DO G1.COM

A presidente Dilma Rousseff concede entrevista no Palácio da AlvoradaA presidente Dilma Rousseff concede entrevista no Palácio da Alvorada

A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, reagiu enfaticamente às críticas sobre o PT feitas nesta quinta-feira (11) por sua adversária na disputa Marina Silva. Em entrevista no Palácio da Alvorada, Dilma disse que Marina age por “conveniências pessoais”, não honra sua “trajetória política” e fez uma afirmação “extremamente leviana e inconsequente” sobre o partido.

Dilma se referia às declarações de Marina sobre o PT durante sabatina realizada pelo jornal “O Globo”, mais cedo. A candidata do PSB disse que as pessoas não confiam em um partido que colocou um diretor na Petrobras para “assaltar os cofres” da empresa, numa referência a Paulo Roberto Costa, preso por suspeita de desviar dinheiro de contratos para pagar propina a políticos.

“Não consigo imaginar que as pessoas possam confiar em um partido que coloca por 12 anos um diretor para assaltar os cofres das Petrobras. É isso que estão reivindicando? Que os partidos continuem fazendo do mesmo jeito? Eu espero que as pessoas virtuosas possam renovar seu partidos, para que ele voltem a se interessar pelo que são as demandas das pessoas”, afirmou Marina na sabatina.

Diante de jornalistas chamados à residência oficial para a entrevista, Dilma disse que repudia “com muita indignação” a declaração.

“Eu considero que a candidata Marina tem de parar de usar as suas conveniências pessoais para fazer declarações. Por que conveniências pessoais? Porque a candidata ficou 27 anos no PT, todos os seus mandatos obteve graças ao PT, e, terceiro, dos 12 anos aos quais ela se refere, 8 ela esteve no governo ou na bancada no Senado”, afirmou a presidente.

“Eu acredito que não é possivel as pessoas terem posições que não honrem sua trajetória política e tentam se esconder atrás de falas. Eu acho que não medem o sentido dos seus próprios atos durante a vida. A militância do PT e a história do PT foram fundamentais para a candidata chegar aonde chegou”, disse Dilma em seguida.

“Uma frase desta mostra uma posição extremamente leviana e inconsequente. Lamento uma fala desse tipo”, completou.
Filiada ao PT nos anos 80 por influência do líder seringueiro Chico Mendes, Marina deixou o partido em agosto de 2009, um ano após pedir demissão do Ministério do Meio Ambiente, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na época, ela era colega de Dilma, então ministra-chefe da Casa Civil, com que travou embates em torno de projetos de infraestrutura.

Na época em que saiu do PT, ela disse que discordava da “concepção do desenvolvimento centrada no crescimento material a qualquer custo, com ganhos exacerbados para poucos e resultados perversos para a maioria, ao custo, principalmente para os mais pobres, da destruição de recursos naturais e da qualidade de vida”.

Dilma, por sua vez, filiou-se ao PT em 2000, após militar durante anos ao lado de Leonel Brizola no PDT, que também ajudou a fundar no final dos 70.

Na entrevista no Alvorada, Dilma também falou sobre a coordenadora do programa de Marina Silva, Maria Alice Setubal. Ela atribuiu a proposta de Marina de dar autonomia ao Banco Central ao interesse dela, que, além de educadora, é uma das herdeiras do banco Itaú.

Em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo” publicada nesta quinta, Neca Setubal, como é conhecida, afirmou que “é baixar o nível da campanha” dizer que a ex-senadora é sustentada por banqueiros.

Questionada sobre a entrevista e sobre o porquê de o PT “antes tratar a Neca como educadora e agora como banqueira”, Dilma afirmou que a acionista do Itaú passou a se comportar como banqueira.

“Ela agora está se comportando como banqueira. A Neca educadora é educadora. Agora, na medida em que eu sou herdeira do Banco Itaú e defendo a política que beneficia claramente os bancos, que é a política de independência do Banco Central, de diminuir o papel dos bancos públicos, estou fazendo papel de banqueira. […] Não dá para vestir as duas roupas. Uma é de verdade e a outra é fantasia”, disse.

Ao explicar aos jornalistas presentes na coletiva que os itens de seu programa de governo serão divulgados ao longo das propagandas eleitorais, Dilma tropeçou no púlpito em que estavam posicionados os microfones da imprensa. Dilma se apoiou no púlpito, sorriu e continuou o raciocínio.


ÚLTIMAS NOTÍCIAS

O Instituto Inop apresenta neste domingo, 28 de abril, novos números da corrida eleitoral para a ...
Neto Cruz  O ex-secretário de saúde de Raposa, Romilson Froes, foi o segundo entrevistado do Programa ...
Os corpos das vítimas, identificadas como Nadila dos Santos, 17 anos de idade, e Ednara Fernandes, ...
Para proferir conferência para médicos, estudantes, profissionais da saúde da capital e do interior, entre eles, ...
Por Alex Ferreira Borralho De novo a Ludmilla? Na verdade, a estupidez dessa “cantora” é uma ...

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.