O deputado estadual Ricardoa Murad tem a fama de cerca velha em eleições que coordena: cai e derruba ou outros, os candidatos, no caso.
Foi assim com sua própria candidatura a governador. Caiu e, como se dizia oposição ao grupo Sarney, ajudou a enterrar a eleição de Jackson Lago num provável segundo turno com Zé Reinaldo, em 2002.
Antes, porém, em 2002, participou ativamente da campanha a governador do senador Epitácio Cafeteira, que perdera a eleição para Roseana, com a govenadora no leito.
Ajudou a enterrar mais um, que só foi reconduzido ao Senado Federal em 2006 pelas mãos da família Sarney.
Ricardo murad se candidatou a prefeito de São Luís, não passou de míseros 17 mil votos, menos de 4% do eleitorado da capital.
Perdeu duas eleições comandadas por ele pessoalmente em Coroatá, não conseguindo eleger a filha e muito menos a esposa Teresa Murad. Nestes dois casos, era aliado bem vindo da família Sarney.
Em 2006, atuou como cordenador da campanha de Roseana Sarney. O irmão, Jorge Murad, era uma espécie de marketeiro da campanha.
Murad tomou para sí a coordenação da capital. Assustava aos evangélicos quando participava de encontros com eles apenas de calção de banho, quando retornava das praias.
Abertas as urnas de São Luís, eis o estrago: Roseana perdeu feio para Jackson Lago na capital. Uma humilhação do tamanho do grandalhão Murad.
Agora o deputada cunhado da governadora é o coordenador geral da campanha. É quem tratará com os aliados sobre a parte financeira.
Por um motivo simples: o empresário Fernando Sarney continua na mira da Polícia Federal. Não pode ter envolvimento com a campanha, principalmente no assunto dinheiro.
Então, a melhor parte caiu como Murad queria: ao seu colo. Ninguém no atual grupo tem a coragem suficiente para montar negócio$ eleitorais como o novo coordenador de campanha.
Ricardo Murad não tem limites e muito menos escrúspulos em se tratando de campanha eleitoral. E já começou a operar, na sua própria residência. Prova de que não tem respeito nem ao lar em que convive com a família.
Anunciou a suspensão dos convênios (publicado aqui no blogue em primeira mão) para enganar a elegislação eleitoral.
Suspende de uma forma a garante o dinheiro de campanha de outra. As verbas estarão concentradas no Fundo Estadual de Saúde para vitaminar a campanha via os fundos municipais de Saúde, o que descaracteriza o convênio.
Uma jogada de mestre na pilantragem eleitoral, mas fácil de ser barrada pelo Ministério Público Eleitoral, se tiver de olho abertos.
Portanto, Ricardo Murad não é nem expert em comandar campanhas eleitorais. Mas inteligente o bastante para ocupar espaços.
Uma escola de samba que sabe fazer barulho, desde que as empresas de limpeza estejam prontas para recolher o lixo deixado após o desfile eleitoral.
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