Decorador da casa de Carlinhos Cachoeira é maranhense e parentes dos Milhomem

Nascido em Porto Franco, no sul do Maranhão, mas com parentes espalhados por Barra do Corda, Alexandre Milhomem foi o responsável pela bela decoração da mansão adquirida pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, em Goiânia (GO), que causou frisson e virou alvo da CPI que apura as relações de políticos com o empresário.

A casa, que antes era do governador de Goiás, Marconi Pirillo, aparece agora em um site de vendas imobiliárias ao valor de R$ 2,5 milhões. Milhomem foi destaque na seção “Conversa” da revista Veja desta semana. Abaixo a entrevista do maranhense:

Arquiteto que decorou a casa do contraventor conta que se inspirou no estilo do casal: “Usei bastante vermelho, dourado. Gosto de glamour e requinte”

Veja

Milhomem- “Gosto de glamour e requinte”

Como o senhor conheceu o Cachoeira? A Andressa Mendonça, que é mulher dele, viu alguns ambientes que eu criei para uma loja de Goiânia e se encantou. Aí, ela me chamou para fazer a decoração da casa que causou essa confusão na CPI.

Eles são clientes de que tipo? Participativos. Andressa cuidou de tudo de perto. Fomos comprar os móveis juntos, e ela não abriu mão de decidir nenhum detalhe. O Cachoeira quase não deu palpite. Mas, depois de tudo pronto, ele me ligou para agradecer.

O que ele disse? Que havia gostado do resultado. O Cachoeira é um homem fino. Ele e a mulher são clássicos. Eu me inspirei neles. Usei bastante vermelho, dourado e tons sóbrios. Eu gosto de glamour e requinte — tapetes persas, lustres, peças de cristal Baccarat. Esse é o estilo Alexandre Milhomem.

Qual foi o item mais especial da decoração? Esse é o tipo de segredo que não ouso revelar. É sigilo profissional.

A decoração custou mesmo 500 000 reais? Foi uma estimativa que eu fiz para os deputados. Eu só escolhi as peças, não me liguei em preços. É deselegante bisbilhotar a conta dos clientes.

Por que o senhor se diz um sobrevivente? Eu sou de Porto Franco, no Maranhão. Já fiz faxina e vendi plano funerário de porta em porta. Na primeira vez em que fui ver a exposição Casa Cor, em São Paulo, fui de ônibus. Jurei que, da próxima vez, iria de avião. Dito e feito.

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