A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, negou na última terça-feira (19) um pedido do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) para retomar a investigação sobre um suposto desvio de emendas parlamentares envolvendo o presidente da Câmara Municipal de São Luís, Paulo Victor (PSDB), e outros cinco vereadores.

Vereador Paulo Victor, presidente da Câmara de São Luís

A investigação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), foi suspensa na semana passada pelo desembargador Joaquim Figueiredo, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), que também suspendeu os pedidos de busca e apreensão e de prisão preventiva contra os suspeitos, e determinou o acesso da defesa aos autos.

O MP-MA recorreu ao STJ alegando que havia um “manifesto interesse público” na continuidade da investigação, que apura o uso de entidades sem fins lucrativos para lavagem de dinheiro público destinado ao pagamento de emendas parlamentares. O órgão também argumentou que não havia conexão entre a acusação de extorsão feita pelo vereador Paulo Victor contra um promotor de justiça e o procedimento investigatório sobre o desvio de emendas.

No entanto, a ministra Maria Thereza de Assis Moura não conheceu o pedido, ou seja, não analisou o mérito da questão, sob o fundamento de que a suspensão de liminar e de sentença é uma medida excepcional que não tem natureza de recurso, e que se destina a processos de natureza cível, não criminal. A ministra também criticou o MP-MA por manifestar inconformismo contra a decisão do desembargador, com nítido caráter recursal.

Com a decisão do STJ, Paulo Victor ganha um fôlego político. Em outubro, ele retirou sua pré-candidatura a prefeito de São Luís e passou a enfrentar dúvidas sobre sua reeleição para a Câmara. Aliado do governador Carlos Brandão (PSB), de quem deve a presidência da Casa, ele também se afastou de eventos institucionais do Palácio dos Leões, para evitar que a investigação afetasse a imagem do chefe do Executivo.

Segundo o site ATUAL7, a suspensão da investigação pelo desembargador Joaquim Figueiredo ocorreu após Paulo Victor obter acesso ao procedimento que tramita sob sigilo na Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados. O vereador teria tomado conhecimento das medidas cautelares solicitadas pelo Gaeco após o secretário estadual da Cultura, Yuri Arruda, fotografar os documentos sigilosos durante uma conversa por aplicativo de mensagens com o promotor Zanony Passos Filhos, da Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa. Zanony é acusado de extorsão pelo presidente da Câmara.

O MP-MA apura o vazamento e a acusação contra o promotor, que nega as irregularidades.


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