O cabo PM Roberto Campos Filho, em carta enviada ao blog, denuncia o uso de militares em eventos milionários particulares, como o da Expoema, que é realizada por uma empresa privada.

Ele protocolou no dia 26 de agosto a denúncia junto ao Ministério Público na AOB seccional do Maranhão e na procuradoria Geral de Justiça.

Enquanto a população foca à mercê da bandidagem nas ruas, praças e lares, militares estão sendo obrigados a prestar serviços de segurança em festas privadas e sem nada receber. Abaixo a denúncia do cabo:

CARTA DENÚNCIA
Eu, Roberto Campos Filho, cabo da Polícia Militar, residente e domiciliado nesta capital, brasileiro, casado, venho mais uma vez, por meio desta carta denúncia, pedir providências as autoridades desta casa tão importante, sobre fatos que vem ocorrendo na minha corporação a Policia Militar do Maranhão.

Como colocado em outras ocasiões, mais uma vez, um evento milionário como a Expoema terá ao seu serviço de forma gratuita os militares maranhenses.
Cansados, mal pagos e em numero insuficiente para salvaguardar a população, os policiais militares e bombeiros mais uma vez trabalharão de graça em um evento particular que fatura milhões todos os anos, deixando a população dos bairros a mercê da violência e da atividade dos marginais.

Como todo evento que atrai grande número de público, é obrigação da polícia militar controlar os acessos, entradas e saídas para manter a ordem e o direito de ir e vir. Mas o interior do evento, cedido pelo estado para uma empresa privada, faturar dinheiro com um evento privado é de obrigatoriedade desta mesma empresa, providenciar segurança particular para assegurar a incolumidade das pessoas, objetos e animais em seu interior.
A entrada é paga, os eventos são pagos, a empresa consegue contratar seguranças particulares para as portarias e o palco dos eventos, para cobrar entrada e para o transporte de valores.

Porque então a policia militar, paga pela população, um servidor público é retirada das ruas para dar suporte a esse tipo de atividade? Estará o cidadão pagante desse evento mais fragilizado e em situação de maior risco que o popular da Isabel cafeteira, Ilhinha e outros tantos bairros, que não tem renda o suficiente sequer para tomar o ônibus em direção ao evento?

O policial militar, treinado, equipado e armado para dar segurança à população contra os maiores tipos de agressão, será reduzido a categoria de segurança de eventos, e esta comparação não se dá por diferença entre status, de forma alguma, mas primordialmente pelo investimento estatal neste homem e da necessidade da comunidade em geral pelo serviço do mesmo.

É a mesma coisa que o estado colocar a disposição seus auditores fiscais da secretaria da fazenda para controlar a bilheteria. É preconceito não ver o policial como um funcionário público estadual, concursado e treinado ao mesmo nível do outro.
Por isso peço:
– A suspensão do uso de policiais militares para policiamento ostensivo dentro de eventos particulares visando o bem maior da população e da corporação.

CbPm Roberto Campos Filho


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