Bolsonaro não é mais líder e manifestação perde a direção
Esvaziou a liderança de jair Bolsonaro e presidente perdeu o comando do que poderia ser a maior manifestação da história política do país. O movimento ficou sem liderança e caminha para o incerto. Confira abaixo na postagem do site Metrópoles:
“Não queremos mais Bolsonaro, queremos o Exército”, diz manifestante
Líder do movimento em Rio do Sul, Santa Catarina, defende que Exército aja para “botar ordem” no país. Bolsonaro fez apelo por desbloqueio
Metrópoles
A fala começou a circular logo após o presidente Jair Bolsonaro (PL) pedir que seus apoiadores desobstruam as rodovias do país. Ao menos 25 unidades da Federação registraram protestos com pedidos de “intervenção federal”. Desde a noite de domingo (30/10), bolsonaristas têm bloqueado várias rodovias brasileiras em protesto ao resultado das eleições presidenciais, que tiveram como vitorioso o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
“Temos que ter noção de uma coisa: nós não temos mais presidente. Não queremos mais o Jair Messias Bolsonaro como presidente. Queremos, sim, uma intervenção militar. Queremos o Exército para vir botar (sic) a ordem em nosso país”, diz o homem.
“O pessoal que está para assumir está fugindo das quatro linhas da Constituição faz muito tempo. Não vamos aceitar. Nós queremos o Exército brasileiro tomando a frente e queremos eles de volta no poder, porque não queremos corruptos, ladrões”, prossegue.
“Nós queremos o Exército, não queremos mais o Bolsonaro. Nós queremos o Exército brasileiro nas ruas”, concluiu o homem, que é aplaudido pelo público presente.
a (2/11), o atual titular do Palácio do Planalto disse que manifestações e protestos são bem-vindos, mas fez um apelo para que os bloqueios tenham um fim. Segundo ele, esses atos não são legítimos e prejudicam a economia brasileira.
“Eu quero fazer um apelo a você. Desobstrua as rodovias. Isso daí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder, nós aqui, essa nossa legitimidade”, afirmou. “O apelo que eu faço a você: desobstrua as rodovias, proteste de outra forma, em outros locais, que isso é muito bem-vindo, faz parte da nossa democracia.”
Descolamento
Os manifestantes tentam se descolar de pedidos relacionados à intervenção militar e até mesmo do presidente Bolsonaro. A reportagem observou as diretrizes ao longo do protesto com mais de mil pessoas em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília, na quarta-feira.
O Metrópoles presenciou organizadores do ato pedindo aos manifestantes que não usassem as faixas com pedido de intervenção militar e, ainda, que trocassem as blusas com o nome do atual presidente — ou colocassem ao contrário.
“Estamos aqui para fazer com que o Exército, as Forças Armadas cumpram seu papel constitucional, segundo juramento que fizeram à bandeira durante a incorporação, que é defender o povo brasileiro e a soberania do Brasil contra qualquer ameaça neste momento. O povo brasileiro está sendo ameaçado pelo comunismo do PT”, completaram.
O papel constitucional ao qual se referem diz respeito ao artigo 142 da Constituição de 1988, que disciplina a função das Forças Amadas no país.
A declaração tem sido usada por brasileiros contrários ao presidente eleito para justificar uma espécie de autorização, ou legitimação constitucional, em que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica atuem como um “poder moderador”, caso sejam convocados para uma “intervenção militar” e para “manter a ordem”. Juristas e ministros, no entanto, condenam tal interpretação.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.
Bolsonaro vai se queimar… kkkkkkk