A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (20), a Operação COPII, com o objetivo de reprimir a prática de extração irregular de madeira em terras indígenas localizadas nos municípios de Maranhãozinho e Centro do Guilherme. Na ação, foram empregados 34 policiais federais, que deram cumprimento a sete mandados de busca e apreensão, nas cidades de Maranhãozinho, Centro do Guilherme e São Luís.

PF realizou busca e apreensão no escritório dos prefeitos de Maranhãozinho, Josimar Rodrigues, e de Centro do Guilherme, Maria Deusdete Lima, a Detinha. Foto: Reprodução.PF realizou busca e apreensão no escritório dos prefeitos de Maranhãozinho, Josimar Rodrigues, e de Centro do Guilherme, Maria Deusdete Lima, a Detinha. Foto: Reprodução.

A investigação teve início com a Operação Arco de Fogo, no ano de 2011, com o levantamento de informações sobre desmatamento na reserva indígena ALTO TURIAÇU no Estado do Maranhão , que gerou o IPL 18/2011/SR/DPF/MA. A quadrilha é formada por madeireiros, índios, policiais militares e políticos da região.

De acordo com as investigações, a Prefeitura de Centro do Guilherme cobra uma taxa para que os caminhões madeireiros possam entrar na reserva e, de lá, retirar as toras para venda às serrarias.

No entanto, essa atividade não é autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou Coordenação Regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) e o dinheiro arrecadado não ia para os cofres públicos, mas para o bolso dos integrantes da quadrilha.

Ao pagar a taxa, o caminhoneiro recebia um ticket, que comprovava o pagamento e dava direito de ingressar na reserva. Esse controle de entrada dos caminhões era feito por guardas municipais armados, ilegalmente, e instalados em “barreiras/cancelas”, no povoado Centro do Elias e na Quadra 80-1, zona rural de Maranhãozinho, sob supervisão de um subtenente da Polícia Militar da região.

Os investigados responderão pelos crimes de corrupção passiva, concussão, prevaricação, formação de quadrilha ou bando e peculato.

Operação. O nome da operação policial significa cupim, em tupi-guarani, que é considerada uma praga perigosa que ataca a madeira e outros produtos agrícolas.


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