O senador José Sarney, bastante irritado com esse blá-blá-blá de oligarquia, dias desses, em um comício do candidato Lobão Filho, falou o que já sabíamos: todos os políticos vivos e alguns já falecidos, da oposição a situação, já passaram pelas suas mãos, ou ao menos baijaram.

O velho cacique, agora cansado de guerra, foi mais longe: muitos dos quais se ele assim o desejasse teriam beijado ou lambido seus pés. Pior que é verdade.

Os que sempre foram governos e agora estão na oposição (a lista é tão extensa que não não tem espaços aqui para citá-los), são os velhos conhecidos e ainda arrastam seus filhos para os mesmos caminhos.

Líder do “Movimento de Oposição Pra Valer”, no final da década de 70, o economista Haroldo Saboia surgia como o grande expoente da oposição, o homem com o perfir ideal para derrubar o grupo liderado pelo então senador José Sarney.

Sabóia chegou a se eleger deputado estadual e federal. Também nunca passou disso, apesar do discurso duro contra Sarney. Não demorou muito descobriu-se que Sabóia estudou e se formou na Faculdade de Sorbonne, na França, com uma bolsa dada por ele. Sim, o velho cacique José Sarney.

Depois foi a vez do ex-prefeito e então deputado federal por várias legislaturas, Epitácio Cafeteira, um dos ferrenhos antisarney da história política do Maranhão. Para ser governador um dia, teve que bater às portas do velho oligarca.
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Depois de eleito senador, o velho Cafifa voltou para a oposição ao grupo Sarney. Nunca mais se elegeu a nada. E quando quis encerrar a carreira com o último mandato de senador, precisou mais uma vez do velho cacique Sarney.

João Castelo, agora oposição a Sarney, foi governador biônico do Maranhão por indicação de Sarney aos militares. Se elegeu senador na oposição ao grupo dominante e de lá pra cá deputado federal, sempre com a ajuda da família Sarney. Depois prefeito da capital, mas sempre que pode recorre ao compadre Sarney, que é padrinho de um filho seu.

Não precisa aqui falar de Zé Reinaldo. Vamos lembrar do comandante Renato Archer, um histórico oposicionista a Sarney. Chegou a ser ministro de Ciência e Tecnologia, mas coincidemente quando o velho cacique era presidente da República.

O exemplo mais recente foi em 2008. Castelo disputava a prefeitura de São Luís contra Flávio Dino, que era deputado federal. Do grupo Sarney saíram três candidatos, salvo engano Waldir Maranhão, Pedro Fernandes e Raimundo Cutrim.

Este último, deputado estadual e ex-secretário de Segurança, imaginava que seria o único candidato do grupo. Mas ele queimou feio mmesmo quando descobriu que a família Sarney havia adotado outro postulante. Sim, ele mesmo: Flávio Dino.

Insatisfeito, Cutrim denunciou o namoro da tribuna da Assembleia Legislativa e até mandou um agente policial fazer na campana na porta da casa de Sarney, no Calhau, e conseguiu uma foto de Flávio Dino indo tomar as bençãos ao velho morubixaba. E guarda até hoje a tal foto histórica.

Alguns aprestandores de programas nacionais tiraram sarro da cara do ex-presidente da Câmara Federal, Aldo Rabelo, e do ministro do Esportes, Orlando Silva (ambos do PCdoB) por causa da união de Dino com Sarney. Aliás, foi a própria presidente Dilma Rousseff quem não escondeu de ninugém que pedir o aval do velho político maranhense para que o comunista assumisse o cargo de presidente da Embratur.

Então, Sarney não mente quando diz que se assim o desejasse tinha político que lhe beijaria os pés. Conheço alguns, ainda vivos, que lamberiam até os ovos, caso Sarney baixasse as ceroulas em tempos não tão remotos.


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