O vereador Severino Sales (PR), durante a campanha eleitoral de 2008, foi quem mais gastou dentre todos os candidatos em São Luís.
Fez uma campanha milionária. Abriu ruas, implantou sistema de abastecimento de água em vilas, usou da influência do pai, empreiteiro Nilton Sales, para empregar eleitores em um supermercado da cidade e teve ainda um batalhão de cabos eleitorais e boca de urna. Tudo envolveu muito dinheiro.
O pai utilizou na campanha do filho cerca de 60 caçambas despejando piçarras e dez tratores de sua propriedade para eleger o filho na periferia da cidade.
Sales foi denunciado no TRE pelo Ministério Público Eleitoral. Escapou na primeira graças a uma decisão do juiz Lucas Neto que achou normal a campanha do riquinho.
Ontem, o TRE confirmou sua permanência no mandato. Por um placar apertadíssimo: 4×3. Foi salvo pelo voto de minerva do presidente Corte Eleitoral, desembargador Raimundo Cutrim.
Alguns vereadores e o suplente Jota Pinto consideravam impossível ele permanecer no mandato devido às provas robustas.
Mas Severino Sales, que sabia que teria três votos a favor de sua cassação, respirava tranquilamente. Dizia no plenário que estava seguro. E não deu outra.
Além de ter um pai rico, mas de origem humilde, oriundo de uma família paupérrima do agreste pernambucano, Severino Sales tem um peso maior para qualquer decisão: seu sogro.
O vereador é noivo de uma filha do empresário enrolado com a Justiça Federal, Fernando Sarney, dono do sistema Mirante de Comunicação. É o fraco!!!!
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