito, mais do quem ninguém não poderia se furtar a responder qualquer coisa que lhe perguntassem sobre os erros e acertos do seu governo e como pretendem corrigir ou o que pretende mudar caso seja reeleita. A candidata preferiu a tática da ditadura, o “nada a declarar” do ministro Falcão.

    Na verdade, o autoritarismo da atual governante é fruto do seu desconhecimento, incompetência mesmo. Todos sabemos que a atual inquilina do palácio não sabe o que fala sobre nada. Nos debates, nas entrevistas, ela fica sem ter o que dizer. Qualquer coisa, que não seja o roteiro previamente definido pelos seus assessores de marketing, vira desastre.

    Essa é a principal razão de fugir de entrevistas e sabatinas. Como as perguntas são livres, não são ensaiadas previamente, a presidente da República, poderá falar o que não deve ou mesmo dizer alguma tolice. A presidente após quatro anos no cargo, diferente do que vinha acontecendo nos mandatos anteriores em tempos recentes – desde a redemocratização do país –, vai entregar o governo pior do que quando recebeu. Essa é a pergunta incontornável, que ninguém ainda fez, e para qual não tem resposta.

    A presidente não tem nada a declarar sobre isso. Seus próprios aliados reconhecem e dizem a quem quiser ouvir, que o governo, em quatro anos, não concluiu e não entregou nenhuma obra de peso para o país. Fez um governo pão e circo, sustentado em festas e em esmolas.

    O governo atual, assim como nas ditaduras mais atrasadas, só quer se comunicar com o povo governado através da propaganda oficial, não possui o hábito de conceder coletivas, de responder perguntas de jornalistas ou de cidadãos. Há diferença do que ocorre nas ditaduras ao redor do mundo?

    Não construiremos e não avançaremos na nossa democracia com governantes se comportando assim. A ausência da candidata/presidente da entrevista, sua fuga, não é como querem dizer, um protesto contra a emissora, é sim, uma afronta aos eleitores, um retrocesso no processo democrático.

    Minimizar o fato ou desqualificá-lo ou ainda vendê-lo como positivo, retrata muito bem ideia que têm, candidata e aliados, sobre a construção da democracia no nosso país. Um pais como dimensões continentais, onde não temos contato direto com os governantes, esse contato se dá através dos meios de comunicação, dos questionamentos que fazem os opositores através dos debates e das perguntas dos jornalistas nas entrevistas e sabatinas.

    As regras, o formato das entrevistas foi anteriormente acordado entre assessores de candidatos e emissora, não havia nenhuma motivação para o não comparecimento. Entretanto a candidata a reeleição possui capacidade de entabular qualquer debate, de esclarecer qualquer assunto.

    O que vemos no programa eleitoral é alguém repetindo o que o chefe do marketing manda. Ao legarmos alguém com base no programa eleitoral exibido nos veículos de comunicação é nada mais, nada menos que escolher que possui o melhor “marqueteiro”, só isso.

    Um episódio de eleição nos foi contado há muitos anos por Conceição Andrade, ex-deputada e ex-prefeita de São Luís, numa daquelas reuniões de campanha ou de partido. Dizia que num determinado pleito, comício troando, atrações se apresentando e a todo momento o locutor do evento anunciava: – Daqui a pouco a presença de fulano de tal, nosso candidato; não deixem de ouvir as palavras de fulano de tal.

    O tempo passava e nada de tal candidato aparecer, atrações retardando a saída do palco, os demais candidatos esticando a conversa e nada. Esperaram a não mais poder. Encerraram o comício sem a fala do candidato. Desmontado o palanque, todos já se preparando para ir para casa dormir, eis que surge o dito cujo. Acorreram a ele:” – Mas fulano, você perdeu o comício, todo mundo lhe aguardando, querendo ouvi-lo e só agora apareces”. O candidato então retrucou: “– Pois é, não deu para chegar. Mas isso tem um efeito positivo”. Olharam para ele sem entender quando veio o complemento: “– Todos foram para casa se perguntando o que o candidato fulano de tal iria nos dizer.”

    Ao deixar de comparecer a entrevista, talvez a candidata/presidente tenha o mesmo raciocínio, que nós, cidadãos e eleitores, tenhamos ficados curiosos com o que poderia nos dizer. É, faz sentido.

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    Silas Malafaia declara apoio a Marina

    sdilass

    Depois de criticar seu programa de governo e pressionar por mudanças, o pastor Silas Malafaia declarou apoio à candidata do PSB, Marina Silva, nesta terça-feira 2. “O ativismo gay retira o apoio a Marina. MARAVILHA! No 1º turno vou votar no Everaldo. No 2º voto em Marina”, escreveu o líder da igreja Assembleia de Deus em sua conta no Twitter.

    No último sábado, 30, Malafaia criticou os capítulos do programa de Marina referentes ao casamento homossexual e ao direito das mulheres em relação ao aborto. Em menos de 24 horas, a presidenciável retirou trechos e fez alterações, alegando ter havido “erro” no momento da elaboração do documento.

    Nesta terça, ele disse à Folha de S. Paulo que ainda há outros pontos que ele tentará combater, mas que “não pode conquistar tudo de uma vez”. O líder evangélico pretende derrubar, “via democrática”, o direito de adoção de crianças por casais homoafetivos.

    Pelo Twitter, ele sugeriu que os gays votem na presidente Dilma Rousseff, que apoiou, ao final do debate presidencial realizado ontem, a criminalização da homofobia. “Dilma apoia a criminalização da homofobia. Vamos combinar: Os gays votam em Dilma. O restante em Everaldo, Aécio, Levy e Marina”, escreveu Malafaia.

    Brasil 247

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    Vídeo mostra pai usando celular para filmar briga com Bernardo

    Vídeo mostra pai usando celular para filmar briga com BernardoVídeo mostra pai usando celular para filmar
    briga com Bernardo

    O G1 teve acesso ao vídeo que mostra uma briga entre Bernardo, o pai, Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele. As imagens foram gravadas no celular do pai do menino. Na maior parte do tempo, não é possível ver a discussão. Apenas no início, o médico aparece deixando o celular no cômodo. O vídeo capta os pedidos de socorro de Bernardo, de 11 anos, assassinado em abril deste ano.

    O vídeo começa com a sombra de Leandro no chão do quarto da casa onde a família morava, em Três Passos, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul. O pai de Bernardo liga a câmera e passa para Graciele enquanto o menino grita por socorro de um outro cômodo. É possível ver o rosto do médico neste momento das imagens. A madrasta pega o celular e o ajeita na cama do casal. Clique aqui para assistir.

    Veja a transcrição

    Bernardo: Socorro.
    Leandro: Vamos se acalmar. Vai para o teu quarto.
    Bernardo: Socorro!! Meu pai vai me agredir. Socorro!! Socorro!! (…)
    Leandro: Respeita a tua irmã, a Maria aqui…
    Bernardo: Socorro!! Vocês me agrediram!! Socorro!!
    Graciele: Fecha a porta… (diz para Leandro)
    Bernardo: Socorro!! Socorro!! (…)
    Bernardo: Empresta o telefone, eu quero denunciar vocês! Empresta, quero denunciar!
    Leandro: Aqui quem manda sou eu.
    Bernardo: Eu quero denunciar, empresta!
    Leandro: Ou tu entra, ou tu sai. E se entrar fala baixo.
    Bernardo: Empresta o telefone agora! Empresta! Tu falou que eu poderia denunciar, empresta!
    Graciele: Ah, tu quer o telefone para denunciar? (risos)
    Bernardo: Sim! Empresta!
    Graciele: Quer denunciar, te vira! Te vira!
    Bernardo: Empresta!
    Leandro: Cuidado a Maria aqui, rapaz! Escuta aqui, que bagunça é essa?
    Bernardo: Socorro!!
    Leandro: E fecha a porta, né?
    Bernardo: As pessoas estão olhando…
    Leandro: Viu?
    Bernardo: As pessoas estão olhando…
    Graciele: Vai lá, vai pedir socorro.
    Bernardo: Vão vocês!
    Graciele: Tu que tá pedindo! Tu que está gritando!
    Leandro: Quem que começou a bagunça?
    Bernardo: Vocês me agrediram, tu me agrediu.
    Graciele: E vou agredir mais. A próxima vez que tu abrir a boca para falar de mim, eu vou agredir mais.
    Leandro: Xingando ela. Ninguém merece ser xingado, né, rapaz.
    Graciele: Eu vou agredir mais, eu não fiz nada em ti.
    Bernardo: Fez sim. Tu me bateu.
    Graciele: Tu não sabe do que eu sou capaz.
    Bernardo: Tu me bateu.
    Graciele: Tu não sabe.
    Bernardo: Tu me bateu.
    Graciele: Eu não tenho nada a perder, Bernardo. Tu não sabe do que eu sou capaz. Eu prefiro apodrecer na cadeia a viver nesta casa contigo incomodando. Tu não sabe do que eu sou capaz.
    Bernardo: (inaudível) Queria que tu morresse
    Graciele: Tu não sabe do que eu sou capaz. Vamos ver quem tem mais força. Aí nós vamos ver quem tem mais força.
    Bernardo: Quando tu morrer
    Graciele: É, vamos ver quem vai para baixo da terra primeiro
    Bernardo: Tu. Tu vai..
    Graciele: Então tá, se tu tá dizendo.
    Bernardo: Tu, tu vai…
    Graciele: Vamos ver quem vai primeiro.
    Bernardo: Coitada da Maria, vocês vão agredir ela também! Vão sim!
    Graciele: Ela está comigo.
    Bernardo: Vão agredir ela depois…
    Leandro: Ah, Bernardo, eu fico com pena de ti… Com pena de ti, cara. Tua mãe te botou no mato. Deus o livre. Te abandonou…
    Bernardo: E tu traiu ela!
    Leandro: Como é que ele tem isso na cabeça?
    Graciele: É… Ela que andava com tudo que era homem aí, ó! Ela que era vagabunda, Bernardo!
    Bernardo: Não era! Minha mãe não é vagabunda!
    Graciele: Então vai perguntar para as pessoas da cidade o que tua mãe fazia! Pergunta!
    Bernardo: Minha mãe não era vagabunda…
    Graciele: Então pergunta para as pessoas o que tua mãe fazia com teu pai.
    Leandro: Eu sei que tua mãe é o máximo para ti, mas simplesmente ela te abandonou.
    Bernardo: Ela não me abandonou, foi culpa tua, sim!
    Graciele: Ela que pensou em matar teu pai.
    Bernardo: Porque ele estava incomodando ela.
    Leandro: Ela foi lá na vila com o cara, comprou uma 38 com duas balas, foi lá no consultório. O que ia acontecer comigo?
    Bernardo: Tinha que ter matado mesmo!
    Leandro: E o que ia sobrar de ti?
    Bernardo: Tinha que ter te matado!
    Leandro: Mas o que eu tenho que ver, cara?
    Bernardo: Tem de morrer!
    Leandro: Tenho de pegar com minha vida por causa de gente à toa?
    Bernardo: Sim!
    Leandro: De gente que não presta?
    Bernardo: Tomara que tu morra! E essa coisa (Graciele) que morra junto!
    Graciele: Tu vai ir antes. Doente que tu está desse jeito…
    Leandro: Quanta gente…
    Graciele: Teu fim vai ser igual o da tua mãe.
    Bernardo: Não!
    Graciele: Então tá…
    Leandro: Eu salvo uns quatro ou cinco todo dia, tiro as pessoas de dentro do caixão.
    Bernardo: Não tira!
    Leandro: Elas aparecem uma semana depois caminhando lá no consultório.
    Bernardo: Não!
    Leandro: Eu acho que tenho uma função nesse mundo…
    Bernardo: De morrer, tem que morrer!
    Leandro: Deixa que eu morro a hora que Deus quiser… Não é pela tua boca.
    Bernardo: Tu vai morrer.
    Leandro: Me respeita!
    Bernardo: Vou rezar para tu morrer.
    Graciele: Então vai, te ajoelha.
    Leandro: Tu vai ficar 20 anos rezando. Quanto mais tu rezar, pior vai ser. Mais eu vou durar.
    Bernardo: (fala inaudível)
    Leandro: O que tu falou?
    Bernardo: Não te interessa!
    Leandro: É, é… ‘Froinha’, não consegue falar. Se fosse macho falava melhor!
    Bernardo: Polícia!!
    Graciele: Vai lá então… Vamo, desce lá!
    Bernardo: Não…

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    Fotos íntimas de candidata evangélica vazam na internet

    Maria Cristina Zanoli Valadão, técnica em enfermagem, casada e candidata a deputada estadual pelo Partido Social Democrata Cristão do Espírito Santo, teve fotos íntimas vazadas na internet. Em uma delas, a loira aparece com dois homens. Na segunda foto ela é vista num momento muito íntimo na cama, que parece ser de motel.

    Veja!

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    Detentas exibem fotos sensuais tiradas dentro das celas

    Duas detentas de um presídio feminino em Guarapuava, na região central do Paraná, exibiram fotos seminuas, tiradas de dentro das celas. As imagens foram divulgadas em seus próprios perfis do Facebook.

    As fotos foram tiradas e publicadas no mês de abril deste ano. Na ocasião, os aparelhos celulares das presas foram apreendidos, segundo informou um agente carcerário que não teve o nome revelado à imprensa.

    Segundo ele, é feito um controle do perfil de todos os presos nas redes sociais para verificar se há alguma atualização enquanto eles estão detidos.

    Veja as fotos postadas pelas detentas.

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