papaUm ataque contra o egoísmo da classe política e sua corrupção, contra o racismo, fome, intolerância religiosa, perseguição ideológica e drogas. Marcando a Igreja com seu estilo, o papa Francisco deu nesta sexta-feira, 26, à via-crúcis um sentido político e social. Na praia de Copacabana, o papa levou milhares de jovens para acompanhar a encenação.

Mas, já deixando claro que seu pontificado dará uma dimensão social ao evangelho, optou por transformar a imagem das estações do sofrimento de Jesus em uma alusão aos desafios atuais da sociedade.

“Jesus com a sua cruz atravessa os nossos caminhos para carregar os nossos medos, os nossos problemas, os nossos sofrimentos, mesmo os mais profundos. Com a Cruz, Jesus se une ao silêncio das vítimas da violência, que já não podem clamar, sobretudo os inocentes e indefesos”, declarou.

“Jesus se une às famílias que passam por dificuldades, que choram a perda de seus filhos ou que sofrem vendo-os presas de paraísos artificiais como a droga”, disse o papa, em mais uma referência nesta viagem ao problema da dependência química.

Outro alerta de Francisco é para o desafio da fome, numa crítica explícita ao desperdício de setores inteiros da sociedade, enquanto milhões não tem o que comer. “Jesus se une a todas as pessoas que passam fome, num mundo que todos os dias joga fora toneladas de comida”, alertou.

No discurso, falou pela primeira vez do racismo presente na sociedade, além dos problemas de intolerância religiosa. “Jesus se une a quem é perseguido pela religião, pelas ideias ou pela cor da pele”, apontou.

O tradicional ato de devoção da Igreja não escapou ao estilo que o papa começa a implementar, transformando a Igreja em um centro do debate inclusive político. “Jesus se une a tantos jovens que perderam a confiança nas instituições políticas, por egoísmo e corrupção”, declarou o papa.

“Na Cruz de Cristo, está o sofrimento, o pecado do homem, o nosso também, e Ele acolhe tudo com seus braços abertos, carrega nas suas costas as nossas cruzes e nos diz: Coragem! Você não está sozinho a levá-la! Eu a levo com você. Eu venci a morte e vim para lhe dar esperança, dar-lhe vida”, disse Francisco.

Ele ainda lembrou que o primeiro nome dado ao Brasil foi justamente o de “Terra de Santa Cruz”. “A Cruz de Cristo foi plantada não só na praia, há mais de cinco séculos, mas também na história, no coração e na vida do povo brasileiro e não só: o Cristo”.

Com informações do Estadão


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