Prezado Luis Cardoso

Não tenho por hábito responder as denúncias veiculadas em blogs, visto a maioria ser de interesse político, caluniosas e sem o conhecimento verdadeiro dos fatos, sendo ouvida somente uma versão muita das vezes distorcida.

 Entretanto, desta vez abro um precedente e confirmo a veracidade da informação, como esta publicada em seu blog às 12h07 horas deste dia 15/05/2105, sob o título “Hospital Materno Infantil de Pinheiro está um mês sem vacina BCG”.Aproveitando para encaminhar-lhe cópia de Nota Técnica datada de 07 de janeiro de 2015.

 Por meio daquela, a Secretaria de Estado da Saúde – SES comunica o contingenciamento no fornecimento de “imunobiológicos” às Unidades de Saúde, dentre os quais a Vacina BCG, sob a alegação de “descumprimento do cronograma de entrega pelo laboratório produtor responsável”, situação esta que persiste até o momento.

 Em decorrência disso, desde então, estão sendo destinadas 200 doses/mês da Vacina BCG para atendimento de ‘todos’ os municípios cobertos pela Regional de Saúde de Pinheiro, cabendo ao nosso município 120 doses/mês da referida.

 Ocorre que, só o Hospital Materno Infantil de Pinheiro realiza, em média, 200 partos/mês, o que ocasiona um déficit mensal, sem que tenhamos perspectivas de uma solução. Desconheço alguma informação em contrário, que nos indique a regularização breve do abastecimento.

 Se o município de Santa Helena, como foi divulgado, acumula doses excedentes, que têm propiciado o atendimento inclusive de recém-nascidos oriundos de Pinheiro, graças a Deus! Certamente isso se deve ao fato de que nas unidades de saúde daquele município o número de partos realizados é menor do que a meta prevista pela Secretaria de Estado da Saúde – SES , a ponto de permitir o excedente. Raciocínio lógico, não?

 Aproveito, para informar que, caso você receba alguma denúncia relativa a surto de dengue no município de Pinheiro, quero também confirmar a veracidade da informação, aproveitando para encaminhar Nota Técnica do Ministério da Saúde, autorizando o uso de inseticida utilizado no combate ao mosquito Aedes aegypt, com prazo de validade vencido desde outubro de 2012, o qual o Ministério considerou apto para o uso em função do correto armazenamento e de supostos testes que comprovariam a eficácia.

 Aplicado em nosso município, tal insumo não se mostrou capaz de combater o mosquito da dengue, ocasionando um dos maiores surtos já vistos na região, contrariando os testes e a esperança do Ministério.

 Aproveito, ainda, para informar também que caso você receba alguma denúncia sobre o transporte escolar do ensino médio, a mesma possui veracidade.O referido transporte é de responsabilidade do estado, devido a grave crise financeira que passam os municípios,  torna impossível a prefeitura de Pinheiro, arcar com esta responsabilidade do estado.

 Encaminho em anexo, ofício desta prefeitura, solicitando parceria com secretaria de educação do estado e o ofício resposta da secretária, autorizando a celebração de um convênio, que apesar de o valor não ser suficiente para cobrir as despesas do objeto, já ajudaria e minimizaria o sofrimento dos alunos hoje prejudicados. Mas estranhamente logo em seguida recebemos um email aonde ficava entendido a suspensão do referido convênio.

 Prezado Luis Cardoso, esses esclarecimentos deverão bastar para o perfeito entendimento sobre a responsabilidade que cabe aos diversos entes públicos nos três casos, lançando luzes sobre as condições com as quais se defrontam os gestores municipais atualmente. Eu, certamente não sou o único a vivenciar as situações que descrevi acima.

Deverão as informações que tomo a liberdade de enviar também servir de reflexão para que não se julgue este – e nenhum outro fato – conhecendo-se apenas uma parte da verdade.

Sendo necessários outros esclarecimentos, coloco-me à disposição.

 Filuca Mendes

Prefeito de Pinheiro

 


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