Por Carlos Madeira

Estive na advocacia em um tempo de denso encantamento. Naqueles dias todos do mundo jurídico de São Luís praticamente se entrecruzavam na Rua do Sol, na Praça João Lisboa, na Rua do Egito e na Avenida Pedro II.

Instalado na sala 513 do lendário Edifício Colonial, na Rua do Sol, ao lado do meu amigo José Venâncio, conheci nomes gigantes da advocacia do Maranhão, tornando-me, pelas mãos generosas do destino, amigo de muitos deles; nomes que hoje ornamentam nossa história: Doroteu Soares Ribeiro, José Oliveira, José Carlos Sousa e Silva, Wady Sauaia, Serra de Aquino, Jamenes Calado, Milson Coutinho, Cacique de New York, Itamar Corrêa Lima, Ricardo Duailibi, Vinicius Berredo Martins, José Antônio Almeida e Silva, Clineu César Coelho, Raimundo Marques, Caldas Góis, Carlos Nina, Kleber Moreira e Pedro Leonel Pinto de Carvalho…
Lembro esses dias sem a dor do passado, pois que o saudosismo não faz parte da minha maneira de ser, mas para lembrar o valor das coisas que, como diz Fernando Pessoa, não está no tempo que elas duram, “mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.
Deixei a advocacia após três anos, que parecem, sob o meu olhar de agora, uma formidável eternidade, tantas foram as lutas que travei, as pessoas que conheci e as viagens que fiz pelo interior do Maranhão.
Hoje, depois de uma brevíssima passagem pelo território da política partidária – mas isso é tema para outro dia -, retorno à trincheira da advocacia; retorno com os cabelos encanecidos, mas com o mesmo entusiamo que tinha aos vinte e três anos, quando prestei compromisso em um evento marcante da OAB, sob a presidência do meu mestre Doroteu Ribeiro.
Volto para a advocacia ainda inspirado pelas palavras de Sobral Pinto, um dos mais combativos advogados do País: “a advocacia não é profissão para covardes”.
Volto para a advocacia com o sentimento de que não fugirei da liça, que saberei me manter firme até os meus últimos dias na trincheira, em combate.
Volto para a advocacia com a certeza de que se as coisas não saíram como havia planejado, como bem pregou Charles Chaplin, “posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente, esperando para ser o que eu quiser”!


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