Flávio Dino reafirma candidatura a governador

    Do Blog de Flávio Dino:

    Flavio Dino 2Intensificaram-se nos últimos dias os debates acerca de minha pré-candidatura a governador. Isso é muito bom, pois demonstra o enorme potencial de polarização e crescimento da candidatura.

    Reitero mais uma vez a nossa crença fundamental: a esquerda maranhense, o campo democrático-popular, os progressistas precisamos ter uma alternativa própria na eleição estadual do Maranhão. Uma alternativa que nos tire do atraso, olhando para a frente, para o futuro. Não há nenhum fato novo que altere essa visão, já tantas vezes manifestada.

    Sou o presidente estadual do PCdoB e componho a sua direção nacional, inclusive a comissão executiva (comissão política nacional). Em todas as instâncias partidárias temos debatido a situação do Maranhão, e até aqui as deliberações são todas no mesmo sentido: manter a pré-candidatura e viabilizá-la, com a celebração de alianças políticas e sociais.

    Subjetivamente, estou feliz e tranquilo, pronto para uma grande batalha. Quando decidi renunciar ao cargo de juiz federal, depois de 12 anos de exercício de tão estimada função, demonstrei estar disposto a desempenhar todas as tarefas que fossem necessárias para a construção de um Brasil e de um Maranhão à altura das nossas esperanças.

    Portanto, qualquer mudança de rumos não depende da minha vontade pessoal. E sim de um debate amplo e público, no âmbito do meu partido e dos demais partidos que manifestam uma simpatia inicial em favor do meu nome.

    Assim seguiremos, sem ansiedades, e com muita dedicação à causa da transformação de nossa sociedade.

    Mais uma vez, aí vai: o PCdoB apresenta a pré-candidatura de Flávio Dino para governador do Maranhão. E eu aceito, com muita alegria e disposição.

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    Empresa contratada por Murad construiu a mansão de Sarney

    casa do calhauA construtora Fujita, que vai reformar o hospital Carlos Macieira, o Hospital do IPEM, com dispensa de licitação, ao valor estratosférico de R$ 38 milhões, construiu a mansão do senador José Sarney, no Calhau, no final da década de 70.

    A empresa, que pertence a um oficial reformado do Exército, com residência em Fortaleza, antes levava o nome de Construtora Estrela.

    A primeira obra feita no Maranhão foi o Hospital do IPEM no início do governo de João Castelo. Paralelamente, edificiou a casa de Sarney.

    “O que há de comum entre o Hospital do IPEM e a Mansão de Sarney no Calhau? São gêmeos univitelinos. Foram gerados pelo mesmo empreiteiro e pagos pela mesma fonte. Exemplo perfeito da simbiose entre o público e o privado”, diz o ex-deputado Aderson Lago, em artigo assinado.

    A Fujita, que quando consultada na internet aparece como o nome de Estrela, é especializada na edeficação de templos evangélicos, principalmente os da Igreja Universal do Reino de Deus.

    No governo de José Reinaldo Tavares, a Fujita ganhou as obras do Projeto Alvorada, do Governo Federal. Deixou inconclusas a maioria para perfuração de poços e sistema de abascimento de água. Porém, levou a grana como se tivesse executado todas as obras.

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    Lula critica oposição e diz que revidará agressões

    Folha Online, em Brasília
    lula e dilma
    No primeiro discurso do seu último ano de mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafiou nesta terça-feira a oposição a promover um debate de “alto nível” na disputa eleitoral deste ano. Lula disse que, apesar dos seus adversários insistirem em promover “agressões”, está preparado para enfrentá-los de igual para igual.

    “Pelos sinais que eu vi, na ausência de discurso programático, vale chutar do peito para cima. O que eles [oposição] não sabem é que eu sou capoeirista. Eu estou muito preparado para não deixar a coisa chegar no meu peito”, afirmou.

    No discurso durante o lançamento de ações do programa Minha Casa, Minha Vida, Lula disse esperar que seus adversários “letrados” mantenham o nível da disputa eleitoral. “Eu estou imaginando que, como os meus adversários sãs todos muitos letrados, vão querer fazer debate de alto nível, programático, quem vai fazer mais. Espero que seja isso”, afirmou.

    O presidente fez um apelo a prefeitos e governadores para que “não permitam que a relação institucional entre os entes federados sofra qualquer problema por conta de uma eleição” porque “uma eleição passa, e a vida continua”. Lula disse que “tudo é muito quente” no período eleitoral, por isso já identificou o “perfil” que será adotado pelos seus opositores até outubro –mês das eleições.

    “Vocês estão vendo o perfil do tipo de disputa que vai ter, o tipo de agressões, insinuações”, afirmou.

    O presidente disse que não vai adotar o estilo “Lulinha paz e amor” em 2010, mas garantiu estar “convicto” do resultado das eleições deste ano, apesar do “jogo rasteiro” de seus adversários.

    “Estou tão convicto do que vai acontecer nesse país, no processo eleitoral, que nada, absolutamente nada vai fazer com que eu perca um milímetro do meu bom senso e desviar esse país do caminho que estamos hoje. Não há hipótese. Não permitam que o jogo rasteiro de uma campanha eleitoral estrague a grandeza da relação que conseguimos construir em nosso país”, afirmou.

    Ao firmar convênios do programa Minha Casa, Minha Vida, Lula disse que o governo vai “reparar os desmandos feitos” no país, especialmente a “inexistência de projetos”.

    “Governadores, pelo amor de Deus, trabalhem com projetos. Projeto é que nem fotografia do filho da gente, a gente compra. Agora, só pedir dinheiro, é difícil. Prefeitos, vocês têm três anos de mandato. Se não têm projeto ainda, dediquem-se a eles. Não existe mais espaço para a pequenês política. Se vocês tiverem projetos, posso garantir que com projeto na mão não falta dinheiro”, afirmou.

    Minha Casa, Minha Vida

    Em ano eleitoral, o governo vai destinar este ano R$ 1 bilhão para o programa Minha Casa, Minha Vida, além de R$ 2 bilhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para o programa Pró-Moradia por meio do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). O Minha Casa, Minha Vida atende à população que vive em cidades com até 50 mil habitantes, com renda até R$ 1.395.

    A liberação dos recursos no ano passado foi por meio de medida provisória aprovada pelo Congresso Nacional. A MP ampliou a abrangência do programa para todos os municípios brasileiros e reservou R$ 1 bilhão para a construção de moradias populares em municípios com até 50 mil habitantes.

    Inicialmente, o governo federal havia restringido o pacote habitacional para cidades com mais de 100 mil habitantes, mas os parlamentares ampliaram o pacote para todos os municípios.

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    Desempenho do PAC é ruim no Maranhão

    Por: José Reinaldo Tavares

    Recebi uma publicação do Governo Federal sobre o desempenho do PAC no Maranhão. A descrição que faz é completa e traz a relação por setor de todas as obras e ações no estado, incluindo informações sobre o estágio em que se encontram. Infelizmente, fica bastante fácil concluir que, exceto a área “Territórios da Cidadania”, onde naturalmente se inclui o Bolsa Família, a execução do PAC aqui é sofrível.

    Ao todo são 500 eventos listados para o Maranhão. Eles são separados em Infraestrutura Logística, Infraestrutura Energética, Empreendimentos Regionais e Infraestrutura Social e Urbana. Desses 500 eventos, somente 85 estão em obras e 18 estão concluídos. Ou seja, somente 20% do total caminharam. O resto dos eventos, segundo o descritivo, encontra-se em diversas fases. Entretanto, a grande maioria dos projetos que não deslancharam consta na lista sob a classificação de ‘Ação Preparatória’.

    Examinando cada uma dessas classificações encontramos:

    Infraestrutura Logística- Eles subdividem essa classificação em duas: a de Empreendimentos Exclusivos e Empreendimentos Regionais (obras feitas em outros estados que teoricamente podem beneficiar o Maranhão). Na primeira são 17 eventos. Destes, três estão em obras e seis concluídos. Nessa classificação, os concluídos não possuem especificação e são genéricos, tais como manutenção de rodovias, sinalização e estudos e projetos.

    Em obras, podemos citar o Porto do Itaqui, cujo estudo elenca a construção do berço 100 e a recuperação dos berços 101 e 102, além da dragagem dos berços 101 e 103 iniciados no meu governo. Os outros classificados como “em obras” abrangem a instalação de balanças e sinalização de rodovias, a duplicação da BR 135 e acesso ao Porto do Itaquí, que também se arrasta há vários anos. Como se vê, nada extremamente importante para o estado.

    Já nos empreendimentos regionais temos quatro eventos, a saber: uma obra concluída (trecho da Ferrovia Norte Sul entre Aguiarnópolis e Araguaína) e outras três ainda não iniciadas.

    Continuando, temos o item Infraestrutura Energética com 10 eventos, sendo três destes já em obras. As obras são a Termelétrica a carvão no Itaqui (nesses tempos de economia de baixo carbono…) e duas termelétricas a óleo (uma em Nova Olinda e a outra em Tocantinópolis). Frise-se que todas elas são empreendimentos privados financiados pelo BNDES, o que talvez justifique o motivo para sua inclusão como obra do governo. Além disso, consta a Linha de Transmissão São Luís II e III e a Subestação Miranda 500/230 KV. Ainda nesse item, o evento concluído é a Fabrica da Brasil Ecodiesel (biodiesel) inaugurada quando eu era governador.

    Seguindo neste setor, temos os empreendimentos regionais com 18 eventos, sendo um deles em obras, que é a Usina de Estreito. Os outros estão classificados como em execução e incluem os vários levantamentos da Petrobras e da CPRM.

    Em Empreendimentos Exclusivos encontramos, em letras pequenas, a Refinaria Premium I, que está classificada como “Ação Preparatória”, comprovando o que sempre dissemos e repetimos aqui: esse é um projeto ligado ao Pré-Sal que não tem nada a ver com esse governo do estado, e que, portanto, não é para 2010. Inexistem ainda osestudos e projetos que balizariam sua construção. Se Lula vier este mês lançar a terraplenagem estará apenas fazendo política. Ressalte-se nesse ponto a Refinaria Abreu e Lima,de Pernambuco, que há cinco anos teve iniciada a terraplenagem enada mais.

    Por fim, na Infraestrutura Social e Urbana que se subagrupa nas seguintes divisões: divisão Estratégia, divisão Saneamento e divisão Habitação, Urbanização e Produção Habitacional.

    Na primeira, temos o Programa Luz Para Todos, em obras. Na segunda, constam 31 eventos e 9 em obras (estes todos em São Luis, Timon, Bacabal, Caxias e Codó). Na divisão Saneamento ‘Funasa’ temos 294 eventos, 32 deles em obra e 9 concluídos. E na terceira temos 125 eventos, com 37 em obras e um concluído.

    Pois bem, este é o PAC no Maranhão. O que se pode dizer ao ler o relatório? Que o Maranhão não tem praticamente nenhuma obra fundamental em andamento. E no pouco que escapa da afirmação anterior, o atraso é terrível na execução.

    Agora vejam que, embora sem menção no documento, resta-nos falar sobre o PAC do Rio Anil. Tenho visto que, no advento do período eleitoral, muita gente se auto-impinge a alcunha de executor do Promorar, que foi um programa feito na década de 80 em São Luís, nos bairros da Camboa e da Liberdade.

    Na verdade, o Promorar foi um programa do DNOS na minha gestão como Diretor Geral do órgão. Foi criado a pedido do Ministro Mário Andreazza, que queria dar uma solução para a Favela da Maré, perto da Ilha do Fundão no Rio. Fizemos um convênio com o BNH, que entrava com os recursos e com a fiscalização e o DNOS com os equipamentos de dragagem e a parte técnica.

    Fizemos a “Ilha do João”, onde foram assentados os moradores das palafitas da área, atendendo o que queria o ministro e depois estendemos o programa para São Luís, para os Alagados de Belém e para Recife, entre outros.

    Esse programa, que ajudou tanta gente, libertando-as de palafitas, voltou no meu governo, quando começaram as primeiras tratativas com o governo federal para solucionar o problema das palafitas em São Luís. Esse projeto, mais tarde, transformou-se no chamado PAC do Rio Anil.

    Esse programa estava a cargo da Secretaria das Cidades, que criei e inicialmente foi dirigida por Arnaldo Melo e depois chefiada por Gardênia Gonçalves. Quando Jackson Lago assumiu o governo do Maranhão, em 2007, deu prioridade total ao programa, que tomou forma definitiva e ia muito bem, mas com a sua saída está paralisado.

    Contudo, como era de se esperar, Roseana Sarney se aproveitou da única grande obra em andamento quando Lula esteve aqui e inaugurou, com ele, alguns prédios de apartamento para a população que vivia em moradias sub-humanas. Depois disso, parou tudo. E o projeto, além da grande importância social de melhorar as condições de vida de muita gente, continha uma solução para as invasões, acabando com as palafitas e dotando a cidade de importante via urbana que iria melhorar muito o tráfego dessa região, além de servir como contenção para qualquer tipo de expansão além do seu traçado.

    É… agora só quando Flavio Dino ou Jackson Lago ou, talvez, Roberto Rocha assumir o governo que foi tomado da população por meio de um golpe de estado jurídico, como bem classificou o ex-ministro do STF Francisco Resek.

    O ex-governador José Reinaldo Tavares escreve para o Jornal Pequeno às terças-feiras

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    Maranhão perde obra da refinaria Premium

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    O presidente Lula confirmou sua vinda a São Luís na próxima sexta-feira, dia 15. Virá lançar a pedra fundamental e assinar o primeiro contrato dos serviços de terraplenagem da refinaria Premium, com sede em Bacabeira.

    Os serviços de terraplenagem, segundo o secretário de Indústria e Comércio, Maurício Macêdo, só deverão ser iniciados depois do período invernoso, após o mês de julho. Mas a Petrobrá informou que não gastará nenhum recurso na refinarias em construção no Nordeste no ano de 2010.

    Foi armada uma licitação no Maranhão para que a empresa vencedora do certame fosse a Ediconsil, do empresário Fernando Cavalcante, conhecido como Fernandão, amigo do secretário de Saúde, Ricardo Murad.

    Pelo esquema armado, duas empreteiras apresentaram propostas de até R$ 65 milhões para os serviços de terraplenagem. E a de Fernandão ganharia com o menor preço: R$ 24 milhões.

    Desconfiada, a Petrobrás ampliou o processo licitatório e acabou vencendo uma construtora de Recife, ao valor de R$ 16 milhões. Uma diferença, portanto, de R$ 8 milhões.

    Uma empresa do Maranhão ganhou o certame para garantir a segurança do local, em Bacabeira. Prova de que estamos aptos apenas para ficar guardando a refinaria. Ou no máximo o almoxarifado.

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    Barnabés em greve na cidade de Alcântara

    Servidores municipais de Alcântara estão em greve por melhores condições salariais e de trabalho. Todas as escolas da rede pública municipal fecharam as portas antes de completar o ano letivo de 2009.

    Para piorar a relação com o comando da prefeitura, os professores descobriram que o dinheiro descontado em favor do INSS não foi recolhido. Além disso, a prefeitura só paga para a categoria o salário mínimo, quando o piso nacional é superior a R$ 1 mil.

    A Comarca de Alcântara é vesga ou cega, ou, quem sabe, aliada da prefeitura. Em outras cidades, o juizo bloqueou os repasses do FPM para pagar os barnabés, a exemplo do recente caso de Cururupu.

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    Rapidinhas do LC

    CAEMA FAZ ACERTOS COM PREFEITURAS
    A Caema decidiu cobrar as prefeituras inadimplentes. Fez acordos e parcelou os débitos das prefeituras em até 36 vezes.
    Se conseguir fazer o prefeito pagar a metade das parcelas, pode soltar foguetes porque entrou no lucro.

    AURiGA FATURA OS TUBOS NO MARANHÃO
    A Auriga, empresa que trabalha com equipamentos de informática, é a que recebe mais verba das secretarias e outros órgãos contratantes dos seu serviços.
    Em São Luís existem diversas empresas do mesmo ramo. Porém, o governo preferiu a Auriga, que tem sede em Fortaleza, no Aldeota, o bairro mais nobre da cidade alencarina.

    INJEÇÃO NA UMBANDA
    O secretário de Esporte e Juventude, Roberto Costa, toma café com evangélicos, almoça com a igreja católica e de noite janta com os umbandistas. Tem pra quem puxar: seu padrinho político, João Alberto.
    A secretaria de Esporte e Juventude concedeu um incentivo financeiro de R$ 24.920,00 para a Associação Folclórica, Cultural, Espirutualista e Progressista, com sede em Paço do Lumiar.
    Na verdade, funciona no local uma tambor de umbanda.

    Ano novo, bolso cheio
    Prefeitos que eram aliados do então governador Jacksonj Lago, estão sorrindo com as paredes. É que Roseana decidiu conveniar com as prefeituras.
    Recebem de três, quatro e até cinco secretarias os repasses. Não se sabe se os recursos serão aplicados, a exemplo dos convênios das gestões de José Reinaldo Tavares e Jackson Lago. Amanhã conto os detalhes.

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    Roseana e Lobão antecipam campanha eleitoral

    roseana_posse2 O desembargador Joaquim Figueireido do Anjos, corregedor eleitoral, afirmou hoje que o Governo do Estado não poderá fazer nenhum benefício no ano eleitoral, considerando que Roseana Sarney é candidata a mais quatro anos de mandato.

    O corregedor explicou que somente as obras já em andamento ou que tenham sido conveniadas até dezembro passado podem ter o curso normal para a devida execução.

    Sem ligar para o que diz o corregedor eleitoral, a governadora Roseana Sarney e o ministro Edison Lobão assinam amanhã, no Palácio dos Leões, convênio para estender o programa “Luz Para Todos” em mais 40 ligações, para atender a 200 mil pessoas.

    A Eletrobrás, que também assina o convênio, informa que serão 12 km de rede de distribuição e que gastará R$ 300 milhões no programa.

    Nada contra levar energia elétrica para que vive no escuro. Há mais de dois anos que Lobão ocupa o cargo de ministro de Minas e Energia. Teve tempo suficiente para executar a obra.

    Não o fez porque preferiu deixar para fazê-la somente no período eleitoral. Assim, fatura ele, que é candidato a reeleição de senador, a governadora Roseana Sarney e outro punhado de candidatos aliados.

    Perdem o Ministério Público e a Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral que ficam desmoralizados diante do autoritarismo dos governantes.

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    Arruda relatou o pagamento de propinas ao chefe do MP

    Integrantes do Ministério Público do Distrito Federal estão sob suspeita desde que a Operação Caixa de Pandora, deflagrada pela Polícia Federal em novembro, revelou um grande esquema de corrupção no governo de José Roberto Arruda. As suspeitas são fundamentadas em um depoimento do delegado Durval Barbosa – delator e principal informante da PF – em que ele descreve o suposto pagamento de propinas ao procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra, e à promotora de Justiça Deborah Guerner. O depoimento, ao qual ÉPOCA teve acesso com exclusividade na semana passada, é considerado uma das principais peças da investigação aberta pelo Ministério Público Federal contra os promotores de Brasília. Durval foi ouvido em São Paulo por duas procuradoras da República no dia 11 de dezembro. No depoimento, ele relatou, com riqueza de detalhes, como o Ministério Público aprovou, em três anos de governo Arruda, cinco prorrogações, sem licitação, dos contratos de coleta de lixo no Distrito Federal, um negócio de cerca de R$ 760 milhões por ano.

    Às procuradoras da República, Durval descreveu uma reunião em que o governador Arruda teria afirmado que, por conta do negócio do lixo, pagava propina de R$ 150 mil por mês ao procurador Bandarra. Presente à reunião, o advogado Aristides Junqueira – ex-procurador-geral da República, que atuou na defesa de Durval – teria reagido à afirmação de Arruda: “Governador, o senhor me desculpe, mas tenho muita resistência em acreditar que um procurador-geral de Justiça e presidente do Conselho de Ministérios Públicos se envolveria em coisas tão pequenas e mancharia sua biografia por isso”. Segundo Durval, Arruda encerrou o assunto com a seguinte resposta a Aristides: “Pois não duvide, quem paga sou eu. Quando atrasa, ele cobra de mim pessoalmente”.

    ÉPOCA ouviu Aristides Junqueira sobre o depoimento de Durval. “Não posso confirmar e nem desmentir fatos e confissões que teriam ocorrido quando advogava nessa causa. Sou obrigado a manter sigilo por dever de ofício. Se eu for convocado a depor, darei essa mesma resposta à Polícia Federal e ao Ministério Público”, afirmou. No depoimento, Durval disse que Arruda não fazia segredo do pagamento de propinas a integrantes do MP. Numa reunião com seus secretários, Arruda teria se queixado de dificuldades para aprovação de contratos pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal. “Será que é falta de agrado? Vamos fazer um agradozinho igual ao que a gente tem feito à Câmara Legislativa e ao Ministério Público”, teria dito Arruda.

    De acordo com Durval, o esquema do lixo foi acertado antes mesmo de Arruda assumir o governo, em janeiro de 2007. Segundo ele, houve uma reunião, em dezembro de 2006, na casa da promotora Deborah Guerner, com a participação de Arruda, do vice-governador Paulo Octávio e do procurador Leonardo Bandarra. Ali, teriam sido acertados a prorrogação dos contratos sobre o lixo e o apoio de Arruda à recondução de Bandarra à chefia do MP do DF.

    Depois de Arruda ter assumido o governo, um site de Brasília publicou uma denúncia sobre o esquema do lixo. Por meio de Cláudia Marques – uma assessora de Arruda –, Deborah pediu a Durval, responsável nos últimos dez anos pelos contratos do governo do DF com empresas de informática, para sumir com a denúncia. No depoimento, Durval diz que, com a ajuda de especialistas em segurança de informática, conseguiu apagar a publicação. Por conta do episódio, Durval diz ter obtido o reconhecimento dos promotores e foi escolhido por Arruda para fazer os pagamentos das propinas aos integrantes do MP.

    Segundo Durval, quem lhe dava o dinheiro da propina era Domingos Lamoglia, ex-chefe de gabinete de Arruda e atual conselheiro do Tribunal de Contas do DF. Durval diz ter entregue R$ 1,6 milhão à promotora Deborah para que ela fizesse repasses a Leonardo Bandarra. O dinheiro teria sido entregue em quatro ocasiões na casa de Deborah, sempre acondicionado em caixas de papelão embrulhadas com papel de presente. Durval disse ter feito pessoalmente, junto com Cláudia Marques, as duas primeiras entregas – de R$ 500 mil cada uma. Cláudia Marques confirmou as informações de Durval em depoimento.

    Durval disse que os outros R$ 600 mil foram entregues na casa de Deborah por seu motorista, Jorge Luis. Em uma das vezes em que esteve na casa de Deborah, em 16 de maio de 2008, Durval disse que a promotora exigiu que a conversa ocorresse dentro de uma sauna. Na sauna, Deborah teria lhe mostrado um mandado de busca e apreensão na casa de Durval, pedido por Leonardo Bandarra. O mandado só foi cumprido pela PF 20 dias depois dessa conversa. Esse encontro foi registrado assim no depoimento de Durval: “Que, na sauna, Deborah Guerner não falava, mas escrevia as informações em um caderno, porque dizia que não queria ser gravada pelo declarante; que, nesta hora, disse que Leonardo Bandarra, referido como ‘Fernando’, teria mandado pedir R$ 1 milhão ao declarante”.

    Durval afirma que não atendeu a essa tentativa de extorsão. Depois da operação da PF em sua casa, ele diz que se negou a continuar a fazer pagamentos aos integrantes por intermédio de Deborah. Ele teria passado, então, a entregar o dinheiro a Marcelo Carvalho, o principal executivo do grupo empresarial do vice-governador Paulo Octávio. Essa intermediação teria durado pouco. No depoimento, Durval contou que foi chamado por Marcelo Carvalho para uma reunião e foi informado de que Bandarra não queria Carvalho no negócio e que os pagamentos deveriam continuar sendo feitos a Deborah Guerner. No mesmo dia, Arruda teria mandado Durval atender ao pedido de Bandarra.

    Em nome de Paulo Octávio e de Marcelo Carvalho, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro disse que não comentaria o depoimento por não ter tido acesso a ele. A promotora Deborah não se manifestou, assim como o governador Arruda. Bandarra afirma que as denúncias são fantasiosas e que vai processar Durval. Segundo Bandarra, o propósito de Durval é denegrir os promotores porque, desde 2004, o Ministério Público ajuizou mais de cem ações contra ele, incluindo crimes como formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A despeito da motivação de Durval, suas denúncias, segundo os responsáveis pela Operação Caixa de Pandora, têm sido confirmadas. Durval sabe também que, se mentir, poderá perder os benefícios da delação premiada, como a redução de pena.

    Com informações do G1 Portal

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    Detran paga quase 4 milhões em publicidade

    O Detran, que sempre alegou dificuldades financeiras, agora anda bamburrando. Contratou a AB Comunicações por R$ 3.932.030,00 para execução de serviços de publicidade.

    Assinaram o contrato o afilhado do vice-governador, João Alberto, o direto presidente do Detran, Flávio Trindade, e Alsenor Dualibe Garcia, o nosso imortal Alex Brasil.

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