Caso Décio:Contradições marcam o depoimento do assassino confesso Jhonathan
Um verdadeiro show de contradições marcou o depoimento de Jhonathan de Sousa Silva na manhã de hoje. Jhonathan, que é assassino confesso do jornalista e blogueiro Décio Sá, durante mais de duas horas deu informações diferentes das fornecidas anteriormente, mudando tudo o que já havia falado e atribuiu a fama de pistoleiro a um suposto acordo que teria feito com a polícia.
Em seu depoimento, ele inocentou “Junior Bolinha” e relatou que toda negociação das mortes tanto de Décio como de Fábio Brasil foi feita por intermédio de “Neguinho Barrão”. Jhonathan se disse arrependido dos crimes e que sofreu pressão psicológica dos delegados e promotores da SEIC para delatar os demais acusados: Junior Bolinha e Marcos Bruno Silva de Oliveira.
O réu contou que para assumir a autoria do crime e falar tudo em frente às câmeras de algumas emissoras de TV, teria aceitado um acordo que consistia em entregar outras pessoas em troca de livrar o seu primo, Gleison Macena, preso com ele por tráfico de drogas e também para garantir segurança da sua família.
Quando foi inquirido pelo promotor Rodolfo Reis, Jhonathan falou que só aceitou o “trabalho” por estar sem dinheiro. Logo em seguida, quando foi perguntado de que forma custeou a viagem para Teresina onde mataria Fábio Brasil, ele disse que pagou do próprio bolso.
Demonstrando claramente a intenção de livrar Junior Bolinha, Jhonathan falou: “Junior Bolinha não me entregou nada. Foi neguinho quem me disse quem era o Fabio Brasil”. Sendo que, num depoimento anterior Jhonathan disse que Junior Bolinha teria entregue uma foto de RG da vítima.
O juiz Osmar Gomes também fez perguntas ao acusado. Ele quis saber quantas vezes foi visitado por seus advogados enquanto esteve no presídio federal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul e quem estava pagando os honorários de seus advogados, uma vez que ele se declarou pobre e teria a sua disposição defensores públicos. “Meu pai. Ele trabalha com postos de combustíveis no Pará”,disse.
A sentença do julgamento de Jhonathan de Sousa Silva e Marcos Bruno Silva de Oliveira, dois dos acusados do assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá, deve sair até as 23h desta terça-feira.
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A polícia e o Ministério Público têm o dever de investigar a fonte de custeio desses advogados do matador e do seu comparsa. Inocentar o Junior Bolinha e atribuir a autoria intelectual do crime a outro criminoso foragido é a mais bárbara das teses defensivas. Era melhor nem mencionar o nome dos outros e concentrar-se no homicídio, que independentemente do mandante, é qualificado e de autoria certa.
Só falta agora o Jhonathan dizer que o gatilho foi puxado por Papai Noel. Acredito que o trabalho da Polícia e do MP foi eficiente. 40 anos para cada um e 39 anos, 11 meses e 29 dias para cada um dos demais. Isto nesse julgamento!