Governo e FAMEM discutem medidas de combate à estiagem no MA
Ascom/Famem
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca, Cláudio Azevedo, solicitou segunda-feira (21), durante seminário organizado pela Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), que todas as prefeituras atingidas pela falta de chuvas encaminhem à Sagrima, até esta terça-feira (22), projetos básicos e executivos de construção de poços e barragens que podem garantir a viabilização de recursos federais para obras de combate à estiagem no estado.
Desde o início do ano, 11 municípios maranhenses já decretaram situação de emergência devido à escassez de chuvas. Pelo menos outros 15 devem editar decretos com o mesmo teor nos próximos dias. Nos 26 municípios que mais têm sofrido com a estiagem, os prefeitos revelam que muito da produção foi perdido.
O assunto foi tema central de uma ampla reunião realizada ontem pela Famem, em parceria com a Sagrima, Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão (Agerp), Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), Defesa Civil, Sebrae e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, Agricultura Familiar e Inclusão Sócio-Produtiva (Sedes).
“O Governo do Estado tem demonstrado preocupação com o assunto. Por isso, estou indo a Brasília já esta semana e quero levar comigo os projetos básicos e executivos elaborados por todas as prefeituras que desejam perfurar poços ou construir barragens para amenizar esse problema”, explicou Cláudio Azevedo, que manterá reuniões nos ministérios do Planejamento e da Integração Nacional para apresentar os projetos e alocar recursos para as obras.
Presente ao debate, o coordenador estadual do programa Garantia Safra no Maranhão, Giancarlo Rosa, disse esperar incluir o máximo de municípios possível atendidos pela iniciativa no biênio 2012/2013. “Em julho, começa a safra 2012/2103 e a meta é ampliar o alcance do programa no estado, porque, se já está complicado agora para os municípios, nós imaginamos quando chegar outubro, em que as chuvas cessam de vez em praticamente todo o nosso território”, disse.
Inesperado – Praticamente todos os prefeitos presentes à reunião destacaram a surpresa que foi para os produtores a escassez de chuvas este ano. Segundo o prefeito de Tuntum, Chico Cunha, pelo menos 4 mil famílias sofrem no município com a estiagem.
“Nunca houve uma escassez tão grande de chuvas como a deste ano. Por isso ninguém estava preparado. Em Tuntum, pelo menos 90% da produção rural são oriundos da agricultura familiar e esse pessoal todo, cerca de quatro mil famílias, não tem do que viver senão da lavoura, que já foi praticamente perdida. Por isso precisamos agir rápido. Essa ajuda mostra que o Governo do Estado está empenhado em ajudar os municípios e veio em boa hora”, frisou.
O prefeito Haroldo Léda, de Lago do Junco, enumera as lavouras que já se perderam. “As safras de arroz e milho, que mais precisam de água, já se perderam”, ressaltou. Segundo ele, “ninguém esperava uma estiagem como essa”.
“Todo mundo sabe que chove no Maranhão até o meio do ano. Ninguém estava preparado para tão grande escassez de água em nosso estado. Não vamos conseguir resolver os problemas agora, mas com ajuda estadual e federal podemos amenizar os problemas das famílias atingidas e nos programar para, se ocorrer novamente, estarmos preparados para essa falta de chuvas”, completou.
Estado de emergência – Onze municípios já decretaram estado de emergência. São eles: Afonso Cunha, Amarante do Maranhão, Bacuri, Governador Archer, Guimarães, Humberto de Campos, Magalhães de Almeida, Mirinzal, Paraibano, Paulino Neves e Santa Helena.
Representantes da Defesa Civil Estadual orientaram os prefeitos a como proceder para decretar situação de emergência ou estado de calamidade por conta da estiagem. Eles alertaram para o rigor das formalidades protocolares e garantiram que, com o decreto bem editado, os municípios não devem encontrar problemas no acesso a recursos federais para o combate aos problemas decorrentes da escassez de chuvas.
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