São Luis faz 402 anos, sem nada pra comemorar
A cada ano minha querida e amada cidade, São Luís, envelhece. E com ela os problemas graves a adoece. Somo hoje uma capital com mais de 1 milhão de habitantes. Uma cidade sem nenhum planejamento urbano e com ocupações das mais desordenadas.
Chegamos a 402 anos com uma cara de velha prostituta, acolhedora. Aqui os maiores empresários e políticos chegaram muito depois e hoje nos sugam até a alma.
Completamos 402 anos sem nenhuma visão de cidade moderna, com nosso povo carregando latas de água na cabeça.
Chegamos até aqui com problemas na saúde, tendo as pessoas que pernoitar nas filas de marcações de consultas para um exame no dia seguinte – isso forçando, já que a maioria mesmo é depois de três quatro meses..
Temos um grande número de desempregados e assistimos nossa juventude caminhando ao encontro das drogas.
Aqui a violência é tão incômoda que temos de dormir a acordar trancados sob cadeados e grades, como se fossemos presos de nós mesmos.
A violência é tamanha que não temos mais segurança nas ruas, praças, avenidas, bares, restaurante, nos nossos lares e até mesmo nas igrejas.
Não temos mais cartão postal. O nosso único vem virando escombros e ruínas no Reviver. Até a nosso Largo dos Amores virou ponto de tráfico e local de estupros.
O que comemorar numa cidade o verde foi trocado por espigões e construções caríssimas?
Como devo comemorar o aniversário de uma cidade em que seus habitantes não podem aproveitar suas praias em razão da sujeira e poluição?
Não, São Luís, não temos nada mesmo o que comemorar. A não ser esse amor que ainda sinto por você, minha amada cidade.
Como depois de amanhã, quarta-feira, dia 10, Dia Internacional da Imprensa, estarei também mudando de idade, nada tenho a comemorar.
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Bloqueiro, ja que tu tocou no assunto, cadê os trinta milhões que o candidato a senador Gastão Vieira, mandou pra despoluir as pras de São Luís?
este post sereno e realista, contraria a opção política desse blog que defende que políticos de uma oligarquia, transfira a administração do Estado – que muito poderia fazer pela cidade – a um candidato perdulário, cujo compromisso é apenas manter as coisas como estão.