O débito da Prefeitura Municipal de São Luís para com a Caema é do tamanho de um prêmio robusto da Mega Sena: R$ 30 milhões. A dívida, embora não contraída em parte na gestão do prefeito Tadeu Palácio, não vem sendo paga há muitos anos. Por isso, chegou a soma tão alta.

A Caema passa por séria crise financeira. Não tem capital para investimento, não reajusta as tarifas de consumo de água há vários anos, que é hoje uma das menores do Nordeste. Portanto, R$ 30 milhões faz falta. E como faz. Daria para pagar uma folha e meia de um ano da empresa.

Além disso, a Caema tem inadimplência da ordem de 40% sobre seu faturamento. Uma lástima. Soma que não entra no caixa da Companhia pela ausência de medidas duras. Afinal, água é vida. R$ 30 milhões podem oxigenar parte da vida da Caema.

No ano de 2006, o governador José Reinaldo Tavares -segundo declarações dadas por ele, à esse jornalista- o Governo do Estado tentou conveniar com o município, Esbarrou na questão legal da inadimplência da Prefeitura de São Luís.

Disse Tavares que colocou à disposição de São Luís R$ 10 milhões para execução de obras na capital. O dinheiro permaneceu intacto até o final do seu governo. E mais: queria construir casas populares em São Luís, mas o prefeito queria que a verba da obra fosse depositada nos cofres da prefeitura. Era impossível por causa da inadimplência. Quis mais o governador: executar planos de recuperação de ruas e avenidas da capital. Não foi possível. Motivo: a mesma inadimplência.

O governador da época, então, ainda conforme declarações dadas à esse jornalista, sugeriu que fosse feito parcelamento da dívida para fazer os convênios com o município. Não foi possível.

“O prefeito queria que o débito todo fosse anistiado”, informa o deputado estadual e ex-secretário de Governo, Marcelo Tavares. Além de ilícito, o gesto ou generosidade teria que passar pelo crivo da Assembléia Legislativa e representaria uma sangria nos cofres públicos do Maranhão.

José Reinaldo Tavares não afirma, mas deixa claro nas entrelinhas que daí vem a razão de não receber o apoio de Tadeu Palácio para disputar o cargo de prefeito de São Luís.

O blog soube que agora, no governo de Jackson Lago, as negociações sobre a dívida estão sendo retomadas: não na base que pretendia o prefeito, mas por uma outra via torta: a prefeitura repassará o dinheiro que deve para que a Caema possa investir em esgotamento sanitário e na ampliação do sistema de abastecimento de água no Coroado e Coroadinho, dois bairros populosos, com potencial eleitoral formidável, capaz de saciar a sede de qualquer pretendente à sucessão de Tadeu Palácio que, porventura, tenha o seu apoio. Uma jogada meramente eleitoral. Algo como eu lhe pago sua dívida, mas sua construtora vai cimentar o meu quintal. Lamentável.


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